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Da Floresta aos Andes começa nesta terça-feira, em Rio Branco

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Miguel França

Após percorrer a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes e subir as cordilheira dos Andes, o 12° Festival Pachamama – Cinema de Fronteira, retorna a cidade de Rio Branco, onde começa nesta terça-feira, 10, e vai até o dia 14 de dezembro, a 3ª etapa, com exibições de filmes, debates, formações e muita celebração. Realizado pela produtora Saci Filmes, por meio da Lei Paulo Gustavo, o festival conta com apoio do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). 

Com apoio do Estado, Festival Pachamama: Da Floresta aos Andes começa nesta terça-feira, em Rio Branco. Foto: divulgação

A 3ª etapa do “Festival Pachamama: da Floresta aos Andes” conta com entrada gratuita, será realizada em diferentes pontos estratégicos, tendo como base principal o Cine Teatro Recreio, na Gameleira, conectando a cultura da floresta aos Andes e promovendo reflexões sobre cinema, sustentabilidade e diversidade cultural.

Após as duas primeiras etapas, realizadas em outubro e novembro e que passaram por Xapuri, Brasiléia, Assis Brasil, Bolívia e cidades no Peru, como Cusco, Lama, Moyobamba e Pucallpa, o festival volta à capital acreana.

Etapa 2 nos Andes 

Para a diretora artística do festival, Karla Martins, o Festival Pachamama é, para além de um festival de cinema, um lugar de mostra e de intercâmbios transfronteiriços que compõem a tríplice fronteira: Brasil, Bolívia e Peru. “Esse encontro é muito importante, e a partir da cultura, tracionar esses pensamentos de emanamento, de construção de pontes transfronteiriças e, a partir da cultura, criar ligas diferenciadas para conectar pessoas”, afirma.

Em edições anteriores, o Festival Pachamama se deslocava somente até à cidade de Cusco. Este ano o evento adentrou a Amazônia Peruana, seguindo para as cidade de Lamas, Moyobamba e Pucallpa. “Essa é uma maneira de utilizar um momento cultural, um momento artístico, para ampliar as relações de intercâmbio e as possíveis criações coletivas na área da cultura; e eu poderia dizer que até em outras áreas a partir desse intercâmbio”, destaca a diretora. 

Este é o 12º ano do Festival. Houveram dez edições contínuas, uma interrupção em 2020, uma edição on-line em 2021, 2022 e 2023 não teve, e retoma em 2024, e a expectativa é que ano que vem as mostras competitivas retornem.

Exibição do filme “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi, no Centro Cultural de Moyobamba (CUMO). Foto: cedida

Karla Martins traz ainda um destaque: “Nós temos na programação do Festival um filme peruano, que acabou de ganhar o Festival de Cine de Lima, que chama Kinra (2023), um filme todo falado em quechua, tradicional língua indígenas da América do Sul. Então o encontro com esse filme veio a partir dessa circulação, ou seja, já estamos pondo em prática esse encontro cultural transfronteiriço que muito pode contribuir com o panorama da nossa cultura do Acre.”

Sobre as expectativas para a próxima etapa, a diretora artística do festival, Karla Martins, afirma serem extremamente positivas, pois vai contar com estreias nacionais e filmes que não passariam nas salas convencionais de cinema, mas que têm uma trajetória de sucesso no Brasil. 

Durante a passagem do Festival Pachamama por Lamas, no Peru, foi exibido o longa “A Queda do Céu” de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro. Foto: cedida

“A questão da distribuição e escolha dos cinemas, que frequentemente priorizam blockbusters ou filmes europeus, é um desafio para filmes brasileiros como Ainda Estou Aqui, que recentemente se tornou a maior bilheteria da história do cinema nacional. Apesar do crescimento das plataformas digitais, as pessoas estão retornando às salas de cinema, especialmente quando encontram histórias que se conectam com seu contexto e tempo. O festival tem um papel importante ao levar essa entrega cultural e artística a diferentes localidades, como Rio Branco, a Resex e Senador Guiomard, celebrando a cultura e os pensamentos que impulsionam a humanidade”, conclui Karla Martins.

Etapa 3 de volta a Rio Branco

A retomada do Festival Pachamama, após três anos e uma pandemia, marca um momento muito especial. Segundo o cineasta e realizador do Festival Pachamama, Sérgio de Carvalho, este não é somente um festival de retomada, mas também de renovação. “Sentimos uma alegria imensa por poder reunir novamente público, artistas e cineastas para celebrar a arte e o cinema. Ao mesmo tempo, há um enorme senso de responsabilidade, porque sabemos o quanto a cultura sofreu — não só pela crise sanitária que nos afastou dos encontros presenciais. Ver o Pachamama de volta é sentir que, de alguma forma, as coisas estão melhorando, que estamos reconstruindo pontes e espaços essenciais para o diálogo e a cultura”, afirma.

