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Declarações antiambientalistas de Gladson e Bolsonaro aceleram desmatamento, diz estudo

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Presidente Jair Bolsonaro, ministros e o governador do Acre criticaram órgãos de fiscalização.

Foto de capa: Fogo destrói área da floresta amazônica.

Um estudo do ISA (Instituto Socioambiental) vincula declarações antiambientalistas do governo Bolsonaro e do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), a aumentos na taxa de desmatamento nas áreas mencionadas por eles. 

O levantamento, baseado nos dados dos sistemas Prodes e Deter-B, ambos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), também aponta novas fronteiras do desmatamento ao longo de rodovias no Pará, no Amazonas e no Acre. 

Ônibus trafega pela Rodovia Transamazônica

Ônibus trafega pela Rodovia Transamazônica

Toras de madeira extraída ilegalmente empilhadas

Toras de madeira extraída ilegalmente empilhadas

Entre as declarações analisadas está a do presidente Jair Bolsonaro criticando uma operação do Ibama contra o roubo de madeira na Flona (Floresta Nacional) do Jamari, em Cujubim (RO), em 12 de abril.  

Em vídeo gravado via celular, ele condenou a queima de equipamento dos infratores —prática que tem respaldo legal— e prometeu abrir um processo administrativo contra os fiscais responsáveis.

Segundo o Deter-B, houve 2.354 alertas de desmatamento no município de Cujubim entre abril e maio deste ano, praticamente o dobro do mesmo período de 2018, quando houve 1.186 alertas.

No mês passado, uma equipe de fiscalização do ICMBio foi cercada e hostilizada dentro da Flona Jamari, como mostra vídeo gravado pelos próprios madeireiros. Ninguém saiu ferido.

Agentes do Ibama chegam a área destruída da floresta amazônica

Agentes do Ibama chegam a área destruída da floresta amazônica.

 

 

 

 

 

 

Gado em meio a queimada em Apuí

Gado em meio a queimada em Apuí

Floresta queimada em Apuí

Floresta queimada em Apuí

Outro caso analisado foi um discurso de Cameli na cidade de Sena Madureira (AC), em 31 de maio. Em evento com produtores rurais, o governador os orientou a não pagar multa emitida pelo Imac (Instituto do Meio Ambiente do Acre) “porque quem está mandando agora sou eu”. 

Nessa cidade, houve 2.574 alertas nos meses de junho e julho, 225% a mais do que os mesmos meses de 2018. Os números também são do Deter-B, menos preciso do que o Prodes e usado principalmente para orientar a fiscalização dos órgãos ambientais e apontar tendências de desmatamento

Os outros casos que sugerem causalidade entre declarações e picos de desmatamento são Espigão d’Oeste (RO), após visita do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), e Novo Progresso (PA), onde o governo federal anunciou que faria operações de fiscalização, o que não é a praxe para ações desse tipo.

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NOVOS MUNICÍPIOS

O estudo também aponta o aumento da devastação em áreas acima do chamado Arco do Desmatamento, uma imensa faixa de supressão da floresta entre o oeste do Maranhão e o Acre. 

Neste ano, são 22 municípios com altas taxas de desmatamento que não aparecem na lista dos 256 municípios que conformam o Arco do Desmatamento. Essas novas frentes estão distribuídas entre Acre, Amazonas, Pará e Roraima.

O que não mudou é a influência das rodovias no avanço contra a floresta. No Acre, os municípios de Sena Madureira, Tarauacá e Feijó, ambos cortados pela BR-364, se tornaram focos grandes de desmatamento. 

No Pará, são seis municípios fora do Arco, entre os quais Rurópolis e Anapu (PA), este último palco de violento conflito agrário, às margens da Transamazônica (BR-230). Nessa região, também contribuem para o desmatamento a usina Belo Monte e a perspectiva de construção da Ferrogrão, para levar soja de Mato Grosso aos portos fluviais paraenses.

“O Arco do Desmatamento veio do sul do Mato Grosso, foi avançando, ilhando áreas protegidas, como o Parque do Xingu, e hoje já se encontrou com a Transamazônica”, afirma o agrônomo Antonio Oviedo, um dos autores do estudo do ISA.

