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Crítica | Duna: A Profecia – 1X06: O Inimigo Arrogante

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3 meses atrásem
- Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas dos demais episódios.
Eu não devo ter medo. Medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Eu enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e me atravesse. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu permanecerei.
Com o anúncio da renovação de Duna: A Profecia para uma segunda temporada, minha dúvida sobre a natureza da obra – se era série ou minissérie – foi resolvida e senti também alívio por isso abrir espaço para que todas as linhas narrativas sejam tratadas com a calma que elas precisam, sem correrias no último episódio, por maior que ele pudesse ser. E, quando vi que ele seria quase do tamanho de um longa-metragem, minha reação inicial foi de preguiça, mas, na medida em que ele progredia, pude notar que o roteiro procurou fazer justiça ao conceito de que uma temporada deve trabalhar um arco completo, mesmo que o final acabe naturalmente aberto, e o resultado, nesse sentido, foi muito satisfatório, diria até mesmo uma surpresa por tudo acabar de cabeça para baixo em termos de status quo em Salusa Secundus e na Irmandade, e, claro, por vermos Valya, Ynez e Keiran chegando em Arrakis para tentar descobrir quem é que está realmente por trás de tudo.
O melhor do longo, mas bem concatenado episódio, foi o uso de flashbacks intercalando as sequências de ação no presente. Não que isso seja incomum, mas, aqui, Anna Foerster comandou muito bem as transições e soube dar variedade aos retornos ao passado, algo que acontece da maneira tradicional, como as lembranças de Tula sobre o destino de seu filho com Orry Atreides, como visões de uma compreensivelmente vingativa Dorotea controlando o corpo e a mente de Lila e como um retorno ao maior medo de Valya, que é ao mesmo tempo perder seu irmão e ser a causa de sua morte. Com esse jogo de passado e presente, o episódio termina de montar o quebra-cabeças da temporada e entrega um quadro bastante claro que os eventos, então, tratam de derrubar, primeiro fazendo do imperador uma figura trágica, destruída pelas verdades que uma inclemente Valya diz para ele e que o leva a fazer a única coisa que poderia fazer, depois pareando Ynez com Keiran sob a guarda de Valya, mais para a frente fazendo com que Dorotea vire o jogo na Irmandade, revele os segredos sujos que Valya e suas comparsas esconderam por décadas e tome controle da ordem e, finalmente, reunindo Tula e seu filho depois que ela ajuda a irmã marionetista a vencer o medo e, no processo, o vírus nanotecnológico implantado em Desmond.
Falando em medo, achei interessante que, ao que tudo indica, a famosa Litania do Medo que citei na integralidade na abertura da crítica, tem sua origem exatamente aqui, com Tula guiando Valya para não lutar contra o vírus, mas sim basicamente encará-lo de frente, deixando o medo passar por ela. É um tanto quanto literal, admito, mas é um esforço valoroso ressignificar algo tão importante para o universo criado por Frank Herbert e que tem cunho filosófico, a partir de algo prático, de uma “simples” estratégia para lidar com tecnologia das Máquinas Pensantes. Não sei se isso existe no livro de Brian Herbert e Kevin J. Anderson que inspirou a série, mas, considerando que a dupla adora expandir e explicar conceitos herméticos do autor original, basicamente criando fanfics, isso é algo que tem todo o jeito dos dois, mas que, aqui, eu gostei talvez até mais do que devesse.
No final das contas, a temporada acaba encerrando seus arcos narrativos e começando uma segunda fase deles com cartas mais claras na mesa e com a apresentação de um novo inimigo nas sombras que eu cheguei a imaginar que fosse só as Máquinas Pensantes, mas que, conforme Valya, é, na verdade, alguém usando-as para seu benefício, basicamente com ela mesma sempre fez. Claro que ela não é um encerramento completamente sem problemas, pois a própria introdução desse “novo inimigo” pareceu-me um golpe baixo se ele, lá para a frente, for realmente revelado como novo e não alguém já apresentado antes. Além disso, o uso de Theodosia, que fora lentamente “preparada” para ter seu grande momento, acabou sendo absolutamente pífio e sem graça, algo semelhante à aparição de meros segundos de Harrow Harkonnen ou o conveniente sumiço de Constantine Corrino da história. Como se isso não bastasse, a chegada de Dorotea e das irmãs ao subsolo onde Anirul se encontra foi rápido e fácil demais quando por diversas vezes ao longo da temporada os roteiros fizeram esforços claros para mostrar que existem chaves de acesso limitado.
