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Cultura popular: Largo da Gente ressalta a identidade cultural do povo sergipano

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No local, esculturas gigantes representam figuras do folclore e preservam tradições culturais do estado
Localizado na avenida que mais representa o Rio Sergipe, Ivo do Prado, o ‘Largo da Gente Sergipan’a é um dos pontos turísticos mais emblemáticos do Estado de Sergipe. Inaugurado em 2018, o local faz parte do complexo cultural do Museu da Gente Sergipana em homenagem às tradições, danças e personagens que moldaram a identidade do estado. Por meio de esculturas gigantes que representam figuras do folclore sergipano e que embelezam o local, o Largo também representa a resistência e a preservação das tradições culturais do estado, proporcionando aos visitantes uma conexão autêntica com a arte, a história e as expressões populares.
Sergipanidade – A data de 24 de outubro, conhecida como o ‘Dia da Sergipanidade’, foi instituída pela Lei nº 8.601/2019, aprovada pela Assembleia Legislativa de Sergipe, que tem o objetivo de reafirmar a identidade cultural sergipana, destacando as características inerentes ao sergipano. Mas, apesar das celebrações do 24 de outubro já existirem há algum tempo, anteriormente, a data se confundia com o 8 de julho, dia em que se comemora a emancipação política do Estado.
As duas datas entraram em conflito devido às conturbadas lutas políticas do território de Sergipe e Bahia. Foi em 8 de julho de 1820, que o Rei do Brasil e Portugal, Dom João VI, assinou a Carta Régia elevando Sergipe à categoria de Capitania Independente. Mas, até a década de 1990, os sergipanos também celebravam o 24 de outubro como a Emancipação Política de Sergipe. A mudança oficial para o dia 8 de julho foi feita por meio da Emenda Constitucional nº 20, de 31 de maio de 2000.
Com a alteração, o 8 de julho ficou conhecido como o Dia da Emancipação Política de Sergipe e o 24 de outubro, como o Dia da Sergipanidade.
Os lambe-sujos
Os lambe-sujos cujo nome se deve à tradição de pintar o corpo com carvão pisado e misturado ao cabaú, têm como personagens: o Rei Africano, vestido de calça vermelha, camisa de mangas compridas, colete e coroa; a Princesa, cujo vestido é brilhoso, adornado por um diadema de papelão; os Embaixadores, que guardam o Rei; a Mãe Suzana, trajando uma bata estampada de retalhos, carregando um cesto de palha cheio de panelas e doações da população; o Pai Juá, o guia espiritual dos negros durante a batalha; o Feitor, que se distingue dos demais por usar um colete; os Tocadores e os brincantes, vestidos com calções e gorros vermelhos, tendo na mão seu instrumento de trabalho, a foice. Usam ainda, um cachimbo ou uma chupeta. Já nos caboclinhos, são constituídos pelos Índios, onde se distingue o chefe, a Princesa, os Embaixadores, os Tocadores e os brincantes. Se vestem com saiotes de penas coloridas e cocar, portando o arco e flechas destinadas à sua defesa. Todos passam no corpo roxo-terra misturado com água, para lhes dar um tom avermelhado. Com o roubo da Princesa, as embaixadas acontecem. Os negros se recusam a entregar a Princesa e a se render, o que provoca a realização do momento mais importante do folguedo, que é o combate. A luta entre os dois grupos, segundo alguns pesquisadores, relembra a destruição dos quilombos pelos capitães do mato. Os caboclinhos saem vencedores, salvando sua Princesa, levando os negros acorrentados pela cidade. Para comprar a liberdade dos negros, Mãe Suzana, recolhe doações da população. Cantos, danças e lutas compõe a dramaturgia do folguedo, que tem grande beleza estética. Como o batuque é um traço musical presente, tanto entre os africanos como entre os indígenas, os cantos são marcados pela força do seu ritmo sincopado.
