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Direita vai bem, Bolsonaro vai mal; Trump não vai salvá-lo – 09/11/2024 – Ilustríssima

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Direita vai bem, Bolsonaro vai mal; Trump não vai salvá-lo - 09/11/2024 - Ilustríssima

Christian Lynch

[RESUMO] O domínio do centrão nas eleições deste ano, sustenta o autor, aponta que o sistema político brasileiro, depois de um período de forte instabilidade e polarização extrema, passa por um processo de reequilíbrio, marcado por um presidencialismo de coalizão fraco e níveis menores de radicalidade ideológica. Partidos de centro-direita têm interesse em manter a inelegibilidade de Bolsonaro, e a esquerda, sem novos líderes, depende cada vez mais de Lula.

Os resultados das eleições municipais deste ano confirmam que o sistema político brasileiro passa por um processo de reequilíbrio em torno de novas bases ideológicas e de governabilidade. Bases distintas daquelas que definiram o período de estabilização do regime democrático entre os anos 1990 e 2010, assentadas sobre um eixo ideológico de centro-esquerda e do presidencialismo de coalizão forte ou imperial como modelo de governabilidade, que levava a reboque o chamado centrão.

Há cerca de dez anos, o eixo ideológico começou a se deslocar para a centro-direita, sustentado por partidos de centro-direita e direita, que deixaram a periferia do sistema para se tornar seu núcleo de estabilidade e controle. O modelo de governabilidade, perdido ou desarranjado durante aqueles anos de transição, parece agora se estabilizar na forma de um presidencialismo de coalizão fraco ou, conforme seus críticos, um “parlamentarismo bastardo”.

Essas mudanças decorrem de uma crise de legitimidade do sistema representativo, que estalou nas jornadas de 2013, se aprofundou com o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2015 e culminou, em 2018, na eleição de Jair Bolsonaro (à época no PSL). Crise gerada pela emergência de uma nova direita que não se percebia no sistema político da República de 1988 e o hostilizava.

Embora Bolsonaro representasse a nova direita radical, que canalizava o ressentimento popular contra o sistema e o suposto establishment, o centrão renovado pela mesma eleição se adaptou à nova conjuntura, assumindo uma postura conservadora pragmática e reforçando seu papel como pilar de estabilidade. Passou a agir para limitar tanto as prerrogativas da Presidência quanto do STF.

Tudo aponta para uma tendência em direção a um novo equilíbrio sistêmico e ao afrouxamento da polarização para níveis menores de radicalidade.

A Constituição de 1988 foi concebida em um contexto progressista, em que havia um consenso de que o país deveria se afastar das práticas autoritárias da ditadura militar e se comprometer com um projeto de inclusão social e liberdades públicas. Esse espírito se refletiu nas primeiras décadas de democracia, em que o eixo ideológico predominante esteve à esquerda, sustentado por uma Constituição com fortes valores social-democratas.

Entre os anos 1990 e 2010, o sistema político se estabilizou em torno do chamado presidencialismo de coalizão, um arranjo em que o presidente, mesmo minoritário no Congresso, usava seu vasto poder sobre o Orçamento e a máquina governamental para construir maiorias legislativas e garantir a governabilidade.

Esse modelo se consolidou a partir do Plano Real, que gerou estabilidade econômica e legitimidade para Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Tanto ele quanto Lula e Dilma Rousseff, seus sucessores, governaram formando coalizões com partidos mais conservadores que se alinhavam pragmaticamente ao governo em troca de cargos e influência.

Era esse um presidencialismo forte ou imperial, marcado pelo poder de agenda do chefe de Estado na definição de políticas progressistas, voltadas para promover um ambiente de maior liberdade política, civil e econômica, mas também maior igualdade social, racial e de gênero.

No entanto, a partir dos anos 2010, o consenso progressista começou a dar sinais de desgaste. O contexto político e social havia mudado: a sociedade brasileira, transformada por décadas de políticas sociais e de inclusão, se tornou mais complexa e polarizada. Em paralelo, denúncias de corrupção e o colapso do modelo de presidencialismo alimentaram uma crise de legitimidade.

As manifestações de 2013 expressaram o descontentamento generalizado com a classe política e marcaram o início de um período de grande instabilidade. Bancado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e pelo STF, a “revolução judiciarista” pautou a Operação Lava Jato, derrubou Dilma Rousseff, quase derrubou Michel Temer (MDB), além de prender e condenar dezenas de figuras do establishment a título de purgá-lo da corrupção.