Mas os problemas foram compensados pelo destaque dado à Emily Watson como Valya, valendo especial menção para a sequência em que ela destrói Javicco sentada impassivelmente em seu próprio trono e na ótima, mas infelizmente breve, sequência de combate que ela protagoniza usando a Voz como sua única arma. De maneira semelhante, Olivia Williams também ganhou holofotes novamente primeiro ao descobrir como lidar com o vírus usando uma irmã aleatória para isso, depois por ajudar Valya e, por último, na cena em que ela se aproxima do filho e, entre medo e hesitações, o abraça, com Travis Fimmel realmente conseguindo convencer em um momento de ótima carga dramática. E, agora que todos os espectadores estão devidamente ambientados para essa versão pretérita do universo dos filmes de Denis Villeneuve, a tendência é que a segunda temporada seja mais harmônica e, portanto, tenha homogeneamente mais qualidade. Só espero que, agora que sabemos que se trata de uma série, Diane Ademu-John e Alison Schapker tenha planos concretos de como ela será desenvolvida, sem se perder em enrolações infinitas.
Duna: A Profecia – 1X06: O Inimigo Arrogante (Dune: Prophecy – 1X06: The High-Handed Enemy – EUA, 22 de dezembro de 2024)
Desenvolvimento: Diane Ademu-John, Alison Schapker
Direção: Anna Foerster
Roteiro: Elizabeth Padden, Suzanne Wrubel
Elenco: Emily Watson, Jessica Barden, Olivia Williams, Emma Canning, Jodhi May, Sarah-Sofie Boussnina, Chloe Lea, Chris Mason, Shalom Brune-Franklin, Mark Strong, Travis Fimmel, Jade Anouka, Edward Davis, Josh Heuston, Faoileann Cunningham, Aoife Hinds, Barbara Marten, Tabu
Duração: 81 min.
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Experiências acadêmicas que fazem diferença para o mercado – 09/03/2025 – Carreiras

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6 minutos atrásem
9 de março de 2025
Beatriz Pecinato
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Informações semanais sobre mercado de trabalho e dicas para universitários e recém-formados alavancarem sua vida profissional
Destacar-se em um processo seletivo não é uma tarefa simples. São milhares de currículos para serem analisados, e é preciso chamar a atenção dos recrutadores de alguma forma.
Conversei com especialistas que me contaram o que brilha os olhos das companhias.
Do que estamos falando? Experiências acadêmicas como monitoria, intercâmbio e empresas juniores são grandes diferenciais na hora de conseguir uma vaga.
E por quê? Participar dessas atividades desenvolve uma série de habilidades, como comunicação e comprometimento com prazos, explica Jéssica Gondim, gerente da Companhia de Estágios.
Além disso, ajuda a criar uma boa história na hora de se apresentar.
- “Quando alguém tem essas experiências e consegue colocá-las em um bom discurso, o recrutador consegue avaliar mais pontos. […] Ele tem mais insumos para analisar aquela pessoa”, diz Gondim.
As companhias buscam, para além da experiência em si, quais aprendizados os candidatos tiveram com elas, explica Roberta Saragiotto, diretora de people e strategy na Start Carreiras.
“Qual o impacto essa experiência teve no desenvolvimento desta pessoa? Como isso vai fazer com que ela tenha uma evolução de carreira mais aprimorada?” exemplifica.
Todos esses projetos refletem nas habilidades de resistência, capacidade analítica, inovação, liderança e comunicação dos participantes de processos seletivos.
Quanto mais vivências tiver, mais competências você desenvolve. Então, como escolher o que fazer?
Se sua faculdade oferece todas as opções e você tem oportunidade de realizá-las, escolha o que mais te chamar a atenção.
Porém, é importante não deixar as atividades se atrapalharem. O mais indicado, segundo Gondim, é ser seletivo e se dedicar a uma experiência por vez.
Explico melhor quatro projetos acadêmicos e como eles se destacam para os entrevistadores:
Intercâmbio
Pode ter duração de um ano, um semestre ou de alguns meses.
Os candidatos que têm ele no currículo demonstram alta adaptabilidade, boas habilidades de comunicação e resistência, pontua Saragiotto.