Talheira
Talheira, denominação antiga do folguedo, já fazia suas apresentações na Vila de Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro, na Bahia, em festejos importantes como nas comemorações pela celebração do casamento de Dona Maria I com Dom Pedro III, de Portugal e Algarves, realizado em junho de 1760. O som do tambor e dos ganzás, chamados de querequeché, anunciam a chegada das Taieiras. De forte influência africana, ligada ao culto nagô, se apresenta em louvor à Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito, santos protetores dos negros. Sendo uma dança-cortejo de intenção religiosa, estão presentes nas festas dos seus Santos de devoção, no Natal, para louvar o Menino Jesus, no Ano Novo e no dia dos Santos Reis, quando a rainha das Taieiras é laureada, com a coroa de Nossa Senhora do Rosário, pousada sobre sua cabeça, pelo Padre, durante a missa. Terminada a cerimônia, as Taieiras saem da Igreja, sem dar as costas para o altar, passando o cortejo para as ruas. Integram o folguedo, as Taieiras que usam trajes com blusa vermelha e saia branca, adornadas por laços de fitas coloridos, e chapéus brancos igualmente enfeitados com fitas e flores vermelhas, levando nas mãos as varetas, feitas de madeira, forradas com papel colorido e encimadas com flores, ou ainda pequenas cestas enfeitadas com fitas e flores; o Ministro, que acompanha de perto o Rei; a Rainha, chamada Perpétua, que veste um traje diferenciado e carrega manto e coroa dourada ou prateada feita com papelão e papel laminado; as Guias, que lideram os cordões e usam a mesma indumentária das Taieiras, diferenciada por uma fita que cruza o peito; as Lacraias, brincantes que seguram a sombrinha para a Rainha, com trajes iguais as Taieiras; os Capacetes, meninos que guardam o Rei; e o Figural ou Patrão, que toca o tambor. O grupo, dividido em dois cordões dançam e cantam.
São Gonçalo
O louvor a São Gonçalo é muito difundido em Portugal e, aqui no Brasil, principalmente na zona rural dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Piauí, Bahia, Ceará, Maranhão e Sergipe, o fervor ao Santo é mais forte. É uma dança ritual de origem muito remota, tanto, que existe registro do folguedo, na Bahia, em 1718. Como dança promesseira, era destinada, no início, apenas a pagamentos de obrigações feitas a São Gonçalo, santo de grande influência entre os portugueses, frade franciscano que viveu na cidade de Amarante, pelos idos do século XIII. Além da fé, envolvem a história do Santo várias lendas. Consta que antes de entrar para a Ordem, foi marinheiro e, por esta razão, o chefe do grupo, chamado de Patrão, se veste como um marinheiro, embora no roteiro do folguedo não exista nenhum episódio marítimo. Em Laranjeiras, a sua imagem é carregada pela única mulher do grupo, a Mariposa, dentro de um barquinho durante as apresentações do grupo. Os brincantes, só homens, usam sobre a calça, saias coloridas e longas, blusas rendadas e xale enfeitado com fitas de várias cores. Na cabeça, um lenço branco adornado com fita vermelha. Pulseiras, colares e brincos completam o traje, trazendo uma simbologia feminina ao grupo, relembrando as mulheres salvas pelo Santo do pecado. Embora dedicado na fé a um Santo português, o folguedo apresenta no louvor a forte presença africana, observada na música, na dança e em palavras do dialeto africano inseridas nas letras. Os cantos são apresentados de acordo com as jornadas, que se dividem em: Abertura, Intermediária e de Fechamento. Mas existem jornadas especiais quando, pagando promessas, cantam durante a refeição oferecida pelos promesseiros ou nas procissões.
