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‘Estava na hora de equilibrar um pouco a minha vida’

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'Estava na hora de equilibrar um pouco a minha vida'

O levantador Bruninho, de 38 anos, que retornou ao Brasil para o Vôlei Renata/Campinas, volta às origens. É que foi em Campinas que ele decidiu seguir a carreira dos pais. Bruninho, que começou a jogar vôlei no mirim do Fluminense, se mudou para Campinas, para a casa da mãe, a ex-jogadora Vera Mossa que ainda mora na cidade. Isso aconteceu quando o pai Bernardinho, ex-atleta e atual técnico do Flamengo e da seleção brasileira, se mudou do Rio para Curitiba para iniciar o vitorioso projeto do Rexona. Segundo Bruninho, o Campinas “sempre esteve ligado ao seu coração”.

O jogador, que há uma semana levou o clube ao título do Campeonato Paulista, é uma das estrelas da Superliga 2024/2025, que começa neste domingo para o naipe masculino — o feminino teve início na quarta-feira. O Vôlei Renata/Campinas, que no ano que vem comemora 15 anos de projeto na modalidade, enfrenta o Saneago Goiás, às 18h30 (Sportv2).

Bruninho comemora o primeiro título com o Vôlei Renata/Campinas, o do Campeonato Paulista — Foto: Pedro Teixeira/Vôlei Renata

Bruninho estava no Modena, da Itália, desde a temporada 2021/2022. Defendeu este mesmo clube em outras três oportunidades entre 2013 e 2018. Na Itália, atuou ainda pelo Civitanova (entre 2018 2020).

— Foi aqui, com 15 anos, que decidi o que faria da vida. Então, voltar a esse ginásio, após mais de 20 anos, é muito especial. Confesso que me emocionei ao refazer o caminho para o Clube Fonte São Paulo, que é parceiro do Vôlei Renata, nas categorias sub-15 e sub-17, passando pela minha escola… O primeiro jogo, rever amigos, ex-jogadores, uma sensação muito boa. Rodei o mundo para voltar onde tudo começou. E acho que era isso que estava buscando — conta Bruninho, que tem tido a mãe e o avô materno na plateia.— São pequenas coisas que às vezes a gente esquece, mas que são muito importantes. Muitas vezes, na Itália, eu remoía sozinho uma derrota. Aqui tenho ajuda para colocar a cabeça no lugar e saber que a vida continua. Essa vida fora de quadra está me ajudando muito.

Bruninho, campeão olímpico na Rio-2016 e prata em Londres-2012 e em Pequim-2008, conta que havia pensado em ficar no Brasil após a Olimpíada de Tóquio, disputada em 2021, quando defendia o Taubaté. Mas, quis resolver duas questões que lhe martelavam à cabeça.

Após os Jogos no Japão, quando o Brasil foi superado pela Argentina na disputa pelo bronze, ele optou por se manter no mais alto nível técnico para encarar um novo ciclo olímpico, o de Paris-2024. A Itália era o local perfeito, ainda mais em Modena, cidade que lhe reconhece como ídolo.

Em 2018, ele havia deixado o clube após desentendimentos com o treinador Radostin Stoychev (hoje no Verona) e foi para o Civitanova. Conta que lhe pareceu justo uma despedida à altura do que o clube representava para ele. E vice e versa.

Assim, Bruninho voltou ao Modena para mais três temporadas e recentemente, na sua despedida, chorou como criança. Ele recebeu diversas homenagens do clube e da torcida. No ginásio, a faixa com os dizeres “Para sempre nosso capitão” traduziu o respeito que ele conquistou na bola. Foi aplaudido de pé e jogado ao alto pelos companheiros de time.

