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Conta de luz: 2024 deixa R$ 300 bi de custos extras – 04/01/2025 – Mercado

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Conta de luz: 2024 deixa R$ 300 bi de custos extras - 04/01/2025 - Mercado

Alexa Salomão

Por iniciativas do Congresso e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 2024 ficou marcado pelo aumento de uma série de despesas no setor de energia —e a maior parte vai impactar a conta de luz não apenas em 2025, mas por décadas. São mais de R$ 300 bilhões adicionais na tarifa, segundo projeções da PSR, consultoria global da área de energia, e da Frente Nacional de Consumidores de Energia.

“A gente passou o ano tentando deter os aumentos —se, de um lado, conseguíamos tirar de um projeto de lei, de outro, aparecia numa medida provisória”, diz Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente.

O Ministério de Minas e Energia afirma que atua para garantir segurança energética para o país (leia mais abaixo).

Parte dos custos já começa a ser sentida na inflação de 2025. Segundo o economista Andre Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), consultorias do setor já projetam uma alta média nas tarifas 5% acima do IPCA, o índice oficial de inflação.

“O IPCA deve fechar em quase 5%, então o reajuste médio da tarifa vai ficar na casa de 10% no ano. Se for tão ruim assim, a gente já larga o ano com um impacto de 0,4 ponto percentual na inflação, que vai sendo captado ao longo de 2025 pelo reajuste contratual de cada empresa”, calcula o economista.

Para o consumidor é o pior dos cenários. Braz lembra que energia elétrica compromete aproximadamente 4% da renda familiar.

O item pesado é o projeto de lei das eólicas em alto mar, ou PL das offshores, como ficou conhecido. Apesar da forte pressão contrária das entidades do setor, foi aprovado no Senado cheio de jabutis (emendas alheias à proposta original), como subsídios ao carvão.

Se o presidente Lula não vetar os jabutis e garantir que não sejam ressuscitados na Câmara, o consumidor vai pagar a conta. São R$ 21 bilhões por ano, até 2050, ou um total de R$ 241 bilhões, trazendo a valor presente. Uma alta de 7% na conta de luz.

Outro item indefinido é o efeito do câmbio sobre a tarifa de Itaipu, que é dolarizada. A usina binacional é um caso à parte na galeria de aumentos. Como a dívida para a sua construção foi quitada em 2023, deveria estar contribuindo com a redução no preço da energia, mas ocorre o contrário.

Em 2023, a tarifa na boca da usina, que é chamada de Cuse (Custo Unitário do Serviço de Eletricidade), estava em US$ 16,71 por kW (quilowatt). Sem a dívida, deveria ter caído para US$ 11. Ocorre que Brasil e Paraguai usam a diferença para fazer um caixa extra que banca obras e projetos socioambientais e resistem a baixar o valor. Depois de meses de negociação, os parceiros anunciaram, em maio, um acordo para uma Cuse de US$ 19,28 por três anos, até 2026.

Os consumidores de Sul, Sudeste e Centro Oeste são obrigados a pagar por 80% da energia de Itaipu. O MME (Ministério de Minas e Energia), sob o argumento de que o consumidor brasileiro não seria prejudicado, anunciou o congelamento da tarifa e um cashback de US$ 300 milhões para cobrir a diferença. Especialistas afirmam que isso não muda o prejuízo para os consumidores.

“O legado do acordo é fazer o consumidor brasileiro pagar US$ 16,71, até 2026, pela energia de Itaipu, quando poderia estar pagando algo próximo a US$ 11. Essa diferença leva a uma despesa maior para os consumidores brasileiros, próxima a US$ 640 milhões ao ano, de 2024 a 2026”, afirma a engenheira Ângela Gomes, diretora Técnica da PSR. No total, serão R$ 11 bilhões, trazendo a valor presente, lembra ela.

Há outro problema. Em setembro, um estudo da ANE (Academia Nacional de Engenharia) identificou que o cashback era insuficiente, mas o alerta foi ignorado. Agora, do lado brasileiro, há um descasamento entre receita e despesa, com um buraco da ordem de US$ 120 milhões, segundo cálculos da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.

São cerca de R$ 740 milhões, pela cotação atual da moeda americana. A TR tomou como base documentos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, que assumiu como holding de Itaipu após a privatização da Eletrobras).

