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Em barreiro clandestino do Exército, explorado pela prefeitura, criança morre soterrada, e MP investigará o caso

Barreiro em Tarauacá - Comando do Exército - 61º Batalhão de Infantaria de Selva

Segundo relato de moradores do Bairro Ipepaconha, a prefeitura de Tarauacá é quem faz a extração de areia e barro, mas a área pertence ao Exército; e o barreiro supostamente não possui licenciamento ambiental. “A extração de barro e areia é possivelmente clandestina, sem autorização ambiental”, diz um morador. 

Na tarde deste domingo, 12, morreu asfixiado por soterramento o garoto “Luquinhas”, de 11 anos de idade, filho do casal tarauacaense Gilson e Taís, servidores públicos.



“Luquinhas”, como era chamado, morreu por volta das 16 horas deste domingo, quando supostamente brincava com mais colegas numa área de extração mineral, chamada de “barreiro”, onde a prefeitura de Tarauacá retira barro e areia para obras na cidade.
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Segundo informações, um paredão de areia caiu sobre o garoto. Acionados, militares do Corpo de Bombeiros foram até o local, removeram a areia, mas o garoto já estava sem vida, soterrado. 
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Segundo relatos de moradores, a extração mineral de barro e areia não possui licenciamento ambiental, sendo uma área de terra que ainda pertence ao Comando do Exército – 61º Batalhão de Infantaria de Selva, cuja extração seria clandestina, afirmam moradores que residem próximos da área, no Bairro Ipepaconha. 

Imagem: Barreiro da prefeitura de Tarauacá [reprodução – 12/06/2022]

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Por se tratar de morte de menor, pela lei, a Promotoria de Justiça de Tarauacá tem o dever de instaurar Notícia de Fato para investigar o fato e apurar responsabilidades.
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Moradores relatam, ainda, que já haviam denunciado na prefeitura algumas irregularidades no local, como falta de controle e saída de pessoas, extração de areia e barro por particulares para uso pessoal, ausência de delimitação da área, extração em horário noturno, dentre outras possíveis irregularidades. “A extração de barro e areia é possivelmente clandestina, sem autorização ambiental“, afirmou um morador que não quis se identificar. 
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Até a noite desde domingo, às 21:20hs, nem a prefeitura de Tarauacá e nem a Câmara de Vereadores não haviam publicado Nota de Pesar

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