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Em seu primeiro discurso como candidato, Bolsonaro diz não ser salvador da pátria

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Candidato afirmou que ideologia é um mal tão grave quanto a corrupção.

Jair Bolsonaro fala durante convenção
Convenção lança candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência pelo PSL – Raquel Cunha/FolhapressO deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63, minimizou a importância de alianças formais ao oficializar neste domingo (22) sua candidatura à Presidência da República. Voltou a criticar os acordos dos rivais, mas ouviu alertas sobre dificuldades na governabilidade da principal aposta para ocupar a vice de sua chapa, a advogada Janaína Paschoal.Ele se referiu como “escória” ao centrão, grupo de partidos formados por DEM, PP, SD, PR, que se aliou a Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida presidencial. Classificou-se como o “patinho feio” no meio político, ao mesmo tempo em que recusou a pecha de isolamento ao afirmar ter apoio popular e de deputados de siglas não se aliaram formalmente à sua candidatura.

“Nós temos que fazer esse Brasil grande. Para fazer esse time campeão, o seu chefe não pode estar devendo nada para partido político nenhum”, afirmou, embora tenha tentado negociar a vaga de vice em sua chapa com o PR de Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão.

“O Brasil não precisa de marqueteiro, centrões, demagogos e populistas. O Brasil só quer uma coisa: a verdade”, declarou. Com menções a Deus, família, e ataques à esquerda, Bolsonaro repetiu chavões de discursos anteriores. Fez acenos às mulheres, gays, negros e nordestinos, a fim de reduzir a imagem de preconceituoso, construída em quase 30 anos de Congresso.

Ao mesmo tempo, usou frases como: “o que realiza uma mulher é um filho” e referiu-se a um cearense como “cabeçudo”. “Não se tem mais alegria de contar uma piada no Brasil”, disse Bolsonaro em entrevista, ao se queixar das críticas de preconceito.

“Não nos interessa o politicamente correto”, afirmou o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), candidato ao Senado. A sequência de discursos uníssonos com a posição polêmica do deputado foi interrompida com a fala de Janaína Paschoal. Ela fez críticas aos seguidores do presidenciável por quererem “ouvir um discurso inteiramente uniformizado”.

“Não se ganha eleição com pensamento único. Não se governa uma nação com pensamento único. Os seguidores, muitas vezes, do deputado Jair Bolsonaro têm uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas. Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário”, disse ela.

“Temos um povo multifacetário. Às vezes um grupo concorda com outro num ponto e discorda em outro. Se construirmos um quadradinho e quisermos que todo mundo esteja dentro desse quadrado, estamos limitando a possibilidade de vitória e a possibilidade de governar”, afirmou Paschoal.

Bolsonaro minimizou a divergência aberta pela fala da advogada, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Ela tem que ter a liberdade de se expressar. Tem a opinião dela. Não posso ter uma pessoa que vai ser vice comigo afinar 100% no discurso. Ela deu sua opinião”, disse o presidenciável. 

Terceira tentativa para ocupar a vice na chapa, Paschoal foi apresentada pessoalmente ao deputado 20 minutos antes do início da convenção do PSL. Na conversa, uma divergência de posição apareceu. Ela se declarou contrária à redução da maioridade penal, bandeira histórica de Bolsonaro.

O presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, disse não ter pressa na definição da chapa e apontou como limite o prazo de 5 de agosto, última data para realização das convenções partidárias. Bolsonaro mencionou outras opções do próprio partido para ocupar o posto.

As duas opções anteriores para a vice participaram do ato. O senador Magno Malta (PR-ES) e o general reformado Augusto Heleno (PRP) afirmaram em seus discursos que o aliado não está isolado, ainda que não tenha firmado alianças.

“Eu sempre estive ao lado do Bolsonaro. Te garanto. Dos 40 e poucos [deputados do PR], mais de 30 são Bolsonaro”, afirmou ele.