Esse processo abriu espaço para que o centrão reagisse em busca de sobrevivência. Para alcançar esse fim, precisaria deixar de ser apenas um grupo de apoio pragmático e passasse a atuar de forma mais autônoma e ativa, buscando consolidar sua hegemonia.

Nesse contexto, o centrão se adaptou para sobreviver e fortalecer sua influência. Até então, seus partidos haviam operado pragmaticamente, compondo com presidentes de diversos espectros políticos. Entretanto, após o impeachment de Dilma e com a ascensão de figuras mais conservadoras, assumiu sua posição conservadora sem perder o pragmatismo, perseguindo primazia sobre os demais Poderes.

Na impossibilidade de aprovar o semipresidencialismo, esse processo culminou em uma nova forma de presidencialismo de coalizão, agora fraco, menos centralizado na Presidência e mais ancorado no Legislativo. Uma espécie de parlamentarismo bastardo.

Por meio de estratégias como o uso de emendas parlamentares (como as emendas Pix e o orçamento secreto), o centrão passou a controlar a distribuição de recursos e fortalecer suas bases locais, garantindo seu domínio sobre a política nacional, o que contribuiu para a vitória de seus candidatos na última eleição municipal e fortaleceu sua influência. Essa apropriação do Orçamento e da máquina pública se tornou um mecanismo de autossustentação, tornando tais partidos cada vez mais independentes do presidente, seja ele de direita ou de esquerda.

O resultado foi um conservadorismo inercial que garante estabilidade ao sistema político ao custo de fazê-lo rodar muito mais lentamente.

As ideologias passaram a ocupar um lugar mais central na organização e na definição das identidades políticas do centrão. Seu conservadorismo sempre existiu, mas estava adormecido pelo consenso progressista. Findo este, saiu da incubadora.

Mas se trata de um conservadorismo moderado, mais pragmático que doutrinário, voltado principalmente para a proteção dos mecanismos de sua autorreprodução com pouca interferência do governo e do Judiciário. Daí a defesa daquilo que eufemisticamente chamam de prerrogativas do Congresso.

A crise de legitimidade vivida pela democracia brasileira e, em paralelo, o avanço da nova direita na década passada deram força política, em estilo abertamente populista, a ideologias radicais que antes estavam à margem, como o reacionarismo e o libertarianismo. A social-democracia identificada com o PT entrou em crise.

No entanto, o pacto pragmático do liberalismo democrático centrista com o conservadorismo tradicional da direita moderada tem garantido que o sistema permaneça estável, coibindo o avanço de pautas progressistas, ora decadentes, mas, também e principalmente, o avanço do populismo autoritário.

Essa relação entre ideologia e pragmatismo se revela na ambiguidade de líderes da direita do centrão, como Ciro Nogueira (PP) e Valdemar Costa Neto (PL). Querem o estoque eleitoral do populismo radical, mas submetendo-o à disciplina partidária tradicional e, assim, podando seus efeitos antissistêmicos.

Mesma ambiguidade visível em Tarcísio de Freitas (Republicanos), que representa no governo de São Paulo o impossível “bolsonarismo moderado”, com que busca atrair eleitores de centro-direita acenando periodicamente para o radicalismo. Na centro-direita, Gilberto Kassab (PSD) segura Tarcísio com a mão direita e Lula com a esquerda, estabelecendo as alianças amplas que elegeram o maior número de prefeitos neste ano.

A direita brasileira está consolidada, e seu sucesso cria novos problemas. O maior reside na oposição entre moderados ou sistêmicos, identificados, de um lado, com Kassab e Eduardo Paes (PSD), e radicais antissistêmicos, como Bolsonaro e Pablo Marçal (PRTB).

A liderança de Bolsonaro, inelegível e sem expectativa de poder, está francamente decadente. Egoísta e inábil, o ex-presidente confia sempre e unicamente na sua camarilha de bajuladores e pretende submeter toda a direita ao seu objetivo particular de fugir da cadeia por meio de uma anistia que reverta sua inelegibilidade ou lhe permita lançar à Presidência um candidato subserviente.

Por essas e outras razões, com toda a sua ambiguidade, a própria direita moderada centrônica o percebe como um estorvo e não vê a hora de se livrar dele definitivamente. Prefere gente como Tarcísio e Ronaldo Caiado (União Brasil), este em rota de colisão com Bolsonaro.