“Pode ter havido um ruído de comunicação, porque, aparentemente, a conta para a projeção do ressarcimento não inclui todos os itens”, disse à Folha o diretor de Regulação da TR Soluções, Helder Sousa.

Está claro que a estimativa do cashback focou na Cuse, o que garantiu o ganho integral de Itaipu. No entanto, não previu cobertura para a Conta de Comercialização no Brasil, que é gerenciada pela ENBPar. Deixou de fora, por exemplo, o gasto com cessão de energia, item dessa conta que também é pago pelos brasileiros. Há indicativos de que as projeções para geração também não se confirmaram. A questão é que, agora, alguém precisa pagar o déficit .

No início de dezembro, ao tratar do problema, a Aneel deu 45 dias para receber sugestões do MME e da ENBPar sobre o que fazer para não cobrar a diferença na conta de luz. Ao anunciar o rombo, o diretor da Aneel, Fernando Mosna, comentou que o MME havia dado uma “derrapada”.

Foi o segundo incidente do tipo envolvendo a pasta. No final de outubro, o mesmo Mosna qualificou de “erro grosseiro” o resultado de uma operação com bancos que antecipou o pagamento de dois empréstimos que pesavam na conta de luz. O MME havia estimado redução média de 3,5% e 5% na tarifa, mas a queda efetiva foi de 0,02%.

A tendência de alta no preço da energia repercute claramente em outra despesa, a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que acumula subsídios e encargos que são pagos pela conta de luz. Já se sabe que em 2025 vai bater recorde: R$ 40,6 bilhões.

Uma semana antes do Natal, o diretor geral da consultoria Volt Robotics, Donato da Silva Filho, dedicou uma apresentação a jornalistas para detalhar os aumentos.

“A CDE levou cinco anos para passar de R$ 20 bilhões para R$ 30 bilhões, mas, para ir de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões, foram quatro anos. Mantido o ritmo, em 2028, no máximo, a gente chega a R$ 50 bilhões”, diz Donato.

O aumento não apenas acelera como se concentra. Quatro itens respondem por cerca de 90% da CDE: descontos tarifários (40%), CCC (Conta de Consumo de Combustível, outros 25%), tarifa social (15%) e universalização, que inclui o Luz para Todos e o Luz para a Amazônia (10%).

Nos descontos tarifários —o maior item— estão justamente os benefícios para quem vende e para quem compra energia renovável, que foram turbinados pelo Congresso e pelo governo. Esse grupo não paga integralmente pelo uso do fio, e a despesa é transferida para os demais consumidores. Traduzindo: cada nova leva de painéis solares, do jeito que está o modelo, significa aumento na conta de luz de quem não tem painel solar, por exemplo.

No caso do subsídio para a baixa renda na tarifa social, que é meritório, Donato defende, já faz um tempo, um pente-fino. Uma lei de 2021 determinou que a distribuidora deve dar o benefício automaticamente para quem estiver no cadastro social, ao invés de o consumidor ter que ir atrás dele. Isso fez a despesa disparar.

Outra preocupação é a universalização do atendimento em áreas rurais e remotas. Na avaliação da Volt é preciso melhorar a governança dos recursos. Em 2024, por exemplo, foram previstos R$ 2,5 bilhões em investimentos, mas apenas R$ 800 milhões foram executados. Ainda assim, o orçamento subiu para R$ 4 bilhões em 2025.

A única despesa da CDE que tem previsão de queda, da ordem de R$ 392 milhões, é a CCC. Mas o valor pode subir.

A MP (Medida Provisória) 1.232, do governo federal, trouxe flexibilizações para evitar a falência da Amazonas Energia e viabilizar a transferência de controle –da Oliveira Energia para a Âmbar, do grupo da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A MP caducou, mas uma discussão judicial manteve as flexibilizações. Se as medidas forem adotadas, os consumidores vão assumir custos estimados em R$ 14 bilhões por 15 anos.

Também coube ao MME validar o uso da térmica de Cuiabá, da mesma Âmbar, num processo polêmico que se arrastou por mais de dois anos. A medida adicionou R$ 9 bilhões à conta de luz ao longo de 15 anos. A Âmbar havia assumido projetos de um leilão que exigia a construção de novas usinas, mas sugeriu a troca pela Cuiabá, há duas décadas de operação. Por forte oposição das áreas técnicas, a proposta não foi ratificada diretamente na Aneel ou no TCU (Tribunal de Contas da União).

