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Crítica da segunda série de Everyone Else Burns – este brilhante programa do Juízo Final pode salvar a sitcom | Televisão e rádio

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Crítica da segunda série de Everyone Else Burns – este brilhante programa do Juízo Final pode salvar a sitcom | Televisão e rádio

Rachel Aroesti

HComo você faz a comédia da velha escola – com seus enredos improváveis, personagens de desenho animado e cenário enigmático – parecer nova e relevante na Grã-Bretanha do século 21? Aparentemente, a resposta é evitar completamente o mundo moderno. Seguindo a devota família Lewis, Everyone Else Burns surge em uma igreja evangélica (e culto do Juízo Final) com sede em Manchester, onde a misoginia, a homofobia e um senso de comunidade chocantemente antiquado estão todos vivos e bem. É um material deliberadamente não identificável, apresentado em um estilo obstinadamente artificial e com um penteado estúpido e pesado. Como comédia contemporânea não deveria funcionar, mas – por Deus – realmente funciona.

O brilhantismo de Everyone Else Burns – agora retornando para uma segunda série – é em parte o resultado de um roteiro repleto de piadas peculiares, mas principalmente devido a um elenco que é simplesmente uma alegria de se ver. Como o patriarca patologicamente incompetente David, Simon Bird, de The Inbetweeners, de alguma forma caminha na linha entre o terrivelmente opressivo e o ingênuo comovente: um devoto do credo misógino de sua seita, ele não tem nenhum escrúpulo em ser um déspota à mesa de jantar, mas sua falta de mundanismo (ele acredita que contemplar a garota Sun-Maid constitui infidelidade conjugal) e a energia totalmente não-alfa de Bird significam que ele é mais tolo do que tirano.

Luta espiritual… Fiona (Kate O’Flynn) e Melissa (Morgana Robinson). Fotografia: Matt Squire/Jax Media & Universal International Studios/Canal 4

Todos os outros também se destacam: Kate O’Flynn é extremamente estranha no papel da esposa traficante e reprimida de David, Fiona, que é continuamente desencaminhada pela vizinha travessa Melissa (a grande Morgana Robinson). Arsher Ali, de Funny Woman, transforma o líder corrupto da igreja, Samson, em um vilão assustadoramente rude, enquanto Kadiff Kirwan fica sutilmente perturbado como o enlutado, mas forte, ancião da igreja, Andrew, admirado por Fiona. Meu destaque pessoal, no entanto, é o (relativamente) jovem e (relativamente) moderno Abijah, que dá a Al Roberts – de Stath Lets Flats e do trio de esquetes Sheeps – a chance de aperfeiçoar sua especialidade cômica: caras tragicamente legais que cheiram a arrependimento ( seu colega do Sheeps, Liam Williams, também retorna amarrado em um cinto de castidade como o “congregante caído” Joel).

A primeira série cobriu a ambição frustrada de David de se tornar um ancião, a ambição frustrada de sua filha Rachel de se tornar médica (aqueles que fazem um bem tangível aparentemente não chegam ao céu) e a ambição não frustrada de seu filho Aaron de desenhar desenhos homoeróticos extremamente talentosos de personagens bíblicos. Desta vez, o foco é o amor e os relacionamentos, tema anunciado pela decisão de Sansão de trazer de volta o casamento arranjado. Rachel – cujos sonhos universitários foram arrancados de suas mãos e substituídos por outra pilha de panfletos sobre o Senhor – faz dupla com o himbo e influenciador cristão Jeb (o brilhante stand-up Paddy Young, estrelando seu primeiro papel na TV), depois de decidir desviar a série. um interesse amoroso, Josh (Ali Khan), um ex-pária da igreja que também é filho de Sansão. Josh é acompanhado pela incrivelmente irritante Heather (Olivia Marcus), cuja voz sussurrante desmente tendências ameaçadoras.

Está tudo arranjado… Jeb (Paddy Young), Abijah (Al Roberts) e Rachel (Amy James-Kelly). Fotografia: Ben Blackall/Jax Media e Universal International Studios/Canal 4

Enquanto isso, Fiona persegue Andrew abertamente hostil em um estilo maravilhosamente deselegante, enquanto uma misteriosa frequentadora da igreja chamada Maude (Sian Clifford de Fleabag) persegue David. O último enredo, em que a imperiosa Maude tenta destruir o casamento dos Lewises porque acredita que David é “flexível”, é o elo fraco do programa e um lembrete de por que esse estilo de sitcom saiu de moda. Como personagem e enredo, Maude – que não tem uma história de fundo inteligível – parece vazia; o brilho do humor está presente em sua manipulação mandona, mas falta a substância cômica.