Reisado
O costume de louvar o nascimento de Jesus com cantos, danças e visitas às casas dos moradores, tem origem em Portugal, de onde foi transmitido para o Brasil pelas trilhas da colonização. Lá se chamava janeiras e reiseiras ou reisadas e as visitas começavam no Natal e só terminavam nas festas dos Santos Reis, no mês de janeiro. De reiseiras passou entre nós a ser chamado de Reisado, o folguedo mais representativo do ciclo natalino, tendo o Nordeste como seu território de referência. Mas a louvação à Natividade recebe nomes variados pelo Brasil, como Folia de Reis, Boi de Reis e Terno de Reis. Mesmo quando se profanizou, o Reisado manteve as características mais importantes da contribuição portuguesa como o cantar Benditos; as loas ao Menino, sua mãe Maria e a São José; a organização em cordões, o azul e o encarnado; os pedidos de abrição de porta ou pedição de sala para começar a apresentação; os cantos com solo e estribilho; as homenagens às pessoas com versos e entremez e as despedidas. Cantos, danças e entremezes compõem o roteiro do Reisado, onde participam elementos humanos, animais e fantásticos. Os brincantes ou figural são conduzidos pelo Mateus ou Caboclo, que divide com a Dona Deusa, o desenvolvimento do folguedo.
Bacamarteiro
Originalmente, bacamarteiro ou barcamatista é a denominação do militar integrante da infantaria do Exército Imperial Brasileiro, destacado na Guerra do Paraguai, referindo-se ao soldado que manuseava o bacamarte, uma arma de fogo de cano curto e largo, carregada com pólvora seca e com um poder de fogo mortal. Findo o conflito, o bacamarte passou a ser utilizado na defesa pessoal e da propriedade, notadamente no interior do nordeste brasileiro e, no período junino, quando as comunidades se reuniam para brincar, cantar, dançar, tirar versos e tomar uma boa pinga, era usado como desafio à valentia. Para atirar, o bacamarteiro adotava posições bem difíceis, ora com a arma sobre a cabeça, ora por baixo de uma das pernas, quando o bom atirador não cai com o arrojo da pólvora. Só os mais fortes conseguiam manter o equilíbrio nas posições desafiadoras que tomavam. O bacamarte se transformou em elemento de cena no ato de dançar, e seu canto é um convite para se encantar.
Cacumbi
Provavelmente, o Cacumbi resulta da evolução e junção de elementos de outras danças e folguedos. Encontrado em vários municípios brasileiros, recebendo diferentes identificações dependendo da região, como variantes de congos e congadas: Ticumbi, Quicumbi ou Cucumbi. Em sua origem, remete a uma luta entre um rei negro e um chefe caboclo, sempre vencida pelo rei. O grupo é constituído apenas por homens, que se apresenta para louvar São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, vestidos de calça branca e camisa amarela. Trazem ainda um chapéu decorado com fitas coloridas e espelhos. O ritmo forte do batuque fala de sua origem, hoje resumida em uma série de volteios, na formação de dois cordões e em círculos contínuos voltando sempre às fileiras, no centro dos quais atuam o Mestre e o Contramestre, distintos dos demais componentes do grupo por usarem a camisa azul. A coreografia, embora simples, é muito vigorosa nos movimentos, retomando a feição guerreira que o gerou tão forte, com a força do batuque que impulsiona os movimentos que exigem preparo físico. Abaixados ou de pé, cruzando pernas, o rigor da dança está presente no ritmo marcado pelo tambor acompanhado do corror, da onça, do ganzá, do pandeiro, do reco-reco e do tamborim, tocados por todos os brincantes.
Chegança
A luta entre cristãos e mouros revela os fundamentos do folguedo, originado nas antigas tradições ibéricas e inspirado em romances que narravam aventuras marítimas de embarcações como a nau Catarineta. No Brasil, a depender da região, recebe nomes variados como Barca, Marujada, Fandango, Chegança de Marujos, Chegança de Mouros, Mourama ou simplesmente Chegança.
A presença dos mouros por séculos na Península Ibérica deixou marcas profundas na cultura, na linguagem, nos cantos e nas danças populares que dali se espalharam pelas colônias americanas. Os sinais dessas contribuições estão presentes nas várias manifestações folclóricas, sendo a Chegança uma das mais representativas.
