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Crise climática causou 220 mi de deslocamentos em 10 anos – 12/11/2024 – Ambiente

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Crise climática causou 220 mi de deslocamentos em 10 anos - 12/11/2024 - Ambiente

Geovana Oliveira

Desastres relacionados à crise climática causaram 220 milhões de deslocamentos internos nos últimos dez anos, de acordo com o relatório mais completo sobre o tema feito pela Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados) com organizações parceiras, lançado nesta terça-feira (12) na COP29, em Baku, Azerbaijão.

O número contabiliza todas as movimentações ocasionadas por eventos climáticos extremos dentro do mesmo país, incluindo remoções temporárias de pessoas. Trata-se de contagem diferente da OIM (Organização Internacional para as Migrações), que total de pessoas deslocadas ao final de cada ano.

A Acnur, que não adota o termo “refugiado climático”, analisou pela primeira vez a relação entre a crise climática e o deslocamento de pessoas forçadas ou induzidas a fugir de suas casas —geralmente, devido a conflitos armados, situações de violência generalizada ou violações de direitos humanos.

Segundo o relatório, a mudança climática pode aumentar os deslocamentos internos, somar-se aos conflitos que levam as pessoas a procurarem outros países, além de piorar a qualidade já vulnerável de vida dos refugiados que atravessam fronteiras nacionais.

“É importante entender que lidar com a mudança climática não é apenas sobre proteger o planeta, é sobre garantir os direitos das pessoas, suas casas, vidas e futuros”, diz Jana Birner, pesquisadora que liderou o relatório climático.

“Desastres relacionados ao clima podem prender deslocados internos e refugiados em ciclos de deslocamento contínuos e prolongados”, afirma o relatório, que usou como exemplo as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no último mês de maio.

As chuvas no sul do Brasil causaram a morte de 181 pessoas, afetaram 2,3 milhões e causaram o deslocamento de 580 mil de suas casas, diz o documento. Entre os afetados, segundo a agência, estão 43 mil refugiados vulneráveis da Venezuela, Haiti e Cuba, que habitavam algumas das áreas mais impactadas por secas e inundações.

Em suma, aponta a Agência das Nações Unidas para Refugiados, pessoas que fogem de suas casas para sobreviver a situações de conflitos e violência podem ser forçadas a fugir novamente devido a inundações e outros eventos climáticos extremos. Das120 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, 90 milhões estão atualmente vivendo em países expostos a impactos climáticos altos ou extremos —ou seja, três em cada quatro refugiados estão sujeitos aos efeitos da crise climática.

Além disso, em 2023, 42 dos 45 países que relataram deslocamento interno por conflito também experimentaram o ocasionado por desastres, “o que mina a capacidade dos estados de responder, fornecer proteção e investir em adaptação e resiliência”, diz o relatório.

O estudo alerta que a crise climática afeta comunidades já vulneráveis, que costumam ser as menos responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa. “Uma história de crescente injustiça”, relata o alto comissariado.

Conforme Birner, porém, existem diversos fatores humanos na mudança climática, como problemas de governança, falta de adaptação climática e medidas de redução de desastres, além de pouco financiamento. “A mudança climática não acontece em um vácuo”, diz.

Ameaça crescente

Para 2040, a Acnur prevê uma escalada da exposição de populações a múltiplos perigos climáticos, particularmente nas Américas, na África Ocidental-Central e no Sudeste Asiático. Segundo o relatório, o número de países projetados para enfrentar perigos climáticos extremos deve aumentar de 3 (Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Omã) para 65, incluindo o Brasil e outras nações que abrigam refugiados.

O calor extremo também aumentará significativamente, diz o estudo, com a maioria dos assentamentos e campos de refugiados projetados para experimentar o dobro de dias de calor danoso até 2050.

A própria agência tem adaptado a forma como trabalha para tentar mitigar os efeitos, diz Birner. “Não podemos fazer o mesmo de sempre”, afirma. “Primeiro de tudo, continuamos trabalhando para que as pessoas sejam protegidas e recebam proteção internacional, se fugirem no contexto de mudanças climáticas e desastres, […] mas para nós também é uma prioridade investir na resiliência climática e na adaptação das comunidades de refugiados”.

Em Moçambique, por exemplo, a Acnur está tentando transformar o campo de refugiados de Nampula em uma vila verde localmente integrada, para que a comunidade consiga suportar os choques climáticos.