A decadência de Bolsonaro se dá também no campo da direita radical. Aparentemente, a apologia da tortura, da ditadura e do golpe militar saíram de moda. Nesse contexto, a figura de Marçal emergiu como um populista neoliberal, camaleão que busca capitalizar o sentimento anti-establishment de gerações mais novas, mais preocupadas com enriquecimento rápido e que veem a religião como terapêutica para problemas pessoais e familiares.

Em termos eleitorais, Bolsonaro também se engajou pessoalmente em campanhas municipais, não só contra a esquerda, mas contra gente da própria direita, e saiu derrotado em quase todas. Muitas igrejas evangélicas também já desinvestem do radicalismo, pregando a despartidarização da religião ou mudando de lado.

Em outras palavras: a direita vai bem, Bolsonaro vai mal. A direita populista, a despeito de sua força eleitoral e histrionismo, continua longe de ameaçar os centrônicos. A eles interessa manter a inelegibilidade de Bolsonaro, fingindo ajudá-lo a escapar quando, na verdade, mais o aproximam do abismo. Mas também lhes interessa a inelegibilidade de Marçal.

Ao mesmo tempo, é improvável que a própria Justiça Eleitoral declare a inelegibilidade de Tarcísio pela declaração que fez a respeito de Guilherme Boulos (PSOL) no dia do segundo turno. Tarcísio pode dar suas “bolsonaradas” à vontade: o sistema o percebe como um dos seus.

Já a esquerda, que historicamente liderou o processo de redemocratização, enfrenta uma situação complexa. Com seu declínio e a falta de renovação de suas lideranças, o PT perdeu o protagonismo e depende cada vez mais da figura de Lula para se manter relevante.

Se Bolsonaro não consegue ser maior que a direita, Lula consegue ser maior que a esquerda. Ele se reinventou como piloto de uma frente democrática ou ampla e se comportou assim nas eleições, se afastando o tanto quanto possível da imagem de partidário.

Em outras palavras: a esquerda vai mal, mas Lula vai relativamente bem. Ao mesmo tempo que a esquerda se torna cada vez mais “lulodependente”, o presidente se vê obrigado a se mover cada vez mais para o centro para preservar e aumentar seu arco de alianças. Enquanto o governo vai se tornando cada vez menos de esquerda, a fissura entre os socialistas se aprofunda. Alguns acham que falta pragmatismo, outros acham ser preciso recuperar as bandeiras históricas do socialismo.

O retorno de Donald Trump à Presidência dos EUA, um reacionário golpista, condenado criminalmente e movido pelo desejo de vingança e de escapar da cadeia, põe a democracia americana em uma posição frágil. Sua influência direta sobre o Brasil, contudo, encontra limites importantes.

Primeiro, o Brasil não enfrenta uma crise de decadência geopolítica ou de imigração para catalisar o tipo de ressentimento e identidade nacionalista que Trump mobiliza.

Segundo, o sistema político brasileiro, embora tenha falhas, possui mecanismos institucionais que oferecem resistência a investidas autoritárias, como a independência do STF e um sistema constitucional mais recente e adaptado às necessidades de uma sociedade democrática.

O sistema bipartidário, que permite que todos os setores conservadores se aglutinem em torno de um radical como Trump, tampouco existe no Brasil. Bolsonaro não consegue ascendência nem sequer sobre Valdemar Costa Neto. Além disso, o centrão não possui interesse em uma ruptura autoritária que abale o equilíbrio de poder do qual depende para manter influência e controle sobre o governo.

Assim, apesar de uma possível pressão da internacional reacionária liderada por Trump e das tentativas de importar mais uma vez sua retórica e seu messianismo, nada indica que ele abalará o atual modelo de governabilidade de tendência conservadora, mas pragmática do Brasil. Bolsonaro, que tentou sempre emular Trump, está cada vez mais isolado.

Da mesma forma, nenhuma das alternativas conservadoras à Presidência se mostra disposta a romper o presidencialismo de coalizão fraco. Aparentemente, querem todas ser apenas um Michel Temer com votos. Nem a Justiça Eleitoral, nem o governo, nem o STF parecem dispostos a anistiar Bolsonaro para que ele volte a se candidatar.

Nesse quadro, o que Trump poderá efetivamente fazer de útil para Bolsonaro? Bolsonaro quer, claro, explorar em benefício de sua anistia a tese delirante de que Trump mandará fuzileiros navais prenderem Alexandre de Moraes.

Trump estará ocupado redesenhando as instituições e a sociedade norte-americana à sua feição. Está interessado em reduzir a presença militar dos EUA no mundo, não em aumentá-la. Se precisar de um bajulador sul-americano, já tem à mão um Milei para posar ao seu lado. Mais provável são tuítes destemperados apoiados por Elon Musk ou a concessão de asilo diplomático na calada da noite.

