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OPINIÃO

Conheça Bakunin Acriano, o Eremita

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Coluna ‘Cartas Comunistas e Capitalistas’

Comunista de 90 anos, ex-exilado, crítico literário e saudoso da tradicional máquina de escrever.

Depois de defender por décadas a ditadura do proletariado, aprendeu que o Brasil pode ser o meio para a insanidade.

Ignorado pela militância armada e golpista, rejeitado pela classe política de direita, de centro direita, dos corruptos e desprezado pelos companheiros, sendo abandonado em plena selva, durante uma fuga, sendo perseguido por fascistas que adoravam cometer bulling, ele se refugiou em meio aos indígenas, onde vislumbrou uma sociedade perfeita até o não-índio chegar e corromper os autóctones.

Depois da devastação da aldeia pela influência brasileira, ele foi se refugiando, chegando a morar com macacos, onças e até a cobra grande.

Ainda no século passado, sob a influência do conhecimento da floresta, tomou uma superdose de Daime e teve a miração de um Brasil melhor, tomou coragem e saiu andando, se despedindo das pacas, tatus, cotias e até do mapinguari e chegou na área urbana de Marechal Thaumaturgo, quando o efeito psicotrópico da ayahuasca já havia passado, então foi e se viu nu, em plena rua de terra, então veio a ressaca moral de voltar a civilização, mas já era tarde, pois outros humanos correram para prendê-lo por atentado ao pudor.

Alegou ele ao delegado que na selva não havia lojas e mesmo se existisse, um comunista é contra o capital, então buscaria, por meio de revolução a distribuição dos bens de forma igualitária. O argumento do Eremita não sensibilizou o policial que mandou o meliante para o presídio da capital, onde se sentiu como um preso político, em que os ideais libertários confrontam as regras opressoras do Estado.

Por ser atentado ao pudor um crime de menor potencial, ele acabou solto em meio a um mutirão de defensores públicos, então ele pensou que aquela alucinação poderia estar correta e o Brasil em via de uma mudança revolucionária, mas logo se decepcionou, porque os defensores públicos sofrem mais que ele em plena selva.

Na época em que Bakunin Acriano ganha a liberdade também era o dia em que um companheiro de luta chega ao poder, sim, ele foi liberto no dia da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da Ré-publica, então foi o reinício do seu sofrimento entre os brasileiros urbanizados.

Por décadas ele tentou retomar a luta da esquerda, a Ditadura do Proletariado, mas os antigos camaradas já estavam envolvidos na política e desprezaram mais uma vez aquele Eremita que mais parecia Dom Quixote.

Mesmo sem acreditar não ter direito, passou a receber uma pensão pelo Estado em decorrência dos anos de luta armada e pela idade. Assim, ele passou anos buscando os antigos parentes, mas descobriu que todos haviam morrido, então, se isolou em um quartinho do Segundo Distrito, onde recebe muitas reclamações de vizinhos por fazer muito barulho ao retomar a antiga prática: a literatura, mas usando a velha máquina de escrever, uma Olivete recuperada e que muitas vezes sofre para garantir a tinta das fitas pressionadas pelos tipos contra o papel para que as letras possam ser impressas no papel.

Essa é a história de um homem abandonado pelos seus companheiros da esquerda.

Bakunin Acriano, o Eremita

(Personagem fictício que faz uma crítica à sociedade)

OPINIÃO

OPINIÃO: O dinheiro dos contribuintes faz a festa de políticos 

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o repasse de emendas parlamentares a 13 ONGs por falta de transparência.  
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O ministro conhece as mutretas de nossos representantes políticos, porque já integrou a bancada do Congresso e sabe como funciona, sem seriedade, o destino das emendas parlamentares. 
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Como membro do STF, o ministro demonstra atuar com imparcialidade ao julgar fatos atinentes à coisa pública, embora possa causar descontentamento entre parlamentares indecorosos.  
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O país precisa de uma reforma moral na área política. Para isso, cabe à sociedade eleger indivíduos competentes, de condutas ilibadas. 
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Vejam, por exemplo, o efeito de não se levar o voto a sério e eleger qualquer mequetrefe. O prefeito de Duque de Caxias–RJ, Wilson Reis, e o ex-prefeito e secretário Estadual de Transportes do RJ, Washington Reis, são alvos da Polícia Federal sob suspeitas de compra de votos e lavagem de dinheiro.   
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Muita gente não estaria passando fome e vivendo em estado de pobreza e miserabilidade, os hospitais públicos seriam de melhor qualidade, como também as escolas públicas, se o dinheiro público não caísse nas mãos da corja política que dilapida o país. 
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Deveria existir um tribunal superior exclusivo no Brasil para julgar e condenar políticos corruptos. Esse tribunal seria composto por magistrados sem indicação política. 
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Vejam como o dinheiro público (dos contribuintes) controlado por políticos faz a festa e enriquece oportunistas, travestidos de falsa vestal. O partido político PL, de Valdemar Costa Neto, paga salário ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa. Em 2023, o casal recebeu um total de R$ 589 mil em salários. Cada um recebe mensalmente a “mixaria” de R$ 41.5650,91.
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A farra com o dinheiro público é uma imoralidade não combatida por nossos políticos. Seus gabinetes estão repletos de assessores apaniguados, sem concurso público, ancorados no cabide de emprego. Os gastos com os ex-presidentes da República, inclusive os cassados, não são corrigidos. Assim, não se tem esperança de um Brasil melhor. 
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Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

