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Debate da RICtv em Curitiba repete ataques de Graeml e Pimentel

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Graeml e Pimentel mantêm profusão de ataques em debate em Curitiba

Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) não mudaram a estratégia e mantiveram os ataques e acusações no debate promovido pela RICtv na noite deste sábado (19), no segundo de três encontros planejados para o segundo turno das eleições de 2024 em Curitiba — a RPC organizará o último. Assim como ocorreu no debate da Band, os candidatos à prefeitura da capital paranaense elevaram o tom em alguns momentos, repetindo falas já recorrentes em entrevistas e na propaganda eleitoral.

Com um formato de banco de tempo, no qual cada candidato precisava controlar o próprio relógio, a troca de perguntas e respostas passou por vários temas, inclusive com assuntos pré-definidos. Nenhum deles, porém, foi aprofundado. No lugar de propostas, alguns assuntos já amplamente falados nas últimas semanas retornaram e outras insinuações se repetiram frequentemente nesse novo debate em Curitiba.

O atual vice-prefeito disse em várias oportunidades que a candidata do PMB não se aprofunda nas respostas. “A senhora só aponta o dedo e não traz soluções”, falou. “Eu pergunto e não recebo resposta”, comentou em outra oportunidade. Pimentel manteve esse tom em várias falas, inclusive acusando Graeml de disseminar desinformação e fake news em relação a um possível apoio do PT à candidatura dele. “É uma ventiladora de desinformação. Onde é que o PT está me apoiando?”, questionou.

Graeml, por sua vez, respondeu que Pimentel tem “dificuldade para entender minhas respostas” e que não fez nada em oito anos como vice-prefeito de Rafael Greca (PSD). A candidata também retrucou as falas do adversário de que ela não tem experiência para ser prefeita. “Isso é uma briguinha por quem conhece mais a cidade?”, perguntou. “O senhor gastou R$ 12 milhões por quase a mesma quantidade de votos que eu tive sem gastar nada”, declarou.

Transporte público volta à pauta no debate da RICtv em Curitiba

A proposta de Cristina Graeml de cobrar a passagem de ônibus de acordo com a distância percorrida foi explorada por Eduardo Pimentel em alguns momentos do momentos do debate. O vice-prefeito afirmou que a candidata quer cobrar mais de pessoas que moram mais longe do centro. “Isso está escrito no seu plano de governo”, disse. Como resposta, Graeml acusou o adversário de espalhar desinformação. “Não há menção de aumento de passagem”, respondeu. “[A sua campanha] cometeu crime eleitoral com notícias falsas divulgadas pela imprensa”, prosseguiu.

Sobre o preço da passagem de ônibus, a candidata afirmou que “o curitibano não aguenta mais pagar R$ 6 por um transporte ruim” e garantiu que vai tentar reduzir o preço ao invés de aumentar. Já o vice-prefeito disse que o preço da passagem vai baixar a partir do novo contrato de concessão de transporte público previsto para 2025. “Vou baixar o preço da passagem com responsabilidade”, assegurou.

Ainda no tema de transporte público, o VLT, o veículo leve sobre trilhos, ganhou espaço no debate. Como forma de entregar um modal sustentável, Graeml garantiu que vai trabalhar para implantar o VLT o mais rápido possível, citando o exemplo da cidade de Santos. Pimentel perguntou qual seria o trajeto e a candidata disse que vai ouvir a população para saber onde há maior demanda. O vice-prefeito insistiu: “Ainda não tem a linha do VLT?”. Ela respondeu que não e que, novamente, vai ouvir a população.

Jaime Lerner e Beto Richa são citados no debate

Nomes tradicionais da política local, como os ex-prefeitos de Curitiba e ex-governadores do Paraná, Jaime Lerner e Beto Richa, foram lançados no debate por Cristina Graeml. Ela citou Lerner para dizer que não é necessário ter experiência em política para fazer um bom governo. “Foi um gestor que na primeira vez que assumiu a prefeitura tinha apenas a experiência de arquiteto. E na época, até onde eu lembro, não era acusado pelos adversários de, por fatal de experiência, não ter capacidade de gestão”, questionou.

