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Da Argélia ao Mali, como Wagner e Bamako desistiram de contra-atacar Tin Zaouatine

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Da Argélia ao Mali, como Wagner e Bamako desistiram de contra-atacar Tin Zaouatine

O retiro não passou despercebido. O que realmente aconteceu nas areias do norte Malino início de Outubro, quando as Forças Armadas do Mali (FAMa) e os seus parceiros do grupo paramilitar russo Wagner desistiram de subir a Tin Zaouatine, cidade fronteiriça comArgéliaonde no dia 27 de julho sofreram uma derrota humilhante contra os rebeldes do Quadro Estratégico Permanente (CSP)?

Chegando a Kidal no final de Setembro vinda de Gao, uma coluna de mais de 400 homens, principalmente de Wagner e embarcada em mais de 70 veículos, incluindo muitos veículos blindados, estava de facto equipada com a missão de ” pegar “ Tin Zaouatine, segundo um oficial maliano, e para lavar a afronta sofrida no final de julho. Esta derrota com um número muito elevado de vítimas (47 soldados malianos e 84 mercenários russos mortos, segundo o CSP) não só mina a história da junta maliana na reconquista do território nacional, mas acima de tudo representa o mais grave revés sofrido por Wagner no continente africano.

Mas a tentativa de vingança foi interrompida. Saindo de Kidal no final de setembro em direção ao nordeste, o comboio chegou à cidade de In Teferkit e depois seguiu no início de outubro para o local da batalha de verão, cerca de sessenta quilômetros ao sul de Tin Zaoutine. Ali foram recuperados corpos de soldados malianos, afirma o Estado-Maior, mas não os dos combatentes de Wagner, garante o CSP. A coluna, no entanto, interrompeu o seu progresso ali, evitando o contacto com os rebeldes maioritariamente tuaregues, e voltou para Kidal.

“Queríamos que eles entrassem na “zona negra”, uma zona montanhosa onde não tinham outra escolha senão tomar certas passagens onde poderiam ser encurralados. Mas eles não foram para lá.”explica um executivo da CSP.

Uma batalha muito perigosa

Vários factores parecem explicar esta reviravolta. A consciência de um risco excessivamente elevado de repetição da catástrofe de 27 de Julho desempenha certamente um papel importante neste contexto. No entanto, nem a junta nem Wagner podiam permitir-se sofrer novamente tal revés.

Dentro do exército, vários oficiais, incluindo Sadio Camara, ministro da defesa e arquitecto da parceria com Wagner, pressionavam para liderar a ofensiva a Tin Zaouatine. Outros, incluindo o chefe do Estado-Maior, Oumar Diarra, no entanto, teriam refreado o seu entusiasmo – nomeadamente durante uma reunião no Estado-Maior no início de Setembro em Bamako -, acreditando que não estavam preparados para travar uma batalha que tornou-se muito perigoso aos olhos deles. A causa: clima desfavorável (tempestade de areia e fortes chuvas nas semanas anteriores) e problemas logísticos, principalmente de abastecimento.

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Ala do governo quer Tabata em ministério, mas há entraves – 07/02/2025 – Poder

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Ala do governo quer Tabata em ministério, mas há entraves - 07/02/2025 - Poder

Marianna Holanda, Catia Seabra, Victoria Cucolo

Uma ala do governo Lula (PT) passou a defender o nome da deputada federal Tabata Amaral (PSB) para o Ministério de Ciência e Tecnologia, mas o plano enfrenta entraves dentro do PT e do próprio PSB.

A reforma ministerial, cujo objetivo é abrir mais espaço para aliados do centrão, é esperada para as próximas semanas, com projeções otimistas de conclusão antes do Carnaval.

A pasta para a qual Tabata é cogitada por uma ala do governo está hoje sob o comando de Luciana Santos, do PC do B, que deve ir para o Ministério das Mulheres.

A ideia ainda é incipiente e não foi tratada com o presidente, segundo relatos, mas já anima o entorno da parlamentar.

Oficialmente, a deputada diz não ter sido sondada ou convidada para assumir o cargo, mas tampouco descartou essa possibilidade.

Aliados pontuam ainda a relação dela com a pasta, uma vez que sua trajetória foi mudada após Olimpíada de Matemática, promovida pelo ministério de Eduardo Campos, então ministro de Lula.

Quem defende a entrada de Tabata no governo cita o empenho da parlamentar com pautas relacionadas a educação e pesquisa, além do fato de ela ser uma jovem mulher com destaque na política, o que ajudaria a trazer essas características para o primeiro escalão.

Da parte do PT, contudo, o nome de Tabata esbarra em resistência. Ela é criticada na esquerda desde a reforma da Previdência, quando votou favorável à proposta.

Além disso, auxiliares de Lula se queixam de que ela não teria feito defesa enfática do presidente durante a campanha à Prefeitura de São Paulo do ano passado, quando ele foi alvo tanto de Ricardo Nunes (MDB) quanto de Pablo Marçal (PRTB).

O nome apoiado pelo governo era o de Guilherme Boulos (PSOL), derrotado no segundo turno contra Nunes. Tabata declarou apoio a Boulos, mas não quis participar de eventos de campanha.

Para esses interlocutores do presidente, a entrada no governo da parlamentar não resultaria necessariamente em ampliação do campo político, da mesma forma que sua declaração de apoio a Boulos não foi convertida em voto em São Paulo.

O segundo entrave para a entrada de Tabata no governo é uma questão com o próprio PSB. A parlamentar assumiria o cargo para compensar a saída de um ministro do partido, provavelmente Geraldo Alckmin do MDIC (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Aliados do presidente recomendam cuidado com o vice-presidente, para que ele não seja exposto no debate sobre a reforma — o que comprometeria seu capital político.