Enlutado, mas forte… Kadiff Kirwan como Andrew. Fotografia: Ben Blackall/Jax Media e Universal International Studios/Canal 4

Dito isto, Maude destaca como todo o resto permanece certo. Pode se apegar a tropos estilísticos – as cenas fluem em uma névoa de piadas quase previsíveis, enquanto mecanismos de sitcom estabelecidos significam que as crises sempre são resolvidas – mas nada no cenário ou nos personagens parece cínico ou superficial. É quase impossível para novos escritores de comédia conseguirem uma série de TV encomendada que não seja pelo menos semiautobiográfica e isso não é exceção: Dillon Mapletoft, que co-criou Everyone Else Burns com Oliver Taylor, cresceu como um cristão fundamentalista . Embora a série não faça nenhuma tentativa óbvia de extrair autenticidade desse fato, ela explica o sentimento de empatia presente na série – os personagens são ridículos, mas nunca tratados com desprezo.

Everyone Else Burns também não é desprovido de temas importantes. Em um enredo, Aaron e Andrew se unem para combater a homofobia na igreja, mas o tom do show é de brincadeira onipresente. Como uma sátira às atitudes ultraconservadoras, abraça o frisson da transgressão que acompanha a exibição da autocracia doméstica de David, mas também perfura estas ideias de uma forma satisfatória, resultando em algo catárticamente progressista, mas nunca enfadonho.

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Na verdade, a única mensagem que o programa parece interessado em espalhar é o valor contínuo de seu gênero cronicamente alegre. Deus pode não acabar salvando as almas da família Lewis, mas pode ter salvado a comédia.

Todo mundo queima está no Canal 4 agora.



Leia Mais: The Guardian



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Joe Biden chega à Alemanha para breve visita de despedida – DW – 18/10/2024

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Joe Biden chega à Alemanha para breve visita de despedida – DW – 18/10/2024

Pular próxima seção Biden chega a Berlim em meio a notícias da morte de Sinwar em Gaza

18 de outubro de 2024

Biden chega a Berlim em meio a notícias da morte de Sinwar em Gaza

Presidente dos EUA Joe Biden chegou em Alemanha antes das conversações com os líderes europeus sobre o apoio à guerra da Ucrânia contra a Rússia e a Conflito no Oriente Médio. O Força Aérea Um pousou na noite de quinta-feira.

Na chegada ao aeroporto de Berlim Brandenburg, Biden falou aos repórteres sobre a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar em Gaza na quinta-feira.

Ele disse que isso representa uma oportunidade para um novo impulso para a libertação de reféns e um acordo de cessar-fogo.

“Agora é a hora de seguir em frente”, disse Biden. “Seguir em frente, avançar em direção a um cessar-fogo em Gaza, garantir que estamos avançando numa direção que seremos capazes de melhorar as coisas para o mundo inteiro.”

O presidente Joe Biden fala com a mídia ao chegar ao Aeroporto Berlin Brandenburg, Berlim, Alemanha, 17 de outubro de 2024.
É provável que os conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia apareçam durante a visita de Biden, sobretudo após a notícia da morte de Sinwar.Imagem: Elizabeth Frantz/REUTERS

Biden também conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante seu voo no Força Aérea Um.

https://p.dw.com/p/4lvs5



Leia Mais: Dw

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onde assistir, e as escalações para hoje

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Sport Huancayo

No próximo dia 17 de outubro de 2024, Sport Huancayo e Atlético Grau se enfrentarão em um confronto emocionante pela 14ª rodada do Clausura do Campeonato Peruano. A partida será realizada no Estádio Huancayo, e está marcada para começar às 20h (horário local). Este encontro promete ser decisivo, considerando a importância de ambos os clubes na busca por melhores posições na tabela.

O Atlético Grau chega motivado, com uma sequência positiva como visitante, enquanto o Sport Huancayo espera aproveitar o apoio de sua torcida para conquistar mais três pontos em casa.

Transmissão ao vivo e onde assistir

Os torcedores que quiserem acompanhar a partida ao vivo poderão fazê-lo através de canais de televisão especializados em esportes, bem como plataformas de streaming que transmitem os jogos do Campeonato Peruano. Além disso, diversos portais online oferecerão cobertura minuto a minuto, com atualizações de placar, lances e estatísticas em tempo real.