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OPINIÃO

OPINIÃO: Os bens alimentícios estão caros    

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Presidente Lula, pergunte a um trabalhador assalariado se ele está conseguindo adquirir produtos alimentícias nas feiras, mercadinhos e supermercados? 
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O custo de vida tem subido muito no curto tempo de governo, por quê? Se comer picanha já era impossível, agora nem carne de segundo o pobre pode comer.  Os produtos alimentícios produzidos no Brasil não podem ser comercializados internamente a preços internacionais. O povo não pode passar fome. O presidente não vai à feira e por isso não sente na pele a alta do custo de vida.    
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Os preços de nossos produtos alimentícios têm de refletir a realidade brasileira do poder de compra da população. Não é justo e humano que o empresário nacional não se preocupe com a população de menor renda, que precisa se alimentar e não tem condição de pagar mercadorias a preço internacional.     
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Num país de milhões de pessoas em estado de pobreza e miséria, não é humano e justo que o empresário do agronegócio tenha como meta principal o mercado externo. 
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Não se pode combater a fome, a pobreza e a miséria de brasileiros, praticando preços de commodities às mercadorias aqui produzidas. As regras econômicas que explicam a variação de preços podem ser compreendidas no meio acadêmico dos teóricos de economia, mas não são aceitas pelos consumidores que pagam a conta.     
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Não se trata de interferir ou tentar regular os preços dos bens alimentícios, mas da necessidade de o governo federal, em defesa da população mais carente, propor regras para que os preços de bens alimentícios produzidos no Brasil não sejam vinculados ao termômetro do mercado de commodities.  
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Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

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OPINIÃO

OPINIÃO: O assalto ao bolso do contribuinte 

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É frustrante ver um país tão belo, de recursos naturais pujantes, ser formado por administradores públicos e políticos que não prezam a moralidade e o respeito com seus concidadãos.   
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Taxar o bolso do contribuinte nacional tornou-se uma especialidade hábil de gestores públicos incompetentes. E o pior: com a anuência do Legislativo e do Judiciário.   
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Vejam, a Praia de Bombinhas–SC é um exemplo de um país imoral, onde você paga os seus impostos e ainda é achacado para entrar numa cidade, ao lhe ser cobrada uma espécie de pedágio. Trata-se de inequívoca medida inconstitucional.  
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Aliás, neste belo Brasil ocorre de tudo contra o bolso do contribuinte. Por exemplo, há ruas tarifadas para estacionar carro, enquanto outras, no mesmo município, não são tarifadas, caracterizando grande injustiça aos moradores das artérias tarifadas em relação àqueles de ruas não tributadas.   
Isto é o Brasil de normas indecentes que permitem cobrança absurda de tributo para entrar numa cidade ou estacionar um carro, sob pífios e irrazoáveis justificativas.   
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E o que mais decepciona são as autoridades judiciais consentirem tais medidas inconstitucionais, bem como o Legislativo, de parlamentares relapsos, não defenderem a sociedade contra abusos dessa natureza.  
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A manutenção de infraestrutura e a gestão de recursos das cidades são fatores que deveriam ser discutidos durante a criação e emancipação dos municípios. Inventar cobrança de tarifas a posteriori é jogar sujo contra os contribuintes. Sem olvidar que, no caso de Bombinhas, o forasteiro de alta temporada contribui consideravelmente com os cofres municipais ao realizar gastos no comércio local. Logo, é injustificável a cobrança de Taxa de Preservação Ambiental.   
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Taxar um cidadão ao entrar com veículo numa cidade ou ao estacionar em artéria pública caracteriza, sim, abuso de autoridade e assalto ao bolso do contribuinte.   
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Assim, a participação ativa da população é fundamental para pressionar por mudanças e garantir que as leis e políticas públicas sejam justas e razoáveis.  
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Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentad
Balneário Camboriú – SC

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