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Em 2024, 60% dos projetos de lei sobre LGBT eram a favor da comunidade

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Em 2024, 60% dos projetos de lei sobre LGBT eram a favor da comunidade

Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil

O ano legislativo chega ao fim com um saldo relativamente positivo para a comunidade LGBTQIA+. Na Câmara dos Deputados, dos 41 projetos de lei (PLs) apresentados até outubro deste ano relativos a esta comunidade, 26 eram favoráveis ao grupo e 15 contra, o que representa 63% dos projetos favoráveis. No Senado Federal não houve registro de nenhum dos dois lados.  . 

De acordo com a Observatória, plataforma da Diadorim, agência de jornalismo independente que tem esse grupo como nicho, em 2023, a Câmara dos Deputados teve quase o dobro de PLs, 81, sendo 44 para promover retrocesso nos direitos das pessoas LGBTQIA+ e 37 para assegurá-los. Na outra Casa, o Senado Federal, a ordem foi inversa, com predominância de projetos a favor da comunidade. Foram sete pró-LGBTQIA+ ante dois contra.

No ano em que Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu a presidência da República, em seu terceiro mandato, foi constatado o maior pico de propostas de deputados federais, dentro do intervalo de seis anos analisados (de 2019 a 2024). O ano de 2021 foi o que teve a segunda maior quantidade, 50, sendo 32 em prol do grupo que desafia a heteronormatividade e 18 contra.

Em 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro na presidência da República, também houve muitas iniciativa por parte dos deputados federais e certo equilíbrio quantitativo entre os que lutam ao lado dos LGBTQIA+ (26 propostas) e os que se opõem a eles (17). Naquele ano, as cinco propostas legislativas dos senadores foram pela defesa da comunidade, característica que permaneceu nos anos de 2020 (4) e 2022 (4). Nestes dois anos, a vontade dos deputados de fazer os direitos se ampliarem venceu, de certo modo, já que, respectivamente, assinaram 16 e 12 projetos.

A Observatória contabilizou 149 PLs que beneficiariam ou beneficiaram essa parcela da população na Câmara Federal, entre janeiro de 2019 e outubro de 2024. No Senado, foram 27.

Além de reconstituir o panorama em números, a plataforma compartilha detalhes sobre os temas mais recorrentes nos projetos pró-LGBTQIA+. De 2019 a 2024, 149 tramitaram na Câmara dos Deputados e, desse total, 62 (41,6%) buscavam estabelecer medidas e políticas públicas de combate ao preconceito e à violência. No Senado foram 27 e a mesma temática existiu em maior quantidade, sendo verificada em 11 deles (40,7%).

Propostas

Em relação aos objetos mais comuns nas propostas que tinham como finalidade cercear algum direito, o que se sobressaiu, ao longo dos últimos anos, na Câmara foram os que queriam proibir linguagem neutra em documentos públicos, escolas e outros ambientes. O mesmo se aplica aos senadores.  

Outra contribuição da plataforma é a pormenorização quanto às siglas que apresentaram as propostas. O PSOL, o PSDB e o PT são os partidos que mais apoiam a causa na Câmara dos Deputados, enquanto PL, PSL, que foi rebatizado de União Brasil, e o Republicanos estão na outra ponta.

No Senado, PSOL, Rede, MDB e PSDB são aliados do movimento. O PL aparece novamente como o que mais se esforça para emplacar a PLs contra a comunidade. 

Artimanhas 

O advogado Paulo Malvezzi, cofundador da Diadorim e profissional responsável pela pesquisa da plataforma, diz que há, por vezes, impressão de que em todos os lugares é possível que os membros da comunidade sejam livres para expressar afeto publicamente, quando na verdade, esta é a realidade de poucos espaços. “Às vezes, a gente fica muito viciada, por conta de uma representação muito forte do movimento LGBTQIA+ nos grandes centros urbanos, de que a coisa está muito boa, de que você pode se mostrar da forma como quer na sociedade, mas isso ocorre só em lugares muito pequenos, em bairros muito bem demarcados dentro das grandes cidades. O resto do país é vedado às pessoas LGBTQIA+”, afirma ele. 

“Ou, se você está nesses lugares e enfrenta a repressão, isso, muitas vezes, significa risco de vida ou colocar sua integridade física em perigo”, emenda. 

Uma das táticas dos parlamentares conservadores, aponta Malvezzi, é instalar uma atmosfera de pânico moral, engendrada, com frequência, a partir de enganações, enquanto os que buscam igualdade os direitos dos LGBTQIA+ aos do resto da população se atêm à realidade. “São projetos com justificativas pífias, que usam o pânico moral, que trazem, às vezes, argumentos com base no que aconteceu no exterior, algo que dizem que aconteceu na Inglaterra sobre uma pessoa trans que atacou outra pessoa no banheiro e isso, de repente, vira uma avalanche de projetos sobre banheiros e que são replicados ipsis litteris [exatamente com os mesmos termos] em outros estados, no Congresso Nacional. Cria-se uma onda de projetos para atacar um problema que não existe na realidade. O que eles buscam é capitalizar politicamente em cima de pânico moral, isso é evidente”, defende. 