As eleições municipais de 2024, ao consolidar o controle do centrão e do conservadorismo pragmático sobre a política local, indicam que o Brasil está caminhando para uma nova configuração de poder. Esse processo de normalização do sistema, que agora gira em torno da centro-direita, sugere que a polarização política extrema dos últimos anos pode estar cedendo lugar para uma moderação pragmática.

No entanto, essa normalização enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito à convivência com o STF, visto por muitos como o último bastião de um sistema democrático e liberal. Há arestas entre o tribunal e o centrão, decorrentes da tentativa de preservar o avanço feito pelo Congresso sobre o Orçamento.

Sabe-se que, no quadro de fraqueza imposta ao governo pelo “parlamentarismo bastardo”, o governo também conta com a maioria do STF como parceiro para restabelecer alguma paridade de armas. É o “judiciarismo de coalizão”, identificado principalmente com o ministro Flávio Dino.

Enfim, tudo indica uma tendência ao reequilíbrio sistêmico em torno do centro-direita e um afrouxamento da radicalização ideológica.

É cedo para discutir as eleições de 2026. Não se sabe se Lula passará o bastão a Fernando Haddad (PT) ou se será candidato à reeleição, opção que parece cada vez mais provável. Nem se sabe para que lado penderia a centro-direita de Kassab, apoiando um candidato como Tarcísio, mais seguro à reeleição em São Paulo, ou Caiado. A reversão da inelegibilidade de Bolsonaro é remota, e Marçal deve ser declarado inelegível pela falsidade assacada contra Boulos durante a campanha em São Paulo.

Do ponto de vista sistêmico, porém, a depender do resultado das eleições de 2026, saberemos se o sistema político absorveu definitivamente, como parece, as tensões subversivas da direita radical ou se sofrerá o ataque de um populista apoiado por cerca de um quarto do eleitorado e, talvez, pela internacional reacionária.





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Stephen Curry e LeBron James tratam de Natal

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Stephen Curry e LeBron James tratam de Natal

Stephen Curry, 36 anos, e LeBron James, quase 40 anos, ofereceram um banquete ao público de São Francisco na quarta-feira, 25 de dezembro, para o «Dia de Natal» da NBA, a liga norte-americana de basquete. No final do suspense, foi o vice-campeão, o Los Angeles Lakers, que, graças a uma cesta de Austin Reaves marcou a um segundo da campainha, venceu o San Francisco Warriors (115-113).

Noël “É um dia de doação, e é isso que Steph e eu continuamos tentando fazer pelos nossos torcedores, por este jogo magnífico”comentou LeBron James, que jogou no dia 25 de dezembro pelo 19e vezes. “Não sabemos por quanto tempo teremos esse confronto. Tentamos dar ao basquete o que ele merece, porque nos deu muito”acrescentou.

As duas lendas trocaram golpe por golpe, como evidenciam suas estatísticas: 38 pontos e 6 assistências para o «Menino de Ouro»apelido de Stephen Curry, 31 pontos e 10 assistências para «Rei Tiago»que teve que prescindir do amigo Anthony Davis, vítima de uma torção no tornozelo no primeiro quarto. Mas o astro de Los Angeles, que completará 40 anos na segunda-feira, 30 de dezembro, contou com Austin Reaves, autor de 26 pontos – além de 10 assistências e 10 rebotes.

E foi preciso superar Stephen Curry na equipe adversária, fiel a si mesmo, levando sua equipe a um ponto na primeira tacada da vitória (111-110) e depois empatando na segunda, a sete segundos do final (113-113). Contabilizando, a boa operação é obviamente para o Lakers, sétimo colocado na Conferência Oeste após este 17e vitória, enquanto os Warriors (nono na classificação) sofreram 11e derrota em 14 partidas.

Dallas perde um jogo e Luka Doncic

Num remake da última final da Conferência Oeste, o Dallas Mavericks não só perdeu para o Minnesota Timberwolves (105-99), como também perdeu o líder Luka Doncic devido a lesão. O esloveno, lesionado na panturrilha, saiu no segundo quarto, quando somava 14 pontos no cronômetro.

Apesar disso, o « Mavs »O , atrás no placar (-22 no final do terceiro quarto), teve o mérito de se rebelar no final da partida, liderado por Kyrie Irving (39 pontos). Com esta vitória, o “ Lobos » passar para o verde na classificação (15 vitórias, 14 derrotas).