— Modena tem a torcida mais apaixonada. Quando perdemos jogo, é melhor nem sair para jantar. Vão cobrar. Imagino que ocorra o mesmo com os jogadores de futebol no Brasil. Mas quando vencemos, é uma das coisas mais especiais do mundo. Digo que quem deixa algo para a cidade é retribuído. E acho que isso eu consegui — declara o brasileiro, que diz se emocionar até hoje ao lembrar desta despedida — Com a frustração de Tóquio, foi importante voltar para a Itália para me preparar para a seleção, jogando no melhor campeonato do mundo. E também porque havia saído de Modena para o Civitanova rompendo contrato. Não havia sido legal. Stoychev e eu tínhamos valores muito diferentes, foi o único treinador com quem tive problemas. Hoje, mais maduro, entendo que cada um tem seu jeito de lidar com as coisas. Porque aqui dentro (no clube) é uma família e ele não tinha essa visão, tinha uma visão muito profissional, e não pensava no lado humano das pessoas. Fui para o Civitanova ainda com a cabeça em Modena e conquistei tudo. Foi muito importante na minha vida, um marco. Mas queria voltar a Modena um dia. Eu sou um cara que tem esse lance emotivo.

No Civitanova, Bruninho conquistou o Mundial de Clubes (2019), a Champions League (2018–2019), o Campeonato Italiano (2018–2019) e a Copa Itália (2019–2020). E na volta ao Modena, conquistou o título da Copa CEV 2022/2023, a segunda competição mais importante de clubes da Europa. Nas três passagens pelo clube, ganhou ainda o Campeonato Italiano (2015–2016), a Copa Itália (2014–2015, 2015–2016) e a Supercopa Italiana (2015).

— Durante todos esses anos que estive na Itália foi para estar no mais alto nível para atuar pela seleção. Foram nove temporadas lá fora e o vôlei como prioridade na minha vida. Mas sentia que o ciclo estava se encerrando. Talvez eu não tivesse o mesmo “saco”, desculpe a palavra, para aguentar tudo aquilo sozinho por mais tempo. Apesar da minha paixão pelo vôlei, estava na hora de equilibrar um pouco a minha vida.

Elogio a Campinas e sonho com Botafogo

Da Itália, Bruninho trouxe o “gosto pela boa comida e pelo vinho”. E já se prepara psicologicamente para uma nova etapa da sua vida. Ele diz que optou por estar mais perto da família, uma vez que seu ciclo na seleção foi encerrado em Paris-2024 e que se vê em fase de transição de carreira.

— Já me preparo porque sei que estou na minha última fase do voleibol, não tenho dúvida. Posso jogar mais quatro anos? Posso, mas esta é a minha última fase. Tenho pensado ano a ano. Minha cabeça já se prepara para isso, para que este processo não seja difícil — fala ele, que brinca que não teve excesso de bagagem na volta ao Brasil. — Tem jogador que traz uma adega inteira, né? Eu trouxe o prazer de tomar vinho, foi algo que aprendi na Itália. Também já vi caras que voltaram se vestindo na moda, com guarda roupa… Cara, eu gosto de usar na noite, mas no meu dia a dia eu sou meio largado.

Entre os projetos, ele destacou a volta à faculdade de Administração de Empresas para se envolver com mais conhecimento nos negócios dos quais já é sócio (restaurante e pequenas startups).

— O vôlei vai continuar a ser uma peça importante na minha vida. Em um futuro próximo estarei ligado ao vôlei, certeza, em outras funções. Mas não como treinador. Quero entender ainda o que eu gosto e o que posso ter prazer.

Em Campinas, Bruninho, que é perfeccionista, tenta iniciar esta “nova fase”, um pouco mais “camarada” com si mesmo. Terá a companhia de outros três jogadores que estiveram na Olimpíada de Paris: o ponteiro Adriano e o central Judson (estava na lista de suplentes da seleção) e o oposto argentino Bruno Lima. Sob o comando de Horacio Dileo, em sua oitava temporada no projeto, a terceira seguida, a equipe contratou ainda o ponteiro Celestino, uma das revelações da última Superliga, pelo Guarulhos, além de ter renovado com peças importantes da temporada passada como o ponteiro Maurício Borges e o líbero Lukinha.

