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Desvario golpista: Falta alguém no relatório polic…

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José Casado

Há lacunas no relatório sobre o desvario golpista de Jair Bolsonaro, cujas sequelas devem permanecer por longo tempo na vida política do país.

A Polícia Federal demonstrou competência ao retratar com depoimentos e farta documentação a tentativa frustrada de golpe de estado com um plano de triplo assassinato. Mas restaram espaços não preenchidos no “resumo” de 884 páginas enviado ao Supremo Tribunal Federal. Um exemplo: quem pagou a conta?

A polícia dedicou um capítulo (“Da relação com financiadores das manifestações’’) à coleta de dinheiro e materiais no Mato Grosso do Sul. Destacou um agente público, Aparecido Andrade Portela, imposto por Bolsonaro na suplência do Senado pelo Partido Liberal – ele é adversário da senadora eleita pelo Progressistas, Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura.

Tenente Portela, como é conhecido, serviu com Bolsonaro no final dos anos 1970 no Grupo de Artilharia de Campanha em Nioaque (MS), região de fronteira com o Paraguai. No livro O Cadete e o Capitão, Luiz Maklouf relata que Bolsonaro trocou o Rio por Nioaque “por vontade própria”, segundo documentos do Exército, e desenvolveu atividades paralelas e proibidas na vida militar: arrendou terras, plantou melancias e atuou no comércio de fronteira.

A polícia registra contatos frequentes entre Portela e Bolsonaro, mas não menciona nomes de financiadores nem valores, mas ressalva ter realizado a “identificação de novos investigados”. Fica claro, no relatório, que empresários apostaram dinheiro em Bolsonaro na expectativa de “consumação do ato de ruptura institucional”.

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Até a segunda-feira 26 de dezembro de 2022, eles cobravam Portela sobre o golpe. Então, enviou mensagem ao ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid: “Estão me cobrando se vai ser feito mesmo…” O ajudante de ordens da presidência respondeu: “Vai sim. Ponto de honra. Nada está acabado ainda da nossa parte”. E, segundo a polícia, se ofereceu para ajudar Portela: “Se quiser eu falo com eles…para tirar da sua conta…”

Uma das peculiaridades da trama em que se enredou Bolsonaro é a rarefeita adesão da elite empresarial. Até onde as investigações indicam foi escasso o engajamento de empresários. Ampla maioria do setor privado se manteve à distância da radioatividade golpista. Empresas relevantes nos segmentos econômicos de grande concentração de capital — finanças, agronegócio, mineração e comércio — foram além: decidiram ficar na contramão; financiaram, subscreveram e divulgaram manifestos públicos em defesa do regime democrático.

Mas houve, sim, um grupo de empresários simpático ao desvario golpista. Alguns de São Paulo, Minas e do Centro-Oeste, por exemplo, se destacaram no apoio aberto com recursos financeiros e materiais. No relatório da Polícia Federal nada consta. Os inquéritos, porém, seguem abertos.



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POLÍTICA

O novo alvo do partido de Bolsonaro para desgastar…

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O novo alvo do partido de Bolsonaro para desgastar...

Matheus Leitão

A disputa dos partidos pelo comando das comissões estratégicas na Câmara dos Deputados ganha um novo capítulo a partir desta quarta-feira, 12.

O PL, de Jair Bolsonaro, que tenta incansavelmente emplacar Eduardo Bolsonaro na presidência da Comissão de Relações Exteriores, vai reivindicar também a Comissão de Direitos Humanos.

O colegiado é responsável por analisar e votar projetos de lei que tratam de direitos humanos, uma pauta que orbita muito mais em partidos e parlamentares de esquerda.

Nos dois casos, a ideia do PL, principal partido de oposição, é o de usar as prerrogativas das comissões para desgatar um fragilizado governo Lula-3 – seja no exterior com, seja aqui no Brasil.

Na Comissão de Relações Exteriores, a ideia é fazer uma dobradinha com o governo Trump para atingir não só Lula, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Por ter a maior bancada na Casa, o PL tem o direito de escolher a presidência dos colegiados, mas o PT promete obstruir os anseios do PL.



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POLÍTICA

Autor da PEC da blindagem fala sobre proposta que…

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Autor da PEC da blindagem fala sobre proposta que...

Marcela Rahal

O autor da chamada PEC da blindagem, deputado Rodrigo Valadares (União- SE), será o entrevistado do programa Ponto de Vista, de VEJA, transmitido nesta quinta-feira, ao vivo, às 12h. O parlamentar vai falar sobre a proposta que determina autorização do Congresso para decisões do Judiciário sobre operações de busca e apreensões contra parlamentares. Além disso, Valadares será abordado sobre a PEC da Anistia e as manifestações marcadas por bolsonaristas sobre o tema.

O programa, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o editor José Benedito.

Lembrando que você pode participar mandando sua pergunta nas nossas redes sociais ou pelo chat.

A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp.

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O que o chefe da OAB vai falar em sua primeira age…

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O que o chefe da OAB vai falar em sua primeira age...

Gustavo Maia

O que o chefe da OAB vai falar em sua primeira age… | VEJA

COMEÇOU: Digital Completo apenas R$1,99

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, será recebido por Lula na tarde desta quarta-feira, para ter sua primeira agenda com o petista no Palácio do Planalto.

No encontro, marcado para as 16h30, o chefe da OAB Nacional falará sobre um projeto de lei de interesse da advocacia que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 18 de fevereiro e seguiu para sanção de Lula.

O PL 4538/2021 isenta os advogados de adiantar o pagamento de custas processuais em ações de cobrança ou execução relativas a honorários advocatícios. O presidente tem até a quarta-feira da semana que vem, dia 19 de março, para se manifestar.

Simonetti também convidará Lula para a sua posse como presidente do Conselho Federal da Ordem, ao qual foi reeleito por unanimidade no último dia 31 de janeiro. A solenidade acontecerá na próxima segunda-feira, em Brasília.


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