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Emmanuel Macron, só a diplomacia

Emmanuel Macron, só a diplomacia

De perfil, parecemos um pouco com Emmanuel Macron. O mesmo nariz reto antigo, mesmo tamanho, mesma aparência. Seu título para Diário Oficial : “enviado especial para a Líbia”. Quase ninguém sabe o nome dele. Paul Soler, 45 anos, ex-soldado das forças especiais, é um dos colaboradores mais secretos do Eliseu, onde, aliás, quase nunca visita, pois está frequentemente fora de casa. Na verdade, ele é muito mais do que isso: uma espécie de diplomata pessoal do presidente.

As suas missões estendem-se do Magrebe ao Sahel, mas também até à Ucrânia e à Rússia, à Costa do Marfim, à República Centro-Africana, à Síria e ao Iraque. Consistem em ir a zonas sensíveis, encorajar a oposição dos Estados inimigos e aproveitar o que resta da influência francesa em África, fora dos circuitos habituais do Quai d’Orsay. “OK, fogo!” »desabafa o presidente ao lançar este ex-integrante do 13º em uma delicada missão.e regimento de dragões paraquedistas, que se tornou diplomata. Paul Soler é um desses caras «fora da caixa»como diziam os rapazes da “nação start-up”, no início do Macronismo, para descrever estes perfis inconformistas que Emmanuel Macron adora. Ele apenas relatórios para «chefão»ao designar o presidente, que conhece há dez anos.

No outono de 2023, a França procura discretamente entregar medicamentos aos reféns – incluindo vários franceses – detidos em Gaza desde 7 de outubro e a incursão terrorista do Hamas em Israel. “Senhor Paul”, como às vezes é chamado, põe em movimento suas redes atípicas. A ajuda médica deve passar por Doha, Cairo e Rafah, na Faixa de Gaza, através da Cruz Vermelha e depois através de contactos dentro do Hamas. Paul Soler ainda está no circuito quando Mia Schem, 21, uma jovem franco-israelense sequestrada durante o ataque ao festival de música Tribe of Nova em 7 de outubro, é libertada. De um a umdiscreta, eficaz, enfim, a diplomacia com que Macron sonha secretamente.

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