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De férias, Paes deixa governo com vice bolsonarist…

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De férias, Paes deixa governo com vice bolsonarist...

Ludmilla de Lima

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), tirou uns dias de férias e viajou para o exterior com a esposa, Christine. Na sua ausência, desde segunda-feira quem ocupa o lugar de chefe do Executivo municipal é um personagem inusitado: o vice Nilton Caldeira, do PL, politicamente rompido com Paes e que, na prática, não tem qualquer participação no governo. Caldeira, inclusive, fez campanha para Alexandre Ramagem (PL) nesta eleição e participou de ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Também foi candidato a vereador, mas não se elegeu – recebeu 5.273 votos.

Aliado do presidente Lula, o político do PSD foi reeleito no primeiro turno com 60% dos votos. O “descanso” pós-campanha vai durar poucos dias: na segunda que vem ele volta às atividades no município. No domingo, Paes avisou pelas redes sociais: “Pedindo licença para tirar uma semaninha de férias, vou dar uma descansada. Ma estou no ar direto, no WhatsApp, acompanhando tudo”, disse, deixando um recado para a população. “Comportem-se na minha ausência, vou estar de e olho em vocês. Mantenham a cidade limpa, organizada, respeitem as regras e as leis”.

Excluído do governo

Caldeira sente o gostinho de comandar a prefeitura – mesmo que só na teoria – estando com a relação azedada junto ao prefeito há mais de dois anos. O caldo entre os dois entornou quando o vice foi retirado, em abril de 2022, do principal grupo de WhatsApp da prefeitura. Na época, ele já não era chamado há meses para reuniões com o secretariado. A sua exclusão do dia a dia do governo teve como pano de fundo desavenças com o presidente do PL no Rio, o deputado federal Altineu Côrtes, que envolviam acordos não cumpridos por Paes sobre cargos. Além disso, o PL buscava a reeleição de Cláudio Castro para o governo do estado, enquanto Paes apoiava a candidatura de Felipe Santa Cruz.

Após a derrota a vereador, Caldeira passou a se identificar no Instagram apenas como “vice-prefeito do Rio de Janeiro”. Antes, dizia também que era fundador do PL. Nas suas postagens na campanha, ele pedia votos ao lado de Ramagem “pela mudança e renovação”. A partir do ano que vem, acaba o constrangimento no governo: no seu quarto mandato na prefeitura, Paes terá como vice Eduardo Cavaliere, nome do PSD e do seu grupo e que foi uma escolha pessoal do prefeito para a vaga.

 





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Lula ironiza postura de deputado evangélico ‘ex-bo…

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Lula ironiza postura de deputado evangélico ‘ex-bo...

Lucas Mathias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a postura do deputado federal Otoni de Paula (MDB), dois dias depois de sancionar, em cerimônia com o parlamentar, o Dia Nacional da Música Gospel. Em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, nesta quinta-feira, 17, Lula disse que Otoni reconheceu seus feitos em governos anteriores pelos evangélicos, mas preferiu votar no seu adversário nas eleições de 2022. “Fiquei com vontade de perguntar, se você sabe disso, por que votou no Bolsonaro?”, questionou o mandatário. 

Ferrenho defensor do bolsonarismo durante o mandato do ex-presidente, Otoni de Paula foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara e chegou a ter seus perfis nas redes sociais suspensos em 2021, em meio a uma investigação por incitar violência contra as instituições para o feriado de 7 de setembro. Nos últimos anos, no entanto, o parlamentar teve mudança brusca de postura. Hoje, se diz um “ex-bolsonarista”. 

A participação na cerimônia no Palácio do Planalto, na terça-feira, 15, ao lado de Lula, contudo, surpreendeu membros da Bancada Evangélica, que criticaram a postura do parlamentar. Para Lula, o ato junto de Otoni, que orou pelo presidente, “teve uma repercussão muito boa para mim e muito ruim para ele, porque os bolsonaristas estão triturando ele”. 