Pimentel respondeu apresentando o currículo dele na vida pública, com passagens pela Fundação Cultural de Curitiba, pela Ceasa e pela Casa Civil do governo do Paraná antes de ser eleito vice-prefeito de Greca em 2016 e assumir o cargo de secretário municipal de Obras da capital paranaense e secretário de Estado das Cidades. “Em todos os lugares que eu passei, eu dei resultado, candidata.”

Sobre a trajetória dele, Graeml lembrou que Pimentel foi indicado por Beto Richa para os cargos antes de ser vice-prefeito. “Ele foi padrinho inicial dele [Pimentel]”, disse. “Ele estava no gabinete do governador Beto Richa que ele preso. Será que viu a corrupção acontecendo e não fez nada?”, perguntou. “Eu já era vice-prefeito nessa época, não sei se a senhora sabe”, respondeu o candidato do PSD — Richa foi preso pela primeira vez em setembro de 2018. “Por onde passei, sou ficha limpa”, acrescentou.

O próximo e último debate em Curitiba entre Cristina Graeml e Eduardo Pimentel será na sede da RPC, em Curitiba, na próxima sexta-feira (25), às 22h, dois dias antes da votação do segundo turno, que ocorre no domingo, dia 27 de outubro.

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ASML: a mais importante Big Tech da qual você nunca ouviu falar

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ASML: a mais importante Big Tech da qual você nunca ouviu falar

Num mundo onde gigantes como Nvidia e Microsoft dominam as manchetes, a ASML não é a primeira empresa de inteligência artificial que vem à mente. 

No entanto, essa companhia holandesa desempenha papel central no desenvolvimento dos chips que tornam a IA possível, o que a torna uma das mais estratégicas empresas de tecnologia no mundo.

Fruto de uma joint venture firmada há 40 anos entre a Philips e a fabricante de máquina de chips ASMI (Advanced Semiconductor Materials International), a ASML possui um valor de mercado de cerca de € 300 bilhões, o que a coloca dentre as maiores empresas europeias em valor de mercado, ao lado de gigantes mais conhecidas como Novo Nordisk e LVMH.

Negociada a 27x o lucro esperado para os próximos 12 meses (cerca de 25% abaixo de sua média histórica nos últimos 5 anos), a ASML oferece uma oportunidade atrativa de exposição à IA, especialmente quando comparada aos múltiplos de outras empresas do setor, como a Nvidia, negociadas hoje a cerca de 40x o mesmo múltiplo.

Não é a primeira vez que o mundo se surpreende com o tamanho e importância de uma empresa holandesa que também atua longe dos olhos da maioria das pessoas.

Fundada em 1602, a Companhia Holandesa das Índias Orientais (Vereenigde Oostindische Compagnie, VOC) foi uma das primeiras e mais poderosas corporações multinacionais da história. Com o objetivo de monopolizar o comércio de especiarias entre a Europa e a Ásia, a VOC foi peça-chave no desenvolvimento do comércio global, abrindo rotas e estabelecendo colônias em territórios que hoje correspondem à Indonésia, Índia e outras regiões estratégicas da Ásia.

Mais de 400 anos depois, a ASML é uma espécie de Companhia das Índias Orientais contemporânea, moldando o futuro de sua indústria de maneira profunda, ainda que distante dos holofotes.

A importância dos chips na nossa vida já é amplamente reconhecida. De smartphones a computadores, passando por carros e eletrodomésticos inteligentes, esses semicondutores estão presentes em praticamente tudo o que usamos.

A Inteligência Artificial exige um enorme poder de processamento, e é aí que também entram os chips. Cada vez menores e mais potentes, eles são fundamentais não apenas para tecnologias emergentes, mas também para os sistemas modernos de defesa, conforme muito bem explorado no livro ‘A Guerra dos Chips’, do historiador Chris Miller.

