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É possível reduzir a jornada e os salários dos servidores públicos?

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Ouvimos economistas e constitucionalistas para saber se medida seria viável do ponto de vista legal. Capa: Congresso poderia reduzir salário de servidores em momento de crise? Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados. 

A redução temporária das jornadas e salários de servidores públicos é uma alternativa para aumentar o poder de manobra da gestão pública em meio à crise do coronavírus? Mais: a opção é válida e viável no ordenamento jurídico brasileiro?



A questão divide as opiniões de economistas, advogados e constitucionalistas ouvidos pelo JOTA. Para defensores dessa adaptação da jornada e dos vencimentos, seria uma forma de levar ao setor público os mesmos efeitos que estão sendo sentidos pelos trabalhadores de empresas. Para os contrários, a medida não se justifica porque há outras formas de reforçar o caixa do governo e porque a Constituição impede a redução de vencimentos.

Na iniciativa privada, o Executivo federal deve publicar nos próximos dias Medida Provisória que permitirá a redução de até 50% da jornada de trabalho, com corte de salário na mesma proporção, para evitar demissões. No caso do serviço público, o debate ainda é inicial no Congresso.

Em recente webinar com o JOTA, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto, mostrou que a Justiça do Trabalho não é receptiva à ideia do governo. A magistrada considera preocupante o fato de a flexibilização trabalhista ser unilateral. “A Constituição prevê flexibilização de jornada e de salário, mas desde que tenha participação do sindicato. A crise não pode ser uma carta branca para os empregadores agirem do jeito que quiserem”, disse.

Para a consultora econômica Zeina Latif, a redução da jornada e dos salários dos servidores públicos é uma necessidade no momento. “Vamos ter demandas por recursos explodindo de todo lado. Vai ser preciso dinheiro para cuidar da saúde, das pessoas mais vulneráveis e para disponibilizar auxílios”, diz a consultora econômica Zeina Latif ao JOTA. “É importante que o governo tenha um poder mínimo de manobra.”

Para a economista, a redução temporária na jornada e nos salários dos servidores públicos traria um alívio aos estados e municípios, que hoje comprometem grande parte da receita com funcionalismo.

Consultor legislativo do Senado e doutor em economia, Pedro Nery considera que essa seria uma boa iniciativa. “Uma redução temporária de salários como essa liberaria dezenas de bilhões, poderia ser uma medida de solidariedade, de fraternidade”, diz.

Nery avalia que a medida iria “tirar um pouquinho de quem ganha mais e tem emprego vitalício e dar para quem é pobre e não tem emprego formal”.

Paulo Feldmann, professor de Economia da USP, avalia que a medida não seria adequada. “É preciso taxar os mais ricos. Metade da riqueza brasileira está concentrada em apenas 1% da população e nós não temos um imposto sobre fortunas”, diz.

O economista lembra que as famílias que ganham mais de R$ 320 mil ao mês pagam impostos entre 2,5% e 3% desse valor, já a classe média arca com 15% de tributos. Feldmann defende que o governo faça um “decreto de emergência taxando a renda dos mais ricos, aproveitando que estamos no período de declaração do imposto renda”.

Já o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, é enfático ao afirmar que não está “nem um pouco preocupado com alívio financeiro”. Ele defende foco total para evitar contaminação generalizada do coronavírus. “O menos importante é pensar no custo mais baixo. Estou mais preocupado em saber o que é preciso fazer para evitar a contaminação. Seja qual for a solução, que se use a solução”, afirma.

O que diz a Constituição

A Constituição define no inciso XXXVI do artigo 5º que “a lei não prejudicará o direito adquirido”. Além disso, o inciso XV do artigo 37 diz que “os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis”.

“São tempos excepcionais. Uma Constituição que traça como objetivos fundamentais a erradicação da pobreza, redução de desigualdades e uma sociedade mais solidária e fraterna não deveria ser obstáculo para isso”, diz Nery, Consultoria Legislativa do Senado. “Afinal, ela coloca como prioridade absoluta o direito à alimentação e à saúde das crianças, que são um grupo muito vulnerável nesse momento.”

