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Conspiração: Sobe o prêmio pela cabeça mais valios…

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Conspiração: Sobe o prêmio pela cabeça mais valios...

José Casado

Pertence ao ditador venezuelano Nicolás Maduro a cabeça mais valiosa, atualmente, na política da América do Sul.

Três semanas atrás, o governo dos Estados Unidos aumentou em 66,6% a recompensa por informações capazes de levar à sua prisão e/ou condenação — de 15 para 25 milhões de dólares, valor equivalente aos 150 milhões de reais em prêmio de uma das loterias da Caixa Econômica Federal.

A oferta pública é da agência antidrogas (DEA). É aplicável, no mesmo valor, ao atual ministro da Interior, Diosdado Cabello, homem-forte do regime e notório pela liderança da ala militar do cartel Los Soles, que controla parte substancial do tráfico de ouro, armas e drogas na Venezuela.

(./Reprodução)

O leilão continua. Nesta terça-feira (28/1), o governo do Equador anunciou a venda de até 250 mil barris de petróleo por dia aos países que deixarem de comprar óleo da Venezuela, em contribuição ao bloqueio das finanças do regime ditatorial.

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Com o óleo a 65,6 dólares por barril (preço médio para tipo venezuelano de referência, Merey 16), significa oferecimento adicional de um prêmio de 16,4 milhões de dólares por dia no auxílio à derrubada de Maduro — nesse caso, o prêmio está restrito a governos.

No domingo (2/2) a cleptocracia completa 26 anos no comando da Venezuela. Assumiu com o coronel Hugo Chávez, legitimamente eleito, e em pouco tempo transformou o país numa “petroditadura” amparada em retórica anti-imperialista combinada com um programa de amplas reformas sociais.

De Chávez a Maduro, as palavras voaram, o país derreteu e os negócios privados prosperaram, sobretudo com a estatal PDVSA, equivalente local da Petrobras. Ela está sucateada, produz menos de um terço do que produzia há duas décadas, não tem reposição de equipamentos e, com frequência, enfrenta incêndios nas refinarias. As reformas sociais ficaram no papel. Restaram programas assistenciais controlados pelo partido do governo que, sem exceção, acabaram convertidos em fonte de enriquecimento de alguns integrantes do condomínio de poder chefiado por Maduro.

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Maduro sucedeu a Chávez em 2013 e se tornou inconveniente para a política e os negócios no continente americano. Sob Joe Biden, a Casa Branca ampliou sanções econômicas — incluindo o aumento de 66,6% na recompensa pela dupla Maduro e Diosdado. Ao assumir, Donald Trump anunciou que deixará de comprar petróleo da Venezuela. Não disse quando, mas o secretário de Estado Marco Rubio e todos os principais assessores de política externa do novo governo têm lastro na base republicana que há tempos sugere medidas radicais contra o regime de Caracas.

A suspensão das importações de petróleo, em tese, poderia acelerar o derretimento da cleptocracia, mas com aumento exponencial do custo social — as sanções dos anos recentes agravaram situação do país, que já era catastrófica e se refletia em inédito êxodo na América do Sul, hoje estimado em sete milhões de pessoas.

A guerra da Rússia na Ucrânia desestabilizou o mercado mundial de petróleo e um dos efeitos foi a ampliação das compras da China e dos Estados Unidos na Venezuela.

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Ano passado, por exemplo, as importações americanas de óleo venezuelano aumentaram 64%. Somaram 222 mil barris por dia, segundo dados da Opep e do Departamento de Energia dos EUA. Os chineses lideraram as compras, com 351 mil barris por dia.

A oferta anunciada pelo Equador é, na realidade, um aceno ao governo Trump outros países: garante fornecimento de petróleo numa eventual empreitada pela “cabeça” do regime de Caracas — aquela que repousa sobre o pescoço do ditador Nicolás Maduro.



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Candidatura de Rio e Niterói como sedes do Pan é a…

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Candidatura de Rio e Niterói como sedes do Pan é a...

Lucas Mathias

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) aprovou, na noite desta quarta-feira, 29, a candidatura conjunta das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói como sedes dos Jogos Pan-Americanos de 2031. Projeto dos prefeitos de ambos os municípios, Eduardo Paes (PSD) e Rodrigo Neves (PDT), respectivamente, o pleito, agora, terá de ser aprovado em nível continental, pela Panam Sports. Até aqui, a única outra candidatura oficializada é a da capital paraguaia, Assunção. 