Outras medida de iniciativa do governo que contribuiu para o ciclo de aumentos foi a MP 1212. O texto prorrogou em três anos o prazo para investidores em energia renovável terem acesso a subsídios, o que, na prática, pelas estimativas trazidas a valor presente, elevará em R$ 50 bilhões os gastos dos brasileiros com subsídios ao longo do prazo das concessões, até 2050.

“A gente olha para frente, vê aumento dos custos da energia e da insegurança regulatória, mas a comunicação do governo fala em redução da tarifa de energia em 2025, porque vai ter mais chuva e menos chance de bandeira vermelha —é uma versão bem diferente da realidade que presenciamos”, afirma Lucien Belmonte, porta-voz do movimento União Pela Energia, que reúne 70 associações da indústria brasileira.

MME DESTACA BENEFÍCIOS SOCIOECONÔMICOS DE MEDIDAS

Procurada para comentar o balanço setorial em 2024, a assessoria do MME afirmou em nota que a pasta atua para garantir modicidade tarifária e segurança energética para o país.

Destacou que MP 1.212 solucionou o descasamento dos investimentos em geração de energia limpa e renovável com os leilões de linhas de transmissão de energia, mas não explicou como esse descasamento ocorreu, uma vez que planejamento de geração e de transmissão são atribuições do governo.

Disse ainda que a MP não criou novos subsídios, mas não comentou o fato de a extensão do prazo aumentar o gasto do consumidor com esses benefícios

A assessoria destacou os benefícios socioeconômicos que o ministério identificou com a MP: “Geração de 300 mil novos empregos, destravamento de 600 projetos e quase 26 gigawatts de geração e energia limpa e renovável, garantia de R$ 100 bilhões em investimentos, dos quais R$ 5 bilhões já foram depositados em forma de caução”, detalhou o texto.

Em relação à MP 1.232, a assessoria afirma que foi medida de extrema necessidade para garantir a segurança no suprimento de energia aos consumidores do estado do Amazonas e o equilíbrio econômico e financeiro da concessão.

Sobre o déficit ligado a Itaipu, não coberto pelo cashback, afirmou que organizações ligadas à usina, ENBPar e Aneel realizarão as tratativas necessárias para manter, ao longo de 2025, as premissas do acordo. Destacou também que a negociação sobre Anexo C ainda está em curso, e a meta do Brasil é garantir tarifas que estejam apenas relacionadas ao próprio custo da usina, mas não explicou a razão do atraso.

A assessoria não esclareceu se a pasta reconhece as distorções na CDE. Afirmou que os programas como o Baixa Renda e Luz para Todos são fundamentais para o combate à pobreza energética e que o MME tem trabalhado para aprimorar a governança e a transparência dessas políticas.

A assessoria reforçou que a atual gestão do MME atua para evitar soluções setoriais isoladas e tentou deter os jabutis do PL das eólicas offshore, bem como outras iniciativas do gênero, como as inseridas no PL do Combustível do Futuro e do Programa de Aceleração da Transição Energética. Disse ainda que há um esforço para concluir a reforma setorial.

“O MME tem atuado para prover uma solução estrutural para o setor de energia, mantendo a expansão de geração limpa e renovável e a segurança energética. A proposta está em fase final e já em tratativas avançadas com a Casa Civil.”

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da ENBPar detalhou que apenas o saldo da Conta de Comercialização em dezembro, atualizado na data-base outubro, é de R$ 306,5 milhões negativos, e que foi o primeiro déficit desde que a estatal assumiu a administração, em junho de 2022.

“O resultado deve-se basicamente à escassez hídrica, que reduziu o excedente de energia e, consequentemente, a receita com a geração de Itaipu”, explicou o texto.

Também em nota, a assessoria de imprensa da Âmbar disse que ambas as medidas citadas pela reportagem trazem ganhos para os consumidores de energia, e não perdas.

O acordo da Âmbar relativo ao PCS garante uma economia de 67% em relação ao contrato original e a ampliação da potência disponível para o sistema elétrico. “Trata-se do maior desconto aos consumidores entre todas as soluções consensuais do PCS, contando com aprovação do plenário do TCU”, destaca o texto.

