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Entidades se posicionam contra demissão de presidente da Faperj
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Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil*
A possível demissão do presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, gerou indignação entre a comunidade científica. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviaram nesta quarta-feira (23) uma carta ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, manifestando “intensa preocupação” com os rumores de exoneração de Lima.
O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) também publicou uma nota na qual pede a permanência de Jerson Lima no cargo. Na internet, uma petição pública, que de acordo com os autores conta com mais de 10 mil assinaturas, faz o mesmo pedido.
A decisão de Castro ainda não está publicada no Diário Oficial, mas, segundo o próprio Lima, ele já foi comunicado oficialmente que será substituído. A reportagem entrou em contato com o governo do estado, e aguarda posicionamento para inclusão na reportagem.
A Faperj foi criada em 1980, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, para fomentar ciência, tecnologia e inovação do Estado do Rio de Janeiro. A fundação concede bolsas e auxílios para pesquisadores e instituições para estimular atividades nas áreas científica e tecnológica e apoiar projetos e programas de instituições acadêmicas e de pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Cerca de 9 mil bolsistas pesquisadores de instituições federais, estaduais e privadas estão ligados à Faperj.
Liderança
Na carta da ABC e SBPC, as entidades ressaltam que a liderança de Jerson Lima é fundamental na promoção da ciência, tecnologia e inovação fluminense, e reforçam a necessidade da continuidade da gestão.
A carta faz um apelo para que a escolha da liderança da Faperj não se transforme em uma indicação partidária. “Dirigimos assim um apelo para que não faça da direção da FAPERJ um cargo de indicação partidária, e que mantenha a conduta que V. Exa. [Vossa Excelência] tem tido nos últimos 6 anos. Reiteramos que é nosso dever transmitir a V. Exa. a preocupação que ora assola a comunidade científica, tecnológica e de inovação fluminense, com mudanças que impactarão a trajetória de sucesso da Faperj. Pedimos então a V. Exa. que resguarde essa Fundação, à qual seu Estado e a ciência brasileira tanto devem”, solicitam.
Na internet, a petição também destaca a importância da Faperj e do trabalho realizado por Jerson Lima. “Dada à competência do Prof. Jerson Lima, atualmente a Faperj é uma das principais agências de fomento do Brasil, o que se justifica em seu currículo balizado por suas contribuições científicas premiadas para o Brasil e para o mundo. Desta forma, sua liderança é respeitada na comunidade acadêmica, que valoriza sua transparência e eficiência, fatores essenciais para o sucesso da Faperj hoje”, diz o texto.
O professor e pesquisador da UFRJ, Amílcar Tanuri, é um dos signatários da petição. “Eu, como toda a comunidade científica, nós estamos vendo isso com uma grande preocupação porque o Jerson vem tendo uma atuação exemplar frente à Faperj, desde a pandemia e até antes da pandemia, com as emergências todas de saúde pública, como o zika, o chikungunya. Ele vem tendo uma atuação muito exemplar e firme, com uma competência muito grande”, afirmou em entrevista à Radioagência Nacional.
Tanuri também disse estar preocupado de uma possível troca impactar a continuidade de pesquisas apoiadas pela Faperj. “Quando você apoia a ciência, é uma coisa de muita responsabilidade, porque laboratórios e pesquisas importantes podem ser perdidas por uma simples parada de financiamento ou uma mudança repentina no rumo de uma fundação. Então, a coisa mais importante para a ciência e para a tecnologia é a constância de suporte”.
As reitoras e reitores que compõem o Friperj ressaltam que a Faperj tem servido como “esteio da comunidade científica do Estado do Rio de Janeiro, proporcionando valiosos avanços na infraestrutura e no funcionamento do sistema de CT&I [Ciência, Tecnologia e Inovação]. Este papel estruturante e estratégico da Faperj tem sido possível graças à garantia do repasse dos recursos financeiros pelo governo do Estado que tem sido feita sob a coordenação da presidência da Faperj a partir de editais públicos que julgam com transparência o mérito científico dos projetos”, diz a nota.