Reconhecido como um dos principais projetos de vôlei do país, o time de Campinas obteve sua melhor performance na temporada 2015/2016, quando foi vice-campeão da Superliga e da Copa Brasil. Em 2023, repetiu o feito e chegou a mais uma final de Superliga.

Bruninho comemora ponto com o Vôlei Renata/Campinas, na sua volta ao Brasil — Foto: Pedro Teixeira/Vôlei Renata
Bruninho comemora ponto com o Vôlei Renata/Campinas, na sua volta ao Brasil — Foto: Pedro Teixeira/Vôlei Renata

— Quinze anos de projeto no Brasil não é simples. Tiro o chapéu. Este é um projeto sólido, que não faz loucuras, que investe na base e tem a parte social. O projeto ideal. Já participei de projeto loucura e sei que não funciona, que não deixa nada (na cidade). Temos de dar valor para este tipo de projeto — elogiou Bruninho, que gostaria de ver novo time no Rio de Janeiro, onde embarcou na furada do RJX.—Gostaria de um dia ver um time do Botafogo no vôlei. Não sei se estarei jogando ainda, mas seria legal vê-lo numa Superliga de novo. E acho que o Rio precisaria de um time masculino.

A rodada inicial da Superliga masculina terá mais jogos nesta semana. Terça-feira: Vedacit Guarulhos x Apan/Blumenau, às 21h30. Na quarta-feira terão três partidas: Joinville Vôlei x Suzano Vôlei (18h30), Sesi Bauru x Neurologia Ativa (18h30) e Viapol/São José x Itambé Minas (21h30). E a rodada se encerrará na quinta-feira com Praia Clube x Sada Cruzeiro (21h30).

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Ecos de um Dérbi revelador – 08/02/2025 – Juca Kfouri

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Ecos de um Dérbi revelador - 08/02/2025 - Juca Kfouri

Choveu tudo o que são Pedro quis que chovesse, e até o gramado sintético ficou impraticável.

Como os paulistas já estão acostumados, tome adiamento do começo do jogo, tal qual, só com o Corinthians, já tinha acontecido contra o São Paulo e a Ponte Preta.

O que não impediu o Palmeiras de sufocar o rival durante todo o primeiro tempo, embora com atroz dificuldade em fazer gol.

Fez um ainda antes do décimo minuto e nada mais, submetido a três avanços corintianos, um dos quais terminado no empate por 1 a 1 que perduraria até o fim na casa verde.

No segundo tempo, a história se repetiu como farsa, pois Yuri Alberto deixou o time dele na mão, e Estêvão se perdeu na de Hugo Souza, tão pegador de pênaltis como Cássio.

Disso já se sabia, e a revelação maior do Dérbi esteve na incapacidade alviverde de machucar o rival.

Mesmo dominante, o Palmeiras não foi capaz de fazer nada além de um gol, porque bola na trave não altera o placar e pênalti roubado não entra.

Do lado alvinegro, deu-se o segundo bom resultado seguido graças ao acaso, demonstração de que, talvez, os ares tenham mesmo mudado dentro de campo.

Porque tanto a vitória com o time C sobre o Novorizontino quanto o empate no clássico, ambos fora de casa, foram mais achados que conquistados, com más atuações individuais e pouco conjunto, situação agravada pela ausência ainda do cérebro do time, o argentino Rodrigo Garro.

Ao Palmeiras, mais que um centroavante, anda em falta a tal da eficácia que transforma domínio em resultado.

O Planeta Bola está cansado de ver times sem o camisa 9 de ofício ganhar jogos e campeonatos —e não é de hoje, haja vista a seleção brasileira tricampeã mundial em 1970 com Tostāo, além do próprio Palmeiras, cuja segunda Academia teve em Leivinha, meia de raro talento, brilhante solução para a suspensão de César Maluco.

Do lado dos treinadores, o clássico mais renhido entre os paulistas nada revelou.

Abel Ferreira continua mal nas entrevistas para explicar resultados insatisfatórios.

Botar na conta da arbitragem o empate em casa contra o rival acuado, e com dez jogadores na maior parte do segundo tempo, desonra sua indiscutível capacidade.