O folguedo se apresenta dividido em dois grupos cujo enredo, marcado pela dramaticidade, revive o conflito religioso e social entre cristãos e mouros. As embaixadas se encerram com a derrota dos mouros, que são batizados pelos cristãos. Em Sergipe, os brincantes marujos já se apresentavam na velha capital São Cristóvão com grande pompa à frente da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, com dois navios de madeira sobre rodas, revestidos de tecidos.
Os cristãos saiam da Igreja Nossa Senhora da Vitória, a Matriz da cidade, e a sumaca dos mouros partia da Igreja dos Capuchinhos, na praça do Carmo. Quando o sino do Rosário tocava, era o sinal para que de cada lugar, os dois grupos saíssem para a encenação com seus cantos e embaixadas, narrando a aventura no mar, onde não faltavam tempestades, traições, brigas internas, batalhas e o batismo dos mouros infiéis, derrotados pelos cristãos. A mesma riqueza de detalhes tinha a Chegança de Zé do Pão em Aracaju, nos idos da década de cinquenta do século passado.
Parafuso
A história do Parafuso remete ao período colonial, no cenário dos engenhos, onde escravos sonhavam com a liberdade nos quilombos, para escapar do sofrimento. Procurando chegar ao quilombo, escravos em fuga, usavam as anáguas das sinhás, roubadas dos quaradouros. Para camuflar o corpo, colocavam várias anáguas, umas sobre as outras desde o pescoço, pintando o rosto com tabatinga, compondo o disfarce final com um chapéu em formato de cone, igualmente branco. Assim, nas noites de lua se arriscavam pelos canaviais despertando o imaginário popular que consideravam estar vendo visagens ou almas do outro mundo.
O grupo Parafusos é a mais original expressão do folclore de Lagarto e o único existente no Brasil. Em meados do século passado, se apresentava com vinte e um brincantes, quando um dos componentes se personificava como índio, em referência a cobertura oferecida pelos nativos nas fugas dos escravos. Atualmente o grupo se apresenta com treze brincantes do sexo masculino.
Barco de Fogo
A tradicional manifestação do município de Estância foi uma criação do fogueteiro Antônio Francisco da Silva Cardoso, conhecido por Chico Surdo, cujas primeiras citações datam do final da década de trinta do século XX. A ideia era fazer um barco que não precisasse das águas do Piauitinga para navegar. Para tanto, inicialmente, confeccionou um barco de papelão grosso, movimentando dois foguetes, que deslizando sobre um arame preso em dois mastros, passando de um lado a outro do rio.
O modo de fazer foi se aprimorando com o correr dos anos, e a brincadeira foi se tornando o elemento mais significativo das festas juninas da cidade. Atualmente, um fio de aço de trezentos metros, atravessa dois pontos da praça Barão do Rio Branco, em Estância, permitindo o deslizamento dessa alegoria pirotécnica, de cerca de um metro de comprimento, com armação de madeira recoberta com papel colorido, fazendo dos seus foguetes na proa a força que lhes dá movimento.
A viagem é facilitada por uma roldana que desliza sobre o cabo de aço, e durante o tempo de ida e volta, o barco vai queimando girândolas e espadas que se transformam num rendilhado de fogo de beleza inconfundível.
O barco vive no imaginário dos fogueteiros da cidade, que a cada ano enriquecem o invento com novidades, no qual o fogo é realmente o grande homenageado. É uma das mais empolgantes atrações dos festejos juninos do município de Estância.
Patrimônio Imaterial de Sergipe, barco de fogo é um dos símbolos da cultura e tradição dos festejos juninos no estado.
Com fotos adicionais e informações do Museu da Gente Sergipana
Foto Destaque Site: Joel Luiz- Agência de Notícias Alese
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Famílias inteiras teriam matado na luta no noroeste da Síria, diz a ONU | Síria

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3 minutos atrásem
9 de março de 2025
William Christou
A ONU condenou o que chamou de relatórios “extremamente perturbadores” de famílias inteiras sendo mortas no noroeste Síria À medida que os confrontos entre as forças de segurança e os partidários do regime de Assad resultaram no maior número de mortos do país desde o início de sua revolução em 2011.
O comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, convocou no domingo para investigações sobre os assassinatos e para que os autores sejam responsabilizados. “Estamos recebendo relatos extremamente perturbadores de famílias inteiras, incluindo mulheres, crianças e fora da batalha (rendido) lutadores, sendo mortos ”, afirmou ele em comunicado. “O assassinato de civis nas áreas costeiras do noroeste da Síria deve cessar imediatamente.”
Os combates começaram na quinta -feira, depois que os combatentes leais às forças de segurança emboscadas do regime de Assad depostadas em Jableh, na província de Latakia costeira, provocando uma onda de ataques de vingança, inclusive contra civis pertencentes à seita minoritária alawita. Os confrontos explodiram mais uma vez no domingo, depois que as forças de segurança foram atacadas por Assad Leyalists em uma usina em Banias, Latakia.
Para esmagar a rebelião, o governo sírio pediu reforços, com milhares de combatentes convergindo na costa da Síria de todo o país. Embora os combatentes estejam nominalmente sob os auspícios do novo governo sírio, as milícias ainda persistem, algumas das quais foram implicadas nos abusos anteriores dos direitos humanos e são relativamente indisciplinados.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos do Reino Unido (SOHR) disse que Mais de 1.000 pessoas haviam sido mortos no ataque, incluindo 745 civis, 125 membros das forças de segurança síria e 148 partidários de Assad.
Os pedágios da morte dos dois dias de luta variaram descontroladamente, com um segundo grupo de direitos, a Rede Síria de Direitos Humanos (SNHR) dizendo que 148 civis foram mortos por partidários de Assad e 327 civis e militantes capturados foram mortos pelas forças de segurança sírias.
O governo sírio não divulgou números para baixas, e o Guardian não conseguiu verificar independentemente o número de mortes.
No domingo, o presidente de transição da Síria, Ahmed Al-Sharaa, disse que os desenvolvimentos estavam dentro dos “desafios esperados” e pediam a unidade nacional. “Temos que preservar a unidade nacional e a paz doméstica; Podemos morar juntos ”, disse ele em um vídeo divulgado pela mídia árabe, falando em uma mesquita em seu bairro de infância de Mazzah, em Damasco.
Mais tarde, no domingo, a presidência síria anunciou a formação de um comitê de sete pessoas, composto por juízes e um advogado, encarregado de investigar os assassinatos de civis e forças de segurança no noroeste da Síria. O comitê, que foi formado para “alcançar a paz civil e descobrir a verdade”, emitirá um relatório com suas descobertas em 30 dias.
Os EUA e a Rússia pediram ao Conselho de Segurança da ONU que se encontrasse a portas fechadas na segunda -feira pela crescente violência, disseram diplomatas no domingo.
O amplo ataque coordenado foi o maior desafio para as autoridades islâmicas do país, três meses após os combatentes da oposição liderados pelo grupo rebelde islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) derrubado Bashar al-Assad.
O governo sírio disse que “ações individuais” levaram ao assassinato de civis e que o afluxo de combatentes na costa levou a violações dos direitos humanos.
Conselheiro do Ministério das Relações Exteriores da Síria estimou que 4.000 partidários de Assad estavam envolvidos nos ataques. Os vídeos mostraram que os corpos de agentes de segurança sírios espalharam as ruas, bem como os corpos aparentemente enterrados às pressas em uma sepultura em massa na província costeira de Tartus. O Guardian não conseguiu verificar independentemente o conteúdo desses vídeos.
Em seu comunicado, Türk disse: “Há relatos de execuções sumárias de forma sectária por autores não identificados, por membros das forças de segurança das autoridades do zelador, bem como por elementos associados ao ex -governo”.