- Algumas empresas, inclusive, dão preferência para pessoas que têm essa vivência internacional, porque é mais fácil para eles trabalharem com ambientes globais, diz a diretora.
Esse projeto também permite que as pessoas saiam de sua zona de conforto, pontua Gondim. “É preciso ir para um país desconhecido, com uma nova cultura, muitas vezes sozinho. […] A pessoa ganha maturidade”.
↳ O intercâmbio também é bem visto por ajudar a aprimorar um novo idioma.
Empresa júnior
É uma organização formada por estudantes de faculdades, que simula as atividades de uma empresa de verdade. Geralmente, presta serviços para outras companhias.
Alunos participantes desse projeto são expostos a experiências reais e entendem as responsabilidades e o funcionamento de uma instituição empresarial antes mesmo de entrar no mercado de trabalho.
- “Eles entendem a importância de cada papel, de respeitar horários, e criam essa responsabilidade e disciplina” aponta Gondim.
A atividade também ajuda a desenvolver habilidades como trabalho em equipe, tomada de decisões, gestão de projetos e controle de atividades, o que conta como um diferencial.
Monitoria
Estudantes aplicam para auxiliar o professor em alguma disciplina.
O benefício está em desenvolver uma boa comunicação e relacionamentos interpessoais, diz Gondim. “Monitores são mais pacientes e transmitem as informações de maneira clara”.
A experiência prepara o estudante para desenvolver projetos relacionados ao tema da disciplina e garante maior domínio técnico e teórico do assunto da aula.
“É uma pessoa que se aprofunda mais em conhecimentos, e ela pode ter uma didática e a habilidade de comunicação um pouco mais valorizada” exemplifica Saragiotto.
Iniciação científica
Alunos escolhem um tema e fazem uma pesquisa acadêmica, com o objetivo de investigar um objeto de estudo.
Essa atividade, que é também mais teórica, permite que os estudantes conheçam os termos técnicos, materiais e processos da área estudada, explica a gerente da Companhia de Estágios.
- Além disso, se a iniciação for em um ramo das exatas, o candidato pode ter contato com laboratórios e saber como os equipamentos funcionam na prática, antes mesmo de ingressar em uma empresa.
E como apresentar essas experiências no currículo?
Coloque todos os projetos que você fez parte, mas não gaste muito espaço com explicações. A chave é resumir as atividades, destacando as palavras chaves e aprendizados importantes, e contar mais detalhes durante a entrevista.
↳ Por quê? Muitas informações podem atrapalhar o revisor de currículos. Muitas vezes, a triagem de candidatos é feita por inteligência artificial, que pode não conseguir identificar os pontos chaves se os textos forem muito extensos.
Um exemplo: fiz parte da empresa júnior da minha faculdade e ajudei a organizar uma feira que custou R$ 200 mil reais. Nesse projeto, foi possível aprimorar minhas habilidades de comunicação, organização e gestão de pessoas e de finanças.
Conselhos de CEO
Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira
Sobre ela: Roberta Rosenburg possui mais de 26 anos de experiência em treinamento e desenvolvimento de pessoas. Tendo como foco a capacitação de lideranças, em sua trajetória profissional já desenvolveu e entregou projetos para mais de 100 empresas, como GSK, ExxonMobil, Unilever, Mercado Livre, Ball Corporation, Salesforce, Danone, Schlumberger. É CEO e co-fundadora da F.Lead, consultoria de desenvolvimento profissional e especialista em capacitação e desenvolvimento de liderança.
Meu primeiro emprego… Foi como atriz (fiz novelas e peças teatrais), e acabei me associando com a produtora das peças.
O que eu faria diferente… Acredito que teria tido mais paciência e entendido que tudo o que fiz valeu como experiência para o que faço hoje. Além disso, não teria trabalhado tanto tempo fora do Brasil, pois demorei muito para criar uma rede de contatos quando voltei.
Um erro do qual não esqueço… Demorar a aceitar que meu diferencial era justamente minha sensibilidade, porque a percebia como fraqueza.