Malvezzi também recomenda que se repare em outra manobra feita com engenhosidade pela bancada conservadora. “Há também uma estratégia muito clara de opor direitos de crianças e adolescentes ao direito de pessoas LGBTQIA+. Isso é um completo absurdo, porque não há contradição aí. Você vê, por exemplo, muitos projetos de cirurgias [de redesignação sexual] e outros processos [afins], quando eles [os voltados a menores de idade] não são permitidos no Brasil, somente em caráter experimental, em condições muito específicas e com o acompanhamento e a autorização dos pais. Eles proíbem coisas que já não são permitidas aqui, tentam vedar coisas e políticas que não são políticas públicas no país. É muito preocupante que se tenha tantos parlamentares engajados nesse tipo de construção de fantasia e mobilização de afetos, ódio e preconceitos para conseguir ganhos políticos”, explica. 

Para o cofundador da Diadorim, a tentativa dos políticos conservadores que atuam no Legislativo é cimentar uma agenda anti-LGBTQIA+ como degrau de um trampolim para angariar votos e aproveitar prerrogativas dos cargos. “Não acho, inclusive, que eles tenham qualquer interesse na aprovação desses projetos anti-LGBTQIA+. A aprovação é completamente incidental, é conjuntural. O que eles querem é apresentar, e, depois de apresentados, eles pouco se mobilizam para aprovar, é surfar em cima do pânico que se cria, da exposição midiática que conseguem e depois passam para o próximo tema”, avalia Malvezzi, ponderando que a proporção maior de PLs favoráveis no Congresso Nacional, atingida graças à ala progressista, prova que o país não é tão retrógado, se se examinar objetivamente.

Perfil nos estados

De acordo com o levantamento, as Assembleias Legislativas mais LGBTQIA+fóbicas são a do Rio de Janeiro, a de São Paulo e a de Mato Grosso. Nesse nível do Poder Legislativo, as maiores preocupações são quanto à linguagem neutra, ao controle do que se difunde em materiais escolares e ao compartilhamento de banheiros públicos que adotem como regra o respeito à identidade de gênero das pessoas.  

As casas legislativas que mais saem em defesa dos LGBTQIA+ são São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. As pautas tidas como mais relevantes são as de combate à discriminação, medidas simbólicas, como a instituição de datas especiais no calendário, e a elaboração de censos, pesquisas e dossiês temáticos, fundamentais para municiar as autoridades governamentais e especialistas e entidades com essa bandeira. 



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CEDEAO aprova tribunal especial para julgar crimes do ex-ditador Yahya Jammeh

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Durante uma cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Abuja, em 15 de dezembro de 2024.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) aprovou domingo, numa cimeira em Abuja, a criação de um tribunal especial responsável por julgar os crimes cometidos na Gâmbia entre 1994 e 2017 sob o antigo ditador Yahya Jammeh, refugiado na Guiné Equatorial desde a sua queda, anunciou o Ministério da Justiça da Gâmbia.

“Esta decisão também permite a adopção dos estatutos do tribunal que garantirão a justiça e o estabelecimento de responsabilidades pelas graves violações dos direitos humanos cometidas entre Julho de 1994 e Janeiro de 2017” sob o comando de Jammeh, especifica o ministério em um comunicado de imprensa enviado à Agence France-Presse (AFP). “Este é um marco histórico que marca um passo importante para a Gâmbia, para a região e para a comunidade internacional”sublinha o comunicado de imprensa.

“Depois de anos de atraso, este acordo poderá finalmente permitir que as vítimas de Yahya Jammeh tenham acesso à justiça”declarou num texto enviado domingo à AFP Reed Brody, da Comissão Internacional de Juristas, que trabalhou com as vítimas e as autoridades gambianas.

Multidão de crimes

A Gâmbia enfrenta o desafio de fazer justiça à multiplicidade de crimes cometidos durante os vinte anos (1994-2017) em que Yahya Jammeh governou este pequeno país da África Ocidental, sem litoral no Senegal, com mão de ferro, excepto pela sua fachada marítima. Por enquanto, os raros julgamentos de crimes cometidos pelo regime de Jammeh ocorreram longe da Gâmbia.