A onda de assassinatos de vingança, principalmente visando alawitas, pelas forças de segurança síria nas comunidades costeiras da Síria, atingiu o medo na comunidade alawita. A costa síria é fortemente povoada pela seita, da qual o presidente da Síria deposto aclamou, embora a maioria dos alawitas não estivesse associada ao regime de Assad.
Os vídeos mostraram os corpos de dezenas de pessoas com roupas civis empilhadas na cidade de Al-Mukhtariya, onde mais de 40 pessoas foram mortas ao mesmo tempo, segundo o SNHR.
Outros vídeos mostraram lutadores em uniformes de segurança matando pessoas à queima-roupa, ordenando que os homens latissem como cães e espancando cativos. O Guardian não foi capaz de verificar independentemente esses vídeos.
Um homem da cidade de Al-Sanobar, Latakia, detalhou como os pistoleiros mataram pelo menos 14 de seus vizinhos que eram todos da família Arris, incluindo um pai de 75 anos e seus três filhos na frente da mãe.
“Depois que eles mataram o pai e seus meninos, eles pediram à mãe que tirasse o ouro, ou a mataria”, disse o homem que estava perto da família, mas falava sob a condição de anonimato por sua segurança.
Outra pessoa em Latakia disse que o poder e a água para a área foram cortados no dia passado e que estavam se abrigando em sua casa, com medo dos militantes nas ruas. “Não há água nem energia por mais de 24 horas. As facções estão matando qualquer um que apareça na frente deles; Os cadáveres estão empilhados nas ruas. Isso é punição coletiva ”, disseram eles.
Grupos de direitos disseram que um verdadeiro compromisso com a justiça transicional e um governo inclusivo era crucial para impedir que a Síria entrasse em um ciclo de violência. As autoridades de transição da Síria devem anunciar um novo governo este mês, que será examinado de perto por quão representativo é da diversidade religiosa e étnica da Síria após a violência desta semana.
As novas autoridades da Síria provavelmente enfrentarão mais dificuldades em levantar as sanções internacionais, principalmente as sanções dos EUA, após a onda de violência na costa da Síria. Damasco vem cortejando os poderes internacionais para ajudar sua economia sitiada, removendo as sanções, que são vistas como um dos principais obstáculos à estabilidade do país.
As potências ocidentais enfatizaram que o respeito pelas populações minoritárias do país será essencial para remover as sanções econômicas.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, condenou os ataques, que, segundo ele, foram cometidos por “terroristas islâmicos radicais” e pediu que Damasco responsabilizasse os autores. “Os Estados Unidos estão com as minorias religiosas e étnicas da Síria, incluindo suas comunidades cristãs, drusas, alawitas e curdas, e oferece suas condolências às vítimas e suas famílias”, disse ele.
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Experiências acadêmicas que fazem diferença para o mercado – 09/03/2025 – Carreiras

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22 minutos atrásem
9 de março de 2025
Beatriz Pecinato
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Folha Carreiras
Informações semanais sobre mercado de trabalho e dicas para universitários e recém-formados alavancarem sua vida profissional
Destacar-se em um processo seletivo não é uma tarefa simples. São milhares de currículos para serem analisados, e é preciso chamar a atenção dos recrutadores de alguma forma.
Conversei com especialistas que me contaram o que brilha os olhos das companhias.
Do que estamos falando? Experiências acadêmicas como monitoria, intercâmbio e empresas juniores são grandes diferenciais na hora de conseguir uma vaga.
E por quê? Participar dessas atividades desenvolve uma série de habilidades, como comunicação e comprometimento com prazos, explica Jéssica Gondim, gerente da Companhia de Estágios.
Além disso, ajuda a criar uma boa história na hora de se apresentar.
- “Quando alguém tem essas experiências e consegue colocá-las em um bom discurso, o recrutador consegue avaliar mais pontos. […] Ele tem mais insumos para analisar aquela pessoa”, diz Gondim.
As companhias buscam, para além da experiência em si, quais aprendizados os candidatos tiveram com elas, explica Roberta Saragiotto, diretora de people e strategy na Start Carreiras.
