POLÍTICA
Estatais: TCU vê risco ‘absoluto’ em fundo de pens…
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José Casado
O risco é “inequívoco” e “absoluto”, qualificou Walton Rodrigues, decano no plenário do Tribunal de Contas da União.
Há perspectiva de “danos graves” para os 193 mil associados ao fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil — comentou na sessão de quarta-feira (5/2) do TCU ao justificar a abertura de investigação emergencial no fundo Previ, no banco público patrocinador e no órgão estatal de controle e fiscalização do setor, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
O motivo da urgência, segundo ele: a fundação Previ acumulou prejuízo de 13,6 bilhões de reais, entre janeiro e novembro do ano passado, em apenas um dos seus planos de previdência, que atende mais da metade (55%) dos seus 193 mil associados.
“Pasmem!”, acrescentou. “Isso está em total discrepância com o resultado positivo acumulado de 2023, que foi de 5 bilhões de reais, e os mais de 5 bilhões de reais de 2022. É fato seríssimo elevando os riscos dos segurados ao paroxismo.”
A ênfase de Rodrigues nos adjetivos não é casual. Em 1999, quando chegou ao TCU, multiplicavam-se denúncias de manipulações e desvios nos fundos de pensão estatais, sobretudo a Previ, em “auxílios” a grupos privados interessados no programa de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Parte das acusações tinha origem em organizações sindicais vinculadas ao Partido dos Trabalhadores.
Em 2005, Rodrigues era corregedor e vice-presidente do tribunal quando surgiram denúncias sobre novos desvios nos fundos de pensão estatais, principalmente na Previ, que é o maior deles, em “auxílios” a grupos privados beneficiários de laços privilegiados com o governo Lula, do PT. As acusações se multiplicaram na esteira das revelações sobre corrupção na Petrobras.
O histórico dos investimentos desses fundos mostrou que não foram acidentais as apostas de alto risco — fracassadas — com o dinheiro dos segurados e dos patrocinadores, o Banco do brasil, a Caixa Econômica e os Correios. Havia um grupo de sindicalistas-gestores trabalhando de forma coordenada. Em agosto de 2003, por exemplo, eles se reuniram com Lula na sede da Petrobras, no Rio. Saíram decididos a “apoiar” integralmente todos os projetos governamentais de infraestrutura. Atropelaram os vetos jurídicos internos e dos respectivos conselhos fiscais.
Consolidou-se um circuito de negócios paraestatais, sem controle e com múltiplos formatos de corrupção e enriquecimento ilícito. O resultado foi um bilionário prejuízo para empresas estatais e, também, para os participantes dos fundos de pensão — em alguns casos, os associados ainda pagam para cobrir as perdas. Processos e condenações judiciais, derivados de operações como Lava Jato e Greenfield, acabaram anulados pelo Supremo Tribunal Federal.
Rodrigues, na sessão do TCU, alegou a necessidade de novas investigações na Previ porque, outra vez, há indícios de prejuízos por “eventual má gestão e política temerária de investimentos”. Deixou claro o temor de estar diante de um filme em reprise há um quarto de século.
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Líder da oposição fala sobre PL da anistia e reque…
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6 de fevereiro de 2025Marcela Rahal
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), será o entrevistado do programa Ponto de Vista, de VEJA, desta quinta-feira, 6, às 12h. O parlamentar vai falar sobre o requerimento apresentado na Casa para a obtenção de dados sigilosos sobre as atividades da primeira-dama Janja, como mostrou a coluna Radar. Além disso, o deputado será abordado sobre as prioridades da oposição como o projeto de anistia para os condenados do 8 de janeiro e pedido de impeachment do presidente Lula.
O programa, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o cientista político e professor do Mackenzie Rodrigo Prando. Lembrando que você pode participar mandando sua pergunta nas nossas redes sociais ou pelo chat e que a entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp.
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Senador cobra providências na BR-163 após morte de…
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51 minutos atrásem
6 de fevereiro de 2025 Nicholas Shores
A tragédia que vitimou um menino de 8 anos na BR-163, atropelado por uma moto no trecho que cruza Rio Verde (MS), levou o senador Nelsinho Trad (PSD) a reforçar as cobranças à concessionária CCR MSVia, ao Dnit e à ANTT por providências para reduzir a letalidade da estrada, conhecida como “rodovia da morte”.
Recentemente, o parlamentar apresentou um pedido de criação de uma comissão externa para fiscalizar a concessão, a execução das obras e a segurança dos usuários. Também pediu a realização de uma audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado.