Outro foco de interiorização do desmate é Roraima, com quatro municípios com forte desmatamento: Cantá, Caracaraí, Iracema e Mucajaí, todos sob a influência da BR-174, rodovia que liga o estado a Manaus. No sul do Amazonas, a promessa de pavimentação da BR-319 tem incentivado o desmate em Humaitá e Canutama.  

“Há uma expansão grande a oeste, pro lado do Acre, e principalmente a partir das BRs 319 e 163, que seriam a flecha desse Arco, entrando para o interior de floresta”, afirma Oviedo.

Com informações de Fabiano Maisonnave

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Médico destaca avanços na neurociência e saúde do Acre durante fórum internacional do G20

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Luana Lima

O médico neurocirurgião Luan Messias Magalhães representou com destaque o Estado do Acre durante sua participação na 11ª Cúpula Neurociência20 (N20), realizada no Rio de Janeiro, Brasil. O evento fez parte do Fórum Internacional de Cooperação Econômica do G20, reunindo especialistas e autoridades para debater inovações, dificuldades e propostas para a saúde em diferentes contextos globais. Ele foi o único representante da região Norte nos encontros voltados à área da saúde.

Médico neurocirurgião, Luan Messias Magalhães, na 11ª Cúpula Neurociência20 (N20). Foto: Cedida

Magalhães participou de dois importantes eventos da cúpula: o G20 Social e o N20. O G20 Social abordou questões relacionadas à saúde do idoso e populações rurais e ribeirinhas, com foco na criação de soluções que reduzam desigualdades no acesso à saúde. Já o Neurociência20 (N20) concentrou-se em saúde mental e neurológica, promovendo discussões sobre avanços científicos e estratégias para aplicação prática no setor.

“Eu participei de dois eventos do G20, o G20 Social e o N20. Tive a oportunidade de palestrar e discutir com deputados e ministros de diversas áreas da saúde e da parte social possíveis soluções para os problemas que a gente tem. Como eu era o único representante do Norte da parte amazônica, fui responsável pela discussão da nossa saúde, tanto no Acre quanto no âmbito da Amazônia Legal inteira”, destacou Magalhães.

Durante as apresentações, o médico ressaltou os esforços do governo do Estado do Acre. Foto: Cedida

Durante as apresentações, o médico ressaltou os esforços do governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), liderada pelo médico Pedro Pascoal, em estruturar as regionais de saúde com especialistas e equipamentos. Ele destacou o objetivo de oferecer atendimento de qualidade nas localidades mais remotas, reduzindo a necessidade de deslocamento até a capital, Rio Branco. Magalhães também citou o papel do Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental, localizado no complexo cirúrgico da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), que tem contribuído de forma significativa para a saúde da região com avanços em neurocirurgias.

“Esses esforços terão um impacto positivo e significativo nos próximos anos”, afirmou o neurocirurgião. Foto: Cedida

“Esses esforços terão um impacto positivo e significativo nos próximos anos”, afirmou o neurocirurgião, demonstrando sua visão otimista sobre o futuro da saúde no Acre e na Amazônia Legal.

Magalhães também trouxe à tona os desafios enfrentados pela população ribeirinha e indígena, buscando soluções viáveis para melhorar o atendimento nesses locais. Além disso, ele destacou que os debates resultaram em um relatório com propostas, que será enviado ao Senado e à Câmara dos Deputados para subsidiar políticas públicas de saúde.

“O legal é que a gente se encontra direto com os ministros e deputados, e eles são as pessoas que aplicam e fazem as leis. Assim, eles reconhecem diretamente a importância e onde precisa mudar e vão aplicar isso diretamente”, comentou.

Neurocirurgião aproveitou o fórum para trocar experiências com profissionais de outros países e conhecer inovações como o uso de inteligência artificial em procedimentos médicos. Foto: Cedida

O neurocirurgião aproveitou o fórum para trocar experiências com profissionais de outros países e conhecer inovações como o uso de inteligência artificial em procedimentos médicos e novas abordagens para tratar transtornos como o autismo. “A gente aprende muito com técnicas que já estão sendo utilizadas em outros países e que podem revolucionar a nossa forma de atendimento”, afirmou.

O G20, criado em 1999, é um fórum de cooperação econômica internacional que reúne as principais economias do mundo para discutir temas de interesse global, como saúde, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Este ano, o Brasil sediou o evento, e a presidência será transferida para a África do Sul em 2024.

