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Do tamanho do Acre: Área de cultivo e pastagem cresce o equivalente a um estado do Acre em 11 anos

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Mecanização da lavoura reduz em 1,5 milhão número de empregados em áreas produtivas, diz IBGE.

Na foto de capa, vista aérea de geoglifo em área de pastagem ao longo da rodovia BR-317 no Acre – Lalo de Almeida/Folhapress.

O Brasil aumentou em 16,5 milhões de hectares sua área de plantio e pastagem nos últimos 11 anos, divulgou o IBGE na manhã desta quinta-feira (26).

Os dados constam de relatório preliminar do chamado Censo Agro 2017, que mapeou as características de pouco mais de 5 milhões estabelecimentos agropecuários no país. O relatório final será apresentado em julho do ano que vem.

Os 16,5 milhões de hectares a mais na produção no período são equivalentes a toda a área do estado do Acre.

Segundo o IBGE, os estabelecimentos agropecuários atualmente existentes no país ocupam uma área total de 350 milhões de hectares, um aumento de 5% em relação ao observado em 2006.

Os números apresentados nesta edição podem ser comparáveis em alguns aspectos com os do último Censo Agro, ocorrido em 2006.

Apesar de ter crescido em área, o país teve recuo, na mesma base comparativa, na quantidade de estabelecimentos agropecuários —eram 5,17 milhões em 2006 e passaram a 5,07 milhões em 2017, numa queda de 2% ou 101 mil estabelecimentos.

A informação sugere que os produtores menores têm perdido espaço para os grandes, que têm maiores níveis de mecanização e, devido à escala da produção, conseguem operar a custos mais baixos.

Um dado que confirma isso é o aumento no número de estabelecimentos com 1.000 hectares. Na comparação de 2017 com 2006, houve aumento no volume e na área relativa a esse grupo. Dos 16,5 milhões de hectares de área total adicionada ao setor, 16,3 milhões de hectares eram referentes a estabelecimentos acima de 1.000 hectares.

Os estabelecimentos de 100 a mil hectares reduziram sua participação no período —respondiam por 33,8% da área total em 2006 e passaram a 32% em 2017.

Diferenças regionais

No Nordeste, por exemplo, a área total ocupada pelos estabelecimentos agropecuários recuou em 9,9 milhões de hectares– área equivalente ao estado de Pernambuco.

Segundo o coordenador do Censo Agro 2017, Antônio Carlos Florido, é preciso levar em conta algumas condições regionais.

No período de 11 anos em avaliação, o Nordeste teve secas em cinco deles. “Em casos como esses, de seca severa, os pequenos produtores tendem a encerrar suas atividades, enquanto os maiores produtores têm condição maior de resistir a esses efeitos”, disse Florido.

Estados da região Centro-Oeste tiveram aumento expressivo na área ocupada por estabelecimentos agropecuários. No Mato Grosso, por exemplo, eram 48 milhões de hectares em 2006 e passaram a 54 milhões em 2017, num aumento de 12,5%.

As áreas de cultivo e pastagem respondem por 60,71% do Estado, percentual que é inferior ao do vizinho Mato Grosso do Sul, que tem 81,6% de sua área ocupada por estabelecimentos agropecuários.

De acordo com o IBGE, o aumento de áreas plantadas ou de pastos principalmente no Norte e no Centro-Oeste não significa necessariamente aumento do desmatamento.

“Algumas áreas poderiam estar subutilizadas e foram anexadas à produção”, explica Florido.

As áreas de matas naturais em estabelecimentos agropecuários aumentaram em 11,4% nos últimos 11 anos, mostrou a pesquisa.

Lavouras permanentes como frutas e café tiveram redução de 31,7% na área de cultivo. Já as áreas destinadas a lavouras temporárias, como cana de açúcar e grãos, cresceram em 13,2% na mesma base de comparação.

