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Curitiba: novas denúncias de estelionato contra o…

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Alvo de processos por golpes financeiros (leia ao final da reportagem), o candidato a vice-prefeito na chapa de Cristina Graeml (PMB) à Prefeitura de Curitiba, Jairo Filho (PMB), é acusado por dois empresários paranaenses de aplicar novas fraudes, desta vez com falsas promessas de empréstimos. As denúncias estão sendo apuradas pelo Polícia Civil do Paraná.
De acordo com ambos os relatos, aos quais VEJA teve acesso, Jairo se passou por representante da Fomento Mais, empresa que prometia fazer a articulação de pequenos e médios empresários junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para viabilizar empréstimos, que nunca aconteceram de fato.
O empresário Erilton Fernando Ferreira diz que conheceu tanto Jairo quanto o presidente da empresa, Alceu Tavares, e que ambos fizeram a oferta de um empréstimo FGI — fundo garantidor do BNDES que tem como objetivo facilitar o crédito a pequenos e médios empresários –, mediante um “investimento” de 5% do valor contratado.
Segundo Erilton, a Fomento Mais teria levantado mais de 3,3 milhões reais referentes à “taxa” de 5% de investimento cobrada pela dupla a diferentes clientes e que Jairo teria recebido duas parcelas de 20.000 reais de “comissão” de Alceu pelos clientes captados.
Já o empresário João Francisco Ribeiro, do ramo de tecnologia em eventos, diz que entrou em contato com a Fomento Mais para viabilizar um empréstimo, também junto ao BNDES, visando fazer investimentos em equipamentos, veículo, contratação de funcionários e compra de galpão para instalar a empresa. Segundo Ribeiro, Jairo disse que Alceu tinha “contatos” dentro do banco público e que facilitaria a aprovação do crédito.
A promessa, diz ele, foi de uma cédula de crédito de 14,5 milhões de reais mediante um adiantamento de 5% desse valor — 725.000 reais — para “pagar o FGI e liberar o crédito”. Ainda segundo o empresário, Jairo afirmou que, destes 5%, o percentual de 1,5% era “realmente FGI”, e que os 3,5% restantes eram para “abrir as portas” e “pagar as pessoas que assinam”.
À época, diz Ribeiro, Jairo já era candidato a vice-prefeito e, por ter uma “vida pública”, confiou que não haveria problemas na transação. “Investi 725.000 reais, fiz propostas em imóveis contando com esse dinheiro, várias coisas que esses projetos bagunçaram totalmente a minha vida e da minha empresa”, diz o empresário. “Você fica triste, chateado, com raiva. Mas impotente é a palavra certa. Na emoção, fui iludido”, afirma.
O empresário diz que, após os resultados do primeiro turno das eleições, que mostram uma disputa entre Cristina Graeml e Eduardo Pimentel (PSD), tentou pressionar Jairo pela devolução de ao menos uma parte dos recursos. “Ele não deu nenhum suporte, simplesmente deixou a gente a ver navios”, diz.
De acordo com Ribeiro, ele tem a confissão de dívida de Alceu, suposto dono da Fomento Mais, e já executou a dívida, com prazo de pagamento para o dia 22 deste mês. Até agora, teve como depósito 30.000 reais de “garantia” de que terá a quitação dos valores.
Outros processos
Além das denúncias, Jairo responde a ao menos três processos por aplicar supostos golpes financeiros em esquemas similares a pirâmides financeiras, com promessas de retornos ilusórios. O prejuízo calculado às vítimas chega a mais de 1,3 milhão de reais, de acordo com ações consultadas por VEJA junto à Justiça do Paraná.
A ação mais vultosa é movida por uma aposentada de 67 anos de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A idosa afirma que, em 2021, Jairo ofereceu a ela uma oportunidade de investimento em sua sociedade de advocacia com promessas de rendimento de 2,5% ao mês. A aposentada fez um aporte de 400.000 reais e, por quatro meses, recebeu os rendimentos combinados. Desde meados de 2022, no entanto, diz que parou de receber os pagamentos e afirma que não teve mais resposta do advogado. No processo, a idosa juntou documentos como a confissão de dívida e promissórias que comprovam a operação realizada. Ela afirma ainda receber apenas um salário mínimo de benefício por mês. A ação de apropriação indébita e estelionato contra Jairo pede pouco mais de 1 milhão de reais em indenização e danos.
Outro processo diz respeito à empresa Leilão Money, que tem Jairo como proprietário e que oferecia aos clientes investimentos em imóveis à venda em leilões. Uma moradora de Brasília ingressou com um processo contra o advogado após aportar 185.000 reais junto à empresa, em 2021. Segundo a ação que pede indenização e a devolução do dinheiro, as promessas eram de juros remuneratórios de 2% mensais, perfazendo o valor de 3.700 reais de rendimentos por mês.
