Danielle Brant
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, faz uma boa avaliação do desempenho do PSB, seu partido, nas eleições municipais, mas diz que os extremos se fortaleceram e que o campo progressista precisa se comunicar melhor com a sociedade.
O PSB viu o prefeito de Recife, João Campos, ser eleito em primeiro turno com 78,1% dos votos, o que deu fôlego para que dispute o governo de Pernambuco em 2026. O partido também somou mais de 300 prefeituras conquistadas no primeiro turno.
“Elegemos mais prefeitos, tivemos mais votos para prefeito, para vereador comparado com a eleição passada”, diz. “O desempenho da Tabata [Amaral, que terminou em quarto lugar] em São Paulo foi um desempenho muito bom, ela mostrou maturidade. Os resultados do João Campos [também]. Então o PSB teve um fortalecimento.”
Casagrande, no entanto, avalia que o avanço do PSB se insere numa equação que favorece a direita e a extrema-direita.
“Os extremos se fortaleceram. O PL se fortaleceu, está disputando muita eleição no segundo turno. Os partidos também conservadores à direita também se fortaleceram”, complementa. “Isso mostra que as forças progressistas desse país têm o desafio de fazer uma comunicação mais eficiente com a sociedade e de apresentar resultados.”
Para o governador, quase todos os eleitos do campo progressista no primeiro turno foram bem-sucedidos por causa da gestão. “A população quer gestões que tenham resultado, que saibam se comunicar, saibam falar com as pessoas, saibam criar link e identidade com as pessoas.”
“As lideranças de todos os partidos estão preocupadas com isso. E os partidos progressistas, como o PSB, que é um partido de centro-esquerda, também têm que estar preocupados com isso. Têm que manter sua essência de partido político, da nossa linha ideológica, mas têm que saber que têm que ter resultados, têm que discutir assuntos de interesse da sociedade.”
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