Trabalho e mecanização

Os empregos no setor produtivo também tiveram queda no período na esteira da mecanização das lavouras. No período de 11 anos, ao menos 1,53 milhão de pessoas deixaram empregos no campo.

Em 2017, havia 15 milhões de trabalhadores em estabelecimentos agropecuários, enquanto em 2006 esse número era de 16,5 milhões de pessoas.

Na outra ponta, aumentou a quantidade de tratores em 50,2% no período (ou 407 mil unidades a mais). Já o número de estabelecimentos que utilizavam tratores, em 2017, aumentou para 733 mil, 200 mil a mais do que em 2006.

“De fato a mecanização reduziu a quantidade de trabalhadores nas produções. Uma colheitadeira de cana, por exemplo, substitui o trabalho de até 100 cortadores”, explica Florido.

Junto com a mecanização houve ainda o aumento da área irrigada nas plantações, que cresceu 52% no período.

Agrotóxicos

Também houve aumento na quantidade de de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos. Em 2017, 1,68 milhão de produtores alegaram utilizar algum tipo de agrotóxico —aumento de 20,4% em relação ao observado em 2006.

O IBGE não mediu a quantidade do agrotóxico utilizado ou se ele foi aplicado da forma correta. Segundo Florido, não é possível dizer, apenas com esses dados, que houve aumento na quantidade absoluta de pesticidas na produção.

O que se sabe, contudo, é que há mais acesso à tecnologia no campo do que há 11 anos. O acesso à internet, por exemplo, cresceu 1.790% no período. Em 2017, quase 1,4 milhão de produtores disseram ter acesso à internet nos locais de produção, enquanto em 2006 esse número era de apenas 75 mil.

A mecanização e os ganhos de produtividade levaram o país a registrar aumento, por exemplo, da produção de leite apesar de ter havido queda na quantidade de animais bovinos.

Em 2017, o país tinha 171 milhões de cabeças de gado, numa queda de 2,8% frente ao observado em 2006.

O IBGE explica, no entanto, que a discrepância pode ser explicada, em parte, pelo modelo de coleta adotado mais recentemente. Como o período de nascimento de bezerros começa em agosto e termina em dezembro, a pesquisa captou apenas parte desse movimento, já que a coleta foi feita em setembro, quando nem todos os novilhos tinham nascido ainda.

Apesar da quantidade menor de animais, o país teve um salto na produção de leite de vaca, da ordem de 10 bilhões de litros no últimos 11 anos. Em 2017, o país produziu 30,1 bilhões de litros de leite.

“Isso é explicado basicamente pela melhoria na produtividade. Espécies mais produtivas podem ter assumido o lugar de outras menos produtivas”, afirmou Florido. Lucas Vettorazzo. Folha SP.

Economia e Negócios

HV Investment Group: Liderando o Futuro das Finanças com Inovação e Construindo um Novo Capítulo de Prosperidade em Conjunto

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Outro pilar estratégico do HV Investment Group é o segmento de serviços financeiros, que oferece um portfólio abrangente, incluindo gestão de ativos e planejamento de patrimônio. Adrian Mike entende que serviços financeiros especializados são cruciais para preservar e aumentar o valor dos ativos dos clientes, além de possibilitar um planejamento financeiro eficiente. Por isso, ele investe na capacitação e no fortalecimento de sua equipe financeira, composta por especialistas e analistas altamente qualificados. Essa expertise permite ao HV Investment Group desenvolver soluções financeiras personalizadas que atendem às necessidades diversificadas de seus clientes, consolidando sua posição como um parceiro de confiança no setor.

Adicionalmente, o compromisso do HV Investment Group com a inovação tecnológica se reflete em sua atenção ao campo da inteligência artificial. Em 2019, o lançamento do TensorFlow 2.0, com melhorias significativas na usabilidade e integração, chamou a atenção do grupo, que identificou uma oportunidade estratégica de investimento nesse setor. Desde então, o Grupo HV tem investido ativamente no desenvolvimento e aplicação de tecnologias de inteligência artificial, gerando valor substancial para suas operações e oferecendo suporte avançado à evolução tecnológica da indústria financeira.