Em Phoenix, apesar dos 25 pontos marcados por Nikola Jokic (e dos 15 rebotes), o Denver foi derrotado (110-100) pelos Suns de Kevin Durant (27 pontos).

No início do dia, Victor Wembanyama havia brilhado pelo San Antonio Spurs (Texas) contra o New York, marcando 42 pontos (melhor artilheiro da partida), mas isso não permitiu que seu time vencesse: o San Antonio perdeu por 117 a 114 para o Knicks de Nova York.

Os Sixers estragam a festa em Boston

A festa foi estragada em Boston para os Celtics, que perderam pela segunda vez consecutiva – o que nunca lhes tinha acontecido nesta temporada – ao perder para os Sixers (118-114).

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Joel Embiid, do Philadelphia 76ers, que levou um susto ao torcer o tornozelo antes do jogo, acertou lances livres decisivos no final do jogo. Mas o maior goleador da noite foi seu companheiro Tyrese Maxey: 33 pontos e 12 assistências. Foi ele quem carregou o Philadelphia no último quarto, marcando 13 pontos e respondendo a Jayson Tatum (32 pontos, 15 rebotes).

Os Celtics continuam em segundo lugar na Conferência Leste, mas, com apenas quatro vitórias, correm o risco de ver o Cleveland subir um pouco mais.

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Como criar metas de ano novo de forma eficiente – 26/12/2024 – Equilíbrio

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Como criar metas de ano novo de forma eficiente - 26/12/2024 - Equilíbrio

Bárbara Blum

Ano novo, vida nova. É comum que a virada de um ano para o outro inclua listas de metas. E elas costumam ser variadas: correr uma maratona, perder 10 kg, parar de fumar, aprender um novo idioma. O que elas costumam ter em comum, e que chama a atenção de especialistas, é uma vontade repentina de mudar hábitos e comportamentos.

Isso, segundo Pedro Bacchi, psiquiatra no Hospital das Clínicas de São Paulo e responsável pelo Programa de Mulheres Dependentes de Drogas, é algo que precisa ser repensado. “A mudança é gradual”, ele diz, e “estabelecer esse tipo de meta pode ser uma armadilha para a sua própria capacidade de mudar”.

O que acontece é que, se a meta não é alcançada, vai embora o sentimento que ele chama de autoeficácia, ou seja, a sensação de que uma pessoa é capaz de mudar por vontade própria.

Para Daniela Masson, diretora da Associação Brasileira de Nutrição, metas relativas à perda de peso costumam frustrar aqueles que não fazem planos realistas. “Sabemos que não existe um milagre que acarrete numa perda de peso rápida“, diz.

Segundo a nutricionista, a proposta de mudança de comportamento não pode estar distante da realidade do indivíduo. “Tudo que é muito radical acaba sendo impraticável em um curto período de tempo, levando à desistência.”

Metas vagas, como perder peso ou comer melhor, soam para Masson como resultados e consequências, não como objetivos. “Esse tipo de objetivo, normalmente, não faz com que as pessoas o atinjam.”

O que deve ser feito, ela diz, é compreender que sem mudança dificilmente será possível atingir uma meta. “Agora, se o novo ano significa mudança de comportamento, isso sim pode ter como consequência a redução de gordura, o ganho de massa muscular e a melhora nos exames bioquímicos.”

A ideia de parar de fumar opera numa lógica parecida. Segundo Bacchi, é importante entender que as pessoas têm ambivalências —e mesmo quem diz querer parar de fumar, pode também querer continuar. “É importante se dar conta também de que existem aspectos positivos naquele comportamento, caso contrário, não o faríamos.”

Entender os pontos positivos e negativos de fumar —e os positivos e negativos em parar de fumar— são bons pontos de partida para entender melhor o cenário geral. Outro aspecto crucial no processo de abandonar o cigarro é entender o propósito de vida do fumante —e como parar de fumar pode ajudar.

Bacchi diz que as motivações para parar de fumar podem ser desde ter uma pele mais bonita até poder acompanhar o crescimento de um neto. “O importante é encontrar o propósito e alinhá-lo com a mudança desejada.”

No processo de parar de fumar, o psiquiatra afirma que o planejamento envolve uma estratégia de redução gradual. Depois da redução, estabelece-se uma data para parar de fumar. “Adesivos de nicotina e medicamentos podem ajudar”, diz.