“O governo teria dificuldade de lidar com o direito adquirido”, destaca o professor de MBA de políticas públicas do Ibmec Eduardo Galvão. “Politicamente, seria uma manobra muito arriscada do governo no momento, com uma resistência muito grande dos servidores. Poderia acirrar os ânimos entre os Poderes.”

A questão esteve no ano passado na pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), que precisa concluir o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 2238. Essa ADI discute a constitucionalidade de dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que permitem justamente a redução de vencimentos e da jornada de servidores públicos estáveis. O relator Alexandre de Moraes considerou a medida constitucional e foi acompanhado por Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

Outros seis ministros votaram contra a permissão de redução salarial: Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Carmen Lúcia. Ou seja, há maioria para considerar os cortes de jornadas e salários de servidores inconstitucional. Antes da readequação de agenda motivada pelo coronavírus, a previsão era que a ADI voltasse à pauta do STF em abril.

No Congresso, duas Propostas de Emenda à Constituição – a PEC Emergencial e a do Pacto Federativo – preveem permissão para redução de 25% da jornada e dos salários de servidores públicos.

O fato de o país estar em calamidade, o que permite ao governo descumprir a meta fiscal, não traz impactos na aprovação de emendas constitucionais. “A declaração da calamidade, a rigor constitucional, não impede a votação de PECs”, diz Gustavo Sampaio, professor de Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense. “O artigo 60 prevê três circunstâncias que impedem a votação de PEC: intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.”

Felipe Estefam, especialista em direito público do escritório Souza, Mello e Torres Advogados diz ser ilógico buscar a redução na carga horária dos servidores. “Estamos vivendo uma calamidade, mas, juridicamente, é preciso apontar o dedo para o ordenamento jurídico. Caso de calamidade pública não é uma exceção”, afirma. Questionado se não seria válido reduzir provisoriamente os salários somente dos servidores que vão ficar inativos, o advogado respondeu o ideal seria seguir o pagamento dos vencimentos normalmente “tendo em vista a dignidade da pessoa humana”.

Teoria constitucional

O professor de Direito Constitucional da PUC-SP Pedro Serrano avalia que o país está diante de um estado de exceção aparente e que nesse período teremos “questões jurídicas não habituais”. “Na situação em que estamos, não podemos raciocinar de acordo com o Direito Constitucional comum”.

Para ele, será necessário convivermos com medidas de exceção legítimas, desde que haja um fator de razoabilidade.

“Reduzir os salários de funcionários públicos seria uma medida de exceção abusiva. O governo tem outras medidas para adotar com menor impacto do ponto de vista jurídico e do ponto de vista social”, avalia Serrano.

Entre elas, sugere o professor, está a suspensão temporária do pagamento da dívida pública.

“É muito menos impactante para a ordem jurídica e para a sociedade adiar o pagamento da dívida pública ao invés de suspender o pagamento de salários de servidores, que são tão necessários neste momento”, diz o professor. “Por isso, seria inconstitucional porque fere um artigo e também porque fere a teoria da necessidade pública de urgência.”

Pedro Serrano lembra que o estado de exceção foi usado algumas vezes para fundamentar regimes autoritários. “Estado de exceção não é uma forma de governo, existem medidas de exceção possíveis em situações como essa que estamos vivendo”, afirma.

Em nota divulgada neste sábado, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, que reúne defensores públicos, procuradores de estado, advogados públicos, auditores fiscais, delegados e peritos da Polícia Federal, entre outras, rechaçou a proposta de reduzir os salários de servidores neste momento. A proposta, também eles ressaltam, contraria a Constituição quando prevê a irredutibilidade de vencimentos, por exemplo.

Uma medida como esta, de acordo com os servidores, “configuraria um profundo contrassenso social e econômico, além de um ataque frontal aos responsáveis pelos serviços públicos de combate à pandemia do coronavírus – como os profissionais de saúde, segurança pública, segurança sanitária, controle de fronteiras, entre outros – e à própria Constituição”.

