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Enem mobiliza segurança, trânsito e transporte no DF

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Estudantes fizeram os últimos aulões para a maratona de provas que começa amanhã, com nova etapa no domingo seguinte -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

postado em 02/11/2024 06:01


Estudantes fizeram os últimos aulões para a maratona de provas que começa amanhã, com nova etapa no domingo seguinte – (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

A aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Distrito Federal contará com um esquema reforçado de segurança no Distrito Federal. Um Protocolo de Operações Integradas (POI) foi elaborado e será colocado em prática amanhã. Serão realizadas ações coordenadas antes, durante e após a aplicação das provas. O mesmo procedimento será implementado em 10 de novembro, segundo dia de provas do certame. Ao todo, 74.366 estudantes se inscreveram para realizar o exame no DF. No Brasil, foram 4.325.960 inscrições confirmadas. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h.

“As reuniões com os órgãos envolvidos tiveram início há cerca de dois meses. A participação desses setores é essencial para garantir a tranquilidade daqueles que irão fazer provas no domingo”, explica o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “Nos dois dias de prova, teremos representantes de todos os órgãos reunidos na SSP-DF, para monitoramento da movimentação nos locais de prova, facilitando assim a resolução de situações em casos necessários e, ainda, com mais celeridade”, completa.

Participaram dos encontros as forças de segurança e demais órgãos locais e federais envolvidos na operação, como o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), secretarias de Educação (SEE), Mobilidade (Semob), de Cidades (Secid) e DF Legal, CEB, Caesb, Neoenergia, Cebraspe, Instituto Brasília Ambiental, Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER), Polícia Federal (PF) e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A operação será monitorada por representantes das instituições, diretamente do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).


Escolta 

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) dará apoio aos Correios no transporte de entrega e recolhimento das avaliações. “Faremos a escolta de todo o percurso de entrega e recolhimento das provas. Além disso, haverá reforço do policiamento, que terá apoio de tropas especializadas nas proximidades das escolas, antes e após o horário de realização das provas”, pontua o coronel Wesley, comandante do Departamento Operacional da PMDF (DOP).

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) prestará atendimento de urgência e emergência, quando demandado, em conjunto com o Samu. Em qualquer situação, o Grupamento de Aviação Operacional da corporação estará de prontidão. Todos os locais de prova terão apoio de brigadistas e de seguranças particulares.

A fiscalização do Detran realizará controle de tráfego e fiscalização em locais com mais de mil participantes inscritos. Para isso, equipes de patrulhamento serão organizadas, cada uma contando com mais de uma viatura. Além disso, o Detran intensificará ações para coibir o estacionamento irregular. “Reforçamos a importância de que os candidatos estacionem apenas em locais permitidos e orientamos para que, sempre que possível, façam uso do transporte coletivo, por aplicativo ou táxi”, destaca o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Glauber Peixoto. 

Operação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai intensificar a segurança nos locais de aplicação das provas do Enem em todo o Distrito Federal. De acordo com a corporação, a operação contará com o aumento do policiamento ordinário, além do apoio de tropas especializadas, para assegurar a tranquilidade dos candidatos e equipes envolvidas no exame.

O reforço de policiamento inclui unidades táticas e especializadas, estrategicamente distribuídas para garantir a proteção e o bom andamento do evento. As ações envolvem o controle em pontos de grande circulação, rondas preventivas e vigilância nas áreas de maior movimento, como entradas e saídas dos locais de prova. Todas as delegacias próximas aos locais de prova estarão sob aviso para atendimento e registro de ocorrências.

Transporte

Para atender os candidatos do Enem, a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal reforçará com mais veículos as linhas de ônibus que passam pelas instituições de ensino onde as provas serão aplicadas. Esse aumento começará duas horas antes do início (13h30) e duas horas após o término (19h). A pasta ressalta que a medida será em todos os dias das provas. O Metrô-DF funcionará de 7h até as 20h excepcionalmente amanhã. 

