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Educação do Acre promove ações para fortalecer o ensino de história e cultura afro-brasileira

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Dayana Soares

A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) promoveu, nesta terça, 26, um seminário voltado aos assessores pedagógicos para discutir e fortalecer a implementação das leis n° 10.639/2003 e n° v11.645/2008 nas escolas da rede pública estadual. O evento faz parte de uma série de ações que têm como objetivo capacitar educadores e ampliar o debate sobre a história e a cultura afro-brasileira, africana e dos povos originários do Brasil no currículo escolar.

Essas legislações tornam obrigatório o ensino dessas temáticas em todas as escolas do país. Para cumprir essa determinação, a SEE tem promovido diversas formações pedagógicas e produzido materiais de apoio para os docentes. 

Palestra abordou o histórico da luta por políticas públicas voltadas à educação para as relações étnico-raciais. Foto: Mardilson Gomes/SEE

De acordo com Lídia Cavalcante, chefe do Departamento de Formação, o trabalho realizado vai além de abordar os temas de forma isolada. “O objetivo é integrar esse conteúdo a todos os componentes curriculares. Não se trata de trabalhar o tema apenas em uma disciplina ou com momentos folclóricos, mas de incorporá-lo ao currículo de maneira orgânica e significativa”, explicou.

Entre as ações destacadas, está a elaboração de uma cartilha que auxilia os professores no planejamento das aulas. “A cartilha oferece uma contextualização histórica, sequências didáticas e indicações práticas de como inserir a história afro-brasileira em diferentes etapas da educação, desde os anos iniciais até a Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, acrescentou Lídia.

Cartilha elaborada pelos profissionais de SEE. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A assessora pedagógica Queila Batista, da Divisão de Educação para Direitos Humanos e Diversidade da SEE, ressalta que as formações em 2024 alcançaram mais de 1500 professores de diversos municípios do estado e são essenciais para que os educadores compreendam a relevância do tema e tenham o suporte necessário para trabalhar a questão em sala de aula. “A educação é uma das grandes ferramentas para combater o racismo, pois permite que nossos alunos desenvolvam uma consciência racial crítica e aprendam a respeitar as diferenças”, enfatizou.

O seminário desta terça contou com a palestra da coordenadora do Núcleo de Estudo Afro-brasileiro e Indígena da Universidade Federal do Acre (Ufac), Drª. Flávia Rodrigues, e abordou o histórico da luta por políticas públicas relacionadas à educação para as relações étnico-raciais. 

Assessora pedagógica Queila Batista ressalta que a educação é uma ferramenta importante para combater o racismo. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Durante sua apresentação, Flávia destacou que a integração da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar é um passo fundamental para reconhecer e valorizar a contribuição dos povos africanos e afrodescendentes na formação da sociedade brasileira. “Eu fico honrada de ter sido convidada para fazer essa fala que é tão importante para todos nós que trabalhamos com educação, pois promover a prevenção pelo processo pedagógico é essencial”, agradeceu. 

O secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho, reafirmou o compromisso da gestão em promover uma educação inclusiva e alinhada às diretrizes da Lei n° 10.639/2003. “Nós queremos contribuir para a construção de um ambiente escolar cada vez mais equitativo e consciente sobre a diversidade cultural e histórica do Brasil”, afirmou.

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De modo democrático, delegados definem propostas e escolhem representantes do Acre para a Conferência Nacional do Meio Ambiente durante a 5ª Cema

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Ana Thaís Cordeiro

A 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente (Cema), presidida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), cujo objetivo era fortalecer ações protetivas e preventivas em defesa do meio ambiente, foi encerrada na noite desta terça-feira, 11, no Teatro da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco.

De modo democrático e participativo, delegados municipais e natos definiram as propostas que serão apresentadas na Conferência Nacional do Meio Ambiente e elegeram os representantes do Acre, que irão participar do evento em Brasília (DF), no mês de maio.

De modo democrático, delegados escolhem representantes do Acre para a Conferência Nacional do Meio Ambiente. Foto: Ana Thaís Cordeiro/Sema

Após a abertura, o evento deu prosseguimento ao cronograma com o debate das 85 propostas originalmente elaboradas na conferências municipais. 

Os participantes foram divididos em  cinco grupos de trabalho, cada um representando um dos cinco eixos temáticos: mitigação; adaptação e preparo para desastres; transformação ecológica; justiça climática e governança e educação ambiental.

Participantes foram divididos em cinco grupos de trabalho. Foto: Emanoel Farias/Sema

Após o debate, gestores, técnicos e demais representantes da sociedade civil acreana apresentaram as propostas preexistentes de cada eixo, dando encaminhamento para a plenária, onde os participantes priorizaram 4 propostas de cada um dos 5 eixos temáticos, totalizando as 20 necessárias para a etapa nacional.