“Os trabalhadores brasileiros, incluindo os servidores públicos, não podem ser afligidos por medidas que reforçam a calamidade pública além de impulsionar a recessão, divergindo dos encaminhamentos dados por países que têm enfrentado os mesmos problemas”, argumentam em nota assinada pelo presidente do fórum e do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, Rudinei Marques, e pelo secretário-geral do fórum e presidente da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais, Marcelino Rodrigues.

Em nota, a Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), disse não aceitar “que medidas legislativas, especialmente aquelas que vilanizam a máquina pública federal, tão essencial neste momento difícil, sejam analisadas sem debate prévio e profundo”.

“Não é o momento para discutirmos medidas polêmicas que deixem ainda mais inseguros os profissionais que atuam no atendimento à população. Pelo contrário , esta é uma hora de tranquilidade para que todos possam dar seu máximo para superarmos o quanto antes e o com o mínimo possível de perdas esta travessia difícil”, acrescentaram os defensores públicos.

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Governo do Acre reforça apoio ao futebol local com investimento de R$ 1,5 milhão

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Miguel França

Em um compromisso que reafirma o apoio ao esporte acreano, o governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer (SEEL), assinou, neste sábado, 25, o ato de convênio com a Federação Acreana de Futebol (FFAC). O evento foi realizado na Arena da Floresta, em Rio Branco, marcando a abertura do 36º Campeonato Acreano de Futebol.

Governo do Acre reforça apoio ao futebol local com investimento de R$ 1,5 milhão. Foto: José Caminha/ Secom

O Governo do Estado, por meio da SEEL, destinará um fomento de R$ 1,5 milhão para apoiar os clubes locais, promovendo o desenvolvimento do futebol no Acre. Tal fato tem como destaque ser a primeira vez que o investimento é creditado antes do início do campeonato.

No ano passado, o governador Gladson Cameli já havia assinado um convênio, repassando um recurso no valor de R$ 1,5 milhão para a Federação de Futebol do Acre FFAC. Durante a cerimônia, o secretário Ney Amorim, titular da SEEL, entregou simbolicamente o cheque referente ao convênio ao presidente da Federação Acreana, Antônio Aquino Lopes.

Secretário Ney Amorim, titular da SEEL. Foto: José Caminha/ Secom

O secretário de Esportes, Ney Amorim, destacou a importância de antecipar o repasse do fomento aos clubes antes do início do campeonato estadual. “Os clubes sempre nos agradeciam pelo apoio do governo, mas comentavam que, ao final do ano, já estavam com dificuldades financeiras. Conversamos com o presidente da federação, que reforçou essa necessidade, e levamos essa demanda ao governador Gladson Cameli. Ele se comprometeu e disse: ‘A partir do ano que vem, vamos entregar o fomento antes do campeonato começar’. Hoje, estamos aqui honrando esse compromisso. O campeonato está começando, mas o fomento já está na conta dos clubes”, afirmou Ney.

Além disso, Ney Amorim ressaltou o simbolismo do retorno das atividades no Arena da Floresta. Segundo o secretário, o estádio estava há quatro anos sem sediar jogos oficiais, mas, com o apoio do governo, foi possível realizar a partida de abertura do campeonato estadual no local. Ele comemorou o marco e destacou: “É uma alegria enorme ver o Arena voltando a funcionar e o campeonato estadual acontecendo aqui, com o apoio financeiro do governo, que é fundamental para garantir uma boa competição entre os clubes.”

Presidente da FFAC, Antônio Lopes; secretário da SEEL, Ney Amorim e presidente reeleito da Aleac, Nicolau Júnior. Foto: José Caminha/ Secom

A parceria reforça o compromisso do governo em fortalecer o esporte, proporcionando condições para que os times acreanos se destaquem no cenário regional e nacional.