 

Estudantes se mostram preparados e confiantes

Hugo e Sophia fizeram o Enem como treineiros em anos anteriores -  (crédito: Mila Ferreira/CB/D.A Press)


crédito: Mila Ferreira/CB/D.A Press

Felipe de Sousa Machado, 17 anos, fará o Enem pela primeira vez neste ano e, apesar da ansiedade pré-prova, o estudante se sente preparado. “Estou estudando com as provas antigas do Enem, questões de outros vestibulares e simulados da escola. Meu ritmo de estudos neste ano tem sido bastante intenso. Além da escola, eu fiz um cursinho preparatório. É a prova da minha vida, não posso me arrepender de não ter dado o meu máximo”, afirma.

Felipe quer estudar medicina e quer tentar em várias universidades. Com uma boa nota no Enem, o aluno aumenta as chances de entrar em qualquer instituição em todo o Brasil. “Estou confiante para a prova de ciências humanas, que acontecerão neste domingo. Estou mais nervoso para a prova de ciências exatas e da natureza, que serão importantes para o curso que eu quero”, disse.

Para a prova de amanhã, Felipe traçou sua estratégia. “Primeira coisa que vou fazer vai ser ver o tema da redação. Dependendo de qual seja, durante a prova, posso aproveitar o repertório das questões na construção da minha dissertação”, comenta. O estudante disse ao Correio que o sábado será de descanso. “Vou aproveitar para relaxar e assistir alguns documentários com temas relevantes. Dessa forma, eu posso aproveitar o último dia para ampliar o meu repertório. É uma forma de se desligar um pouco, mas deixar o subconsciente ligado”, conta.

Inês dos Santos, 17, vai se concentrar neste sábado para fazer uma boa prova amanhã. “Meu sábado vou reservar para ficar tranquila. Vou fazer uma caminhada, gastar minhas energias, espairecer e procurar ter uma boa noite de sono”, destaca. A ansiedade é inevitável, mas a estudante se sente confiante. “A estrela do domingo é a redação. Estou na expectativa, pois sei que os temas são bastante específicos. Dá um medinho, mas é normal”, afirma.

Na hora de estudar, Inês levou em consideração o gerenciamento do tempo. “O Enem é uma maratona. Muita questão, muito texto, além da redação. Precisamos saber controlar o tempo. Eu respondi provas antigas do Enem levando esse ponto em consideração”, relata. “Somente neste ano, fiz o concurso dos Correios para nível médio, o vestibular da Unicamp e o Concurso Nacional Unificado. Estou fazendo várias provas para ir me acostumando”, conta.

Preparação

Professor de química, Joaquim Dantas Neto faz parte do projeto Conexão Universidade, que orienta e dá suporte aos estudantes na fase de transição entre o Ensino Médio e o ensino superior. Ele explica que, na reta final antes do Enem, é importante trabalhar a autoconfiança dos alunos. “Eles precisam ter a consciência de que estão preparados e irem tranquilos para os locais de prova. Nós aconselhamos que todos descansem no sábado, mas sabemos que tem estudante que não consegue”, ressalta. “O aconselhável é que, se forem estudar algum conteúdo, reforçar o aprendizado dos conteúdos que eles mais têm afinidade e domínio para não gerar mais ansiedade com conteúdos desafiadores um dia antes da prova”, orienta.

Pela experiência de 20 anos dando aulas para o Ensino Médio, Joaquim conta que os alunos tendem a ficar mais apreensivo no segundo dia de provas, quando são aplicadas as disciplinas de ciências exatas e da natureza. “No primeiro dia, eles tendem a estar mais confiantes”, revela. O professor ressalta a importância do cuidado redobrado com o horário de chegada e alimentação do dia da prova. “Por favor, não cheguem atrasados e nem virem meme. Comam bem, nada diferente do que estão acostumados. Importante também não esquecer de levar mais de uma caneta”, recomenda.