A escolha de Rio e Niterói para representar o Brasil como sede da competição foi oficializada durante Assembleia Geral do COB, após votação quase unânime: foram computados, ao todo, 50 votos, 48 favoráveis, um contrário e um nulo. Participaram 33 dos representantes de confederações estaduais e 17, dos atletas da Comissão de Atletas do comitê. 

Para as próximas semanas, o cronograma prevê que, no dia 1º de fevereiro, a Panam Sports oficie todas as sedes postulantes para uma fase burocrática, de troca de documentação, para no primeiro dia de maio oficializar aquelas que estarão, de fato, na disputa. 

A candidatura fluminense conta com o apoio do governo federal. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma carta de garantias que será apresentada para a Panam Sports. Um vídeo de apoio do mandatário também foi exibido durante a votação, que aconteceu no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk, e contou ainda com a presença do ministro do Esporte, André Fufuca. 

Durante a assembleia, os prefeitos de Rio e Niterói detalharam as propostas da candidatura. “Já é muito bom sair daqui com essa votação. Ou seja, o Brasil está unido em torno dessa candidatura do Rio e Niterói. Tenho certeza de que vamos sair vitoriosos e realizar os Jogos com muita qualidade. A estrutura está pronta, há pouca coisa que precisa ser feita e serão estruturas provisórias”, explicou Paes. 

“Estes jogos representam um legado extraordinário para a população e o desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio. O projeto da Linha Três do Metrô certamente é muito importante para o desenvolvimento do Rio e da Região Metropolitana. Mas ressalto a nossa convicção de que a marca desse Pan 2031 vai ser um legado para o esporte”, completou Neves.



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Charge do JCaesar: 30 de janeiro

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José Casado

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Eleições 2026: Kassab foi sutil e ferino na crític…

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Eleições 2026: Kassab foi sutil e ferino na crític...

José Casado

Comida cara e pouco dinheiro no bolso dos eleitores é o panorama na abertura da temporada eleitoral de 2026, que, segundo Lula, já começou.

Essa é uma combinação corrosiva em qualquer lugar e para qualquer grupo político com planos de permanência no poder. Há risco de acontecer no Brasil de Lula. Já aconteceu nos Estados Unidos de Joe Biden.

A perspectiva de uma temporada eleitoral em ambiente de declínio econômico, como consequência dos juros recordes para reduzir a inflação, está incomodando aliados do governo.

No Partido dos Trabalhadores, alguns dirigentes se mostram convencidos de que será difícil para Lula recuperar o prestígio eleitoral perdido numa governança errática, sem lastro efetivo no Congresso e entremeada por uma série de decisões atrapalhadas, principalmente na economia.

Até então restrita ao círculo petista, a crítica começou a transbordar nos redutos aliados. Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido que integra a base parlamentar do governo e detém três ministérios (Agricultura, Pesca, Minas e Energia), vazou sua preocupação com o rumo do governo, ou a falta dele. Foi nesta quarta-feira (29/1), em São Paulo, diante de uma plateia de executivos financeiros.

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Kassab fez uma crítica a Lula, indireta, sutil e ferina. “A presidente Dilma não foi bem porque ela queria comandar a economia”, disse acrescentando: E hoje, o que a gente vê, é uma dificuldade do ministro (Fernando) Haddad de comandar. Ele teoriza convicções, projetos que não acabam se tornando realidade, porque ele não consegue se impor no governo. Ministro da Fazenda fraco sempre é um péssimo um indicativo.”

Na visão de Kassab, o ministro da Fazenda tem sido desidratado pelo presidente da República. Numa reprise de Dilma, é Lula quem centraliza, controla e decide cada ato de governo na economia. É uma percepção comum na Esplanada dos Ministérios e no Congresso. Até agora, porém, não havia sido exposta em praça pública.

Kassab pode ser criticado por muitas coisas, menos pela estridência. Há meses se repete na preocupação com manifestações de indignação popular”. A voz rouca das ruas, como costumava dizer o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não saiu de casa, mas surpreendeu o governo em coro digital de protesto contra a suspeita de vigilância da Receita Federal sobre operações monetárias via PIX. Ficou exposto o receio de eventual cerco tributário à renda do mercado informal.

Com a inflação dos alimentos e dos serviços à beira dos dois dígitos e uma das maiores taxas de juros do planeta, o horizonte político do projeto de continuidade de Lula e do PT se estreita nesta temporada de definições políticas para a disputa presidencial de 2026. Os aliados, como Kassab, se mostram incomodados com o rumo, ou a falta dele.



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