Nesse contexto, o papel da ASML se tornou cada vez mais crucial, não apenas para as fabricantes tradicionais de chips, como Intel e Samsung, mas também para muitas empresas do Vale do Silício, de Apple a Nvidia, que adotaram o modelo de tecnologia fabless, onde se investe muito em design de chips, terceirizando sua fabricação para empresas especializadas, as chamadas foundries.

A ASML é a única empresa no mundo capaz de produzir as máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV, na sigla em inglês) que as principais fabricantes de chips tanto precisam. 

Do tamanho equivalente a um ônibus e custando de US$150-250 milhões cada (com os modelos mais modernos podendo chegar a US$ 350 milhões), estas máquinas são capazes de gravar padrões altamente miniaturizados (ou mais densos) em wafers de silício, um processo fundamental para a indústria de semicondutores na criação de chips cada vez menores e mais poderosos.

Os EUA consideram essa tecnologia tão estratégica que há anos fazem lobby para impedir que a ASML venda suas máquinas mais modernas no mercado chinês.

Seu diferencial tecnológico se dá não só pelos mais de € 30 bilhões investidos ao longo dos últimos 20 anos, como também pelo desenvolvimento de uma complexa rede de fornecedores. A fabricação de uma máquina de EUV envolve a integração de mais de 100.000 componentes individuais, exigindo grande coordenação logística e precisão na montagem. Muitos destes componentes são fabricados por fornecedores exclusivos, alguns deles inclusive tendo a ASML como acionista, como é o caso da Carl Zeiss SMT, produtora de sistemas óticos, onde a ASML tem uma participação de 25%.

Replicar uma empresa já é difícil; replicar um ecossistema de produção inteiro, como o da ASML, beira o impossível.

No entanto, mesmo possuindo um diferencial tecnológico tão grande e sendo tão fundamental para a crescente demanda por IA, o mercado tem se questionado quanto ao seu desempenho futuro.

De fato, no meio da manhã de hoje, um aparente erro técnico antecipou a divulgação dos números do terceiro tri da ASML, esperados apenas para o dia seguinte. 

Com net bookings abaixo do esperado (€ 2.6bn vs. € 5.4bn), e uma revisão do guidance para 2025 tanto em receita (€ 30-35bn vs. € 30-40bn) quanto em margem bruta (51-53% vs. 54-56%), a ação da ASML caiu mais de 15% no dia, carregando outras importantes empresas do setor.

Tal resultado deu força a uma narrativa mais negativa para a empresa. Já há alguns meses o mercado tem se mostrado mais reticente com a ASML, especialmente por conta de flutuações cíclicas no setor de chips de memória, como DRAM, que demandam menos tecnologia de ponta em comparação com o segmento de chips lógicos, como aqueles demandados por IA. Além disso, as crescentes pressões dos EUA sobre a Holanda têm buscado restringir que a ASML forneça serviços e máquinas menos modernas para empresas chinesas, que atualmente representam cerca de 25% do negócio da empresa, contribuindo para a instabilidade no setor e afetando suas expectativas de crescimento.

Embora reconheçamos esses desafios, acreditamos que a ASML está unicamente posicionada para aproveitar a crescente demanda por soluções de IA, computação de alto desempenho, Internet of Things e direção autônoma, dentre outras.

Especificamente, a tecnologia High NA da ASML (próxima geração de EUV), com um design ótico superior em relação à tecnologia EUV atual, permite a produção de chips mais potentes, com melhores recursos e maior densidade, tornando-a essencial para o desenvolvimento de tecnologias ainda mais avançadas e eficientes.

Além disso, uma das maiores questões estratégicas para a ASML nos próximos anos será sua relação geopolítica. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), uma das maiores clientes da ASML, está no centro das tensões entre China e Estados Unidos. Qualquer conflito na região pode perturbar severamente a cadeia de fornecimento global de semicondutores, o que não é do interesse de muitos países, principalmente dos EUA. Isso coloca a ASML em uma posição singular, já que a necessidade de nearshoring (produção mais próxima de mercados ocidentais) exige um investimento significativo em novas fábricas e equipamentos, o que beneficia diretamente a empresa.