Já o plano de transferência da Amazonas Energia mantém as flexibilizações regulatórias nos mesmos patamares médios que a distribuidora recebeu nos últimos cinco anos, ao mesmo tempo em que obriga a Âmbar a realizar um aporte de capital de pelo menos R$ 6,5 bilhões em 2025, segundo a assessoria. “A transferência evita um prejuízo total para a União que poderia superar os R$ 20 bilhões, entre dívidas, custos e ressarcimentos”, afirma o texto.



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O século Kohli leva a Índia a vencer quando o Paquistão foi embora no Trophy Brink dos Campeões | Notícias de críquete

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O século Kohli leva a Índia a vencer quando o Paquistão foi embora no Trophy Brink dos Campeões | Notícias de críquete

A Índia venceu o Paquistão por seis postigos em Dubai para deixar seus rivais à beira da eliminação do Troféu dos Campeões.

O século invicto de Virat Kohli levou a Índia a Uma vitória de seis postes Sobre o Paquistão do Archrival, em seu grupo, um confronto no Troféu dos Campeões, colocando o torneio de críquete que os anfitriões em risco de uma possível saída precoce.

Kohli alcançou 14.000 corridas em ODIs a caminho de 51º cento recorde quando a Índia terminou com 244-4 em 42,3 overs em Dubai no domingo.

Shreyas Iyer marcou 56 de 67 bolas enquanto ele e Kohli fizeram 114 corridas de 128 bolas para o terceiro postigo.

Antes, Kuldeep Yadav levou 3-40 e o Paquistão foi jogado para 241 em 49,4 overs depois de vencer o sorteio e optar por bater.

Virat Kohli da Índia dá um soco na bola no lado fora do lado como o capitão do Paquistão Mohammad Rizwan observa (Altaf Qadri/AP)

Saud Shakeel com pontuação superior com 62 OFF 76 e compartilhou um suporte de 104 corridas com o capitão Mohammad Rizwan (46).

Kohli, que foi premiado com o jogador da partida, trouxe seu último marco de 111 entregas.

“É bom bater dessa maneira, especialmente em um jogo tão importante, onde um lugar para Semis estava lá para ser levado”, disse ele depois.

“Eu tive que controlar o intermediário e não correr riscos contra os spinners, enquanto enfrentava os Pacers. Fiquei feliz com o modelo. É como eu jogo em ODIs.

“Eu tenho um entendimento decente do meu jogo ao longo dos anos. Trata -se de manter o ruído e as distrações externas longe. Eu tento ficar no meu espaço o máximo possível. Cuide dos meus níveis de energia e pensamentos. É fácil para mim ser puxado para o frenesi de jogos como este. ”

O Saud Shaudel (R) do Paquistão toca como o wicketkeeper Kl Rahul da Índia, Rahul, durante o jogo de críquete internacional (ODI) de um dia (ODI) entre o Paquistão e a Índia no Dubai International Stadium em Dubai em 23 de fevereiro de 2025. (Foto por joia Samad / AFP)
Saud Shaudel do Paquistão, à direita, coloca a cabeça do wicketkeeper da Índia KL Rahul (Jewel Samad/AFP) (AFP)

Os rivais se reuniram no Dubai International Cricket Stadium, apesar do Paquistão hospedar o torneio, pois a Índia está jogando seus jogos da liga – e possíveis partidas de nocaute – nos Emirados Árabes Unidos.

Para o Paquistão, apenas uma série improvável de resultados em todas as correspondências restantes do estágio de grupo resultará no progresso deles.

“Vencemos o sorteio, mas não obtivemos o benefício do sorteio”, disse o capitão do Paquistão, Mohammad Rizwan. “Seus jogadores jogaram muito bem. Saud Shakeel e eu queria levá -lo profundamente.

“(Apenas) baixa seleção de tiro. Eles nos colocaram sob pressão. Sempre que você perde, você não se apresenta em todos os departamentos. Queríamos espremer (eles), mas não podíamos.