Com foco no futuro, o HV Investment Group, sob a liderança de Adrian Mike, continuará a promover uma cultura corporativa pautada na inovação, inclusão e sustentabilidade. Mantendo o cliente no centro de suas operações, o grupo reforçará seu compromisso com a otimização das estratégias de investimento e o desenvolvimento de novas tecnologias. Em parceria com líderes globais, o Grupo HV buscará explorar novas oportunidades, promover um ecossistema financeiro mais sustentável e inteligente, e alcançar resultados que beneficiem todas as partes envolvidas. Estamos confiantes de que o HV Investment Group continuará a alcançar novos patamares de excelência no setor financeiro, contribuindo significativamente para o crescimento econômico global.

 

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DINHEIRO

ARTIGO: Redução de limite no cartão sem aviso prévio: um erro que pode custar caro às instituições financeiras

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Foto de capa - advogada Júlia Bittencourt [arquivo pessoal]
A redução do limite do cartão de crédito sem aviso prévio ao consumidor pode ser motivo para indenização. Recentemente, uma decisão judicial destacou a importância da comunicação adequada quando se trata de alterações no limite de crédito.

O caso

Em um recente julgamento, foi decidido que uma administradora de cartões de crédito deve pagar uma indenização por ter reduzido o limite do cartão de um cliente sem aviso prévio. O cliente, que tinha um limite de R$ 2.400 e havia utilizado apenas R$ 400, teve seu limite reduzido para R$ 300 sem qualquer comunicação antecipada. Quando tentou fazer compras e teve o pagamento recusado, descobriu a mudança abrupta no seu limite.

O impacto da redução de limite do cartão de crédito não avisada

O cliente utilizava apenas R$ 400 de seu limite de crédito quando foi surpreendido com a redução. Sem qualquer aviso ou justificativa, descobriu a mudança no limite apenas no momento da compra, o que o obrigou a abandonar os produtos e retornar para casa de mãos vazias. A situação não apenas prejudicou o consumidor financeiramente, mas também causou um abalo emocional significativo.

Como advogada atuante na área de Direito do Consumidor, Júlia Bittencourt reforça que essa prática contraria os princípios da transparência, boa-fé objetiva e dever de informação, previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC). “O consumidor tem o direito de ser previamente informado sobre qualquer alteração no contrato, especialmente aquelas que podem impactar diretamente sua vida financeira. Reduzir o limite de crédito sem aviso é uma conduta abusiva que não pode ser tolerada”, afirma.

A decisão judicial e os direitos do consumidor

O tribunal destacou que, embora as instituições financeiras tenham autonomia para ajustar os limites de crédito, isso só pode ser feito com aviso prévio de pelo menos 30 dias, conforme estabelecido pela Resolução 96/2021 do Banco Central. A ausência dessa comunicação caracteriza falha na prestação de serviço e gera o dever de reparação pelos danos causados.

A advogada ressalta que a responsabilidade das instituições financeiras é objetiva, conforme previsto no CDC. “Independentemente de culpa, o fornecedor responde pelos danos causados pela falha no serviço. No caso em questão, a redução abrupta do limite sem aviso violou o direito básico do consumidor à informação clara e adequada, configurando o dever de indenizar”, explica Júlia.

O que fazer em casos semelhantes?

Se você enfrentar uma situação semelhante, siga estas orientações para proteger seus direitos:

– Documente o ocorrido: registre todas as tentativas de comunicação com a instituição, bem como os impactos financeiros e emocionais sofridos.
– Busque soluções administrativas: entre em contato com a administradora do cartão para solicitar o restabelecimento do limite e esclarecimentos sobre a redução.
– Procure um advogado especializado: caso o problema persista, é possível buscar judicialmente o restabelecimento do limite e uma indenização por danos morais.