Ele chama a atenção para uma metodologia específica de mudança de hábitos, a Smart (da sigla em inglês para as palavras específico, mensurável, alcançável, relevante e temporizável).

Nesse método, a ideia é que as metas correspondam aos pilares da sigla, ou seja, que sejam específicas, alcançáveis, mensuráveis, relevantes e que caibam num cronograma bem definido.

As metas de ano novo, que costumam ser generalistas, com um cronograma vago e difíceis de alcançar, são quase antíteses do método Smart, considerado uma das formas mais eficazes de fazer mudanças no estilo de vida.

Para quem quer mudar a dieta, Masson recomenda a criação de ambientes mais saudáveis, “que permitam melhores escolhas alimentares”.

“É muito importante conviver com pessoas que também escolham alimentos de verdade como a base da sua alimentação, pois servem de rede de apoio e incentivo constante.”

Ela recomenda ainda a inclusão de outros hábitos saudáveis na rotina, como atividades físicas, redução no consumo de álcool e higiene do sono. A ideia é que, aos poucos, hábitos e comportamentos mais saudáveis ganhem espaço no dia a dia. “Sem sentir culpa quando faz algo esporádico que não esteja nesse contexto”, aconselha a nutricionista.

O processo de autojulgamento, ela diz, pode culminar em recaídas que dificultam o comportamento saudável. “Nunca mais comer um doce ou beber uma taça de vinho não significa ter uma vida saudável.”





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Treinadora japonesa de 92 anos conta o segredo para se manter em forma até hoje

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O homem de 60 anos, que adotou Peanuts, agora é só amor pela criança. Foto: @Peanuts_page/TikTok.

Mantendo a vitalidade aos 92 anos! Essa treinadora japonesa impressiona com sua saúde e disposição, fruto de uma rotina que inclui quatro exercícios essenciais que ela adora compartilhar.

Takishima Mika é o exemplo vivo de que nunca é tarde para começar. Ela iniciou sua jornada fitness aos 65 anos e, hoje, aos 92, continua frequentando a academia e desafiando preconceitos sobre a idade.



A treinadora compartilha sua sabedoria em um livro repleto de dicas práticas. Entre os exercícios recomendados, estão agachamentos, movimentos de mobilidade e alongamentos. Descubra abaixo como praticá-los e se inspirar nessa história incrível!

Inspiração para todos

Takishima se tornou um exemplo para muita gente.

Foi aos 65 anos que ela descobriu a paixão pelos exercícios.

Com o sucesso, ela escreveu um livro com dicas de como impedir a perda de massa muscular.

A rotina é puxada, ela chega a treinar 12 horas por dia. Eita!

Quatro exercícios

O segredo do sucesso está no Método Takimika, que ela ensina.

Veja agora quatro exercícios indicados pela professora:

  • Agachamento: esse primeiro exercício é ideal para trabalhar a parte inferior do corpo. Basta fazer um agachamento normal, separando levemente as pernas e, com as costas retas, flexioná-las até que os joelhos formem um ângulo reto. Depois, nesta posição, levante cada perna alternadamente por alguns segundos.
  • Alongamento 1: com ou sem halteres, fique na posição em pé e afaste as pernas na largura dos ombros. Agora, incline o corpo para frente, mantenha as costas retas e deixe os braços caírem em direção ao chão. Por fim, levante os dois braços estendidos em cruz, tentando unir as omoplatas atrás das costas. Abaixe os preços, devagar, enquanto contrai o abdômen.
  • Alongamento 2: de quatro com as mãos um pouco mais afastadas que a largura dos ombros, dobre os braços até conseguir tocar o rosto perto do chão. Mantenha a postura por alguns segundos e, depois, estique novamente os braços.
  • Alongamento 3: deite de costas e dobre os joelhos enquanto apoia as solas dos pés no chão. Coloque as mãos sob as nádegas e levante a cabeça. Vá levantando as pernas até que os joelhos fiquem próximos ao peito e mantenha a posição, abaixe as pernas sem deixar os pés tocarem o chão e segure por alguns segundos.

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Tacinha de vinho

A idosa também chama a atenção para o controle de alimentação.

Evitar industrializados e alimentos gordurosos é uma dica valiosa.

Além disso, ela tem umazinha bem especial: uma taça de vinho no jantar todos os dias.

Bora?

A treinadora escreveu um livro sobre como se manter fitness na terceira idade. Foto: Divulgação. A treinadora japonesa de 92 anos escreveu um livro sobre como se manter fitness na terceira idade. Foto: Divulgação.

Com informações de Mundo Boa Forma.



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