Prática

A estudante Sophia Pires, 18, aproveitou a oportunidade de realizar o exame como treineira nos dois primeiros anos do Ensino Médio e acredita que a prática ajudou a ganhar confiança para o Enem oficial, cuja primeira parte do exame ela fará amanhã. “Foi bom para conhecer a prova. O primeiro dia vai ser mais desafiador para mim, pois quero fazer o curso de Economia, portanto meu forte são as ciências exatas. Mas a minha experiência como treineira e também os outros vestibulares que fiz culminaram na minha tranquilidade em passar por isso”, comenta. “O primeiro dia é o dia da redação, que a gente não tem ideia de qual será o tema, então eu vou aproveitar o sábado para revisar meus repertórios socioculturais para que eu possa ter uma base para argumentar em qualquer assunto proposto”, acrescenta.

Hugo Pinheiro, 17, também fez o Enem como treineiro no segundo ano do Ensino Médio. O estudante quer cursar medicina, mas tem outros cursos em mente também. Ele pretende conseguir uma nota suficiente no Enem. “Quero tirar a maior nota possível para poder ter mais opções de curso para escolher caso eu mude de ideia. Gosto de psicologia, direito, economia e filosofia”, revela. O jovem tem se preparado em um ritmo crescente desde o início do ano. “Tenho estudado também aos finais de semana, intercalando meus descansos durante a semana”, conta. “Eu estou relaxado, tranquilo e confiante na preparação que tive. Estou botando fé na prova. No sábado vou assistir filme, passear com os cachorros e descansar”, compartilha.

 

Fique de olho

1º dia de prova — domingo

45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de espanhol ou inglês);

45 questões de ciências humanas;

Redação.

Abertura dos portões: 12h

Fechamento dos portões: 13h

Início da prova: 13h30

Pode sair sem o caderno de questões: a partir das 15h30

Pode sair com o caderno de questões: faltando 30 minutos para o término da prova

Primeiro dia de prova acaba às 19h

 

Não esqueça os documentos

Os participantes devem levar ao local de provas: 

– Cartão de confirmação da inscrição

– Documento válido com foto. Serão aceitos:

Carteira de Identidade Nacional (CIN), RG digital; o e-Título, que é a via digital do título eleitoral; a CNH digital – versão digital da Carteira Nacional de Habilitação; ou no app Gov.br, na sessão Meus Documentos. Se for apresentada a versão digital, o candidato deve verificar com antecedência se o aplicativo está atualizado e funcionando corretamente para evitar contratempos nos dias das provas.

*Em caso de perda ou extravio de documentos físicos, o boletim de ocorrência (B.O.) expedido por órgão policial não será mais aceito, diferentemente de edições anteriores. Nessas situações, será necessário apresentar uma versão digital dos documentos aceitos ou de outro documento de identidade com foto válido.

Cópias de documentos válidos, mesmo que autenticadas, fotos de documentos digitais apresentadas fora de seus aplicativos oficiais ou que não tenham foto não serão aceitos pelo fiscal de sala.

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Ouça-me: RFK Jr pode ser um secretário de saúde transformacional | Neil Barsky

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Ouça-me: RFK Jr pode ser um secretário de saúde transformacional | Neil Barsky

Neil Barsky

UMentre o elenco de personagens prontos para se juntar ao Administração Trumpninguém é tão exasperante, polarizador ou potencialmente perigoso como Robert F. Kennedy Jr. Mas, numa reviravolta que é emblemática dos nossos tempos, nenhum candidato isolado tem o potencial de fazer tanto bem ao povo americano.

Tenha paciência comigo. RFK Jr foi acertadamente pelourinho por promover uma litania de teorias que ligam as vacinas ao autismo, os produtos químicos no abastecimento de água à identidade de género, como as pessoas contraem SIDA e por dizer que a vacina Covid-19, que de facto resultou na pandemia mais mortal das nossas vidas, foi em si “a vacina mais mortal já feita”. Ele alegou que a Covid-19 se destinava a atingir certos grupos étnicos, negros e caucasianos, ao mesmo tempo que poupava asiáticos e judeus.