O presidente da Federação de Futebol, Antônio Lopes, destacou a importância do convênio firmado entre o governo do Acre e os clubes, enfatizando que, pela primeira vez na história, o recurso foi repassado antes do início do campeonato estadual. “Como o secretário Ney falou, foi um compromisso do governador Gladson Cameli e hoje está sendo honrado. Isso é fundamental para o fortalecimento do nosso futebol”, afirmou. Lopes também compartilhou com entusiasmo uma informação recebida durante o evento: “O Nicolau me deu uma notícia que me enche de orgulho. Segundo ele, nosso campeonato é o quinto melhor organizado do Brasil. Isso mostra que estamos no caminho certo.”

Time do São Francisco Futebol Clube. Foto: José Caminha/ Secom

O campeonato, que movimenta atletas, clubes e torcedores, também trará ao público dois jogos na sequência da assinatura: Independência enfrenta Vasco da Gama às 15h, seguido pelo confronto entre Rio Branco e São Francisco às 17h.

Rádio Difusora Acreana (1400 AM), emissora mais tradicional do Acre, e a Rádio Aldeia (96.9 FM) estão com transmissões programadas para a temporada de 2025. Foto: José Caminha/ Secom

E a Rede Pública de Comunicação está presente, fazendo a cobertura completa do Campeonato. A Rádio Difusora Acreana (1400 AM), emissora mais tradicional do Acre, e a Rádio Aldeia (96.9 FM) estão com transmissões programadas para a temporada de 2025. A equipe da Difusora e Aldeia terá: os narradores Zezinho Melo e Otávio Damasceno, os repórteres Alberto Casas e Paulo Roberto e o comentarista Raimundo Fernandes.

A ação beneficiará diretamente atletas, clubes e a população em geral, consolidando o esporte como um dos pilares da administração estadual.

 

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Cruzeiro do Sul sedia a 100ª edição do curso de Instrução de Nivelamento de Conhecimento da Força Nacional

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Mariana Moreira

 

Com o objetivo de capacitar os operadores de segurança pública do Estado do Acre, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) em parceria da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), realiza a centésima edição do curso de instrução de nivelamento de conhecimento (INC), em Cruzeiro do sul.

 

100° edição do curso de instrução de nivelamento de conhecimento (INC). Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp

O secretário de Segurança Pública em exercício, Evandro Bezerra, destaca que o curso é uma capacitação para os servidores da pasta. “Essa capacitação tem a finalidade de recrutar novos agentes para atuação na Força Nacional em situações de emergência e atualizar os conhecimentos dos profissionais de segurança”, disse.

Secretário de segurança em exercício, coronel Evandro Bezerra destaca que o curso é uma capacitação para os profissionais de segurança pública. Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp

As aulas iniciam no próximo dia 27 de janeiro e seguem até 25 de fevereiro, e beneficiará 121 operadores de segurança.

O coordenador do INC no Acre, subcomandante da Polícia Militar coronel Kleisson Albuquerque, diz que esse é um momento emblemático. “É a centésima edição e vai ser realizada no estado do Acre, vai ter a participação do Secretário Nacional de Segurança Pública, capacitar esses alunos aqui significa prepará-los ainda mais para operar também nessa região de fronteira, que nós sabemos é uma rota de tráfico internacional de drogas”, pontuou.

O coordenador do INC no Acre, subcomandante da Polícia Militar coronel Kleisson Albuquerque diz que esse é um momento emblemático. Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp

O treinamento conta com Aulas sobre direitos humanos, técnicas de abordagem policial e veicular, controle de distúrbios civis, patrulhamento, manejo de armamentos e equipamentos.

O instrutor do curso, capitão José Henrique de Araújo Neto, reitera como o curso funciona e os benefícios que ele traz para a sociedade: “Nesse momento a Força Nacional está entregando ao Estado do Acre uma capacitação os profissionais de Segurança Pública e ela atende a bombeiros, policiais civis e policiais militares. Esses profissionais que são capacitados conosco, no futuro a gente tem um retorno porque habilita esses profissionais a serem mobilizados e operar na Força Nacional nos outros estados”.

O instrutor do curso, Capitão José Henrique de Araujo Neto, reitera como o curso funciona e os benefícios que ele trás para a sociedade. Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp

Os alunos já estão participando do Teste de aptidão Físico (TAF), aplicado pelos instrutores da Força Nacional, que teve início na última quarta feira(23) e vai até o próximo sábado (25), com provas na piscina, corrida e barras.

