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Educação disponibiliza espaço de escola para receber desabrigados da enchente do Rio Acre

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Stalin Melo
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) disponibilizou as instalações da Escola Madre Hildebranda da Pra, localizada no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco, para receber sete famílias indígenas (32 pessoas) moradoras do bairro da Base, que ficaram desabrigadas com a cheia do Rio Acre.
Para receber as famílias, além da SEE, o governo também disponibilizou as estruturas das secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e Indígena (Sepi), e a assistência do Corpo de Bombeiros (CBMAC).
De acordo com a representante da Sepi, Nedina Yawanawá, o abrigo para os indígenas é provisório, embora outros desabrigados também sejam esperados no local. “A secretária Francisca Arara está dando todo o apoio aos indígenas, já que esses são os primeiros afetados, e estamos esperando mais famílias”, disse.
O diretor da instituição, Ricardo Oliveira, explica que “a situação é inusitada”, pois, apesar de a escola já ter passado por duas alagações seguidas (2023 e 2024), é a primeira vez que recebe desabrigados e as aulas não pararam.

Os indígenas chegaram à escola na tarde deste domingo, 9, e de acordo com o diretor, a orientação é para mitigar o sofrimento das famílias e que escola não parou as aulas, já que o próprio espaço, se o rio Acre chegar nos 16 metros, também pode também ser atingido pelas águas.
“Para a nossa rotina não ficar abalada, continuamos com a nossas atividades, embora com certas restrições e cuidados, mas dando total apoio aos desabrigados neste momento de calamidade e nessa hora em que eles mais necessitam”, afirmou.

Entre os desabrigados na escola está Jaime Kaxinawá. Morador da Aldeia Nova Aliança, no alto Rio Purus, em Santa Rosa, que estava em Rio Branco na casa de um amigo, quando teve que deixar o local. “Teve uma noite que fiquei sem dormir e agora estou aqui com toda a minha família, inclusive minha neta”, relata.

Jaime destacou o acolhimento dado pelo governo do Estado e disse que em breve pretende retornar para sua aldeia. “Pretendo voltar para casa, lá no Purus, porque ano passado também ficou tudo alagado, perdi até o roçado”, informou.
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Governo segue monitorando o nível do Rio Juruá em Cruzeiro do Sul

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10 de março de 2025
Aline Querolaine
O nível do Rio Juruá apresentou uma significativa redução nesta segunda-feira, 10, trazendo alívio para as comunidades ribeirinhas da região. Em Marechal Thaumaturgo, o rio registrou uma baixa de mais de 3 metros, enquanto em Porto Walter a diminuição foi de 10 centímetros. Essa tendência de vazante indica que o nível das águas deve baixar em Cruzeiro do Sul nos próximos dias.
O governo do Estado, por meio da Defesa Civil e do Corpo de bombeiros, continua monitorando a situação. O comandante do Corpo de Bombeiros local, tenente Josadac Cavalcante, destacou a importância dessa redução para a população afetada pelas cheias anteriores. “A descida do nível do rio é um alívio para as famílias que sofreram com inundações anteriores. Continuaremos monitorando a situação e prestando o suporte necessário”, afirmou.

Já o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista ressaltou que, embora a tendência seja de vazante, é fundamental manter a vigilância. “Estamos em constante alerta, pois as condições climáticas podem mudar rapidamente. Nossa equipe permanece mobilizada para qualquer eventualidade”, comentou.
As autoridades recomendam que a população continue acompanhando as atualizações dos órgãos oficiais e siga as orientações de segurança, especialmente aqueles que residem em áreas próximas ao rio.
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Estudantes acreanos são eleitos para representar o Acre no Parlamento Juvenil do Mercosul 2025