Cineasta e realizador do Festival Pachamama, Sérgio de Carvalho. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O realizador também afirma que o festival é, antes de tudo, uma celebração da resistência. A prova que o cinema latino-americano, com sua potência e força, sobreviveu e segue mais vibrante do que nunca, reflexo do que somos, do que sentimos e do que acreditamos. “Retomar o Pachamama é reafirmar o poder da arte de nos transformar, de nos unir e de nos fazer acreditar em um futuro melhor. Estamos prontos para celebrar isso juntos, e isso é algo que nos enche de esperança e orgulho”, destaca.

“Esse intervalo [referente ao período da pandemia da covid-19] acabou criando uma necessidade social pelo Festival Pachamama. Desde que anunciamos a retomada, temos recebido tantas mensagens afetuosas, com relatos de pessoas dizendo o quanto sentiam falta do festival. Há uma sensação de que o Pachamama deixou uma lacuna nas atividades culturais do Acre, e isso mostra o quanto ele é significativo para a nossa comunidade”, afirma Sérgio de Carvalho.

Cine Teatro Recreio, na Gameleira, onde acontecerá as principais exibições. Foto: Secretaria de Estado de Turismo (Sete)

O festival vai além de exibir filmes: conecta pessoas, promove reflexões e celebra a identidade cultural acreana. 

Sobre a decisão de incluir filmes de outras regiões do Brasil, o diretor afirma a importância de trazer filmes brasileiros que dialoguem com diversas realidades e histórias fora do eixo mais tradicional, valorizando produções que representam diferentes partes do país. “É o caso de Oeste Outra Vez (2024), vencedor dos festivais de Gramado e Goiás, e também de obras independentes e ousadas, como O Clube das Mulheres de Negócios (2024), que abre o festival com a direção brilhante de Anna Muylaert. Este último, além de propor uma discussão super atual e relevante, reflete a força e a diversidade do cinema nacional contemporâneo”, indica.

“Nossa curadoria foi extremamente cuidadosa, priorizando um festival que não apenas faz sentido para o Acre e para a Amazônia, mas que também cria pontes de conexão com outras regiões e culturas. O cinema tem esse poder único de nos aproximar, de nos fazer refletir sobre o que nos une e o que nos diferencia, e o Pachamama é um espaço onde essas trocas acontecem de forma vibrante e significativa. Queremos que cada sessão seja um encontro transformador, que celebre o melhor do cinema latino-americano e brasileiro”, ressalta.

O diretor afirma que nesta edição do Festival é impossível escolher apenas um filme favorito, pela diversidade e riqueza que todos apresentam, mas faz destaques: “Destaco Apocalipse nos Trópicos (2024), da Petra Costa, pela temática tão contundente sobre a crescente mistura entre religião e política no Brasil, um tema que não poderia ser mais atual. Também o lindíssimo A Queda no Céu (2024), de Erik Rocha, que brilhou em Cannes por trazer o pensamento dos Yanomamis e levantar questões urgentes sobre a Amazônia. Não posso deixar de mencionar Centro Ilusão (2024), do talentosíssimo Pedro Diógenes, que representa a força do cinema cearense.”

“E, claro, os filmes acreanos têm um espaço especial no festival. Obras como Peregrina (2024), de Juliana Barros, Velando (2024), de Letícia Mamed, Altino Machado e Thiago Melo, e A Trégua da Flauta (2024), de Silvio Margarido, são reflexos da nossa identidade e da potência criativa local. É uma honra apresentar uma programação tão diversa, que conecta diferentes vozes e territórios por meio do cinema”, destacou.

Poster de A Trégua da Flauta (2024), de Silvio Margarido. Foto: reprodução

Concluindo, o organizador afirma que as expectativas estão altíssimas para o Festival Pachamama 2023. “Minhas expectativas para o Festival Pachamama deste ano são altíssimas. Depois de três anos de pausa, temos a oportunidade de não apenas retomar, mas também renovar o festival, trazendo uma programação diversa, reflexiva e repleta de encontros significativos.”