Para quem prefere acompanhar o jogo online, diversas opções estarão disponíveis, incluindo aplicativos que trazem o placar ao vivo e transmissões diretas, o que facilita o acesso ao jogo em qualquer lugar.

Análise do confronto

O Sport Huancayo, jogando em casa, tem um desempenho respeitável na temporada, com três vitórias, dois empates e uma derrota em seus últimos seis jogos no Estádio Huancayo. A equipe busca se firmar ainda mais na competição, principalmente após resultados mistos nas rodadas anteriores. O atacante Lucas Cano é um dos destaques da equipe, sendo o artilheiro com 14 gols na temporada, o que faz dele uma peça fundamental para o time.

Por outro lado, o Atlético Grau vive um bom momento fora de casa, somando quatro jogos invictos, com uma vitória e três empates. O clube é conhecido por seu jogo estratégico e pela solidez defensiva, o que pode dificultar o ataque do Huancayo. O atacante Neri Bandiera também tem se destacado, com dez gols marcados na temporada, e será uma peça chave na tentativa de desequilibrar a partida.

Prováveis escalações

As duas equipes devem entrar em campo com força total, trazendo seus principais jogadores para buscar a vitória.

Sport Huancayo:

  • Goleiro: Zamudio
  • Defensores: Valoyes, Pérez, Huaccha
  • Meio-campistas: Morales, Yuya, Benítez
  • Atacantes: Cano, Montes, Lliuya

Atlético Grau:

  • Goleiro: Medina
  • Defensores: Chávez, Yovera, Salas
  • Meio-campistas: Rodas, Palomino, Andia
  • Atacantes: Bandiera, Collazos, Neira

A presença de Cano no ataque do Huancayo e Bandiera pelo Grau será crucial para definir os rumos do jogo. Ambos têm sido os destaques de seus clubes nesta temporada e, com certeza, serão marcados de perto pelas defesas adversárias.

Retrospecto e expectativas

O retrospecto recente entre as equipes aponta equilíbrio. Nos últimos confrontos, o Sport Huancayo tem se mostrado levemente superior, com três vitórias, enquanto o Atlético Grau soma uma vitória e quatro empates. A última vez que o Atlético Grau perdeu jogando fora de casa foi em agosto, o que demonstra sua força longe de seus domínios.

No entanto, o fator casa pode pesar a favor do Sport Huancayo, que tem um bom histórico jogando em seu estádio. O apoio da torcida será fundamental para pressionar o adversário e tentar controlar as ações da partida desde o início.

Aspectos técnicos e táticos

Espera-se um jogo muito disputado taticamente. O Sport Huancayo, que costuma atuar de forma mais ofensiva em casa, terá de ser cuidadoso para não dar espaço aos contra-ataques do Atlético Grau. A equipe visitante, por sua vez, deverá manter sua postura mais cautelosa, buscando explorar os erros do adversário e contando com a velocidade de Bandiera para surpreender no ataque.

A defesa do Grau tem se mostrado sólida nas últimas partidas, e essa será uma de suas maiores armas contra o ataque potente do Huancayo, que tem no seu meio-campo a capacidade de criação com jogadores como Benítez e Yuya. Para o Grau, a chave será manter a consistência defensiva e aproveitar as chances em contra-ataques rápidos.

O que esperar do jogo?

Com base nas estatísticas e no desempenho recente de ambas as equipes, a expectativa é de um confronto equilibrado, mas com leve favoritismo para o Sport Huancayo, especialmente por jogar em casa. No entanto, o Atlético Grau tem mostrado uma capacidade de adaptação fora de seus domínios, o que pode resultar em um jogo muito aberto e com oportunidades para ambos os lados.

O fator emocional também não pode ser ignorado, já que estamos chegando nas fases finais da competição, e cada ponto é crucial para os objetivos dos times. O Huancayo busca uma posição melhor na tabela, enquanto o Grau ainda sonha com a possibilidade de se classificar para competições internacionais.