Em tempos normais, essas noções seriam desqualificantes. Fazer afirmações científicas infundadas é corrosivo para uma democracia funcional. Enfraquece os laços de confiança nas nossas instituições públicas e alimenta a narrativa da direita de que todo governo é ilegítimo. É por isso que, escrevendo no Guardian em setembro deste ano, rejeitei a perspectiva de RFK Jr, dizendo que o seu “trabalho antivacina tem mais probabilidades de fazer com que a América volte a ter sarampo”.

Mas estes não são tempos normais. RFK Jr é a escolha de Donald Trump para dirigir o departamento de saúde e serviços humanos do nosso país. Ele terá um impacto enorme na nossa prestação de serviços de saúde deficiente, dispendiosa e em grande parte ineficaz. Como devemos lidar com isso?

Por um lado, o antivacina de RFK Jr. visualizações estão além dos limites. Para obter a aprovação do Senado, penso que ele terá de repudiar a afirmação não comprovada de que a vacina contra a Covid-19 era prejudicial e aceitar a realidade científica de que as vacinas contra o sarampo, a varíola, o coronavírus e outras doenças contagiosas são, na verdade, milagres médicos modernos que pouparam o vive centenas de milhões de pessoas. E é aqui que me separarei de muitos dos meus amigos que lutam contra Trump: se RFK Jr conseguir abandonar as suas numerosas teorias conspiratórias sobre vacinas, ele poderá ser o secretário de saúde mais transformador da história do nosso país.

Isto ocorre porque RFK Jr articulou o que os nossos líderes democratas e republicanos ignoraram em grande parte: o nosso sistema de saúde é uma desgraça nacional escondida à vista de todos. Ele reconhece o controlo excessivo das indústrias farmacêutica e alimentar sobre a política de saúde, e a porta giratória que existe entre funcionários do Congresso, lobistas farmacêuticos e executivos empresariais. Em testemunho durante as audiências presididas pelo senador republicano Ron Johnson em Setembro passado, Kennedy apresentou uma análise lúcida do que está a deixar a América metabolicamente doente; ele criticou as grandes empresas farmacêuticas e alimentares e traçou ligações entre os danos causados ​​pelos alimentos ultraprocessados, como os óleos de sementes e os açúcares, à nossa saúde, bem como os esforços da indústria alimentar para criar produtos químicos que tornem estes alimentos viciantes.

Ele defensores proibindo a publicidade farmacêutica na televisão e quer reprimir os laços corporativos com agências federais como a Food and Drug Administration e o Instituto Nacional de Saúde. (Que eu saiba, ele não se manifestou contra o custo flagrante dos medicamentos que salvam vidas ou o acesso desigual ao tratamento médico, mas espero que também consiga resolver isso.)

Nós gastamos US$ 4 trilhões em saúde anualmentee lidera o mundo no gasto de mais de 12.000 dólares por pessoa, 50% mais do que a Suíça, que é o segundo maior gastador per capita. americano médicos dominam os prémios Nobel da medicina e as nossas escolas médicas são consideradas as melhores do mundo. No entanto, parecemos incapazes de conter a epidemia de doenças crónicas. Um impressionante 73% de nós são obesos ou com sobrepeso e mais de 38 milhões de pessoas sofrem de diabetes.

Esse problema me atinge, pois fui diagnosticado com diabetes tipo 2 grave em 2021 e – depois de receber péssimos conselhos médicos para depender de insulina e metformina – invertido minha condição adotando uma dieta pobre em carboidratos. Este ano, publiquei uma série “siga o dinheiro” para o Guardian, Morte por diabetesno qual destaquei a forte influência das grandes indústrias farmacêuticas e alimentares na American Diabetes Association (ADA). A ADA é um grupo de defesa dos pacientes que define o padrão de cuidados para o tratamento da diabetes neste país e, no entanto, aceita dinheiro de empresas alimentares, como os fabricantes das batatas Splenda e Idaho – dois produtos que foram encontrados para aumentar risco das pessoas de contrair diabetes.