“Espero que o Pachamama seja um espaço de conexão — entre o público e os filmes, entre culturas e territórios, e entre passado e futuro. É um momento para celebrar a resistência cultural, valorizar o cinema latino-americano e brasileiro, e provocar reflexões profundas sobre as questões sociais, ambientais e políticas que nos atravessam”, continua. 

Conclui: “Também espero que o público se sinta tocado, inspirado e, acima de tudo, representado. Que possamos reafirmar a força do cinema como ferramenta de transformação e resistência, e que o Pachamama continue a ser um lugar de trocas, afeto e construção coletiva. Tenho certeza de que será uma edição memorável!”

Cartaz de ‘O Clube das Mulheres de Negócios’. Foto: Acervo/Globo Filmes

O Festival Pachamama começa nesta terça-feira, 10, com a exibição do filme O Clube das Mulheres de Negócios (2024), da diretora Anna Muylaert, no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco.

Confira a programação completa:

10 de dezembro (terça-feira)

19h: Abertura oficial no Cine Teatro Recreio

19h30: Filme longa-metragem O Clube das Mulheres de Negócios (95 min, 2024, Brasil, Class. 14 anos)

  • Direção: Anna Muylaert
  • Local: Cine Teatro Recreio

11 de dezembro (quarta-feira)

15h: Cine Teatro Recreio

  • Sessão com acessibilidade – Noites Alienígenas (2022, Brasil, Class. 15 anos)
  • Direção: Sérgio de Carvalho

18h: Programa de curtas no Cine Teatro Recreio

  • A Trégua da Flauta (17 min, 2024, Brasil, Class. 12 anos) – Direção: Síluo Margarido
  • Rami Rami Kinari (33 min, 2023, Brasil, Class. Livre) – Direção: Lira Mawapal Huni Kuin e Luciana Txira Huni Kuin

19h: Exibição itinerante no Quinari

  • Local: Concha Acústica Seu Arnaldo – Praça Fontenelle de Castro

21h: Filme longa-metragem Apocalipse nos Trópicos (110 min, 2022, Brasil, Class. Livre)

  • Direção: Petra Costa
  • Local: Cine Recreio

12 de dezembro (quinta-feira)

17h: Filme longa-metragem Peregrina (2022, Brasil, Class. Livre)

  • Direção: Juliana Barros
  • Local: Cine Recreio

18h30: Première Velande (20 min, 2024, Brasil, Class. Livre)

  • Direção: Letícia Mamed, Altino Machado e Tiago Melo
  • Local: Cine Recreio

19h: Filme longa-metragem Zafari (100 min, 2022, Peru/Brasil/México/França/Chile/República Dominicana/Venezuela, Class. 12 anos)

  • Direção: Mariana Rondón
  • Local: Cine Recreio

21h: Filme longa-metragem Centro Ilusão (85 min, 2024, Brasil, Class. 10 anos)

  • Direção: Pedro Diógenes
  • Local: Cine Recreio

13 de dezembro (sexta-feira)

15h: Programa de curtas – Cine Teatro Recreio

  • Samuel Foi Trabalhar (16 min, 2024, Brasil, Class. 12 anos) – Direção: Lucas Litrento e Janderson Felipe
  • Buraco da Minhoca (14 min, 2024, Brasil, Class. Livre) – Direção: Marília Hughes e Cláudio Marques
  • Yaya (20 min, 2023, Chile, Class. 12 anos) – Direção: Letícia Akel Escarate
  • A Menina e o Pote (12 min, 2024, Brasil, Class. Livre) – Direção: Valentina Homem e Tati Bond
  • Deixa a Boneca no Carro (15 min, 2029, Brasil, Class. Livre) – Direção: João Victor Almeida

18h: Filme longa-metragem Mestras (52 min, 2024, Brasil, Class. Livre)

  • Direção: Roberta Carvalho e Alla
  • Local: Cine Recreio

19h: Filme longa-metragem Oeste Outra Vez (2024, Brasil, Class. 14 anos)

  • Direção: Érico Rassi
  • Local: Cine Recreio

14 de dezembro (sábado)

10h: Masterclass sobre roteiro (2 horas)

  • Ministrante: Sérgio Machado
  • Local: Cine Recreio

15h: Programa de curtas no Cine Teatro Recreio

  • Castanho (19 min, 2023, Brasil, Class. Livre) – Direção: Adanilo
  • Garimpando Garimpeiros (13 min, 2024, Brasil, Class. Livre) – Direção: Tomás Tancredi
  • Onde Está Mymy Mastrolagnne (16 min, 2023, Chile, Class. 12 anos) – Direção: Biarrite