O general criticou a articulação do centrão em torno de Alckmin. “Querem reunir todos aqueles que precisam escapar das barras da lei num só núcleo. Daí criou-se o centrão. O centrão é a materialização da impunidade”, afirmou general Heleno.

Flávio Bolsonaro fez referência indireta em seu discurso às negociações fracassadas para ter o apoio do PR e do PRP. “Na política a gente precisa olhar no olho do inimigo para ter certeza de que não quer ele ao nosso lado. E que a gente vai seguir com todas as dificuldades. Muitas pessoas olham hoje, induzidas pela grande mídia, como se Bolsonaro estivesse isolado. Olha isso aqui, como Bolsonaro pode estar isolado?”, disse ele, a um auditório lotado.

O PSL apostou na mensagem de “mudança” no jingle e no slogan adotados na convenção. A música ambiente do Centro de Convenção Sul-América, no centro do Rio de Janeiro, tinha como refrão: “Muda Brasil / Muda de verdade / Bolsonaro com amor e com coragem”, tocada em ritmo de forró.

Em seu discurso, Bolsonaro disse não ser um “salvador da pátria”. Mas recorreu a Deus para defender-se da acusação de despreparo para lidar com temas econômicos. “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, disse ele.

Em defesas acaloradas pelo patriotismo e ao “verde e amarelo”, Bolsonaro chorou durante a execução do hino nacional. Estava ao lado de Paschoal e sua mulher, Michelle de Paula Bolsonaro, presença rara em eventos do político. Talita Fernandes, Italo Nogueira e Anna Virginia Balloussier. Folha SP

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Presidente do STF e CNJ cumpre agenda no Acre nesta quarta-feira, 24

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Nesta quarta-feira, 24, ministro Luís Roberto Barroso visita o Acre, onde realizará diálogo com estudantes da rede pública e será homenageado com a Ordem do Mérito do Poder Judiciário do Acre

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, cumpre agenda nesta quarta-feira (24/7), em Rio Branco (AC).

A programação inicia com uma palestra na Escola Armando Nogueira, que será proferida por ele, com o tema “Como fazer diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, onde terá a oportunidade de interagir e compartilhar conhecimentos com os jovens estudantes, incentivando a importância da educação e cidadania.

Além disso, Luís Roberto Barroso participará de um diálogo com magistradas e magistrados acreanos, promovendo a troca de experiências e conhecimentos, e fortalecendo os laços entre a mais alta Corte do país e a magistratura acreana.

Em seguida, o ministro Barroso será agraciado com a maior honraria da Justiça do Acre, a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário, durante a sessão solene no Pleno, no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Instituída pela Resolução nº. 283/2022, essa distinção é concedida por decisão unânime dos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário acreano em diferentes graus, reconhecendo assim a excelência e relevância do trabalho do ministro para o Judiciário brasileiro.

Agenda Ministro

  • 9h30 – Palestra na escola Armando Nogueira
  • 11h – Sessão Solene de Outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Poder Judiciário do Acre, no TJAC

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Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

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As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do segundo semestre de 2024 começam nesta terça-feira. Os interessados terão até sexta-feira (26) para participar do processo seletivo. Para isso, basta acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e concorrer a uma das 243.850 bolsas oferecidas nesta edição.

As inscrições são gratuitas, e a previsão é que os resultados da 1ª e 2ª chamadas sejam anunciados nos dias 31 de julho e 20 de agosto, respectivamente. O prazo para manifestação de interesse na lista de espera vai do dia 9 ao dia 10 de setembro; e o resultado da lista de espera sairá em 13 de setembro.

“Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação”, informa o Ministério da Educação (MEC).

É também necessário que o candidato se enquadre nos critérios socioeconômicos – incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais – e esteja cadastrado no login Único do governo federal que pode ser feito no portal gov.br.

“No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015”, explicou MEC.  

Segundo o ministério, a escolha pelos cursos e instituições pode ser feita por ordem de preferência. Informações mais detalhadas sobre oferta de bolsas (curso, turno, instituição e local de oferta) podem ser acessadas na página do Prouni. 

Edição: Aécio Amado/EBC

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