Posteriormente escrevi sobre amputações e a realidade de que os afro-americanos com diabetes são quatro vezes mais probabilidade suportar esse procedimento sombrio do que os brancos. Vejo a nutrição e a saúde metabólica como uma questão de equidade racial e económica. Penso que estou ciente dos graves riscos para a saúde pública que as opiniões antivacinas infundadas de RFK Jr representam. Mas enquanto ainda tivermos voz e conseguirmos encontrar uma gota de esperança nestes tempos terríveis, penso que deveríamos tentar orientar a política para o bem público sempre que possível. Para esse fim, aqui está o plano de jogo que acredito que RFK Jr deveria seguir.

  1. Deixe de lado as conspirações e atenha-se à ciência. RFK Jr está certo, e há pesquisas mais do que amplas para focar no impacto deletério dos açúcares e óleos de sementes. Seguir o dinheiro sempre foi uma estratégia valiosa. Vamos começar por aí.

  2. Apoie-se no vasto ecossistema de pesquisadores, médicos e escritores comprometidos que dedicaram suas carreiras à promoção da saúde metabólicamesmo sabendo que perderiam o acesso a subsídios governamentais e farmacêuticos. Muitos desses dissidentes vêm das melhores escolas médicas, mas são uma minoria decidida em suas faculdades. Eles incluem médicos como Georgia Ede, Mariela Glandt, Tony Hampton, Eric Westman, cientistas como Benjamin Bikman, Ravi Kampala, Cate Shanahan e escritores como Gary Taubes, Nina Teicholz e Casey Means. São pessoas heróicas que, ao conhecê-los e ler o seu trabalho, descobri serem profissionais de saúde intelectualmente honestos.

  3. Nomeie um czar do diabetes apresentar propostas para resolver de uma vez por todas esta doença mortal e totalmente reversível. Escolhi esta doença particularmente crónica porque é omnipresente, terrivelmente dispendiosa, uma doença que afecta desproporcionalmente os pobres, está intimamente ligada à nossa epidemia de obesidade e totalmente reversível através da dieta. Não seria incrível se pudéssemos finalmente reverter o diabetes tipo 2 durante a nossa vida?

  4. Aumentar o financiamento federal para estudos de nutrição. Historicamente, a FDA e o NIH têm inclinado as escalas de investigação a favor de estudos que possam produzir o próximo medicamento de grande sucesso. Na realidade, ainda não compreendemos porque engordamos e porque temos assistido a um aumento de doenças crónicas (não contagiosas) como a diabetes, a doença de Alzheimer e a doença de Crohn.

  5. Regulamentar severamente a capacidade das empresas de cereais de comercializarem os seus produtos açucarados para as crianças, e a capacidade das empresas farmacêuticas de bombardearem o resto de nós com anúncios. Será que um Congresso controlado pelos republicanos permitirá mais regulamentação governamental – mesmo que isso salve vidas?

A ascensão de RFK Jr representa uma questão complicada para pessoas como eu, que apoiaram fortemente a eleição de Kamala Harris. Os cuidados de saúde estão longe de ser a única questão com a qual estou comprometido e estou revoltado com os planos da administração Trump de deportar milhões de pessoas sem documentos, o seu ataque às instituições democráticas e o possível abandono da Ucrânia e da aliança da NATO. Embora eu discordasse de Liz Cheney sobre muitas, se não a maioria, das questões, também abracei a sua apostasia quando se tratou das eleições – aderi à abordagem de não interromper as pessoas de quem discorda enquanto estão a fazer a coisa certa.

Depois de escrever algo desagradável sobre RFK Jr nos dias que antecederam a eleição, recebi uma nota privada de Jan Baszucki, um proeminente defensor da saúde metabólica que passei a admirar no ano passado. “Com todo o respeito”, escreveu ela. “Sou um grande fã de suas reportagens sobre diabetes tipo 2. Mas seus comentários sobre RFK Jr… não ajudam a causa da saúde metabólica, que só está na agenda nacional porque ele a colocou lá.”

Antes da eleição, eu acreditava que RFK Jr era um jogo justo. Eu estava, e continuo, particularmente preocupado com o facto de as suas ideias marginais sobre vacinas e venenos se confundirem com a sua excelente perspectiva sobre a saúde metabólica e prejudicarem a causa. Agora acho que devemos ser construtivos onde podemos promover o bem público.