A ideia é manter a proporcionalidade de dois ministros da sigla, que já chegou a ter três pastas na Esplanada. O outro posto é ocupado por Márcio França, mas num ministério com menos recursos, Empreendedorismo.

O MDIC é mais interessante do ponto de vista de negociação com os outros partidos que estariam se queixando de estarem subrepresentados no primeiro escalão, como o PSD.

Tanto entre auxiliares de Lula quanto entre integrantes do PSB, a saída de Alckmin da pasta é vista com ressalvas. Ele desenvolveu interesse pelo tema e não demonstra interesse em sair, e seus aliados veem como improvável isso.

Sua performance tem sido elogiada por interlocutores de Lula. Sua gestão lançou o NIB (Nova Indústria Brasil), com propostas e metas de fomentar as diferentes indústrias brasileiras.

No partido, a permanência de Alckmin é a prioridade número um, tanto no ministério quanto na chapa de Lula em 2026. O prefeito do Recife, João Campos, que assumirá no próximo mês o PSB, esteve com o chefe do Executivo em janeiro e esta foi a principal demanda. Segundo aliados, a entrada de Tabata na Esplanada não entrou na conversa.

João Campos é namorado da deputada, e aliados dizem que ele não traria uma demanda dessa no momento em que assume o partido.

Integrantes do PSB no Congresso defendem a indicação de Tabata, contanto que isso não signifique a saída de um dos outros ministros.

O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), por exemplo, diz que a entrada da colega de bancada seria “recomposição de um equívoco que o PT cometeu com o PSB”, mas rechaça a possibilidade da saída de Alckmin.

“Na minha visão, não houve muita reciprocidade e reconhecimento por parte do PT do que o PSB fez para pavimentar a vitória apertada do presidente em 2022. Tabata pode emprestar dinamismo, jovialidade para ajudar ao governo, dar um dinâmica diferente”, disse.

“Não acho, em hipótese alguma, que seja ventilada a saída [de Alckmin]. Considero um profundo desrespeito”, complementou.

Segundo aliados da parlamentar, na transição do governo em 2022, ela já havia sido sondada para compor o governo, mas preferiu continuar na Câmara para seguir o projeto de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2024.

Caso seja aprovada proposta que reduz a idade mínima para concorrer ao Senado, hoje de 35 anos, ela pretende disputar uma vaga na Casa no ano que vem. A parlamentar tem 31 anos. Ainda que consiga se eleger para o cargo, não descarta concorrer novamente à prefeitura em 2028.

Lula determinou que o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se reunisse com os presidentes de partido da base para recolher as demandas. Além disso, está fazendo um mapa de entregas de votos de cada legenda no Congresso.

De acordo com auxiliares do presidente, ele começará pelos ministérios do PT. Depois, conversará ele próprio com os dirigentes partidários e líderes para avaliar novas mudanças.

Com as informações em mãos, analisará o desempenho da sua equipe e projetos futuros, como as candidaturas de 2026.



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A produção de eletricidade renovável atinge recordes na França, desenhados principalmente por energia solar

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A produção de eletricidade renovável atinge recordes na França, desenhados principalmente por energia solar

Em Chambéry, 5 de agosto de 2023.

Um ano recorde que oculta trajetórias contrastantes: no momento da elaboração da avaliação de 2024, o setor de energias renováveis ​​exibe bons resultados, desenhados principalmente pelo setor solar, em um contexto ainda incerto. De acordo com o gerente da rede de transporte de eletricidade RTE, a produção de eletricidade renovável (essencialmente solar, eólica e hidráulica) atingiu um nível sem precedentes (148 TWH). Assim, representa mais de 27 % da produção total de eletricidade, o restante sendo produzido pelo parque nuclear. A última edição do barômetro anual, Publicado no final de janeiro, a eletricidade renovável especifica que o país conectou aproximadamente 6 gigawatts (GW) de capacidade adicional em energias renováveis, uma figura, novamente, sem precedentes.

“Nós cruzamos um limiarobservou o presidente da Associação de Observação, Vincent Jacques, o Senhor, durante a apresentação do barômetro. Não estamos mais na infância de energias renováveis; Entramos em uma fase de industrialização, mesmo que os sinais para o futuro não sejam todos muito tranquilizadores. »»

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Marina Hyde em Kanye e Bianca; A mulher que vive sem dinheiro; Roman Kemp sobre tatuagens e saúde mental; e Philippa Perry em parceiros ‘caóticos’ – podcast | Vida e estilo

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Marina Hyde em Kanye e Bianca; A mulher que vive sem dinheiro; Roman Kemp sobre tatuagens e saúde mental; e Philippa Perry em parceiros 'caóticos' - podcast | Vida e estilo

Hosted by Savannah Ayoade-Greaves; written by Marina Hyde, Tim Lewis, Louise Southerden, and Philippa Perry. Narrated by Laura Shavin, Kyle Pryor and Philippa Perry. Produced by Rachel Porter; the executive producer was Ellie Bury.

O imperador Kanye e seu ‘arquiteto -chefe’ Bianca Censori no Grammy – adivinhem qual não estava usando roupas? Roman Kemp abre sobre sua jornada, do apresentador de rádio viral ao advogado da saúde mental. ‘Sinto -me mais seguro do que quando estava ganhando’: conheça a mulher que vive sem dinheiro. E ‘eu fiquei totalmente sem paciência com meu marido caótico’: Philippa Perry aconselha um leitor



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