“Já lidando com múltiplas ameaças e temores pelo futuro, as pessoas deslocadas enfrentam o risco de ficar ainda mais para trás”, diz o relatório, que critica também a falta de financiamento climático direcionado aos refugiados.

O principal objetivo da COP29 é discutir o novo modelo de financiamento climático, que substituirá os US$ 100 bilhões (cerca de R$ 550 bilhões) anuais prometidos na COP21 em Paris e com validade entre 2020 e 2025.

Assim como representantes de outros grupos vulneráveis, a Acnur defende um maior investimento nos refugiados.

Conforme o relatório, 90% do financiamento climático tem como alvo países de renda média e alta emissão. Estados “extremamente frágeis” recebem apenas US$ 2,1 por pessoa em financiamento anual para adaptação, em comparação com US$ 161 por pessoa em estados não frágeis, diz o documento.

Segundo a agência da ONU, as comunidades deslocadas são ignoradas até mesmo na discussão climática. O estudo aponta que apenas 24 dos 60 Planos Nacionais de Adaptação e 25 das 166 Contribuições Nacionalmente Determinadas incluíram disposições concretas sobre deslocamento no contexto de mudanças climáticas e desastres.

Na COP29, o relatório foi apresentado pelo alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, e por Grace Dorong, refugiada que trabalha pela ação climática.





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Garotinha apaixonada por animais comemora aniversário no curral; vídeo

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A menininha Isabela sem dúvida foi a mais autêntica na festa da escola. Ela arrasou demais! - Foto: brunamaiolini/TikTok

A Bibi ganhou uma festa de aniversário no curral, junto com seus melhores amigos, os bichinhos! – Foto: @renatamagalhaes120/Instagram

A garotinha Abigail ama os animais e resolveu fazer sua festa de aniversário no curral, com todos eles! A mãe até tentou fazer a filha mudar de ideia, mas não teve jeito. Que fofa!

Com três aninhos, Abigail é filha de Renata, que mora em um sítio na cidade de Parnamirim, Rio Grande do Norte. Na hora de comemorar a festa, a criança quis porque quis que a celebração fosse dentro do curral.

O motivo? Os bichinhos são seus melhores amigos! E detalhe, teve parabéns e tudo viu! “Os parabéns dela são no meio dos bichinhos dela”, comemorou a mamãe Renata.

Bateu o pé

Segundo a mãe, a garotinha foi dura na queda.

Renata insistiu para fazer a festa em outro lugar, mas como Abigail ama os bichos, ela não abriu mão de que eles participassem. Eu amei a ideia, Abigail!

No final, Renata cedeu e resolveu realizar o desejo da filha. A festa foi feita no curral!

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Parabéns com as vaquinhas

O painel foi montado, a mesa estava linda com um bolo e os convidados, as vaquinhas, prestavam atenção em tudo.

No vídeo compartilhado pela mãe, a criança aparece muito feliz enquanto canta parabéns. Ela tudo que ela queria!

“Parabéns pra Bibi! Vamos bater parabéns pra bibi? É pique, é pique, é pique, pique. Aê, viva Bibi!”, disse a mamãe.

Ensinando desde pequena

Um jeito diferente de comemorar, mas com certeza vai ficar para sempre na memória de Abigail, né?

Além disso, mostra como precisamos ensinar às nossas crianças a terem empatia com o meio ambiente e os animais. Vamos ser todos iguais a Bibi!

Internet se diverte

O vídeo viralizou e a garotinha recebeu milhares de elogios.

“Amigos fiéis são eles, Bibi! Você está certíssima, feliz aniversário!”, disse uma seguidora.

Outra, destacou que sempre quis ter uma festa assim.

“Que linda! Eu sempre fui louca por bichos se eu ganhasse uma festa dessa quando criança, estaria no céu.”

Um terceiro disse que Bibi acertou nos convidados.

“Melhor coisa que ela fez. Fazer aniversário e chamar os parentes não dá!”, brincou.

Olha como a festinha da Bibi foi linda. Amor verdadeiro!

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Conheça o padre que resgata cães, cuida e leva à missa para serem adotados; veja

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O cachorrinho sem a pata foi adotado por Tatá e Rafa e já virou o maior xodô do casal. Fofo! - Foto: Rafael Vitti/Instagram

Lá em Caruaru, em Pernambuco, está o religioso brasileiro João Paulo Araújo Gomes, que vem transformando a vida de muitos bichinhos abandonados.  O padre resgata cães nas ruas e aproveita a missa para que sejam adotados.

O gesto conquistou os fiéis também nas redes sociais. Assim, o padre está mudando a vida não só dos dogs, mas de muitos humanos, que descobriram o amor de outra forma.