Trad quer que a CCR MSVia, a ANTT, o TCU, o Ministério dos Transportes e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prestem esclarecimentos sobre as “medidas efetivas que estão sendo adotadas para reverter esse cenário crítico”.
Alta letalidade
Em 2024, a BR-163, que corta Mato Grosso do Sul, registrou 785 acidentes e 63 mortes, com uma média de 65 acidentes por mês. A duplicação da rodovia, prevista desde 2014, continua atrasada: dos 806 km previstos, apenas 150 km foram concluídos, o que representa apenas 17% da meta.
“O povo paga pedágio, mas não vê o retorno. A repactuação da concessão aprovada pelo TCU prevê um investimento de 9,3 bilhões de reais para melhorias na rodovia, mas precisamos de transparência e, acima de tudo, compromisso com a segurança de quem trafega por ali diariamente. A concessionária tem responsabilidade nesse cenário e precisa ser cobrada com rigor”, afirmou o senador.
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Murillo Aragão
O mundo de hoje é uma tragicomédia que encontra paralelo na cinematografia internacional: uma mistura de Austin Powers com Dr. Strangelove, temperada com pitadas de It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World. Com um detalhe perigosíssimo: tudo é real. Os sinais de insanidade estão por toda parte, intensificados pelo uso deliberado da “Teoria do Louco” (Madman Theory) pelos Estados Unidos, agora sob o novo mandato de Donald Trump.
Em poucos dias, o que antes eram meras suspeitas de medidas radicais transformou-se em realidade, com impactos significativos para a geopolítica global. Essa estratégia, que visa projetar a imagem de um líder imprevisível e disposto a tomar decisões extremas para proteger os interesses nacionais, foi inicialmente desenvolvida por Richard Nixon durante a Guerra do Vietnã. Não deu certo. Os Estados Unidos foram derrotados.
A retórica agressiva de Trump, o abandono de acordos multilaterais e uma abordagem unilateralista intensificaram as tensões geopolíticas com potências como China e Rússia, além de fragilizarem alianças históricas, como a estabelecida com os países da OTAN. Estamos, claramente, diante de um novo cenário global. Como bem disse William Waack na abertura de seu programa no dia da posse de Trump, vivemos uma nova era.
A mera suposição de que o Brasil poderia apoiar a substituição do dólar como moeda nas negociações entre os países do BRICS gerou ameaças veladas de imposição de sobretarifas sobre produtos brasileiros. No entanto, a questão é mais complexa para os Estados Unidos. O comércio entre os dois países atingiu um patamar histórico em 2024, com exportações brasileiras totalizando US$ 40,3 bilhões — um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior — enquanto as importações de produtos norte-americanos somaram US$ 40,6 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$ 0,25 bilhão para o Brasil. Apesar da relação comercial robusta, o Brasil não apresenta superávit comercial com os EUA desde 2009. Assim, punições econômicas podem não trazer ganhos significativos para Washington. Além disso, sob a doutrina Celso Amorim, que ainda orienta a diplomacia brasileira, o Brasil retaliaria de forma imediata.
Sem decisões claras de punições ao Brasil, o país deve adotar uma postura cautelosa. Afinal, a eficácia da Teoria do Louco reside na percepção de controle por parte de quem ameaça o caos. O comportamento privado de Nixon era muito mais calculado do que sua persona pública sugeria. Trump, contudo, parece incorporar o caos tanto publicamente quanto, possivelmente, em sua prática de governar. Essa indistinta fronteira entre estratégia e personalidade complica a avaliação de seu legado em política externa. Trump é um mestre na manipulação da percepção ou sua imprevisibilidade é genuína, reflexo não de uma estratégia, mas de um temperamento pessoal? Talvez a resposta resida justamente nessa ambiguidade, que pode ser tanto sua arma quanto sua fraqueza.
Nas palavras da banda brasileira Os Mutantes, em sua “Balada do Louco”, encontramos uma reflexão que ecoa no subtexto dessa estratégia: “Dizem que sou louco por pensar assim / Se eu sou muito louco por eu ser feliz / Mais louco é quem me diz / E não é feliz, não é feliz.”
O Brasil, em um momento de crise geopolítica, deve focar nos fundamentos. Quais são eles? O mundo pós-Guerra Fria mudou desde o atentado de 11 de setembro, e, com Trump, essas transformações são ainda mais relevantes. Mas estão em curso. O Brasil possui uma agenda interna imensa de desafios e deve manter-se atento e, ao mesmo tempo, discreto diante da confusão global, focado em ser um país melhor. Por fim, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo e uma potência na geração de alimentos e commodities, temos poucas “figurinhas” para trocar na mesa internacional. Em tempo de muda, passarinho não canta.
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