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10 de março de 2025
Clícia Araújo
Os estudantes João Pedro de Oliveira, Hevellyne Sampaio e Kauanny Cristine Monteiro foram eleitos para representar o Acre na etapa nacional do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM), que acontecerá em julho de 2025. Durante o evento, eles receberão orientações sobre suas atuações como parlamentares juvenis.
A cerimônia de posse e o curso de formação serão realizados em Brasília, onde os jovens terão a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre o papel no Parlamento. Já a etapa internacional ocorrerá em Foz do Iguaçu, no Paraná, entre os dias 11 e 13 de agosto. Com o tema “A integração regional e as mudanças climáticas”, o encontro reunirá representantes de diversos países para troca de experiências e construção de propostas conjuntas.
Estudantes eleitos e seus projetos
Cinco estudantes acreanos disputaram a participação no PJM, sendo os três mais votados:
João Pedro Souza de Oliveira – Escola Dom Henrique Ruth, Cruzeiro do Sul. Projeto: Arborização e Turismo Sustentável, com 276 votos.
Hevellyne Oliveira Sampaio – Escola Sebastião Pedrosa, Rio Branco. Projeto: A democratização da educação ambiental em comunidades rurais e periféricas, com 222 votos.
Kauanny Cristine Taveira Monteiro – Escola Humberto Soares da Costa, Rio Branco. Projeto: A integração regional e o fortalecimento educacional e ambiental no Acre, com 153 votos.

Para João Pedro, a oportunidade representa um grande desafio e um momento de aprendizado: “Agradeço a todas as pessoas que votaram em mim. Vou dar meu máximo nas próximas etapas do Parlamento. Estou muito feliz em representar meu estado e, principalmente, minha cidade, Cruzeiro do Sul. Tenho ótimas expectativas sobre o meu projeto e como ele será integrado ao PJM, crendo que vamos fazer a diferença. O tema do evento é muito importante, principalmente nos dias atuais, já que vivemos em um período onde o clima está em constante mudança, tendo em vista as ações frequentes do homem na natureza”.
Já Hevellyne Sampaio destaca o valor do protagonismo juvenil: “Fazer parte de um momento como esse é um grande marco, principalmente quando se trata de ser jovem e ter voz ativa. Isso incentiva outros jovens a acreditarem no seu potencial, porque nós somos capazes de promover mudanças na sociedade. Fico lisonjeada por ser eleita para um evento tão importante, em que podemos ajudar comunidades e o meio ambiente, pois a humanidade necessita da participação da natureza em suas vidas”.
Kauanny Monteiro compartilhou sua expectativa para o evento: “Estou bem ansiosa e com altas expectativas. Espero que eu consiga atingir o que todos esperam e representar meu estado com excelência”.

O que é o Parlamento Juvenil do Mercosul?
O PJM é uma iniciativa do Setor Educacional do Mercosul (SEM), que oferece aos jovens estudantes de escolas públicas dos países-membros e associados do bloco um espaço de diálogo, promovendo o protagonismo juvenil na construção de propostas sobre temas de interesse comum.
O programa busca incentivar o desenvolvimento de competências como domínio da linguagem, capacidade de argumentação, resolução de problemas e elaboração de propostas, além de fortalecer a atuação cidadã, ética e responsável.
O papel dos jovens parlamentares
Durante dois anos, os estudantes atuarão como parlamentares juvenis, ouvindo jovens dos países membros do Mercosul e promovendo discussões sobre educação, cidadania, democracia, direitos humanos, cultura de paz e meio ambiente. O objetivo é construir propostas que atendam às necessidades dos estudantes, incentivando a participação cidadã e a busca de soluções para problemas locais e regionais.
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Neurocirurgião acreano apresenta trabalho no maior congresso de neurociências em Los Angeles