“Precisamos melhorar em nosso campo. Tivemos muitos erros nesta partida. ”

Críquete - Troféu dos Campeões dos Men da ICC - Grupo A - India v Pakistan - Dubai International Stadium, Dubai, Emirados Árabes Unidos - 23 de fevereiro de 2025 Os fãs da Índia e do Paquistão reagem nas estandes Reuters/Satish Kumar
Uma casa lotada no Dubai International Cricket Stadium garantiu uma ótima atmosfera, mesmo em um local neutro (Satish Kumar/Reuters)



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“Ataque terrorista” em Mulhouse, prisão de Mohammed Amra e vitória conservadora na Alemanha

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"Ataque terrorista" em Mulhouse, prisão de Mohammed Amra e vitória conservadora na Alemanha

Em Mulhouse, um ataque de faca fez um morto e cinco feridos

A polícia científica no local do ataque de faca, que matou uma pessoa e feriu cinco policiais em Mulhouse em 22 de fevereiro de 2025.

UM ataque de faca mortalqualificado como“Ataque terrorista” Por Emmanuel Macron, ocorreu no sábado, 22 de fevereiro, à tarde, perto do mercado de Mulhouse (Haut-Rhin). Um homem de 37 anos é suspeito de ter matado um homem à margem de uma manifestação e de ter ferido cinco policiais municipais, incluindo dois seriamente, de acordo com a promotoria anti -terrorista nacional (PNAT).

O suspeito, um argelino caiu pelos serviços de prevenção do terrorismo e, sendo objeto de uma obrigação de deixar o território francês (OQTF), foi preso. O agressor gritou “Allahou Akbar! » (“Deus é o maior”, Em árabe) disse o ministro do interior Bruno Retailleau. Além do do suspeito, Três outros custódicos policiais estavam em andamento no domingoSelon le Pnat.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Após um ataque islâmico de faca em Mulhouse, Bruno retailleau questiona Argel

Depois de nove meses em fuga, o traficante de drogas Mohamed Amra foi preso na Romênia

Cópia do Aviso Vermelho de Interpol emitido para traficantes de drogas Mohamed Amra, encontrado e preso na Romênia em 22 de fevereiro de 2025. Cópia do Aviso Vermelho de Interpol emitido para traficantes de drogas Mohamed Amra, encontrado e preso na Romênia em 22 de fevereiro de 2025.

O traficante de drogas Mohamed Amra, em fuga desde sua fuga assassina há nove meses e alvo de um mandato de pesquisa internacional, foi preso na Romênia, anunciou Bruno Retailleau no sábado. Em 14 de maio de 2024, dois agentes penitenciários foram mortos e outros três feridos no ataque violento, no Péchacha de Incarville (Eure), da van em que era o homem que estava sendo transferido da prisão de Evreux para o Caen tribunal.

Na época de sua fuga, o último foi detido por roubo com quebra e associação de criminosos, mas também indiciado em Marselha por sequestro e seqüestro que levaram à morte. No domingo, ele aceitou, durante uma audiência perante os tribunais em Bucareste, a ser dada à justiça francesa.

O Hamas libera seis reféns, enquanto Israel atrasa a libertação de prisioneiros palestinos; O Exército anuncia manter sua presença militar na Cisjordânia por um ano

Os soldados israelenses bloqueiam o acesso ao campo de refugiados palestinos em Jénine, na Cisjordânia, em 19 de fevereiro de 2025. Os soldados israelenses bloqueiam o acesso ao campo de refugiados palestinos em Jénine, na Cisjordânia, em 19 de fevereiro de 2025.

Como o acordo de trégua com Israel, o Hamas divulgou seis novos reféns israelenses no sábado. Hamas recuperou Tal Shoham, 40, e Avera Mengistu, 39, para representantes da Cruz Vermelha em Rafah, no sul do enclave. Então o movimento islâmico palestino liberou três outros reféns – Eliya Cohen, 27, Omer Shem Tov, 22 anos e Omer Wenkert, 23 anos – no campo de refugiados em Nouseirat, no centro da faixa de Gaza. Um sexto refém, Hicham al-Sayed, 37, selecionado por quase dez anos, também foi lançado no final do dia, sem se encaixar nesse beduíno muçulmano da nacionalidade israelense.