Jerson Lima Silva é médico, doutor em Biofísica e pesquisador titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Academia Mundial de Ciências, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Medicina. Também atuou como Diretor Científico Faperj, entre 2003 e 2018 e, desde janeiro 2019, atua como presidente da Fundação.
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Mucio decide permanecer no comando da Defesa após apelo de Lula – 03/02/2025 – Poder
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3 de fevereiro de 2025 Cézar Feitoza
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, decidiu permanecer no governo após pedido do presidente Lula (PT). O acerto ocorreu na noite de sexta-feira (31/1), em reunião no Palácio do Planalto.
Lula argumentou que o clima nas Forças Armadas ainda é instável e desdobramentos da investigação sobre o golpe de Estado podem esgarçar a relação da caserna com o governo, segundo três fontes próximas ao presidente e ao ministro ouvidas pela Folha.
Um dos casos considerados mais relevantes para mostrar a importância de Mucio na pasta, de acordo com essas fontes, foi a forma como ele lidou com a crise instalada pela Marinha ao divulgar um vídeo que se contrapunha à mudança na aposentadoria dos militares.
Mucio e Lula avaliaram demitir o comandante da Força, almirante Marcos Sampaio Olsen. A decisão, porém, foi de resolver o conflito internamente para evitar novas crises e mudanças internas.
O presidente ainda disse que a saída de Mucio tornava ainda mais difícil o rearranjo da Esplanada dos Ministérios, com a proximidade de uma reforma ministerial que deve mexer na cúpula do Palácio do Planalto e abrir espaço para os partidos de centro.
Mucio disse a auxiliares que foi convencido a passar mais tempo no governo, mesmo com o desejo de deixar o Executivo e passar mais tempo com a família. O ministro costuma dizer, quando perguntado, que seu cargo é de Lula —e só deixaria o cargo se o presidente permitisse.
José Mucio Monteiro aceitou assumir o Ministério da Defesa, ainda na transição de governo, com a condição de que não ficaria até o final do terceiro mandato de Lula. Responsável por administrar crises em profusão, ele sinalizou a Lula desejo de sair da Esplanada pela primeira vez no fim de 2023.
O último pedido para deixar o governo ocorreu em dezembro. Mucio se encontrou com Lula em São Paulo e disse que sua missão foi cumprida, que era hora de deixar a rotina desgastante da Defesa.
Diversos nomes foram cotados para suceder Mucio: o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o secretário-executivo Márcio Elias Rosa (Indústria) e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco.
Os comandantes das Forças Armadas, ministros do Supremo e ex-chefes da Defesa fizeram apelos para que Múcio continue no cargo. Pedidos semelhantes foram feitos diretamente ao presidente.
A avaliação de Lula foi de que ninguém poderia cumprir tão bem o papel de pacificação com os militares do que Mucio.
O ministro da Defesa passou por momentos turbulentos no cargo. Após os ataques de 8 de janeiro de 2023, foi dele a sugestão para decretar GLO (Garantia da Lei e da Ordem), para que os militares desocupassem os prédios invadidos. A ideia foi rechaçada por Lula e pela primeira-dama Janja.
Mucio teve de conviver ainda com a oposição de petistas, que pediam com frequência a demissão do ministro por apostar na conciliação com os militares em vez de enquadrá-los, com mudanças drásticas na carreira.
A pressão chegou no maior nível quando o ministro disse, em discurso público, que questões ideológicas do governo impediam o Exército de assinar um contrato de armas militares com uma empresa de Israel.
“A questão diplomática interfere na Defesa. Houve agora uma concorrência, uma licitação. Venceram os judeus, o povo de Israel, mas por questões da guerra, o Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas não podemos aprovar”, disse Mucio em evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Mesmo com a oposição de petistas e as crises, o presidente disse publicamente que Mucio ainda será reconhecido como um dos melhores chefes da Defesa da história. Ele fez o discurso durante o aniversário de 25 anos do ministério, em agosto de 2024.
“Haverá um dia que a história brasileira haverá de consagrar a tua passagem pelo Ministério da Defesa como possivelmente o mais hábil de todos os ministros da Defesa que esse país já teve”, afirmou Lula.