Além do mais, a invasão na cobrança do pênalti, que disse ter visto na televisão dele, só foi vista nela.

Já Ramón Díaz continua na milonga do estar “contento”, embora o time continue descontentando o fiel minimamente exigente.

É verdade que ambos dirigem equipes em começo de temporada —e que o nível de cobrança deveria ser o de torneios de verão, não o das jornadas em alto-mar.

Campeonatos estaduais são traiçoeiros.

Valem mesmo na hora dos clássicos e das decisões.

Neymarmota

Impossível saber quanto tempo mais durará o inverno de Neymar.

Os 45 minutos disputados na reestreia permitem olhar otimista. Mesmo caçado sem trégua, ele mostrou o talento que ninguém lhe nega.

Não fosse o goleiro estraga-prazeres do Botinha, João Carlos, Neymar teria marcado golaço de deixar os sauditas com um camelo atrás da orelha.

O comportamento tóxico com parças da qualidade de Pablo Marçal e Nikolas Ferreira, para não falar do velho da Havan, porém, desanima.

Sua falta de noção é pandêmica e disruptiva.

Mano Brown e Supla devem estar arrependidos.


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O chanceler alemão, Olaf Scholz, critica os pedidos de contrapartida em troca de ajuda americana na Ucrânia

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, critica os pedidos de contrapartida em troca de ajuda americana na Ucrânia

Os países bálticos se desconectam da Rede de Eletricidade Russa, uma “vitória para a democracia”, saúda o chefe da diplomacia européia, Kaja Kallas

Estônia, Letônia e Lituânia estão desconectadas da Rede de Eletricidade Russa no sábado para ingressar no sistema europeu, um processo lançado anos atrás e se tornou urgente desde a invasão da Ucrânia por Moscou. Os três países bálticos, as antigas repúblicas soviéticas, integradas à União Europeia e à OTAN desde 2004, estão ligadas à rede russa desde a era da URSS.

“Estamos enfrentando a Rússia a possibilidade de usar o sistema elétrico como uma ferramenta geopolítica de chantagem”resumiu o Ministro da Energia da Lituano, Zygimantas Vaiciunas. Em X, o chefe da diplomacia européia, Kaja Kallas, ex -primeiro -ministro da Estônia, cumprimentou “Uma vitória para a democracia”.

As celebrações oficiais estão planejadas nos três países. A Letônia cortará fisicamente um cabo elétrico que o conecta à Rússia no sábado, e o presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve participar de uma cerimônia com os líderes do Báltico no domingo, em Vilnius, na Lituânia.

O processo levou muitos anos devido a muitos problemas tecnológicos e financeiros e à necessidade de diversificar o fornecimento enquanto isso, principalmente por meio de cabos subaquáticos.

A mudança tornou -se urgente após a invasão russa da Ucrânia em 2022, que acordou nos valores o medo de ser os próximos objetivos de Moscou.

Desde então, os três países pararam de comprar gás e eletricidade russos, mas suas redes elétricas permaneceram conectadas à Rússia e à Bielorrússia, a regulamentação da frequência sendo controlada de Moscou. Portanto, eles sempre dependiam da Rússia para um fluxo estável e crucial de eletricidade para dispositivos que exigem uma fonte de alimentação confiável, especialmente em processos industriais.



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O que Elon Musk acredita? | Administração Trump

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O que Elon Musk acredita? | Administração Trump

Chris McGreal

O abraço de Musk à extrema direita levantou questões urgentes sobre o que as crenças políticas de Musk e como ele pretende usar seu novo poder. Composto: Angelica Alzona/Projeto Guardian; Foto de Kent Nishimura/Getty Images

Elon Musk não é uma pessoa do povo, pois milhões em todo o mundo poderão atestar depois que o homem mais rico do planeta cortou o suprimento de alimentos, a saúde e provavelmente até própria vida a alguns dos mais vulneráveis ​​sem nem um pouco ou depois da reflexão.