Em troca, 602 detidos palestinos deveriam ser libertados durante o dia, mas Israel atrasou sua libertação. “À luz das repetidas violações do Hamas, em particular as cerimônias humilhantes que desonram nossos reféns e o uso cínico dos reféns para propósitos de propaganda, foi decidido adiar a libertação dos terroristas (Prisioneiros palestinos) que foi planejado (SÁBADO), Até que o lançamento dos próximos reféns seja garantido sem cerimônias humilhantes ”finalmente disse o primeiro -ministro israelense em comunicado de seu cargo.

Além disso, o exército israelense anunciou no domingo sua intenção de manter, por um ano, sua presença militar em três campos de refugiados na Cisjordânia e proibem o retorno de seus habitantes. “Quarenta mil palestinos já foram evacuados dos campos de refugiados de Jénine, Tulkarem e Nour Chams”escreveu o Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, em comunicado. “Eu dei como instrução (para soldados) Para se preparar para uma estadia prolongada nos campos que foram evacuados, para o próximo ano, e não permitir o retorno de seus habitantes ou o ressurgimento do terrorismo ”ele acrescentou. O Exército também confirmou a implantação de tanques na região de Jenine, que não aconteceu desde 2002, durante a operação “Bulwark” durante a segunda intifada.

Na Alemanha, os conservadores vencem as eleições legislativas, bem na frente da extrema direita

Os eleitores votam no leste da Alemanha em 23 de fevereiro de 2025. Os eleitores votam no leste da Alemanha em 23 de fevereiro de 2025.

Após uma campanha empurrada pelo retorno à Casa Branca de Donald Trump e ao boom da extrema direita, os eleitores alemães foram chamados às urnas no domingo para eleger um novo parlamento. Os conservadores da CDU/CSU, que tinham em mente nas pesquisas, coletaram mais votos, em frente ao partido alternativo de extrema direita para a Alemanha (AFD).

“Devemos rapidamente nos tornar operacionais para fazer o que for necessário internamente, para se tornar presente na Europa”disse, logo após o anúncio das primeiras estimativas, Friedrich Merz, que deve se tornar o próximo chanceler e dar um derrame à direita no país, após a era do Olaf Scholz da Social Democrata.

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Descer

A AFD alcançou sua melhor pontuação desde a sua criação em 2013. O partido anti-migrante e pró-russo impôs seus temas de campanha, após vários ataques e ataques mortais cometidos por estrangeiros no país.

A Feira Agrícola de 61ᵉ foi aberta em Paris em Paris

Emmanuel Macron, com a vaca Opetete, musa da Feira Agrícola 61ᵉ, em Paris, 22 de fevereiro de 2025. Emmanuel Macron, com a vaca Opetete, musa da Feira Agrícola 61ᵉ, em Paris, 22 de fevereiro de 2025.

Um ano após sua visita caótica ao evento, em plena mobilização da profissão, Emmanuel Macron inaugurou no sábado, pouco antes das 8h, 61e Show International Agriculture. Depois de ter discutido a portas fechadas com seus vários representantes sindicais, o chefe de estado chamado para o ” calma “ e em “Diálogo respeitoso” com agricultores. “Nossos agricultores não podem ser a variável de ajuste para o poder de compra (…) Nem a variável de ajuste para acordos agrícolas. E é também por isso que nos opusemos a Mercosur como foi assinado ”ele argumentou Em relação ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e cinco países latino -americanos.

Enquanto as portas do evento foram abertas ao público logo após as 9 da manhã, o presidente começou a passear nos corredores do show. Questionado sobre Donald Trump, Emmanuel Macron disse“Entre aliados, não podemos fazer com que o outro sofra com os preços” funcionários aduaneiros. ” Eu vou (dele) Falando sobre isso, porque precisamos apaziguar tudo. Vou falar sobre isso porque a exportação também faz parte da força de nossa agricultura ”observou o presidente francês, que deve encontrar seu colega americano na segunda -feira em Washington.