Propostas selecionadas para a etapa nacional

Dentre as propostas escolhidas, destacam-se a implementação de ações estratégicas para mitigar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), com foco na promoção de alternativas de intensificação do combate ao desmatamento. 

No eixo temático voltado à adaptação e preparação para desastres, que visa a prevenção de riscos e redução de perdas e danos, as propostas escolhidas se destacaram por direcionar as ações em restauração de áreas degradadas por meio de práticas sustentáveis, além da criação do Plano Diretor delimitando áreas de riscos, restrição de ocupações e a implementação de um Plano de Adaptação Climática.

Delegados definiram as propostas que serão apresentadas na Conferência Nacional do Meio Ambiente. Foto: Ana Thaís Cordeiro/Sema

Já as propostas voltadas para a justiça climática buscam superar desigualdades, garantindo acesso a municípios remotos e incluindo povos originários e tradicionais nas ações de enfrentamento às mudanças climáticas, destacando o incentivo de energias renováveis, revisão dos Planos Municipais de Saneamento e integração de medidas para combater emergências climáticas. 

A transformação ecológica, por sua vez, foca na descarbonização da economia, com ações como o desenvolvimento rural sustentável, economia circular e educação ambiental, visando promover a sustentabilidade e a conscientização ecológica.

Delegados municipais e natos priorizaram quatro propostas de cada um dos cinco eixos temáticos. Foto: Emanoel Farias/Sema

Eleição dos delegados

Ao final do dia, ocorreu a eleição dos delegados que representarão o Acre na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que acontecerá entre os dias 6 e 9 de maio, em Brasília (DF). No momento da votação, 84 pessoas estavam aptas a votar. Destes, 8 foram eleitos, e, baseado no regulamento da conferência, foram distribuídos em 4 representantes da sociedade civil, 2 do setor privado e 2 do setor público.

A votação seguiu a metodologia prevista no regulamento da conferência, que prevê que 50% dos delegados sejam representantes da sociedade civil, assegurando que, destes, no mínimo 1/5 seja de povos/comunidades tradicionais e povos indígenas; 30% de representantes do setor privado; e 20% de representantes do poder público. Também deve ser garantida a participação igualitária de mulheres e pessoas negras na eleição.

O secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, explica a importância da conferência estadual para a construção das políticas públicas ambientais.

Secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, explica a importância da Conferência Estadual de Meio Ambiente. Foto: Pedro Henrique Alves/Sepi

“Hoje priorizamos 20 propostas que serão levadas para a etapa nacional da conferência. Também foram eleitos 8 delegados que vão defender essas propostas durante a conferência nacional. Isso mostra a importância de realizarmos efetivamente o princípio da participação social nas decisões, de forma participativa e democrática, para a construção de políticas públicas mais efetivas e duradouras no enfrentamento  das mudanças climáticas”, esclareceu.

O que eles disseram

Delegada do Acre, representando o poder público, Aline Martins, destaca a responsabilidade em representar o Estado. Foto: Emanoel Farias/Sema

“O estado do Acre enfrenta vários extremos climáticos e as propostas que foram elaboradas aqui condizem com a nossa realidade. Então, enquanto delegado, o meu papel hoje, representando o setor público, é fortalecer ainda mais essas propostas, tanto tentando implementar elas, como também defendendo na etapa nacional, onde nós teremos ainda mais o enriquecimento dessas discussões”

Aline Martins, delegada do Acre, representando o poder público

Delegada do Acre, representante do setor privado, Nina Fernandes, reafirmou o compromisso em defender propostas de proteção das florestas. Foto: Emanoel Farias/Sema

“A nossa maior expectativa para a etapa nacional é que as demandas do Acre sejam colocadas em pauta, porque nós que moramos aqui sabemos o quanto sofremos com as mudanças climáticas. E nós, como delegados eleitos, estamos preparados para defender as propostas que representem a defesa das nossas florestas e dos povos que nela habitam”

Nina Fernandes, delegada do Acre, representante do setor privado

Delegada do Acre, representante da sociedade civil, Elinece Sousa, ressaltou o empenho dos delegados em trazer benefícios para o estado. Foto: Emanoel Farias/Sema

“Me candidatei como delegada para poder representar o meu município, que é Plácido de Castro, além de  representar o estado do Acre na Conferência Nacional de Meio Ambiente, em busca de trazer benefícios para o estado e no intuito de que as propostas do Acre sejam aprovadas e virem políticas públicas que melhorem de fato a vida da nossa da nossa população”

Elinece Sousa, delegada do Acre, representante da sociedade civil

 

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Acre participa da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher na ONU

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Da Redação

Por Gabrielly Martins

O governo do Acre, representado pela titular da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), Márdhia El-Shawwa, participa desde segunda-feira, 10, até sexta, 14, da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW, do inglês Commission on the Status of Women), principal evento sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres, realizado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Sob o tema “Vamos juntas por um mundo mais igualitário!”, o evento visa à revisão e avaliação da implementação da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, documento aprovado em 1995 com o intuito de promover a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, além de discutir o fortalecimento de políticas para mulheres na esfera global.

