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Elon Musk ameaça ampliar a divisão entre EUA e Europa – 11/12/2024 – Mundo

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Elon Musk ameaça ampliar a divisão entre EUA e Europa - 11/12/2024 - Mundo

Políticos e empresários frequentemente mantêm relações cautelosas visando investimentos, contribuições de campanha, subsídios e licenças. Ocasionalmente, confrontos entre ambos são revigorantes. Nenhuma briga foi tão pública nos tempos recentes quanto a que opõe Elon Musk aos políticos na Europa, frequentemente se desenrolando na plataforma X.

No início de novembro, o fornecedor de carros da Tesla e foguetes da SpaceX chamou o premiê alemão, Olaf Scholz, de idiota. Em outra ocasião, neste ano, ele aconselhou um comissário da União Europeia que o havia confrontado a “dar um grande passo para trás e, literalmente, se ferrar”.

O outro lado consegue revidar quase na mesma moeda. Outro comissário da UE pintou o volúvel Musk como um “promotor do mal”, antes que o ministro das Relações Exteriores francês zombasse dele por levar o X à ruína.

Tudo isso seria apenas mais um dia de brincadeiras nas redes sociais se não fosse pelo fato de que o homem mais rico do mundo é agora o braço direito de Donald Trump, enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos se prepara para um segundo mandato.

Isso representa um desafio único para a Europa. Por mais que o empreendedor nascido na África do Sul irrite a alta cúpula do continente, eles já dependem de seus empreendimentos bem-sucedidos para tudo, desde seus esforços de descarbonização (carros elétricos da Tesla) até a luta na Ucrânia (onde as tropas dependem da Starlink) e o lançamento de satélites vitais (a Europa muitas vezes carece de foguetes para fazê-lo).

Se a influência de Musk em Washington se mantiver —um grande se, dada a tendência de Trump de dispensar subalternos—, pode se tornar politicamente indesejável para a Europa impor suas mãos regulatórias sobre ele.

Por décadas, a UE teve carta branca para regular empresas dentro de suas fronteiras de maneiras que muitas vezes foram adotadas em todo o mundo, fenômeno conhecido como o “efeito Bruxelas”. Musk tem interesse em argumentar que esse superpoder de policiamento, valorizado nos círculos europeus, está atrapalhando o projeto de “fazer os EUA grandiosos novamente”.

Musk é visto como o titã da tecnologia mais preocupante para a UE devido à sua visão negativa sobre o continente. Ele afirmou a seus mais de 200 milhões de seguidores no X que “a Europa está morrendo”, enfrenta uma possível “guerra civil” devido à onda de migrações e à baixa natalidade, e pode começar a executar cidadãos com crenças contrárias —muito provavelmente um exagero.

A Europa não pode ignorar Musk, que participou de uma ligação entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e tem falado com o russo, Vladimir Putin. O dono do X critica a regulação europeia das redes sociais, especialmente a Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), que exige moderação de conteúdo, considerando-a censura inaceitável para os EUA.

Em agosto, Thierry Breton, o então comissário da UE, alertou Musk sobre as normas da DSA relacionadas à desinformação antes de o bilionário entrevistar Trump no X. Breton indicou que o ex-presidente, como candidato à Casa Branca, deveria respeitar as diretrizes europeias de liberdade de expressão, o que provocou uma reação ofensiva do dono da plataforma. Mas o pior estava por vir.

J.D. Vance, que concorria como vice-presidente de Trump, declarou incisivamente que o episódio de Breton mostrou que a Europa já não se comportava de maneira que os EUA devessem considerar digna de uma aliança militar.

A UE desautorizou Breton e abriu procedimentos contra o X por violação de regras, com possível multa de €1 bilhão (R$ 6,1 bilhões). Musk acusou a UE de extorsão, sem evidências. O bloco europeu impôs tarifas aos carros Tesla importados da China, mas com a menor taxa para carros elétricos.

Outro fanfarrão

A Europa já enfrentava desafios ao seu papel de regulador global antes de Musk. O efeito Bruxelas surgiu acidentalmente, pois as regras da UE resultam de compromissos entre governos diversos, tornando-as adequadas para outros países que frequentemente as adotam. Já o sistema está se desgastando nas bordas.