A importância de buscar a Justiça

“A transparência nas relações de consumo é um pilar essencial do Direito do Consumidor. Quando esse princípio é violado, os consumidores devem buscar a Justiça para que práticas abusivas sejam combatidas e seus direitos sejam preservados”, conclui Júlia Bittencourt.

Se precisar de ajuda para lidar com questões semelhantes ou para entender melhor suas opções legais, nossa equipe está à disposição para oferecer suporte e orientação.

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BOA SORTE

Governo finaliza regulamentação das apostas de quota fixa

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Foto de capa [internet]

A regulamentação do mercado de apostas no Brasil trouxe uma série de mudanças significativas, reorganizando o setor e estabelecendo novos parâmetros para as empresas e jogadores. No final de dezembro do ano passado, o Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Prêmios e Apostas, publicou portarias autorizando 66 empresas a operar no mercado brasileiro de apostas, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro deste ano.

Dentre as 66 empresas autorizadas, 14 delas receberam licença definitiva, representando 30 sites de apostas e cassinos online. As outras 52 empresas, que representam mais 109 sites, obtiveram autorização temporária para operar e devem resolver pendências em suas certificações dentro de um prazo de 60 dias.

Novas regras de operação

Com a entrada em vigor das novas normas, todas as empresas autorizadas passaram a cumprir uma série de regras estabelecidas pelo governo brasileiro. Entre essas normas, destaca-se a exigência de que as empresas tenham sede e administração no território nacional e operem exclusivamente em sites com o domínio “.bet.br”. Durante um período de adaptação, os domínios “.com.br” continuarão em funcionamento, mas não poderão oferecer apostas aos clientes.

As novas medidas incluem a proibição de crédito para apostas e de bônus de entrada. As empresas também devem exigir a identificação dos apostadores através do CPF, implementar reconhecimento facial e controlar os fluxos financeiros. Além disso, as empresas precisam estar em conformidade com a legislação brasileira, o que inclui a prevenção à lavagem de dinheiro, segurança financeira e práticas de jogo responsável. A Secretaria de Prêmios e Apostas monitorará constantemente as transações, identificará atividades suspeitas e aplicará medidas de contenção, como alertas e bloqueios temporários de contas.

Impostos

Um ponto crucial da regulamentação é a tributação. Para os apostadores, uma alíquota de 15% será aplicada sobre os prêmios líquidos que ultrapassarem R$ 2.259,20, valor correspondente à primeira faixa da tabela progressiva anual do Imposto de Renda. As empresas, por sua vez, além do pagamento regular de impostos comuns a qualquer pessoa jurídica no país, terão que pagar uma taxa sobre a receita bruta dos jogos subtraídos dos prêmios pagos aos apostadores, conhecida como GGR (gross gaming revenue), a uma alíquota de 12%.

Os valores arrecadados com essa tributação terão uma destinação específica, sendo distribuídos para políticas públicas em áreas como educação, segurança pública, esporte, seguridade social, turismo, saúde e entidades da sociedade civil. Implementar essas contribuições financeiras pretende garantir que o setor de apostas contribua para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Benefícios do jogo legal para os apostadores

Para agradar os jogadores e conquistar o público brasileiro, as casas de apostas presentes no país precisam se adaptar ao mercado local, promovendo o jogo responsável, oferecendo suporte em português e meios de pagamento locais. Atualmente, jogadores brasileiros mais experientes costumam analisar plataformas de apostas, elencando assim os melhores cassinos online no Brasil, baseando-se em vários critérios de qualidade. Afinal, boa parte das empresas tem origem no exterior, porém nem todas ainda entenderam as particularidades do Brasil.

O pente fino do governo garante que as plataformas ofereçam um serviço mais justo e transparente, tanto para apostadores, que podem contar com um mercado legalizado e fiscalizado, quanto para as empresas, que encontram um campo regulamentado para operar. Essa mudança traz mais confiança para todos os envolvidos no setor, potencializando o crescimento e a inovação das plataformas de apostas online no Brasil.

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