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10 de março de 2025
Halyce Santana
A Saúde no estado do Acre tem se destacado pelo atendimento humanizado, que vai além do cuidado clínico, promovendo uma abordagem integral e sensível às necessidades sociais, culturais e emocionais dos pacientes, buscando respeitar a diversidade das comunidades, especialmente aquelas em áreas remotas e de difícil acesso, como as populações indígenas e ribeirinhas.
Luan Messias, neurocirurgião do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) – Pronto-Socorro, e da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), teve a oportunidade de apresentar um importante trabalho sobre o tratamento de recém-nascidos indígenas com mielomeningocele durante a Convenção Anual de Neurotecnologia – SBMT 2025, realizada em Los Angeles, Califórnia. O evento, que reuniu especialistas globais de diversas áreas como neurociência, psiquiatria, neurocirurgia e engenharia biomédica, serviu como uma plataforma para discussões sobre os avanços e desafios nas ciências neurológicas.
Na sua palestra, Luan Messias destacou os desafios específicos enfrentados no Acre ao tratar recém-nascidos indígenas com mielomeningocele, uma condição neurológica congênita que exige intervenção neurocirúrgica urgente. O neurocirurgião compartilhou detalhes sobre os métodos adotados por sua equipe para realizar essas intervenções, especialmente considerando as dificuldades geográficas e culturais da região.
Mielomeningocele: causas e consequências
A mielomeningocele é uma malformação do tubo neural que ocorre durante a gestação e resulta em uma abertura na coluna vertebral do bebê, expondo a medula espinhal e as estruturas nervosas, estando frequentemente associada à falta de ingestão adequada de ácido fólico pela mãe durante a gestação, já que esse nutriente é essencial para o desenvolvimento correto do sistema nervoso central do feto.
No Acre, a doença é estatisticamente 9 vezes mais comum do que em outras partes do mundo, especialmente entre as populações indígenas, que enfrentam dificuldades alimentares e de acesso aos devidos cuidados à saúde. A baixa ingestão de ácido fólico, crucial para o fechamento adequado do tubo neural, é um dos principais fatores que contribui para a alta incidência dessa malformação, além de outras condições como a desnutrição e a falta de orientação sobre cuidados durante a gestação. Isso torna a prevenção, por meio da suplementação de ácido fólico, ainda mais urgente, já que estudos indicam que a condição poderia ser evitada em até 70% dos casos com a simples reposição desse nutriente essencial.
Se a condição não for tratada nas primeiras 24 horas de vida, a criança pode sofrer sérias complicações, como paralisia (paraplégia), hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro) e até problemas com a função urinária. A condição também pode resultar em mielomeningite, uma inflamação grave nas meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), causada pela exposição direta da medula espinhal ao ambiente externo.
Desafios logísticos e culturais no atendimento a pacientes indígenas
A apresentação também evidenciou os desafios logísticos enfrentados pela equipe médica no decorrer atendimento. Por se tratar de áreas de difícil acesso, é necessário o uso de helicópteros para transportar os pacientes para hospitais.

Além disso, o neurocirurgião destacou um desafio cultural significativo: a desconfiança de muitas famílias indígenas em relação ao processo de retirar seus filhos de dentro das tribos para tratamentos em hospitais distantes. Muitas vezes, também há resistência à introdução de novos alimentos ou medicamentos, devido à forte crença na medicina tradicional indígena.
“O trabalho não se resume ao atendimento clínico, mas também envolve um processo de humanização. É preciso levar em consideração as questões sociais, políticas e culturais das famílias indígenas, garantindo que elas compreendam e confiem no tratamento oferecido”, destacou Messias.
Assistência humanizada
O trabalho realizado pela equipe de emergência do estado do Acre se destaca pela dedicação à humanização do atendimento, sempre alinhado ao respeito e à compreensão das necessidades culturais das populações atendidas, especialmente as indígenas e ribeirinhas. Além das intervenções médicas, os profissionais se empenham em oferecer suporte completo, garantindo que as famílias compreendam o processo e se sintam amparadas.
O neurocirurgião Luan Messias também foi premiado no The Neurosurgical Week, em Mumbai, no ano passado, pela sua contribuição à especialidade de junção crânio-vertebral e coluna vertebral.

“É extremamente gratificante não só receber o prêmio, mas saber que estamos mudando a vida das pessoas que mais precisam. As populações indígenas e ribeirinhas são aquelas que, de fato, necessitam do nosso apoio e dedicação. Estamos trabalhando incansavelmente para proporcionar não apenas o tratamento médico, mas também o acolhimento necessário para que elas se sintam seguras e assistidas”, afirmou.
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