“Deu uma celeuma muito grande”, comentou Lula. “O deputado deu uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas que reconhecia que tudo o que foi feito aos evangélicos, foi feito por mim. O Dia dos Evangélicos, a Lei do Silêncio que não deixei passar, a Lei do Pastor, ou seja: tudo fui eu que criei, para a Igreja Evangélica. Ele reconheceu isso. E fiquei com vontade de perguntar, se você sabe disso, por que votou no Bolsonaro?”, completou. 

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Ainda na terça-feira, em entrevista ao site “O Fuxico Gospel”, Otoni já havia defendido sua presença na cerimônia com o presidente. Ele ponderou que não será “ponte nenhuma” para estreitar os laços entre o PT e os evangélicos, pauta que tem se mostrado um dos principais obstáculos do partido nas últimas eleições. Mas disse que não vai se negar a orar por Lula

“Essa briga vou comprar. Aonde eu for, vou dizer: orem pelo Lula, orem pelo governo. Não sou daqueles que torcem para o avião cair, só porque não gostam do piloto. Eu estou no avião. (…) O crente que não consegue orar para uma autoridade constituída por Deus, é ele que está endemoniado. Esta nação não é de Bolsonaro, não é de Lula, do PL ou do PT, mas de Jesus Cristo”, disse o parlamentar. 





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Eliziane Gama volta ao Senado com foco em CPI das…

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Eliziane Gama volta ao Senado com foco em CPI das...

Nicholas Shores

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Depois de três meses à frente da Secretaria de Estado da Juventude do Maranhão, Eliziane Gama (PSD) retomou o mandato no Senado nesta quinta-feira com duas prioridades.

A primeira é participar da CPI das Bets, que vai investigar o impacto das apostas esportivas on-line no orçamento das famílias brasileiras. O líder do PSD, Otto Alencar (BA), deve indicá-la como suplente da comissão.

Nos moldes de sua atuação na CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane está determinada a travar uma “luta implacável” contra o crescimento das bets no país.

Além disso, a senadora, evangélica da Assembleia de Deus, quer contribuir com o esforço de reaproximação do presidente Lula com adeptos dessas denominações religiosas.

Para ela, a sanção, pelo petista, do projeto de lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel foi um “gol de letra”.

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Em junho, Eliziane participou de cerimônia no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio de Janeiro, em que Eduardo Paes (PSD) celebrou a emissão de um selo dos Correios pelo centenário da Assembleia de Deus no Brasil.



O evento foi um dos símbolos da aproximação do prefeito carioca com o eleitorado evangélico.

Agora, a senadora vai procurar ministros do Palácio do Planalto para convencer Lula a fazer uma cerimônia em Brasília para festejar o lançamento do selo nacionalmente.



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Fenômeno revelado pela pesquisa Quaest em São Paul…

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Fenômeno revelado pela pesquisa Quaest em São Paul...

Matheus Leitão

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Nas entranhas da política paulistana, onde as certezas parecem tão sólidas quanto o concreto dos seus arranha-céus, os dados recentes da pesquisa Quaest desafiam a lógica eleitoral tradicional, revelando um cenário onde as linhas ideológicas são tanto borradas quanto inesperadas.

Segundo o levantamento, realizado presencialmente com 1.200 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 15 outubro, 18% dos eleitores que se identificam com o PT estão inclinados a apoiar Ricardo Nunes, enquanto 11% dos eleitores alinhados com Bolsonaro demonstram um apoio surpreendente a Guilherme Boulos.

Esses números sugerem um fenômeno intrigante na metrópole paulista: o voto surpreendente.

Estamos diante de eleitores que desafiam previsões e análises padrão, escolhendo candidatos que, à primeira vista, não se alinham com suas inclinações políticas anteriores.

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Este comportamento eleitoral reflete um descontentamento ou talvez um apelo mais profundo por mudanças que transcendem as barreiras ideológicas.

Esses votos, aparentemente ilógicos, têm o potencial de alterar significativamente o resultado das eleições. São um lembrete de que, em política, as certezas podem ser tão voláteis quanto as intenções de voto. São esses eleitores imprevisíveis que muitas vezes decidem o destino de uma eleição, especialmente em uma cidade tão complexa e diversificada quanto São Paulo.



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