A grande questão que paira sobre o mandato de RFK Jr como secretário do HHS é se Donald Trump o apoiará quando ele assumir as indústrias farmacêutica e alimentar. A saúde dos EUA não é uma questão pela qual o presidente eleito tenha demonstrado interesse no passado. E a sua adesão a executivos empresariais como Elon Musk, da Tesla, sugere que o capitalismo de compadrio poderá ser o tema dominante da segunda administração Trump. Mas se sabemos alguma coisa sobre o que motiva Trump, sabemos que ele responde ao reforço positivo.

Afinal, foram os defensores da justiça criminal, como Van Jones e o genro de Trump, Jared Kushner, que o persuadiram a apoiar a Lei do Primeiro Passo, uma peça significativa da reforma da justiça criminal (e que Trump agora rejeita). Como fundador do Projeto Marshall, a organização jornalística sem fins lucrativos que cobre o sistema de justiça criminal dos EUA, acredito que a reforma da justiça criminal também deveria ser uma questão de urgência nacional, mas, na época, eu era ambivalente quanto aos esforços para trabalhar com a administração . Em retrospectiva, quaisquer que sejam os danos que Trump possa ter infligido, eu diria que somos um país melhor para a Lei do Primeiro Passo.

Estamos hoje num dilema semelhante no que diz respeito aos cuidados de saúde: o sistema é terrivelmente caro e desumano. Se há alguém na administração que quer melhorar as coisas, não vamos interrompê-lo.

  • Neil Barsky, ex-repórter e gerente de investimentos do Wall Street Journal, é o fundador do Projeto Marshall



Leia Mais: The Guardian



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Austrália x Índia: Cummins espera recuperação da Border-Gavaskar | Notícias de críquete

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Austrália x Índia: Cummins espera recuperação da Border-Gavaskar | Notícias de críquete

A Austrália parte para o primeiro teste contra a Índia na sexta-feira, buscando acabar com o domínio dos turistas na fronteira-Gavaskar.

O capitão Pat Cummins ergueu quase todos os troféus do críquete como parte de times australianos dominantes, mas quer marcar a última caixa com uma vitória na série de testes contra a Índia nos próximos dois meses.

Ao comemorar uma série de vitórias em Copas do Mundo e triunfos do Ashes nos últimos anos, Cummins e vários de seus companheiros de equipe conheceram apenas a derrota em as últimas quatro séries de testes contra a Índiaem casa e fora.

“Acho que durante cerca de metade do vestiário não ganhamos o Border-Gavaskar (troféu)”, disse o lançador rápido aos repórteres no Perth Stadium na quinta-feira, na véspera do teste de abertura da série.

“Então (é) uma das últimas coisas a serem assinaladas para muitos de nós. Quase todos os desafios que enfrentamos nos últimos anos, nós intensificamos e nos saímos bem.

“Fazer isso por mais um ano, outro verão em casa iria consolidar isso. Em vez de ter sido uma coisa de duas ou três temporadas, de repente se tornou uma coisa de meia geração. Portanto, estamos todos entusiasmados por ter a Índia lá fora… uma das melhores equipes do mundo.”

Jasprit Bumrah, à esquerda, será o capitão da Índia no primeiro teste da série (Paul Kane/Getty Images)

Austrália espera acabar com problemas familiares contra a nova Índia

A Índia terá uma aparência diferente nesta série de cinco testes para o time devastado por lesões que conquistou uma vitória impressionante por 2 a 1 sobre os australianos capitaneados por Tim Paine na última turnê em 2020-21.

O líder do Pace, Jasprit Bumrah, será o capitão da Índia em Perth, enquanto o capitão regular Rohit Sharma tira licença para cuidar de seu bebê recém-nascido.

O batedor canhoto Devdutt Padikkal está entre vários rostos novos no time e pode ser convocado para seu segundo teste após uma lesão no polegar de Shubman Gill.