E também:

Vaticano. O papa Francisco está em um estado que “permanece crítico” e “não está fora de perigo”, de acordo com o Vaticano

Sudão. Os paramilitares do FSR e uma coalizão de grupos armados e políticos assinam “uma carta fundadora” de um governo paralelo

Política. Reforma da pensão: o ministro responsável pelo trabalho, Astrid Panosyan-Bouvet, juiz necessário “trabalhar mais”

Caso de Betharram. Emmanuel Macron declara que François Bayrou se beneficia de “toda a sua confiança”

Argélia. Boualem Sansal, preso na Argélia, começou uma greve de fome, de acordo com seu advogado

Biatlo. Os franceses, apenas no mundo, mantêm seu título mundial em revezamento

O mundo com AFP

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Quem é Friedrich Merz, provavelmente o próximo chanceler da Alemanha? – DW – 23/02/2025

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Quem é Friedrich Merz, provavelmente o próximo chanceler da Alemanha? - DW - 23/02/2025

Friedrich Merzpresidente do conservador União Democrática Cristã (CDU)deve se tornar o próximo chanceler da Alemanha com base nas projeções das eleições gerais da Alemanha, realizadas em 23 de fevereiro.

Seu bloco central-direito (CDU/CSU) há muito tempo lidera confortavelmente, sentado em pesquisas de opinião por cerca de 30%, e Merz foi reconhecido como o principal desafiante a sentar o chanceler Olaf Scholz da esquerda central Social -democratas (SPD).

Sua vitória nas eleições neste fim de semana completa um retorno notável para Merz, que só voltou ao Bundestag em 2021, após um hiato de 12 anos da política.

O homem de 69 anos será o chanceler mais antigo desde Konrad Adenauer, o primeiro chanceler da nova República Federal da Alemanha, que assumiu o cargo em 1949 aos 73 anos.

Scholz e Merz são advogados treinados – mas a semelhança termina aí. O político alto da CDU é uma figura imponente, esteja ele entrando em uma sala ou subindo ao palco. Pessoalmente, ele parece acessível e até humorístico, embora nem sempre tenha a melhor impressão quando se inclina para conversar com as pessoas, como costuma fazer.

Fora da política e nos negócios

Quando Angela Merkel Rose para liderar o Grupo Parlamentar da CDU em 2002 e entrou na Chancelaria em 2005, o Merz, muito mais conservador, se retirou e ficou longe da política por anos.

Comparado com Merkel, que foi visto como um tático calmo e calculista, Merz é visto como um tipo muito diferente de político, muito mais disposto a correr riscos políticos.

Ele fez isso recentemente, na conferência final do partido no final de janeiro, antes desta eleição, desencadeando uma tempestade política quando tentou aprovar uma lei de imigração difícil através do Parlamento com a ajuda do populista de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AFD).

Esse movimento desencadeou ondas de choque em todo o país, com os manifestantes descrevendo a colaboração como uma violação sem precedentes do tabu do pós-guerra de cooperar com a extrema direita.

No entanto, Merz aparentemente viu sua jogada como uma aposta com o objetivo de restringir o sucesso da AFD anti-imigração.

Merz era frequentemente considerado rival de Merkel no início dos anos 2000. Em 2001, ele se apresentou como candidato ao chanceler para as eleições federais de 2002. Mas na época, a CDU escolheu o político da CSU da Baviera Edmund Stoiber, que correu contra o chanceler social -democrata Gerhard Schröder – e perdeu. Merz se afastou gradualmente da arena política e voltou ao seu trabalho como advogado. Em 2009, ele não estava mais como candidato ao Bundestag.

Merz vem da Sauerland – uma região de montanhas baixas no oeste da Alemanha – e é católico e advogado, como seu pai antes dele. Até hoje, ele vive não muito longe do lugar onde nasceu. Em 1989, aos 33 anos, ele se tornou membro do Parlamento Europeu da CDU. Cinco anos depois, ele mudou para o Bundestag e rapidamente fez seu nome como um orador nítido. O que ele disse no grupo parlamentar carregou peso.

Friedrich Merz (à esquerda) e Angela Merkel (centro) sorriso durante uma celebração do 70º aniversário de Merkel
Angela Merkel (centro) foi considerada ‘Nemesis’ de Merz (à esquerda) durante a carreira política do ex -chancelerImagem: Kay Nietfeld/DPA/Picture Alliance

A saída de Merz da política foi seguida por sua ascensão no setor privado. De 2005 a 2021, ele fazia parte de um escritório de advocacia internacional e assumiu as melhores posições sobre conselhos administrativos e de supervisão. De 2016 a 2020, ele foi presidente do Conselho de Supervisão da Blackrock, o maior gerente de ativos do mundo, na Alemanha.