O sacerdote retira da situação de vulnerabilidade os cães abandonados, oferece alimentação, cuidados e banho.

A missa muito especial

Os cães, já alimentados, vacinados e bem cuidados, são apresentados nas missas. Ali, o padre aproveita para incentivar a adoção.

“Graças a essa iniciativa, muitos desses cães já encontraram um lar”, afirmou o padre nas redes sociais.

Com uma caramelo nos braços, o padre anunciou: “Elisa adotada!”.

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Apoio nas redes

Nas redes sociais, fiéis elogiam a iniciativa e também apoiam o trabalho de resgate.

“Padres, vamos tirar esses anjos das ruas! Apoiem essa causa! Deus ama também seus anjos na terra. Os animais são anjos mais puros entre nós e enviados por Deus”, reagiu uma internauta.

“Que padre abençoado”, afirmou uma seguidora. “Já vou colocar o nome do padre nas intenções do meu terço diário. Linda atitude”, acrescentou uma internauta.

Em Caruaru, PE, o padre João Paulo resgata cães das ruas e os leva para a missa para serem adotados. A iniciativa ganhou aplausos na internet. Foto: @/pe_joao_paulo Em Caruaru, PE, o padre João Paulo resgata cães das ruas e os leva para a missa para serem adotados. A iniciativa ganhou aplausos na internet. Foto: @/pe_joao_paulo



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Cachorrinho sem uma pata, adotado por Tatá Werneck e Rafa Vitti, encanta as redes; vídeo

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O padre João Paulo, de Caruaru, em PE, resgata cães das ruas e os leva para a missa para serem adotados. - Foto: @/pe_joao_paulo

Cachorrinho sem uma pata, adotado por Tatá Werneck e Rafa Vitti, encanta as redes; vídeo

O cachorrinho Leoncio, que não tem uma pata e foi adotado pelo casal Tatá Werneck e Rafa Vitti, tem feito o maior sucesso na net. O bichinho tem uma história sofrida, mas agora encontrou o amor!

Leoncio é cria do Projeto Amor e Pet, uma ONG que resgata, abriga e cuida dos animais até eles serem adotados. A ideia da adoção partiu do ator, que conheceu o cachorrinho e se apaixonou de cara.

Em um vídeo compartilhado por Tatá, o doguinho aparece deitado no sofá super confortável e adorando o carinho. “Aqui a boquinha dele, os olhinhos dele, olha os olhinhos dele, é a coisa mais linda e expressiva de mamãe, é o Leoncio. Aqui, deitado, todo esparramado, né?”, brincou a artista.

Novo morador

A chegada do morador na família Werneck Vitti foi anunciada nas redes sociais de Tatá.

“Temos um novo integrante na família: Leoncio! Papai Rafa se apaixonou e trouxe a novidade”, contou ela.

Depois, ela disse que ficou sabendo da história do doguinho na página do projeto e se encantou mais ainda.

“Agora que fui descobrir a história dele no Projeto Amor de Pet. Quem quiser visitar pra ver a história dele… e quem sabe se apaixonar por algum cachorro doido pra amar e ser amado?”, convidou a apresentadora.

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História de superação

A história de Leoncio é uma história de superação.

Nathy, administradora do projeto, relembrou o dia em que conheceu o animal.

“Assim que ele chegou, eu Nathy, fui para o abrigo te conhecer e estava preparada para encontrar um dog prostrado e triste. Para minha surpresa, você estava todo serelepe.”

O bichinho até chegou a ser adotado, mas depois de 1 ano e 5 meses, a família o devolveu. “Precisávamos de ajuda para te curar do trauma da devolução”, completou.

Foi a partir do Estrelas Animais, um parceiro, que a Projeto Amo e Pet uniu Rafá, Tatá e Leoncio.

Daqui pra frente Leoncio, você vai conhecer o que é amor!

Internautas comemoram

O vídeo correu a internet e viralizou. Foram milhares de comentários!

“Nada me deixa mais feliz do que ver pessoas com poder aquisitivo para comprar qualquer cachorro de raça, escolhendo adotar um vira lata.” Eu concordo!

Outra seguidora, destacou que o final da história foi da melhor maneira possível.

“Adoro quando o final da história envolve eles se transformando em um burguesinho mimado desses. Deus abençoe vocês sempre mais.”

Olha que fofura esse Leoncio todo esparramado!

Olha a carinha do Leoncio com o Rafa. Ele amou!

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