Cummins disse que a Austrália fez planos para toda a seleção indiana e não está encarando nenhum dos recém-chegados levianamente. “A maioria de nós já jogou IPL (Indian Premier League) e viu quantos recém-chegados chegam e avançam imediatamente”, disse ele.

“Eles estão sentindo falta de alguns caras com quem estamos mais familiarizados, mas sabemos que quem eles escolherem será, ou eles obviamente acham que são bons o suficiente para o teste de críquete.”

A Austrália também terá uma aparência desconhecida, com David Warner não abrindo as rebatidas. Mas, embora Cummins tenha dito que o aposentado Warner era “difícil de substituir em muitos aspectos”, ele esperava que o inédito Nathan McSweeney e o estabelecido Usman Khawaja pudessem trazer à tona o que há de melhor um no outro como a nova dupla de abertura da Austrália e ex-companheiros de equipe de Queensland.

“A coisa mais importante para alguém como Nathan que está chegando é jogar seu próprio jogo”, disse Cummins.

“Ele não precisa de uma taxa de acerto de 80 como David precisava.”

Pat Cummins.
O Optus Stadium em Perth, Austrália, sediará a primeira partida (Paul Kane/Getty Images)



Leia Mais: Aljazeera

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Entre Emmanuel Macron e os autarcas, uma história de reuniões perdidas

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Entre Emmanuel Macron e os autarcas, uma história de reuniões perdidas

No 106º congresso da Associação dos Prefeitos da França, em Paris, 21 de novembro de 2024.

Não haverá recepção no Eliseu durante o congresso da Associação dos Prefeitos da França (AMF), que acontece em Paris de 19 a 21 de novembro. Esta não é a primeira vez que isto acontece desde 2017, ainda que este encontro tenha acabado por se estabelecer como um ritual. Este ano, Emmanuel Macron está em turnê pela América Latina. E o Chefe de Estado estará, portanto, completamente ausente da reunião de autarcas: sem visita, sem discurso, sem recepção. Uma estreia (com exceção de 2020 devido à pandemia de Covid-19).

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Inquietação dos prefeitos: os sinais de alerta se multiplicam

Durante o duplo mandato de Emmanuel Macron, as relações entre o Presidente da República e a AMF deterioraram-se gradualmente e hoje caem na indiferença hostil. As questões orçamentais tornaram-se um ponto de tensão. Após sete anos de macronismo, os governantes locais eleitos já não conseguem suportar as lições de um poder que não consegue responsabilizar as contas do país. “Para além de um desvio nas despesas inicialmente planeadas que é devido às autoridades locais, não há qualquer derrapagem nas despesas do Estado”declara o chefe de estado L’Expressem maio. Em setembro, os dois ex-ministros da Economia e do Orçamento do governo de Gabriel Attal, Bruno Le Maire e Thomas Cazenave, atribuído principalmente a autoridades eleitas locais a saída da estrada das finanças públicas.

Durante sete anos, Emmanuel Macron e a AMF tiveram uma série de reuniões falhadas. Embora, sob a liderança, nomeadamente, do seu primeiro vice-presidente, o socialista André Laignel, a associação tenha desenvolvido uma linha cada vez mais frontal de oposição ao executivo, o chefe de Estado distanciou-se.

“Visão muito centralizadora”

Depois de uma animada troca de ideias em 2021, durante o congresso de autarcas, o Presidente da República abandonou o evento político no ano seguinte, para preferir uma visita à “sala de estar”onde se reúnem os parceiros dos governantes eleitos. Em 2023, contentou-se com uma recepção de governantes eleitos locais no Eliseu, num contexto de tensões recorrentes. Naquele ano, uma reunião sobre descentralização é organizada no Eliseu entre o Chefe de Estado e os eleitos locais, sem a AMF. Em maio de 2024, o presidente da associação, David Lisnard (Les Républicains, LR), propôs ao Presidente da República que resolvesse, de uma vez por todas, o litígio sobre as finanças das autarquias locais, um debate público. Emmanuel Macron nunca respondeu a ele.

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