16h: Filme longa-metragem Kinra (157 min, 2023, Peru, Class. 16 anos)

  • Direção: Marco Panatonic
  • Local: Cine Recreio

19h: Cerimônia de encerramento

19h30: Filme longa-metragem 3 Obás de Xangô (77 min, 2024, Brasil, Class. 12 anos)

  • Direção: Sérgio Machado
  • Local: Cine Recreio

22h: Pachafesta

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Governador Gladson Cameli empossa primeira mulher no Comando-Geral da PM e coronel promete fortalecer policiamento comunitário e humanizado

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Tácita Muniz

Reforçando seu compromisso com a equidade de gênero, o governador Gladson Cameli entregou, nesta quarta-feira, 11, o Comando-Geral da Polícia Militar para a coronel Marta Renata Freitas, registrando seu nome na história como o primeiro governador a elevar uma mulher ao mais alto cargo da instituição em 108 anos. As nomeações da comandante e do subcomandante, coronel Kleison José de Albuquerque, saíram em edição extra do Diário Oficial na tarde desta quarta.

Pela primeira vez em 108 anos, governador empossa uma mulher no Comando da PM. Foto: Felipe Freire/Secom

Desde que assumiu o Executivo, o governador tem sido um dos maiores incentivadores do protagonismo feminino, enaltecendo e elevando mulheres ao cargo de poder dentro de sua gestão. Prova disso é que das 49 secretarias e autarquias em todo o estado, 17 são comandadas por mulheres, ocupando 33,33% da gestão estadual.

O fato de dar destaque ao público feminino também tem como pilar fortalecer a representatividade de um estado com população formada por 50% de mulheres. Dos 830.018 habitantes do Acre, 414.686 são do sexo feminino.

Essa expressão também reflete no número de servidores públicos. Dos 37.600 servidores ativos no estado, 21.370 são mulheres, ou seja, 56,84%. Os outros 16.230 são homens.

Governador Gladson Cameli relembrou trajetória de coronel até chegar ao Comando-Geral. Foto: Felipe Freire/Secom

O governador destacou que este é um feito histórico, enfatizando que não trata-se apenas de uma questão de gênero, mas de reconhecimento a coronel, que dedicou os últimos 19 anos à Polícia Militar, evidenciando o papel social da instituição e uma conduta brilhante.

“A coronel Marta Renata está assumindo não pelo simples fato de ser uma mulher, mas pela sua competência e sua vitoriosa carreira militar e um currículo imenso. Essa é uma vitória para todas as mulheres acreanas que, através dela, mostram que estão aptas a ocuparem os mais importantes postos da nossa gestão pública”, enfatizou.

Ao assumir o cargo, a coronel destacou que a honra em ocupar essa cadeira é grande e a responsabilidade maior ainda.

“É um rompimento de barreiras. Estou muito feliz, mas sempre com a certeza da grande responsabilidade que tenho de conduzir essa corporação tão honrosa e centenária.”

Coronel Marta Renata diz que quer fortalecer policiamento comunitário. Foto: Felipe Freire/Secom

Para o futuro, a coronel pretende cumprir o que ajudou a planejar para os próximos 10 anos da PM.

“Meu objetivo maior é seguir com o que havíamos já planejado, fortalecendo as parcerias com as instituições, conversando com a comunidade e proporcionando qualidade de vida para o nosso policial militar”, ressalta.

Na oportunidade, Cameli fez questão de agradecer ao coronel Luciano Dias pelo trabalho feito à frente da PM nos últimos anos. “Foram muitas as conquistas nesse período e tenho certeza que a história saberá honrar o serviço que o coronel prestou ao nosso estado.”

Agora na Reserva, coronel Luciano Dias destaca que o sentimento é de dever cumprido após ficar dois anos e quatro meses à frente do Comando. Ao todo, foram 30 anos dedicados à PM.

“Fiz meu melhor, agora é ir para a reserva e tirar umas férias de verdade, porque 30 anos sem tirar férias não é fácil. Nunca gostei de usar ‘minha gestão’, porque sempre administrei o Comando junto com os coronéis e todos os oficiais e praças. Fizemos grandes coisas, nosso plano estratégico é de cumprir o policiamento comunitário, aplicando e respeitando os direitos humanos”, pontuou.

O trabalho do coronel Luciano Dias à frente do Comando-Geral foi enaltecido pelo governo. Foto: Felipe Freire/Secom

Diante das autoridades da Segurança Pública, o governador frisou que a PM do Acre é uma das mais respeitadas do Brasil e reafirmou que seu compromisso é com a qualidade de vida da população.