“Qual o impacto essa experiência teve no desenvolvimento desta pessoa? Como isso vai fazer com que ela tenha uma evolução de carreira mais aprimorada?” exemplifica.
Todos esses projetos refletem nas habilidades de resistência, capacidade analítica, inovação, liderança e comunicação dos participantes de processos seletivos.
Quanto mais vivências tiver, mais competências você desenvolve. Então, como escolher o que fazer?
Se sua faculdade oferece todas as opções e você tem oportunidade de realizá-las, escolha o que mais te chamar a atenção.
Porém, é importante não deixar as atividades se atrapalharem. O mais indicado, segundo Gondim, é ser seletivo e se dedicar a uma experiência por vez.
Explico melhor quatro projetos acadêmicos e como eles se destacam para os entrevistadores:
Intercâmbio
Pode ter duração de um ano, um semestre ou de alguns meses.
Os candidatos que têm ele no currículo demonstram alta adaptabilidade, boas habilidades de comunicação e resistência, pontua Saragiotto.
- Algumas empresas, inclusive, dão preferência para pessoas que têm essa vivência internacional, porque é mais fácil para eles trabalharem com ambientes globais, diz a diretora.
Esse projeto também permite que as pessoas saiam de sua zona de conforto, pontua Gondim. “É preciso ir para um país desconhecido, com uma nova cultura, muitas vezes sozinho. […] A pessoa ganha maturidade”.
↳ O intercâmbio também é bem visto por ajudar a aprimorar um novo idioma.
Empresa júnior
É uma organização formada por estudantes de faculdades, que simula as atividades de uma empresa de verdade. Geralmente, presta serviços para outras companhias.
Alunos participantes desse projeto são expostos a experiências reais e entendem as responsabilidades e o funcionamento de uma instituição empresarial antes mesmo de entrar no mercado de trabalho.
- “Eles entendem a importância de cada papel, de respeitar horários, e criam essa responsabilidade e disciplina” aponta Gondim.
A atividade também ajuda a desenvolver habilidades como trabalho em equipe, tomada de decisões, gestão de projetos e controle de atividades, o que conta como um diferencial.
Monitoria
Estudantes aplicam para auxiliar o professor em alguma disciplina.
O benefício está em desenvolver uma boa comunicação e relacionamentos interpessoais, diz Gondim. “Monitores são mais pacientes e transmitem as informações de maneira clara”.
A experiência prepara o estudante para desenvolver projetos relacionados ao tema da disciplina e garante maior domínio técnico e teórico do assunto da aula.
“É uma pessoa que se aprofunda mais em conhecimentos, e ela pode ter uma didática e a habilidade de comunicação um pouco mais valorizada” exemplifica Saragiotto.
Iniciação científica
Alunos escolhem um tema e fazem uma pesquisa acadêmica, com o objetivo de investigar um objeto de estudo.
Essa atividade, que é também mais teórica, permite que os estudantes conheçam os termos técnicos, materiais e processos da área estudada, explica a gerente da Companhia de Estágios.
- Além disso, se a iniciação for em um ramo das exatas, o candidato pode ter contato com laboratórios e saber como os equipamentos funcionam na prática, antes mesmo de ingressar em uma empresa.
E como apresentar essas experiências no currículo?
Coloque todos os projetos que você fez parte, mas não gaste muito espaço com explicações. A chave é resumir as atividades, destacando as palavras chaves e aprendizados importantes, e contar mais detalhes durante a entrevista.
↳ Por quê? Muitas informações podem atrapalhar o revisor de currículos. Muitas vezes, a triagem de candidatos é feita por inteligência artificial, que pode não conseguir identificar os pontos chaves se os textos forem muito extensos.
Um exemplo: fiz parte da empresa júnior da minha faculdade e ajudei a organizar uma feira que custou R$ 200 mil reais. Nesse projeto, foi possível aprimorar minhas habilidades de comunicação, organização e gestão de pessoas e de finanças.