Seu robusto backlog aponta para um crescimento de receita da ordem de 20% para 2025, nos dando confiança de que a ASML, mesmo estando em uma indústria cíclica, está em linha para atingir sua meta de receita entre € 44-60bi em 2030, o que triplicaria seu EPS no período em relação ao valor de hoje.

É difícil prever quem serão os vencedores definitivos na atual corrida por Inteligência Artificial, mas a probabilidade de que eles estejam utilizando chips fabricados com as máquinas da ASML é extremamente alta.

Quem quer que domine o futuro da IA estará, assim como os mercadores europeus do passado, muito provavelmente navegando com o auxílio essencial de uma tecnologia invisível de outra grande empresa holandesa.

Daniel Martins é co-fundador da GeoCapital, uma gestora especializada em ações globais. 

André Kim e Karina Fugita são respectivamente sócio e analista na mesma gestora.

 

O Brazil Journal convida gestores de ações globais a escrever sobre teses e posições de suas carteiras. Envie para globalstocks@braziljournal.com.




Daniel Martins, André Kim e Karina Fugita




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Previsão do tempo: SP terá garoa e frio neste domingo (20) – 20/10/2024 – Cotidiano

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Previsão do tempo: SP terá garoa e frio neste domingo (20) - 20/10/2024 - Cotidiano

Após um sábado (19) de chuva moderada no estado —quando eram esperados temporais— São Paulo deverá ter um domingo (20) com muita nebulosidade e garoa durante boa parte do dia, principalmente na região metropolitana.

Segundo meteorologistas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da Prefeitura de São Paulo, a frente fria que atingiu o estado se afasta do litoral paulista, mas os ventos úmidos do oceano ainda devem causar nebulosidade e chuva fraca.

O domingo deverá ser frio, com termômetros oscilando entre 15°C e 20°C na cidade de São Paulo. A umidade do ar poderá alcançar índice de 100%, conforme previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Mesmo sem perspectiva de chuva com maior intensidade, a cidade ainda está com alerta amarelo do Inmet, de perigo potencial para tempestades, até este domingo (20), “mas com baixo risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos”.

Apesar de a chuva do sábado ter sido apenas moderada, cerca de 138 mil imóveis ficaram sem luz na Grande São Paulo.

A temperatura deverá subir gradualmente nos próximos dias e na quarta-feira (23) pode chegar a 32°C na capital paulista.

Deve chover fraco todos os dias na região metropolitana de São Paulo, mas a previsão aponta para trovoadas isoladas na quarta.

LITORAL E INTERIOR

Para quem pensa em passar o domingo na praia, principalmente o litoral norte continua com alerta de perigo para tempestade.

No Jardim Rio Branco, em São Vicente, na Baixada Santista, o acumulado de chuva até o inicio da noite deste sábado chegou a 40 mm —a previsão, conforme o Inmet, é de trovoadas à noite. No restante do dia, o céu fica nublado com possibilidade de garoa.

De acordo com a Defesa Civil paulista, as chuvas previstas para este sábado se deslocaram para outras regiões, com maior concentração nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Por isso, o órgão estadual afirma que é preciso atenção em áreas mais vulneráveis, em especial nos municípios do interior que fazem divisa com Minas Gerais onde há previsão de chuvas mais intensas e o solo já está encharcado.