“Não existe desenvolvimento econômico e social sem uma Segurança Pública que garanta o direito dos nossos cidadãos e cidadãs de ir e vir com tranquilidade, criarem os seus filhos sem o temor que a criminalidade tenta impor, de poderem trabalhar em paz e trazer o pão de cada dia para os seus familiares. Que seja um novo tempo de muitas conquistas e avanços para todos vocês que fazem parte desta corporação e que a nobre missão de proteger a nossa população seja ainda mais bem sucedida”, declarou.

Representatividade

Maria Alves estava atenta a todos os detalhes da troca do Comando. Para ela, o momento a emociona e inspira.

“Hoje as mulheres estão alcançando os seus lugares e o nosso governador Gladson Cameli tem sido muito favorável às mulheres no poder e nas políticas públicas. Ele luta pelas mulheres, empodera e nós, como mulheres, nos sentimos representadas com esse ato”, comemorou.

Público acompanhava atento dia histórico no Acre. Foto: Felipe Freire/Secom

Também assistia à solenidade com olhos atentos, a servidora pública Ruth Braga.

“Nós, enquanto mulheres, nos sentimos orgulhosas e honradas. Ter uma mulher representando uma instituição como a Polícia Militar é uma felicidade muito grande. Espero que o trabalho dela seja de excelência, e que mostre que nós mulheres também podemos”, completou.

Já Ana Lúcia Fonseca, em prece, pediu que a nova comandante fosse guiada por suas orações.

“Que Deus abençoe cada passo dela para que possa nos representar com segurança e confiança. Assumir esse cargo é uma grandiosidade.”

Quem é a nova comandante?

Formada em Letras e Direito, Marta Renata Da Silva Freitas Alves ingressou na Polícia Militar em 2005. Tem pós-graduação em Segurança Pública e Ensino e, atualmente, é mestranda em Direitos Humanos, com ênfase em Segurança Pública pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Filha de pai colono e pedreiro e mãe merendeira, sua trajetória é pautada pelo compromisso com a Segurança Pública, focando na atuação transversal da corporação como motor de mudança social. Sempre teve como referência não apenas o poder ostensivo da polícia, mas também o trabalho de prevenção e apoio aos agentes.

Coronel pretende ter a humanização e respeito à corporação como pilares de sua gestão. Foto: Felipe Freire/Secom

Em seu discurso emocionado, ela relembrou que “entrar para a PM era a maneira de vencer na vida”. A cerimônia também foi marcada por homenagens e reconhecimento ao trabalho já desenvolvido pela coronel.

Dentro da instituição, assumiu a assessoria jurídica, diretoria operacional e Subcomando da PM em julho deste ano, sendo também a primeira mulher a assumir o cargo.

Sempre caminhando ao lado da gestão da PM, a coronel participou da construção do planejamento de ações de uma década, um projeto que estabelece metas a serem alcançadas e reforçadas até 2030. A partir de agora, ela comanda um efetivo de 2,4 mil militares no estado. Ela já antecipou que a marca da sua gestão vai ser a continuidade da aproximação da PM com a população e o bem-estar da corporação.

Ao fim da solenidade, como é tradição, a PM fez o desfile demonstrando todo o trabalho tático que compõem o poder ostensivo da instituição.

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Workshop do PPG-Cita discute avanços e expansão para doutorado — Universidade Federal do Acre

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O vice-reitor da Ufac, Josimar Ferreira

A Ufac iniciou o 3º Workshop em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia: Consolidando Avanços e Rumo à Expansão, nesta quarta-feira, 11, no auditório do bloco de pós-graduação. O evento, que termina nesta sexta-feira, 13, reúne professores, estudantes e especialistas com o objetivo de discutir os avanços do programa de pós-graduação em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia (PPG-Cita) e os desafios para a implementação de um curso de doutorado.

O vice-reitor da Ufac, Josimar Ferreira, destacou a relevância do evento para o fortalecimento da pesquisa e do desenvolvimento na região amazônica. “Esse programa nasceu com a missão de pensar a Amazônia e formar profissionais em áreas diversas, como direito, fisioterapia, agronomia e engenharia florestal. Nosso desafio é consolidar a formação de mestres e avançar para a capacitação de doutores que possam transformar vidas e promover o empreendedorismo na região.”