As novas regras de IA (inteligência artificial) e privacidade de dados afetam principalmente as big techs, das quais a Europa não possui representantes. A UE poderia exigir a divisão de um gigante tecnológico por razões antitruste, levantando questões sobre a reação de figuras como Musk e autoridades dos EUA.

Os gigantes da tecnologia do Vale do Silício estão atrasando o lançamento de alguns produtos no mercado europeu, como assistentes de IA, aparentemente para se dar tempo de obedecer às regulamentações complicadas do bloco.

A sugestão é clara: com a participação da Europa no PIB global diminuindo, o mercado europeu está se tornando menos essencial para essas empresas. Se as regras forem excessivamente complicadas ou restritivas, elas podem simplesmente decidir viver sem ele.

Essa postura parece estar surtindo efeito. Em 12 de novembro, Henna Virkkunen, comissária proposta da UE para tecnologia, afirmou ao Parlamento Europeu que novas leis podem não ser a solução para tudo, sugerindo políticas para fortalecer a inovação, ecoando ideias semelhantes às de Musk.



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Júri de ex-policial que matou petista entra na reta final – 13/02/2025 – Poder

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Júri de ex-policial que matou petista entra na reta final - 13/02/2025 - Poder

Catarina Scortecci

O julgamento do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, entra na reta final nesta quinta-feira (13), em Curitiba. Ele é acusado pelo Ministério Público de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em um ambiente com outras pessoas).

O crime ocorreu em julho de 2022 em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, mas o julgamento acontece no Tribunal do Júri da capital do estado.

Na manhã desta quinta, pouco antes das 10h, começaram os debates entre a acusação e a defesa, última etapa do julgamento antes da decisão do Conselho de Sentença, que é formado por sete jurados, quatro mulheres e três homens. Os nomes deles foram sorteados na abertura dos trabalhos, na terça-feira (11).

A expectativa das partes envolvidas no processo é que a sentença de Guaranho saia no início da tarde.

“Se o resultado do júri contrariar o que a defesa acredita ser justiça, e não vingança, com certeza a defesa vai atuar em meios recursais”, antecipou um dos advogados de Guaranho, Eloi Dore, em entrevista à imprensa.

Antes do início do julgamento, em rápida declaração à imprensa, Guaranho afirmou que o que ocorreu foi uma fatalidade e negou que o crime tenha relação política. Ele prestou depoimento ao júri na noite de quarta-feira (12), respondendo a perguntas dos advogados de defesa e do júri, durante cerca de duas horas. Ele não quis responder a questionamentos dos representantes do Ministério Público.

No total, nove pessoas prestaram depoimento, presencialmente e remotamente.

Nesta quinta, os representantes do Ministério Público são os primeiros a falar, por até uma hora e meia. A acusação está sendo feita pelas promotoras de Justiça Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira e pelo promotor de Justiça Lucas Cavini Leonardi.

O mesmo tempo depois é reservado para a defesa do réu. Depois, as promotoras de Justiça e os advogados podem voltar a conversar com os jurados por mais uma hora cada. Assim, o tempo máximo de debates será de duas horas e meia para cada uma das partes.

Ao final, os sete jurados se reúnem para decidir o caso. Caberá à juíza, Mychelle Pacheco Cintra Stadler, proferir a sentença.



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ChatGPT, DeepSeek e Gemini: veja diferenças e como a IA pode te ajudar

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Os carros mais econômicos têm o melhor custo benefício e rodam bem nas estradas e cidades. - Foto: Fernando Pires e Fabio Gonzalez/Quatro Rodas

A inteligência artificial (IA) pode ajudar com uma série de tarefas no dia a dia, mas há grandes diferenças entre elas. Algumas são mais indicadas para estudos, enquanto outras desempenham melhores funções de criação de imagens e vídeos.

Entre as opções mais conhecidas estão o ChatGPT, Gemini e o queridinho do momento, DeepSeek. Cada um com suas próprias características e pontos fortes, eles disputam espaço no mercado e tem cada vez mais caído no gosto dos usuários.