Musk se vê como um homem de dados, empunhando números como um facão para cortar e queimar seu caminho através do desperdício e corrupção do governo, enquanto ele lidera a acusação de direita para capturar o estado dos EUA.

Dias depois de despachar Musk, despachando seus subordinados para derrubar as portas da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e rifle por meio de suas finanças, a agência estava em vigor fora dos negócios. Musk alegou que a USAID era “uma organização criminosa” e cheia de marxistas – uma afirmação chamada “risível” pelo ex -administrador da agência sob George W Bush, Andrew Natsios, que se descreve como um republicano conservador.

Musk não se importava. Menos de três semanas depois Donald TrumpA inauguração, o chefe do novo “Departamento de Eficiência do Governo” (DOGE) criou uma extensa base de energia em Washington de um tipo que não foi visto antes.

Trump deu livre rédea a Musk para enviar seus agentes a mais de uma dúzia de agências federais para procurar evidências de má administração e subversão e geralmente criam caos, fora dos limites usuais de supervisão e regulamentação.

Crucialmente, o Musk agora de acordo com o controle do gerenciamento de pessoal (OPM) que supervisiona o emprego federal. Ele imediatamente incentivou mais de 2 milhões de trabalhadores do governo a renunciar ao objetivo declarado de forçar algumas centenas de milhares pela porta.

Um defensor de Donald Trump interrompe um protesto anti-doge fora do Departamento do Trabalho em Washington na quarta-feira. Fotografia: Imagens Anadolu/Getty

É claro quem Musk acha que deveria estar administrando o país, desde seu recrutamento até Doge de “funcionários do governo especial” de suas próprias empresas e da indústria de tecnologia mais ampla até invadir as Citadelas Federais. Eles incluem uma proporção significativa de jovens engenheiros de software do tipo que tendem a adorar bilionários de tecnologia como Musk, incluindo um adolescente que passou por “Grandes bolas” on-line.

Poucos, se houver, foram submetidos às autorizações de segurança que outros trabalhadores do governo precisam acessar informações sensíveis e pessoais. Se tivessem, Doge poderia ter sido desencorajado de contratar outro recruta do Vale do Silício, Marko Elez, que foi enviado ao Departamento do Tesouro dos EUA, onde teve acesso aos registros dos contribuintes. Elez renunciou na quinta -feira após o Wall Street Journal revelado Ele postou mensagens racistas nas mídias sociais e defendeu a eugenia.

“Apenas para constar, eu era racista antes de ser legal”, escreveu Elez sobre X em julho.

Em face disso, Musk está implementando o compromisso de Trump em cortar os gastos, “desmontar o estado profundo”E saco“ Burocratas desonestos ”. Mas seu abraço à extrema direita, incluindo um endosso irrestrito da alternativa nacionalista alemã para a Alemanha (AFD) e o que parecia muito do mundo como um Greetes nazistas Nas celebrações de inauguração de Trump, levantou questões urgentes sobre as crenças políticas de Musk e como ele pretende usar seu novo poder.

Por acaso, muito do que Musk está fazendo também é bom para seus negócios, incluindo a eliminação de órgãos regulatórios e a redução do poder dos sindicatos e trabalhadores. O Conselho de Trabalho, que defende os direitos dos trabalhadores, ficou paralisado e as agências que regulam o setor financeiro foram descartadas ou instruídas a abandonar partes importantes de seu trabalho.

A política de Musk tem sido eclética. No passado, ele apoiou a renda básica universal e um imposto sobre emissões de carbono. Ao mesmo tempo, ele tem uma profunda antipatia por sindicatos e transporte público, porque significa estar por perto “Estranhos aleatóriosum dos quais pode ser um assassino em série ”. Ele defende uma hostilidade visceral a programas de diversidade e parece considerar aqueles que acreditam em ajudar os menos afortunados como subversivos.

Jogado nessa mistura é o fascínio de Musk pelo movimento de pronatalismopelo qual ele fez sua parte, pai de 12 filhos, e sua esperança de que um dia sua empresa de foguetes, SpaceX, os ajude a colonizar Marte.