Cronologia de fatos importantes

  • Últimos seis jogos do Sport Huancayo: 2 vitórias, 1 empate, 3 derrotas
  • Últimos seis jogos do Atlético Grau: 3 vitórias, 3 empates, 0 derrotas
  • Último confronto entre as equipes: Empate em 1 a 1
  • Melhor ataque: Lucas Cano (Sport Huancayo), com 14 gols
  • Melhor defesa: Atlético Grau, com solidez nos jogos fora de casa

A partida entre Sport Huancayo e Atlético Grau, no dia 17 de outubro de 2024, promete ser um dos jogos mais interessantes da rodada do Clausura no Campeonato Peruano. Com dois ataques de qualidade e defesas bem organizadas, o jogo pode ser decidido nos detalhes. A torcida do Huancayo certamente estará presente para empurrar o time da casa, enquanto o Grau tentará manter sua invencibilidade fora de casa.

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Trump, Milei, dólar, juros e outras coisas ruins para Lula – 17/10/2024 – Vinicius Torres Freire

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Trump, Milei, dólar, juros e outras coisas ruins para Lula - 17/10/2024 - Vinicius Torres Freire

Vinicius Torres Freire

São Paulo ficou um final de semana largada às moscas depois do temporal da sexta-feira passada (11). Ricardo Nunes (MDB), de histórico tão apagado quanto os faróis da cidade, perdeu uns pontos, diz o Datafolha. Mas ainda bate Guilherme Boulos (PSOL e apoiado pelo PT) por 61% a 39%, se a conta é feita por votos válidos. “Farol” é semáforo, em paulistês.

Alguns petistas fazem troça de Boulos e das alianças do partido. Mas, no primeiro turno, Boulos teve mais do que o triplo dos votos do candidato do PT a prefeito em 2020, que conseguiu apenas 8,7% e chegou em sexto lugar, atrás até do defenestrado Mamãe Falei. Diante desses e de outros resultados ruins, conviria que PT e esquerda deixassem de picuinhas.

A votação dos partidos à esquerda para prefeito neste 2024 foi a pior do século, em curva de degradação similar à da votação para deputado federal, com o que o centrão-direitão mais e mais domina o país. O PT elegeu quantidade diminuta de prefeitos. Não tem candidato a governador em São Paulo. Terá poucos puxadores de voto para o Congresso em 2026.

O cenário político-partidário é ruim; há nuvens cinzas de riscos econômicos se formando no horizonte. O forte aumento de salários e de benefícios sociais não ajuda a levantar avaliação do governo Lula. Além do caso nacional, há exemplos municipais, regionais e internacionais de que eleição é ainda menos a “economia, seu burro!”, como se dizia nas campanhas dos 1990.

A atividade econômica nos Estados Unidos vai muito bem. A possibilidade de Donald Trump ganhar a eleição é próxima de 50%. Uma vitória do cada vez mais lunático e afascistado Trump não apenas seria inspiração para as direitas. Poderia criar encrencas econômicas, a começar por uma alta de juros nos EUA (para começar, pois é o potencial de estrago de Trump é bem maior).

A atividade econômica na Argentina vai muito mal. Javier Milei, tio-avô político de Pablo Marçal, faz um acerto fiscal com o couro de boa parte dos argentinos (queda real de mais 18% no gasto com aposentadorias e benefícios sociais, de mais de 19% no salário dos servidores, de 78% no investimento público, de uns 7% no salário médio etc.). O PIB deve cair 4% neste ano.

A nota de confiança em Milei está ora em baixa, decerto, de 57,2% em dezembro para 43,2% em setembro (traduzindo um índice de confiança da Universidade Torcuato di Tella). Mas Milei ainda resiste, mesmo no fundo do poço de horrores sociais. Há mais na política argentina do que indicadores econômicos horríveis. Pode ser o cansaço terminal com os peronismos, a desmoralização de sindicatos e movimentos sociais ou o que seja. Mas há mais.

Economia não é tudo, mas há nuvens cinzas no horizonte brasileiro. Depois de cair bem, a inflação de alimentos (“alimentação no domicílio”) passou de 6% ao ano. O dólar morando na casa dos R$ 5,6 é um acúmulo de pressão inflacionária (Trump no poder e a anemia econômica na China podem manter ou piorar esse cenário). Os juros no atacado do mercado de dinheiro simplesmente estão desembestados. Não é prenúncio certo de problema, mas a vaca observa o brejo.

A derrota eleitoral, a falta de perspectiva ou de novo discurso políticos e riscos econômicos no horizonte deveriam suscitar chacoalhada grande nas esquerdas, o que não se vê ainda. Ou vão refazer a “bet” de 2014?


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