 

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Projetos do Acre são publicados em guia de investimentos da ONU Turismo, em Madri

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Maria Fernanda Arival

O turismo no Brasil está em alta e, por isso, é o país homenageado na edição de 2025 da Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madri, na Espanha, um dos maiores eventos do mundo, que dá largada ao calendário internacional do setor. Com a presença de diversas autoridades internacionais, o guia “Tourism Doing Business: Investindo no Brasil” foi lançado, nesta quinta-feira, 23, com projetos do Acre.

Os investidores de todo o mundo, interessados em oportunidades de investimento no turismo brasileiro, podem contar com a ferramenta, que busca estimular a participação desses empresários no turismo do país. O documento, elaborado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e pela ONU Turismo, apresenta dois projetos do Acre.

Para o secretário de Turismo e Empreendedorismo do Acre, Marcelo Messias, o destaque do Acre com dois projetos no guia de investimento é fundamental para o crescimento do setor no estado.

“O guia de investimentos direcionado aos investidores do mundo inteiro é uma iniciativa importante, e ter dois projetos do Acre na ferramenta é ainda mais, porque
contribui com a visibilidade do nosso estado e aponta quais investimentos os interessados no setor podem fazer. Na Região Norte, apenas três projetos foram incluídos e dois foram do Acre, relacionados ao nosso Rio Crôa e ao Seringal Cachoeira, que são destinos importantes do nosso turismo”, ressalta.

Secretário de Turismo e Empreendedorismo do Acre, Marcelo Messias. Foto: Ascom/Sete

O documento aborda aspectos legislativos, além de fiscais e incentivos que favorecem o investimento do exterior. A ferramenta destaca também vantagens e o potencial de crescimento e estabilidade econômica, e a grande variedade natural e cultural presente no país.

Projetos no guia “Tourism Doing Business: Investindo no Brasil”

O documento aponta destinos turísticos que podem receber investimentos internacionais em todas as regiões do país. No Acre, estado da Região Norte, dois projetos foram registrados: no Rio Crôa, em Cruzeiro do Sul, e no Seringal Cachoeira, em Xapuri.

O chefe do Departamento de Gestão do Turismo, Jackson Viana, explicou que os projetos escolhidos fazem parte de um portfólio de projetos para captação de recursos.

“O Ministério do Turismo, no último trimestre do ano, passado encaminhou ofício aos secretários de estado de Turismo para verificar quais estados teriam interesse em enviar projetos de investimentos no setor em suas regiões. Como nós temos um portfólio de projetos para captação de recursos, o secretário escolheu dois desses projetos para serem submetidos”, ressaltou.

Rio Croa, em Cruzeiro do Sul. Foto: Pedro Devani/Secom

Viana também destacou que foi necessário atender a diversas orientações do Ministério do Turismo. “Graças ao empenho da nossa equipe, ficamos felizes deles terem sido selecionados para compor esse guia internacional”, finalizou.

A ferramenta aponta que o Rio Crôa é uma iniciativa de turismo fluvial ambientalmente responsável, economicamente viável e atrativo para os turistas. No documento, o projeto aponta para a aquisição de embarcações equipadas com painéis solares.

Com relação ao Seringal Cachoeira, no município de Xapuri, o projeto é direcionado a revitalização do espaço, que promove o turismo de base comunitária, gera oportunidades de renda, fortalece a economia local e aumenta a autonomia dos moradores da comunidade.

Seringal Cachoeira possui grande potencial turístico que deve ser explorado. Foto: Divulgação

Os dois espaços são tradicionais nos respectivos municípios e de suma importância para o turismo do estado. A comunidade do Rio Crôa, durante o recesso de fim de ano de 2024, recebeu mais de 2.500 pessoas, com estimativa de 200 pessoas por dia. Já o Seringal Cachoreira é um dos atrativos do ecoturismo que estimula o contato com a floresta.

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