A coordenadora do PPG-Cita, professora Berenice Kussumoto de Alcântara da Silva, enfatizou o papel do workshop como parte do processo de consolidação do programa e de construção de uma proposta sólida para a criação do curso de doutorado em Ciência, Inovação e Tecnologia. “Convidamos especialistas da Capes e representantes do Sebrae para contribuir com estratégias que fortaleçam o programa. Esse evento também inclui oficinas práticas e palestras que enriquecem a formação acadêmica dos nossos estudantes.”

A programação do workshop inclui oficinas sobre temas como análise de dados com o software R e empreendedorismo. Especialistas da Capes participam das discussões, abordando os critérios para expansão do PPG-Cita e a obtenção da nota necessária para aprovação do curso de doutorado.

Também participaram da mesa de abertura o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação substituto, Lisandro Juno Soares Vieira, e a vice-coordenadora do programa, Leila Priscila Peters.

 



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Governo realiza 2º Encontro de Coordenadores de Proteção e Defesa Civil no Vale do Juruá

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Aline Querolaine

O auditório do Senac, em Cruzeiro do Sul, foi palco do 2º Encontro dos Coordenadores de Proteção e Defesa Civil do Acre. O evento acontece durante nos dias 11 e 12 e foi promovido pelo governo do Estado por meio da Defesa Civil, reunindo representantes de diversos órgãos, como prefeituras municipais da região do Vale do Juruá, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Secretaria de Estado de Saúde e outras instituições públicas, com o objetivo de traçar estratégias para a prevenção e mitigação de desastres naturais.

O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Batista, destacou a importância da articulação entre os diferentes órgãos para assegurar a segurança da população. “A união de esforços é essencial para o desenvolvimento de planos de resposta mais eficazes. Esse encontro é uma oportunidade de alinhar estratégias e fortalecer as ações integradas em toda a região do Vale do Juruá, que enfrenta desafios específicos, como inundações, secas severas e deslizamentos de terra”, ressaltou.

2ª Conferência realizada pela Defesa Civil Estadual. Foto: Marcos Santos/Secom

O prefeito de Marechal Thaumaturgo, Valdélio Furtado, presente no evento, também reforçou a relevância do trabalho conjunto. “Nossa região é vulnerável a diversos fenômenos naturais, e momentos como este nos permitem compartilhar experiências e buscar soluções que atendam às demandas locais. O apoio do governo estadual e da Defesa Civil é fundamental”, afirmou.

Instituições governamentais e municipais participam do evento. Foto: Marcos Santos/Secom

O comandante do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, capitão Josadac Cavalcante, enfatizou o papel da capacitação contínua para as equipes que atuam diretamente em situações de emergência. “A preparação é a chave para salvar vidas. Ações preventivas e o treinamento constante de nossas equipes garantem uma resposta rápida e eficiente diante de qualquer adversidade”, declarou.

Por sua vez, o secretário municipal da Casa Civil de Cruzeiro do Sul, Ney Mazzaro, destacou a importância de um diálogo permanente entre as esferas estadual e municipal. “A integração entre os diferentes níveis de governo é essencial para potencializar os resultados das ações de proteção e defesa civil. Este evento demonstra o compromisso de todos com a segurança da nossa população”, pontuou.

Gestores municipais destacam a importância da integração de instituições no evento. Foto: Marcos Santos/Secom

Ao longo do encontro, foram discutidos temas como monitoramento climático, elaboração de planos emergenciais e estratégias de mobilização comunitária. A iniciativa reforça o compromisso do governo do Acre com a proteção dos cidadãos e a construção de um estado mais resiliente frente aos desafios climáticos.

Proteção e Defesa Civil Estadual

A Defesa Civil Estadual atua mediante um conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais, reabilitadoras e reconstrutivas, destinadas a evitar desastres ou minimizar seus impactos para a população e a restabelecer a normalidade social.  

Tem o objetivo de reduzir os riscos e os danos sofridos pela população em caso de desastres.  Atua antes, durante e depois de desastres por meio de ações distintas e inter-relacionadas: prevenção; mitigação; resposta; recuperação.

O órgão estadual age de forma integrada e estratégica para garantir a segurança da população frente aos desafios impostos por desastres naturais e outros eventos climáticos. Por meio de ações preventivas, monitoramento contínuo e resposta rápida a emergências, o governo reforça seu compromisso com a proteção da vida e do patrimônio dos cidadãos. Investindo em capacitação, parcerias interinstitucionais e diálogo com as comunidades, a gestão estadual trabalha incansavelmente para construir um estado mais seguro.

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