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Cruzeiro do Sul: MPAC obtém condenação de réus a penas que somam mais de 70 anos de prisão

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da 1ª Promotoria Criminal de Cruzeiro do Sul, conseguiu a condenação de dois homens em julgamento pelo Tribunal do Júri, realizado na semana passada. Joaquim Carlos Vasconcelos e Sávio Oliveira Gomes são acusados pela morte de duas pessoas.

O crime aconteceu em fevereiro de 2017 e gerou comoção na cidade face às circunstâncias do duplo homicídio, uma vez que os criminosos desligaram o padrão de energia da residência de uma das vítimas.



O julgamento dos acusados durou mais de 12 horas. Apesar de negarem as acusações desde o dia em que foram presos, em 24 de março de 2107, o Conselho de Sentença, formado pelos jurados, decidiu pela condenação.

 As penas

Joaquim Vasconcelos foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, corrupção de menores – por ter o envolvimento de um menor no momento dos crimes – e por integrar organização criminosa. Por esses crimes, ele foi sentenciado a 26 anos e 1 mês de reclusão em regime fechado.

Segundo o promotor que atuou no caso, Júlio César de Medeiros, o inquérito policial apurou que Joaquim Vasconcelos teria dado ordens para matar a primeira vítima, Mauri Silva, devido à rivalidade entre facções criminosas, mas não foi comprovado que ele tinha o dolo de ordenar o homicídio de Antônio Lucas, o qual foi executado no local como “queima de arquivo”.

Já o segundo acusado foi sentenciado a 44 anos e 10 meses de prisão. De acordo com o promotor, Sávio Gomes teria executado os dois jovens a tiros e, por isso, foi condenado por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas e também pelos crimes de corrupção de menor e por promover organização criminosa.

“Trata-se de um crime de mando no qual, apesar da ausência de testemunhais presenciais, a sustentação do Ministério Público foi totalmente acolhida e fundamentou-se em indícios de provas corroborados harmonicamente por imagens de câmeras de vídeo, relatório técnico policial e colaboração premiada. Importante destacar que, durante o transcorrer desse processo, este caso contou com a atuação de pelo menos seis promotores, sendo que todos colaboraram para esse deslinde final, vez que o caso demandou considerável complexidade”, explicou o promotor.

O crime

Os primos Mauri Lima da Silva, de 29 anos, e Antônio Lucas de Souza, foram executados a tiros na casa de Mauri, no Bairro da Lagoa, no dia 28 de fevereiro de 2017. De acordo com o Ministério Público, os autores chegaram em frente a residência e desligaram o padrão de energia.

Quando Mauri Silva foi verificar o que havia ocorrido, foi surpreendido com 05 disparos de arma de fogo. O primo dele, que não era integrante de facção criminosa, teria presenciado o crime e também foi executado como ‘queima de arquivo’, por ter reconhecido os assassinos no local do crime.

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