O governo gambiano aprovou em 2022 as recomendações de uma comissão que investigou as atrocidades perpetradas durante a era Jammeh. As autoridades concordaram em processar 70 pessoas, começando pelo Sr. Jammeh, que se exilou na Guiné Equatorial em Janeiro de 2017, depois de perder as eleições presidenciais de Dezembro de 2016 para o actual Presidente Adama Barrow.

O governo gambiano anunciou em Fevereiro de 2023 que estava a trabalhar com a organização dos Estados da África Ocidental para criar um tribunal responsável por julgar os crimes cometidos durante o reinado de 22 anos do antigo líder.

O mundo com AFP

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Lula recebe alta hospitalar após cirurgia no cérebro – DW – 15/12/2024

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Lula recebe alta hospitalar após cirurgia no cérebro – DW – 15/12/2024

Brasileiro Presidente Luiz Inacio Lula da Silva recebeu alta no domingo de um hospital de São Paulo depois de passar por uma cirurgia de emergência devido a uma hemorragia cerebral na semana passada.

“Estou aqui inteiro… voltando para casa com calma”, disse o presidente de 79 anos em uma aparição surpresa em uma entrevista coletiva de sua equipe médica no Hospital Sírio-Libanês.

Ele irrompeu na coletiva de imprensa sem avisar e aproximou-se dos microfones sem ajuda. “Estou vivo, ileso e pronto para trabalhar… tenho muito trabalho pela frente”, acrescentou Lula.

“Confesso que fiquei assustado com o volume de crescimento de fluido na minha cabeça. Fiquei preocupado com a urgência do pedido” para ir ao hospital, disse.

O que os médicos disseram?

“Ele está estável, andando, comendo e falando normalmente. Teve um pós-operatório muito bom, dentro das expectativas”, disse o médico Roberto Kalil aos jornalistas.

Segundo Kalil, Lula pode retomar as atividades, mas terá que descansar por 15 dias. “A única restrição é o exercício físico”, disse Kalil.

Outra médica, Ana Helena Germoglio, disse que a recuperação do presidente “superou as expectativas”.

“Nunca penso que vou morrer, mas estou com medo, por isso preciso seguir as regras”, disse Lula, acrescentando que se sente bem, mas não irá à praia nas férias de fim de ano. como muitos brasileiros fazem.

Que tipo de cirurgia Lula fez?

Lula passou por uma cirurgia bem-sucedida na terça-feira, em que os médicos perfuraram seu crânio para aliviar a pressão que se acumulou depois que ele foi atingido na cabeça em outubro, quando caiu no banheiro de sua residência presidencial.

Na quinta-feira, ele foi submetido a uma operação de acompanhamento para minimizar o risco de mais sangramento na área afetada.

O presidente permanecerá em São Paulo pelo menos até quinta-feira, quando fará exames de acompanhamento. Assim que for liberado, ele poderá retornar a Brasília e à sua rotina normal, disseram os médicos.

dh/jcg (AFP, dpa)



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Zendaya expõe dificuldades para gravar cena íntima a três – 15/12/2024 – Celebridades

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Zendaya expõe dificuldades para gravar cena íntima a três - 15/12/2024 - Celebridades

Rio de Janeiro

A polêmica sobre as cenas mais quentes em filmes é antiga, e quem voltou a ser questionada sobre o assunto foi Zendaya. A atriz, que gravou um momento íntimo com dois atores no longa “Rivais”, lançado em abril deste ano no Brasil, contou que não é uma tarefa das mais tranquilas.

Zendaya falou sobre a diferença entre ser espontânea e seguir um script nessas cenas. “Você consegue perceber se alguém está pensando no que vai dizer ou no que vai fazer com a mão”, afirmou. “Já me peguei fazendo isso, quando você se dissocia no meio da cena. Ou começa a pensar: ‘Por que eu fiz isso com o olho? Foi uma escolha muito estranha (risos).'”

No longa dirigido pelo cineasta Luca Guadagnino, a atriz interpreta Tashi Duncan, uma jovem tenista que encerra sua carreira precocemente após uma lesão e passa a treinar seu namorado, um tenista cujo principal rival é justamente o ex-namorado dela. Josh O’Connor e Mike Faist completam o trio de protagonistas da trama. Em determinado momento da história, Tashi se vê envolvida romanticamente com ambos em um quarto, onde beija os dois na cama.

Em um bate-papo com Nicole Kidman para o quadro Actors on Actors, da revista Variety, Zendaya revelou que sempre é “muito questionada sobre a cena do beijo a três”. “Na verdade, é um beijo a quatro, cinco, seis, sete, oito, nove pessoas, porque há tantas coisas envolvidas. Há uma câmera vindo em nossa direção em determinado momento”, explicou. “Eu sei que, quando passo de Mike para Josh, e a câmera se aproxima, preciso recuar. Há muitas coisas em jogo”, concluiu.



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