Conselhos de CEO
Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira
Sobre ela: Roberta Rosenburg possui mais de 26 anos de experiência em treinamento e desenvolvimento de pessoas. Tendo como foco a capacitação de lideranças, em sua trajetória profissional já desenvolveu e entregou projetos para mais de 100 empresas, como GSK, ExxonMobil, Unilever, Mercado Livre, Ball Corporation, Salesforce, Danone, Schlumberger. É CEO e co-fundadora da F.Lead, consultoria de desenvolvimento profissional e especialista em capacitação e desenvolvimento de liderança.
Meu primeiro emprego… Foi como atriz (fiz novelas e peças teatrais), e acabei me associando com a produtora das peças.
O que eu faria diferente… Acredito que teria tido mais paciência e entendido que tudo o que fiz valeu como experiência para o que faço hoje. Além disso, não teria trabalhado tanto tempo fora do Brasil, pois demorei muito para criar uma rede de contatos quando voltei.
Um erro do qual não esqueço… Demorar a aceitar que meu diferencial era justamente minha sensibilidade, porque a percebia como fraqueza.
Uma habilidade essencial… Hoje, duas são indispensáveis para quem deseja crescer e se destacar: adaptabilidade e comunicação eficaz. Ser capaz de se ajustar rapidamente a novos cenários, aprender com agilidade e aproveitar oportunidades é essencial para permanecer relevante em um ambiente dinâmico. Da mesma forma, saber se comunicar bem, transmitindo suas ideias de forma clara, criando conexões genuínas e influenciando positivamente, é o que diferencia profissionais que lideram com impacto e possuem valor para o mercado.
Um conselho para jovens profissionais… Cultive a curiosidade e a vontade de aprender. No ritmo acelerado em que o mundo do trabalho evolui, não existe espaço para estagnação. As habilidades que te destacam hoje podem se tornar obsoletas amanhã. Para acompanhar essas mudanças, é essencial estar aberto ao novo e abraçar desafios fora da zona de conforto. Também valorize as conexões humanas. O networking não é só sobre trabalho, e sim sobre relacionamentos que podem te transformar. Relacionamentos importam e podem oferecer oportunidades para trocar conhecimentos, descobrir novos trabalhos e encontrar mentores que possam orientá-lo em seu crescimento.
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Encontrando uma fazenda de cannabis em sua casa – podcast | Cannabis

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35 minutos atrásem
9 de março de 2025
Presented by Helen Pidd with Sirin Kale Kale; produced by Lucy Houghand Hannah Varrall; executive producer Homa Khaleeli
Hajaj Hajaj tinha 79 anos quando alugou sua casa no sul Londresentão sua filha, meio que Jackson, pediu que ele usasse um agente de locação respeitável para tranquilidade. Ele contratou uma empresa chamada Imperial depois de ficar impressionado com o profissionalismo do agente, Shan Miah.
Mas, meio que diz Helen Piddo pai dela ficou gravemente doente com Covid e quase morreu, e quando ele saiu do hospital, foi descobrir que sua esposa havia sido diagnosticada com a de Alzheimer, o que significa que ele de repente precisava pagar pelos cuidados dela. Ele então descobriu que, durante esse período, o aluguel de sua propriedade havia parado de repente.
A família fez uma ligação após telefonema para Imperial pedindo seu aluguel. Finalmente, o filho de Hajaj foi para a propriedade, para encontrar uma porta de aço. Ele podia ouvir os fãs zumbindo-a casa alugada de seu pai foi transformada em uma fazenda de cannabis. “Todo quarto daquela casa havia sido destruído com plantas de maconha”, diz meio que “e também encontramos um homem que vive em uma sala muito pequena no loft da propriedade”.
A polícia prendeu o homem, mas não investigou mais. Então, meio que entrou em contato com o escritor do Guardian, Sirin Kale, que logo descobriu que a Imperial não era uma empresa legítima e destruiu as propriedades de muitos outros proprietários.
Mas quem estava por trás disso – e quão generalizado é esse tipo de golpe?
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