Uma habilidade essencial… Hoje, duas são indispensáveis para quem deseja crescer e se destacar: adaptabilidade e comunicação eficaz. Ser capaz de se ajustar rapidamente a novos cenários, aprender com agilidade e aproveitar oportunidades é essencial para permanecer relevante em um ambiente dinâmico. Da mesma forma, saber se comunicar bem, transmitindo suas ideias de forma clara, criando conexões genuínas e influenciando positivamente, é o que diferencia profissionais que lideram com impacto e possuem valor para o mercado.
Um conselho para jovens profissionais… Cultive a curiosidade e a vontade de aprender. No ritmo acelerado em que o mundo do trabalho evolui, não existe espaço para estagnação. As habilidades que te destacam hoje podem se tornar obsoletas amanhã. Para acompanhar essas mudanças, é essencial estar aberto ao novo e abraçar desafios fora da zona de conforto. Também valorize as conexões humanas. O networking não é só sobre trabalho, e sim sobre relacionamentos que podem te transformar. Relacionamentos importam e podem oferecer oportunidades para trocar conhecimentos, descobrir novos trabalhos e encontrar mentores que possam orientá-lo em seu crescimento.
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Encontrando uma fazenda de cannabis em sua casa – podcast | Cannabis

PUBLICADO
18 minutos atrásem
9 de março de 2025
Presented by Helen Pidd with Sirin Kale Kale; produced by Lucy Houghand Hannah Varrall; executive producer Homa Khaleeli
Hajaj Hajaj tinha 79 anos quando alugou sua casa no sul Londresentão sua filha, meio que Jackson, pediu que ele usasse um agente de locação respeitável para tranquilidade. Ele contratou uma empresa chamada Imperial depois de ficar impressionado com o profissionalismo do agente, Shan Miah.
Mas, meio que diz Helen Piddo pai dela ficou gravemente doente com Covid e quase morreu, e quando ele saiu do hospital, foi descobrir que sua esposa havia sido diagnosticada com a de Alzheimer, o que significa que ele de repente precisava pagar pelos cuidados dela. Ele então descobriu que, durante esse período, o aluguel de sua propriedade havia parado de repente.
A família fez uma ligação após telefonema para Imperial pedindo seu aluguel. Finalmente, o filho de Hajaj foi para a propriedade, para encontrar uma porta de aço. Ele podia ouvir os fãs zumbindo-a casa alugada de seu pai foi transformada em uma fazenda de cannabis. “Todo quarto daquela casa havia sido destruído com plantas de maconha”, diz meio que “e também encontramos um homem que vive em uma sala muito pequena no loft da propriedade”.
A polícia prendeu o homem, mas não investigou mais. Então, meio que entrou em contato com o escritor do Guardian, Sirin Kale, que logo descobriu que a Imperial não era uma empresa legítima e destruiu as propriedades de muitos outros proprietários.
Mas quem estava por trás disso – e quão generalizado é esse tipo de golpe?
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Nos Estados Unidos, o mundo do livro sob os ataques da censura Trumpiana

PUBLICADO
30 minutos atrásem
9 de março de 2025

Juntamente com as novidades tradicionais, clássicos ou livros de culinária, uma nova seção convida há vários meses nas prateleiras das livrarias independentes americanas. Frequentemente, Soberly Stamped livros proibidos (“Livros proibidos”), ele contém dezenas de títulos, disponíveis para venda, mas proibido de transmitir nas bibliotecas e escolas de certos estados do país. Por quatro anos, e ainda mais desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro, a superfície alocada a esses títulos proibidos continua a se expandir. TEM O olho mais azulde Toni Morrison, Não atire no pássaro zombeteiro, de Harper Lee, ou O servo escarlateDe Margaret Atwood, existem novos trabalhos, romances, autobiografias ou testes todos os dias.
De acordo com números da American Library Association (ALA), que representa os bibliotecários do país, em 2023, 47 % dos títulos diferidos eram pelo conteúdo que descreveu a experiência de transidentidade ou homossexualidade (como romances gráficos Gênero queer, por Maia Kobabe, e Flamer, de Mike Curato, ou o livro de não ficção Este livro é gay, de Juno Dawson), ou racismo e sua história na América (como O projeto de 1619, Jornalista Nikole Hannah-Jones). Para o único ano letivo de 2023-2024, a Pen America Association, que luta em todo o mundo pela liberdade de expressão de escritores, registrou cerca de 10.046 Livros proibições nas bibliotecas escolares do país, em comparação com vinte e cinco Tentativas de proibir quatro anos atrás.
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