O promotor de Justiça Talles Trainin, da vara de Execuções Penais, apreendeu uma grande quantidade de remédios com a data de validade vencida. O flagrante foi dado numa inspeção de rotina, nesta segunda-feira (16). O Ministério Público confirmou que toda a medicação estava sendo fornecida aos presos.
O medicamento Fluconazol, antimicótico, aparece entre os principais e mais volumosos ítens impróprios para serem administrados. O promotor revelou que “trata-se de uma enorme quantidade de remédios fora da validade”. O promotor confirmou que, em algumas cartelas, a data de validade estava cortada. “Vamos apurar”, afirmou.
Cerca de 90% dos remédios apreendidos estavam no almoxarifado e o restante nas prateleiras. O medicamento pelo apurado era ministrado as detentos.
Só comprimidos foram recolhidos 41 402 unidades, além de 958 bolsas de soro fisiológico, agulhas, seringas, teste rápido de DSTs, reagentes de tuberculose, além de remédios para colesterol, diabetes e fungos.
Fiscais da vigilância sanitária chegaram ao presídio por volta das 11 horas da manhã e, só finalizaram o auto de apreensão as 21 horas de terça feira.
“Havia reclamações de alimentos e remédios vencidos. Nesta inspeção, enfim, ficou confirmada a irregularidade. |Há um farmacêutico que está na linha de frente da investigação, mas é cedo para apontar culpados. Nós lamentamos que dinheiro público tenha sido jogado fora, Além disso, poderia ter sido usado para socorrer muitas pessoas fora do presídio”, lamentou o promotor.
Há duas semanas, o mesmo promotor aprendeu 3 toneladas de carne impróprias para o consumo humano no frigorífico do presídio
Depois da carne estragada, quase 42 mil comprimidos vencidos são apreendidos em presídio da capital