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Enquanto o Vale do Silício olha para as eleições nos EUA, Elon Musk não é o único cara da tecnologia com quem se preocupar | Tecnologia

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Enquanto o Vale do Silício olha para as eleições nos EUA, Elon Musk não é o único cara da tecnologia com quem se preocupar | Tecnologia

John Naughton

Na década de 1960, “o pessoal é político” era um slogan poderoso que capturava a realidade da dinâmica de poder nos casamentos. Hoje, um slogan igualmente significativo poderia ser o de que “a tecnologia é política”, para reflectir a forma como um pequeno número de empresas globais adquiriram influência política nas democracias liberais. Se alguém duvidasse disso, então o aparição recente A imagem de Elon Musk ao lado de Donald Trump num comício na Pensilvânia forneceu uma confirmação útil de como a tecnologia se tornou o centro das atenções na política americana. Musk pode ser um filho do sexo masculino com um péssimo hábito de twittar, mas também é dono da empresa que fornece conectividade à Internet às tropas ucranianas no campo de batalha; e seu foguete foi escolhido por Nasa para ser o veículo para levar os próximos americanos à lua.

pular a promoção do boletim informativo

Houve um tempo em que a indústria tecnológica não estava muito interessada em política. Não precisava ser porque a política da época não estava interessada nisso. Assim, Google, Facebook, Microsoft, Amazon e Apple cresceram até às suas proporções gigantescas num ambiente político notavelmente permissivo. Quando os governos democráticos não se deixavam deslumbrar pela tecnologia, dormiam ao volante; e reguladores antitruste foram capturados pela doutrina legalista propagada por Roberto Bork e os seus facilitadores na Faculdade de Direito da Universidade de Chicago – a doutrina de que não havia nada de errado com o domínio empresarial, a menos que prejudicasse os consumidores. O teste para detectar danos foi a manipulação de preços e, como os serviços do Google e do Facebook eram “gratuitos”, onde estava exatamente o dano? E embora os produtos da Amazon não fossem gratuitos, a empresa estava a reduzir impiedosamente os preços dos concorrentes e a satisfazer a necessidade dos clientes de entrega no dia seguinte. Novamente: onde estava o mal nisso?

Demorou um tempo injustificável para que esse sono regulatório terminasse, mas finalmente terminou sob a supervisão de Joe Biden. Os reguladores dos EUA, liderados por Jonathan Kanter, do Departamento de Justiça (DOJ), e Lina Khan, da Comissão Federal de Comércio (FTC), redescobriram o seu mojo. E então, em agosto, o DoJ ganhou dramaticamente um processo antitruste no qual o juiz decidiu que O Google era de fato um “monopolista” que tomou medidas anticompetitivas para preservar sua participação de 90% nas pesquisas. O DOJ está agora a propor “remédios” para este comportamento abusivo, que vão desde soluções óbvias, como impedir o Google de contratos como o que tem com a Apple para torná-lo o motor de busca padrão nos seus dispositivos, até à opção “nuclear” de desmembrar o empresa.

O choque deste veredicto para a indústria tecnológica foi palpável e levou alguns agitadores no Vale a pensar que talvez eleger Trump possa não ser uma ideia tão má, afinal. Alguns dos falastrões como Marc Andreessen – e, claro, Musk – defenderam explicitamente Trump, mas pelo menos 14 outros magnatas da tecnologia estão a fornecer um apoio mais discreto. E embora alguns líderes tecnológicos tenham – tardiamente – defendido Kamala Harris, alguns o fazem com algumas reservas. Reid Hoffmann, fundador do LinkedIn, por exemplo, doou US$ 10 milhões para sua campanha, mas diz que quer que ela demita Lina Khan da FTC.

A evidência mais dramática de como Silicon Valley perdeu a sua virgindade política, porém, vem das extraordinárias quantidades de dinheiro que as empresas de criptomoeda têm investido na campanha eleitoral. O nova iorquino relatórios que as empresas de criptografia já investiram “mais de cem milhões de dólares” nos chamados SuperPACS apoiando candidatos compatíveis com criptografia.

O interessante é que esse dinheiro parece não ter tanto o objetivo de influenciar quem ganha o presidência como garantir que as pessoas “certas” sejam eleitas para a Câmara e o Senado. Isto sugere um nível de política Nós isso teria sido desprezado pelos primeiros pioneiros da indústria tecnológica na década de 1960. A tecnologia pode não ter sido política naquela época; mas com certeza é agora.

John Naughton é professor de compreensão pública da tecnologia na Open University





Leia Mais: The Guardian

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