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Nota de pesar pelo falecimento do ex-governador do Estado do Acre, Flaviano Melo

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Da Redação

O governo do Estado do Acre manifesta seu mais profundo pesar e solidariedade aos familiares e amigos pelo falecimento do ex-governador Flaviano Baptista de Melo, ocorrido nesta quarta-feira, 20 de novembro. Em sinal de respeito, decreta luto oficial de três dias.

Flaviano Melo faleceu aos 75 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sua trajetória marcou profundamente a política acreana, onde deixou um legado de liderança e compromisso desde a década de 1980.

Natural de Rio Branco, Flaviano era filho de dois grandes nomes da política acreana: Dona Laudi e o ex-deputado Raimundo Melo. Ao longo de sua vida pública, ocupou importantes cargos, como governador, senador, deputado federal e prefeito de Rio Branco, dedicando sua carreira ao MDB e ao fortalecimento da boa política no Acre.

O governo do Estado presta suas condolências à esposa Luciana Videl, aos filhos e a todos os familiares neste momento de dor.

Que Deus fortaleça os corações de todos os que o amavam e conceda conforto diante dessa grande perda, com a certeza de que Flaviano agora descansa em plenitude nos braços do Criador.

Gladson de Lima Cameli
Governador do Estado do Acre

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Senappen e Polícia Penal deflagram 6ª fase da Operação Mute no Complexo Penitenciário de Rio Branco

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Isabelle Nascimento

A 6ª fase da operação Mute no Acre teve início na terça-feira, 19. E, nesta quarta-feira, 20, a mesma operação foi lançada em nível nacional. A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e realizada pela Polícia Penal, com o apoio das forças integradas de segurança pública do Acre e com objetivo de combater as organizações criminosas dentro do sistema prisional e reduzir o índice de violência em âmbito nacional.

Forças de segurança trabalharam integradas na Operação Mute. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

A ação aconteceu no Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde a Polícia Penal do Acre e suas forças especializadas, sendo a Divisão Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), a Divisão do Serviço de Operações e Escolta (Dsoe) e a Divisão de Operações com Cães (DOC), em conjunto com a Polícia Penal Federal, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a Polícia Federal, a Polícia Militar, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) estiveram trabalhando juntos na operação.

Presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, e secretário adjunto de Segurança Pública, Evandro Bezerra, acompanharam a Operação Mute. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Marcos Frank Costa, falou sobre os objetivos dessa ação: “Na data de hoje, executamos a sexta fase da operação Mute, que é capitaneada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais. O objetivo principal dessa ação é a apreensão de telefones celulares para cessar qualquer contato com o exterior, além de verificação da estrutura no interior dos pavilhões”, ressaltou.

Sextaª fase da Operação Mute é deflagrada no Complexo Penitenciário de Rio Branco. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O secretário adjunto de Segurança Pública, Evandro Bezerra, que esteve acompanhando a ação, explicou que a operação está de acordo com a proposta da segurança pública, para manter a segurança dentro do sistema penitenciário: “é uma operação extremamente importante para o sistema penitenciário, para fazer a manutenção de segurança. Foi acolhida pela presidência do Iapen e o Sistema Integrado de Segurança Público que está presente, com todas as forças aqui. Isto aí vem dentro da nossa proposta da segurança pública, de manter o sistema prisional sob condições de segurança e controlado”.

Polícia Penal deflagra mais uma fase da operação Mute no Acre. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

O diretor operacional do Iapen, Tiênio Costa, acredita ser importante ações como essa, que intensificam as revistas dentro das penitenciárias: “a gente vê como positivo, uma forma de intensificar as revistas, intensificar a busca por aparelho celular e retirada de ilícitos, que vão trazer mais segurança, tanto para os apenados como para os servidores e a sociedade como um todo”.

Cyro Maisonnete, agente federal de execução penal e representante da Senappen. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O agente federal de execução penal e representante da Senappen, Cyro Maisonnete, considera que a ação foi um sucesso: “é uma operação que está sendo sucesso, né? A gente está na sexta fase já, e durante todas as fases nós apreendemos celulares, drogas. Temos feito essas retiradas e conseguido realmente uma integração também entre as forças, cada vez mais forte aqui”, reiterou.

Foram retirados, durante a revista das celas, bilhetes, tabaco e um objeto cortante.

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