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A série da semana: “Dexter. The Origins “,” On The High Seas “,” Mythic Quest “
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3 de fevereiro de 2025Toda terça -feira, “La Matinale” oferece uma seleção de séries para descobrir (ou não) na tela pequena. Hoje, aprendendo um assassino em série, um thriller marítimo que toma água e o retorno de um monte de nerds.
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Usman Khawaja Backs Jornalista de Críquete apareceu sobre as postagens de mídia social de Gaza | Grilo
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3 de fevereiro de 2025 Jack Snape
O abridor australiano Usman Khawaja disse que o escritor de críquete Peter Lalor “merece melhor” depois que ele foi retirado da cobertura do rádio da turnê da Austrália pelo Sri Lanka por seus postos de mídia social relacionados à guerra em Gaza.
Lalor, o principal escritor de críquete do australiano que apareceu na cobertura de rádio do sen há 10 anos, revelou que ele havia sido despejado durante o primeiro teste em Galle em uma mensagem para assinantes de seu Grilo Et al Substack na segunda -feira à noite. “Imaginei que, em algum momento, haveria uma tentativa de me derrubar e isso aconteceu”, disse ele.
“Disseram -me que havia acusações de que eu era anti -semita com as quais me operei fortemente. Disseram -me que minha retweet não estava equilibrada e insensível a um lado e que muitas pessoas reclamaram. ”
Khawaja, que marcou um século duplo Na partida durante a qual Lalor foi despejado, publicado no Instagram dizendo que a notícia era “inacreditável”.
“Defender o povo de Gaza não é anti -semita nem tem nada a ver com meus irmãos e irmãs judeus na Austrália, mas tudo a ver com o governo israelense e suas ações deploráveis”, disse ele. “Tem tudo a ver com justiça e direitos humanos”.
Lalor foi informado de que não faria parte da cobertura no sábado, a quarta manhã da partida, ganho facilmente pela Austrália.
“Fui perguntado pelo chefe da estação Craig Hutchison, que era civil, se eu não se importasse que minha retweet de eventos em Gaza fez com que o povo judeu em Melbourne se sentisse inseguro. Eu disse que não queria que ninguém se sentisse inseguro ”, disse Lalor.
Hutchison emitiu uma declaração dizendo que ele e Lalor têm “diferentes visões” do impacto da atividade de mídia social do escritor na comunidade.
“Sen Cricket é uma celebração de diferenças e nacionalidades e um lugar onde nosso público do Sen pode escapar do que é um mundo cada vez mais complexo e às vezes desencadeador”, disse ele.
“Respeitamos Pete como jornalista e contribuinte de longa data para o jogo, mas também reconhecemos o medo que muitas famílias em nossa comunidade sentem agora, e também precisamos respeitar isso”.
A Guardian Australia procurou comentários da Rádio Sen e Hutchison.
Khawaja tem sido vocal em seu apoio aos palestinos.
“Peter é um cara legal com um bom coração. Ele deserve melhor ”, disse o homem de 38 anos.
Lalor disse que estava postando imagens do conflito em Gaza porque queria chamar a atenção para os “crimes contra a humanidade” cometidos pelo governo israelense e pelo Hamas.
Ele disse: “A maioria dos meus postos retweetados tem sido sobre os sofrimentos dos palestinos. A assimetria da minha retweet reflete o que agora pode ser visto agora como a assimetria do sofrimento. ”
No post de seus assinantes no Cricket et al.
“Não posso ficar quieto quando tantas pessoas inocentes estão sendo abatidas. Eu acho que sou uma pessoa compassiva. Acredito que faria o mesmo, não importa quem fosse responsável pelo abate de atacado de tantas pessoas inocentes e pela destruição de suas cidades ”, disse ele.
“Se alguma coisa, este episódio é instrutivo. Pessoas com mais em jogo são forçadas a ficar em silêncio por medo dessas represálias. Estou em uma posição mais afortunada e de uma disposição mais descuidada. ”
O segundo teste começa na quinta -feira.
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