A autora afirma que, a partir de maio de 2022, a Leilão Money deixou de pagar os rendimentos e que a empresa não devolveu o aporte inicial conforme o estipulado em contrato, que determinava o prazo como dezembro daquele ano. A vítima pede 214.600 reais relativos a juros e à restituição do investimento inicial.
“Diante da incerteza e risco eminente de perder todo o valor investido quando da formalização do referido negócio, além da incerteza concernente ao recebimento dos valores que foram pagos, a requerente não vislumbra alternativa, a não ser ingressar com a presente ação”, diz o processo.
Em relação à mesma Leilão Money, Jairo foi condenado neste mês pela Justiça do Distrito Federal a ressarcir a quantia de 90.000 reais, mais juros, a uma cliente que fechou, com sua empresa, um contrato que não foi cumprido. Na ação, a vítima diz que formalizou um contrato de locação de veículo com a Leilão Money por 90.00 reais e que a quantia seria devolvida ao final do período de locação por um sistema de “cashback integral”. De acordo com o relatado, a empresa combinou de locar o carro em uma locadora e arcar com as despesas do contrato, que ela mesma pagou o valor a um sócio de Jairo, mas que teve o veículo bloqueado pela locadora por falta de pagamento do aluguel.
O terceiro processo diz respeito a um esquema similar de pirâmide financeira. Um servidor público de Curitiba alega que, no início de 2019, fez uma transferência de 89.000 reais para Jairo, para que o advogado aportasse o valor em uma empresa chamada Clubens, que também prometia retornos financeiros. Depois de seis meses, o homem diz que pediu um posicionamento de Jairo sobre a evolução do suposto investimento, mas sem retorno concreto. Afirma que, em julho do mesmo ano, conseguiu se encontrar com o advogado, que reconheceu a dívida e se comprometeu a pagá-la dentro de doze meses.
Como forma de remediar o prejuízo, aceitou fazer um acordo para abater parte da dívida de um imóvel que ele alugava do advogado, no valor de 1.200 por mês. A tratativa foi mantida por seis meses. Só depois de mais de um ano, e após muita insistência, afirma a vítima, Jairo passou a fazer pagamentos mensais irregulares de cerca de 1.500 reais por mês. O servidor pede cerca de 96.000 reais corrigidos, com mora e excluídos os valores já pagos.
Outro lado
Procurado, Jairo Filho ainda não se pronunciou sobre as denúncias envolvendo empréstimos junto ao BNDES que estão sendo apuradas pela Polícia Civil. O espaço segue aberto para manifestação.
A respeito do processo da moradora de Brasília que afirmou ter aportado 185.000 reais na Leilão Money, o candidato diz que “nada tem” com esse fato e que não conhece a denunciante. Ele ainda apontou um terceiro como possível culpado. “Abri essa empresa com um rapaz de Goiânia e ele utilizou o CNPJ para fazer contratos sem meu conhecimento e nem consentimento, desrespeitando o contrato social, de modo que sou parte ilegítima nesses autos”, diz o advogado, acrescentando que acionará o sócio na Justiça.
Já em relação ao servidor público que afirma ter feito um investimento na empresa Clubens, Jairo afirma que houve desistência do autor do processo e que o mesmo, inclusive, é apoiador político da candidatura de Cristina Graeml em Curitiba.
No caso da aposentada de São Bernardo do Campo, Jairo diz que ainda não foi citado, mas que, fazendo uma “análise superficial”, a acusação está “totalmente prescrita e com uma fundamentação jurídica péssima e difamatória, distorcendo totalmente os fatos”.
Ele explica que a negociação em questão foi um contrato de empréstimo de 2019 que está em atraso devido a um desacordo em relação aos juros cobrados e forma de pagamento. Ele ainda credita o atraso aos efeitos da “grave crise financeira” em decorrência da pandemia. “Trouxe a zero o meu faturamento e fez com que outros negócios que tinha não avançassem”, afirma.
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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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24 de abril de 2025
Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses – e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.
“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.
Experiência dolorosa pessoal
O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.
“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.
As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19
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A doença herpes-zóster
Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.
O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.
A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.
Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.
Vai SUS!
A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde
A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:
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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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24 de abril de 2025
Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.
Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.
Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.
Como funciona
A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.
São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.
Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.
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Quem se beneficia
O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.
Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.
Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.
Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:
“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”
Estudo clínico
A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.
Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.
Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.
Disponível em breve
Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.
Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O processo pode levar semanas ou até meses.
Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra
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China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

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24 de abril de 2025
Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.
Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.
A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.
Trabalho em parceria
A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.
Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.
Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.
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Expectativas de aplicações sociais
A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.
De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.
Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik
Leia Mais: Só Notícias Boas
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