O DeepSeek, assistente de IA desenvolvido na China, chamou a atenção recentemente. O modelo impressiona com recursos inovadores e, durante os testes do G1, se saiu bem em estudos e tarefas de rotina. Veja abaixo todas as análises!

Perguntas factuais

Uma das principais funções dos assistentes de IA é fornecer informações sobre fatos e acontecimentos. Nesse quesito, o ChatGPT foi o mais preciso, com respostas sempre atualizadas.

Já o DeepSeek, mais novo, tem um banco de dados limitado a julho de 2024, logo, eventos mais recentes podem estar desatualizados.

Por último, o Gemino demonstrou mais restrições ao lidar com temas políticos e históricos. Em alguns casos, a IA chegou até mesmo a se recusar a responder perguntas.

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E para estudar?

Nos testes para estudos, os três modelos demonstraram ótimos resultados. Inclusive para resolver cálculos matemáticos.

O DeepSeek conseguiu resolver equações e explicar conceitos matemáticos. Além disso, mostrou as respostas junto aos exercícios, o que pode ser útil para os estudantes.

O Gemini, por sua vez, se destacou ao gerar exercícios com diferentes níveis de dificuldade.

Além disso, as três IAs conseguiram resumir textos e artigos da internet. O Gemini, porém, não acessa links externos.

Mais recursos

Além de responder perguntas, resolver cálculos, cada IA tem funções extras para o dia a dia.

Na criação de imagens, o ChaGPT e o Gemini permitem gerar imagens a partir de descrições. No DeepSeek, a função ainda não está habilitada.

Para quem lê PDFs e imagens, os três também conseguem interpretar textos no formato. A função é muito útil para quem precisa ler um documento mais rápido.

O ChatGPT se saiu bem para estudos. A IA resolveu cálculos e entregou exercícios. - Foto: Jaku Porzycki/Reuters O ChatGPT se saiu bem para estudos. A IA resolveu cálculos e entregou exercícios. – Foto: Jaku Porzycki/Reuters



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Qualquer acordo de paz negociado sem Kiev e europeus estará condenado ao fracasso, alertar o chefe da diplomacia européia

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Qualquer acordo de paz negociado sem Kiev e europeus estará condenado ao fracasso, alertar o chefe da diplomacia européia

Ligue entre Donald Trump e Vladimir Putin: reações discretas e cautelosas a Kyiv

Poucas autoridades ucranianas reagiram publicamente na quinta -feira ao chamado entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, que levanta uma margem de Kiev em futuras conversas de paz.

Enquanto as autoridades russas exibiam sua satisfação, a parte ucraniana permaneceu muito cautelosa e discreta.

“Existem muitos rumores desnecessários e teorias de conspiração em torno de negociações e posições”estimado em Telegram Daria Zarivna, consultora de comunicações do chefe do Gabinete do Presidente Zelensky, pedindo cautela.

“A Rússia agora faz tudo o que pode para preencher os anúncios em sua” própria vitória ” (…)mas essas teses estão longe de toda a realidade ”ela quer acreditar, considerando no entanto, que“Um processo difícil” Participe da L’E Ucrânia.

Andriy Kovalenko, diretor do Centro de Luta contra a desinformação do Exército Ucraniano, ativo em redes sociais, castigou o “Miopia” do “Políticos”.

Segundo ele, a Ucrânia precisa “Decisões rápidas por parte da Europa”. “A Europa deveria ter apoiado há muito tempo a idéia do presidente francês Macron para criar um exército europeu” Ele reagiu no telegrama, mas, segundo ele, a Europa preferiu dizer: “Mas não, é caro, não queremos pensar em guerra. »»

Tymofiy Mylovanov, diretor da Escola de Economia Kiev, escolheu ironia para ilustrar uma situação que, segundo ele, foi “Já é uma realidade”. “A diferença entre Trump e Biden é que Biden apoiou a continuação da guerra, mas não forneceu ajuda suficiente; Trump apoia o fim da guerra, mas também não o fornecerá ”ele comentou no Facebook.

No entanto, ele vê no isolamento europeu pelos Estados Unidos um “Possibilidade de se juntar à UE” Para a Ucrânia, fornecendo um conselho ao presidente Zelensky de passagem: “Não provoce Trump e fortaleça o exército. »»



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