A participação da Semulher, a convite da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforça o compromisso do governo na luta pelos direitos das mulheres, além de evidenciar a importância da participação dos estados brasileiros para promover políticas efetivas.

Na ocasião, o Ministério das Mulheres realizará dois eventos simultâneos na sede da ONU, com as temáticas: “Mulheres na aliança global contra a fome e a pobreza” e “Misoginia online: os desafios para enfrentar o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres”.

Secretária Márdhia El-Shawwa no painel da CSW69. Foto: cedida

“Este encontro, oportunizado pelo Ministério das Mulheres, é essencial para discutirmos sobre um mecanismo de enfrentamento à violência contra meninas e mulheres, abordando seus direitos, políticas de cuidado e igualdade social”, disse a secretária Márdhia El-Shawwa.

Durante a abertura da sessão, na segunda-feira, a ministra Cida Gonçalves listou os grande desafios enfrentados pelo Brasil em relação à igualdade de gênero. “A garantia da democracia é considerada pelo Brasil e pelo governo do presidente Lula estratégia fundamental para assegurar as mulheres em espaços de poder. O segundo é a igualdade salarial entre homens e mulheres, por entendermos que é peça importante para a democracia e para as mulheres de todo o mundo”, destacou.

A ministra ressaltou a necessidade de se trabalhar com recortes sociais e de raça, citando mulheres negras, trans, lésbicas, indígenas e ciganas.

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Boletim enchentes – 12 de março

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Annie Manuela

A Defesa Civil do Estado informa que, em Rio Branco, o nível do Rio Acre apresentou redução durante a medição das 9h desta quarta-feira, 12, marcando 14,19m.

Porto Acre ultrapassou a cota de transbordamento, com 12,72m na medição das 18h da última terça-feira, 11, mas durante a medição das 6h desta quarta-feira, 12, houve redução de 64cm, marcando 12,8m. No município de Plácido de Castro, a situação é de transbordamento, porém o nível do rio apresentou redução, de 13,03m para 12,92m.

Na Bacia do Rio Acre o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba.

Na Bacia do Rio Purus, Sena Madureira e Manoel Urbano também estão abaixo da cota de transbordamento. Na Bacia do Rio Juruá, o município de Cruzeiro do Sul atingiu 13,35m, ultrapassando a cota de transbordamento de 13m. Com a elevação do rio, as autoridades reforçam a necessidade de atenção redobrada, especialmente para as famílias ribeirinhas.

Em Plácido de Castro, o Rio Abunã encontra-se acima da cota de transbordamento, com 13,03m. Já na Bacia dos rios Tarauacá-Envira, o nível está abaixo da cota de transbordamento em Feijó, Tarauacá e Jordão.

Em mais uma ação do programa Juntos Pelo Acre, a vice-governadora e titular da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Mailza Assis, realizou na terça-feira, 11, em Rio Branco, a entrega de 1.170 cestas básicas a um total de 39 entidades assistenciais que atendem famílias em situação de vulnerabilidade social. Arrecadadas por meio de parceria da SEASDH com a Defesa Civil Estadual, as cestas também serão doadas para famílias atingidas pela enchente na capital.

O governo do Acre decretou situação de emergência, em razão do aumento do nível dos rios Acre, Juruá e Purus, que ultrapassaram as cotas de transbordamento. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) da segunda-feira, 10, e tem validade de 180 dias.

O documento estabelece que os municípios mais afetados receberão apoio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC), para minimizar os impactos das enchentes. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) acompanhará as condições hidrometeorológicas em tempo real, enquanto a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) prestará suporte às famílias atingidas e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC) atuará em resposta aos desastres relacionados a emergência sociais e ambientais.

Rio Branco

Ocorrência atendidas:  21

Famílias retiradas pela Defesa Civil Municipal e Corpo de Bombeiros Militar: 21

Pessoas atendidas:  67

Bairros atingidos: 13

Plácido de Castro

Famílias atendidas e retiradas: 2

Acolhimento

Abrigo na Escola Municipal Maria Lúcia, bairro Morada do Sol: acolhe atualmente 10 famílias.

Abrigo na Escola Madre Hidelbranda da Pra, bairro Quinze (de responsabilidade da Defesa Civil estadual e municipal): abriga 29 indígenas.

Cuidado com a rede elétrica

A Energisa orienta os clientes afetados pela cheia a não tentarem consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da alagação, deve-se desligar o disjuntor de energia (chave geral), antes que a água entre na residência, de forma segura (usando calçado de borracha e enxuto).
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, para avaliar ou realizar o desligamento da energia, a fim de evitar acidentes e garantir a segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas, além da população.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e Call Center: 0800-647-7196.

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