Mas quando Merkel anunciou que deixaria a política em 2021, Merz voltou e gradualmente subiu nas fileiras mais uma vez. A CDU o elegeu líder do partido em 2022 em sua terceira tentativa. Ele tinha uma reputação como um representante econômico liberal da ala conservadora da CDU.

Declarações controversas

Merz votou contra as leis liberalizadas do aborto e contra o diagnóstico genético pré-implantação nos anos 90. Ele também votou infame contra a criminalização de estupro conjugal em 1997.

Ele sempre foi consistentemente a favor da energia nuclear e pressionou para uma política econômica mais liberal e uma redução na burocracia. Quase 25 anos atrás, ele lamentou os efeitos da política de migração alemã, falou de “problemas com estrangeiros” e insistiu que deveria haver um “Cultura orientadora dominante” na Alemanha.

Ele agora está trazendo algumas dessas questões novamente – mas com a Alemanha em uma situação política e social muito diferente. No talk show político “Markus Lanz” em janeiro de 2023, ele se queixou da falta de integração na Alemanha e argumentou que há “pessoas que realmente não têm negócios na Alemanha, que toleramos aqui por um longo tempo, quem nós fazemos Não envie de volta, quem não deportamos, e então estamos surpresos por haver tão excessos “. Os pais, disse ele, estavam negando professores, especialmente professores do sexo feminino, qualquer autoridade sobre seus filhos, que ele descreveu como “pequenos pashas”.

Isso atraiu muita controvérsia na época por suas conotações racistas. No entanto, não havia muitas críticas vindo do topo da CDU. Após o final dos anos de Merkel, muitos dos companheiros políticos do ex -chanceler foram embora. Além disso, desde o verão passado, Merz se viu tendo que corrigir e defender algumas de suas próprias declarações.

Alemanha: líder do partido da CDU em migração, cooperação com AFD

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Um partido mais conservador

No estágio de Berlim, Merz afirma que o grupo parlamentar da CDU encontrou um novo curso em áreas -chave. Ele “também iniciou, impulsionou e concluiu esse processo na CDU com o novo programa básico”, argumenta ele, que “nos coloca de volta aos trilhos”.

Merz agora significa uma CDU que se tornou muito mais conservadora, embora suas próprias posições tenham mudado pouco nos últimos 20 anos.

Em novembro, após o colapso do governo da Coalizão de Scholz, uma aliança entre o SPD, os verdes e o FDP, Merz descreveu a “coalizão como” história “.

“O semáforo não fracassou por causa do FDP sozinho”, disse ele na época, “mas devido à falta de uma base comum para uma aliança do governo desde o início”.

‘A esquerda acabou’

Mas Merz e a CDU e a CSU agora podem ter que lidar com o mesmo problema: com quem eles podem formar um governo de coalizão?

Merz descartou uma coalizão com a extrema direita várias vezes agora desde o início de janeiro. Mas no sábado, poucas horas antes da eleição, ele também dobrou as críticas a outros grandes partidos políticos alemães. Em Munique, para encerrar a campanha eleitoral, em um discurso final veemente, Merz argumentou que “a esquerda acabou. Não há mais uma maioria de esquerda e não há mais política de esquerda na Alemanha”.

Ele também atacou os protestos de sábado contra o extremismo de extrema direita e disse que, se vencesse, estaria conduzindo a política pela maioria alemã “que pensa direta” e não “por qualquer nozes verdes ou de esquerda neste mundo”.

Sem surpresa, líderes do Partido Social Democrata Center-esquerda não ficaram satisfeitos.

“Friedrich Merz está aprofundando as divisões no centro democrático de nosso país nos estágios finais da campanha eleitoral”, escreveu o líder do SPD Lars Klingbeil em um post sobre a plataforma de mídia social X (anteriormente Twitter).

“Não é assim que alguém que quer ser chanceler para todos fala”, disse o secretário geral do SPD, Matthias Miersch, à agência de notícias DPA. “É assim que um mini-Trump fala.”

Antes das eleições, esperava -se que o SPD fosse o parceiro de coalizão mais provável dos democratas cristãos no próximo governo alemão.

‘Merz entendeu mal seu papel’

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Este artigo foi originalmente escrito em alemão e publicado pela primeira vez em novembro de 2024, quando Friedrich Merz se tornou o principal candidato de seu partido. Foi atualizado para refletir os últimos desenvolvimentos.

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