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Dicas como lidar com discordância política entre familiares e amigos no WhatsApp

Eleitor comemora eleição de Bolsonaro na avenida Paulista - Danilo Verpa/Folhapress

Saiba, por exemplo, como manter a calma no WhatsApp e nas redes sociais e não ofender aqueles que pensam diferente.

SÃO PAULO

As discussões inflamadas que apartaram parentes durante a eleição presidencial e colocaram o Natal em risco no ano passado voltaram com tudo após a soltura do ex-presidente Lula (PT) no início de novembro deste ano, após decisão do Supremo Tribunal Federal.

Em um mesmo dia, por exemplo, Bolsonaro chamou Lula de canalha, e o petista ligou o presidente às milícias do Rio de Janeiro.

Especialistas ouvidos pela Folha advogam pela manutenção das relações familiares mesmo quando há discordância política —a não ser que a convivência atinja um nível insuportável.

Em geral, a ideia é tentar conversar civilizadamente e, quando isso não for possível, evitar o assunto. Mas como lidar com discussão de política no WhatsApp da família? Veja dicas gerais de especialistas.

Discutir política no grupo de WhatsApp da família, sim ou não? 

Sim, se as partes conseguirem trocar ideias com respeito, sem querer impor a sua opinião e sem fazer provocações. Isso se houver a possibilidade de a conversa ser produtiva e valer a pena.

Não, se as partes têm tendência a brigar, não aceitam o que o outro pensa e querem apenas convencer o familiar de que ele está errado. Melhor não abordar esse assunto e tratar de outros temas no grupo.

Política no WhatsApp da família deve ser banida para sempre? 

Não conversar sobre política é ruim; não se resolve nada ao evitar problemas. Pior ainda, porém, é brigar. Se não tiver autocontrole, melhor banir o assunto.

O ideal, contudo, é manter a conversa aberta. Se fechamos o canal, nunca corrigimos nossos erros e as nossas limitações em entender o outro.

Mas atenção: a comunicação virtual não é necessariamente boa. Ela elimina outros elementos como gestos, expressão facial, distância física e é fragmentada. Tende a reforçar o que já pensamos sobre a outra pessoa.

Eleitor comemora eleição de Bolsonaro na avenida Paulista – Danilo Verpa/Folhapress.
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Discutir política no grupo de WhatsApp da família, sim ou não? 

Sim, se as partes conseguirem trocar ideias com respeito, sem querer impor a sua opinião e sem fazer provocações. Isso se houver a possibilidade de a conversa ser produtiva e valer a pena.

Não, se as partes têm tendência a brigar, não aceitam o que o outro pensa e querem apenas convencer o familiar de que ele está errado. Melhor não abordar esse assunto e tratar de outros temas no grupo.

Política no WhatsApp da família deve ser banida para sempre? 

Não conversar sobre política é ruim; não se resolve nada ao evitar problemas. Pior ainda, porém, é brigar. Se não tiver autocontrole, melhor banir o assunto.

O ideal, contudo, é manter a conversa aberta. Se fechamos o canal, nunca corrigimos nossos erros e as nossas limitações em entender o outro.

Mas atenção: a comunicação virtual não é necessariamente boa. Ela elimina outros elementos como gestos, expressão facial, distância física e é fragmentada. Tende a reforçar o que já pensamos sobre a outra pessoa.

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Como discutir política no WhatsApp da família?

  • Tenha calma
  • Não faça comentários depreciativos ou irônicos
  • Não menospreze o outro
  • Valorize a pessoa e suas ideias, mesmo discordando delas
  • Lembre que você não está apenas respondendo a ideias, está respondendo a uma pessoa
  • Considere os argumentos do outro lado
  • Fale sobre você, como você se sente a respeito do assunto e por quê
  • Cuidado com as palavras

Como manter a calma e não ofender familiares que pensam diferente?

  • Imagine que você está no trabalho, na frente de seu chefe, e ele fala algo de que você não goste. Você vai se segurar. Então faça isso em todos os lugares
  • Respire e conte até dez (ou até cem). Só responda se estiver calmo 
  • Releia o que escreveu antes de enviar

O que fazer se a briga já aconteceu? 

O ideal é prevenir a briga, que pode ameaçar a qualidade do relacionamento e causar danos de longo prazo. Mas se ela já ocorreu, é bom pedir desculpas e reconhecer excessos. As partes podem buscar orientação profissional para resolver esse problema

Romper com a família é uma opção? 

​Sim, se não há condições de estar bem com o outro. Mas é preciso se perguntar o que de tão terrível o outro lado tem que você jamais pode aceitar, porque há muita gente do outro lado. Será que é o caso de rejeitá-las?

Sair do grupo é uma solução simplista. Excluir relações de família é difícil por conta de vínculos passados. Buscar ajuda profissional é sempre bom. 

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