Criado na África do Sul Sob o apartheid, Musk suspeita claramente da democracia e dos líderes que produz. Seu avô liderou um movimento político marginal no Canadá na década de 1930, a Technocracy Incorporated, que procurou abolir a democracia em favor do governo por técnicos de elite, mas suas conotações de fascismo o viram banido durante a Segunda Guerra Mundial.

Almíscar mostra algumas das mesmas tendências que outras pessoas libertárias Vale do Silício Bilionários descontentes com a confusão do governo eleito. Ele falou em apoio à democracia direta, onde políticas e outras questões são decididas por referendos populares, e não por representantes eleitos.

Enquanto isso, Musk parece feliz em abraçar a versão dos EUA do governante “Strongman” através do direito republicano “teoria executiva unitária”, Que considera a autoridade do Presidente como Paramount e Congresso como um impedimento à implementação de sua vontade.

Ao longo dos anos, Musk se descreveu como “não um conservador” e “politicamente moderado”. Ele apoiou o candidato democrata em todas as eleições presidenciais que remontam à vitória de Barack Obama em 2008, até que ele azedou no partido nos últimos anos.

Barack Obama e Elon Musk em 2010. Fotografia: Jim Young/Reuters

“No passado, votei no democrata, porque eles eram (principalmente) o partido da bondade. Mas eles se tornaram o Partido da Divisão e o ódio, então não posso mais apoiá -los e votarei nos republicanos. Agora, assista à campanha de truques sujos contra mim se desenrolar ”, ele escreveu em x em 2022.

Mas havia pistas sobre outros motivos, incluindo uma declaração de que ele estaria votando no republicano por causa do apoio de Joe Biden aos sindicatos e ao que ele considerava um apoio democrático insuficiente para suas empresas.

Pouco antes da eleição presidencial do ano passado, Musk declarou que Trump salvaria a democracia americana dos democratas que pisoteavam as liberdades individuais. Mas ele continuou se movendo cada vez mais à direita em público, com um abraço aberto de líderes políticos europeus racistas, incluindo o AFD e a promoção de reivindicações de um “genocídio branco” no país de seu nascimento, na África do Sul.

Biógrafo de Musk, Walter Isaacson, vinculado Sua mudança do eleitor de Obama para a líder de torcida do AfD para a transição de sua filha, Vivian Jenna Wilson.

Wilson tinha 16 anos quando mandou uma mensagem de texto para um parente: “Ei, eu sou trans, e meu nome agora é Jenna. Não diga ao meu pai. ” No dia seguinte a Wilson completou 18 anos em 2022, ela mudou seu nome por causa da “identidade de gênero e do fato de eu não viver mais ou desejar estar relacionado ao meu pai biológico de qualquer forma, forma ou forma”.

Musk disse a Isaacson que ele era otimista sobre a mudança, mas Wilson se tornou um marxista fervoroso e não falava mais com ele, uma situação que ele descreveu como uma das mais dolorosas de sua vida.

“Ela foi além do socialismo para ser um comunista pleno e pensar que qualquer um rico é mau”, disse Musk ao autor.

Musk culpou a escola progressiva de Wilson em Los Angeles e disse que ficou perturbado com o “vírus da mente acordada”, impedindo a América.

Depois da Califórnia aprovou uma lei Exceto os distritos escolares de exigirem que os professores contem os pais sobre mudanças na orientação sexual de um aluno e na identidade de gênero, Musk anunciou que estava movendo a sede de suas duas maiores empresas, SpaceX e X, para o Texas. Ele disse que a lei causou “destruição maciça dos direitos dos pais” e colocou as crianças em risco de “danos permanentes”.

Musk não disse que mover suas empresas também tinha vantagens tributárias significativas para si e seus negócios, o que também estaria sujeito a menos regulamentos climáticos do que na Califórnia.

Ainda assim, sua aparente raiva da transição de sua filha parece ter acionado uma hostilidade mais ampla a questões de identidade e programas de equidade e inclusão da diversidade (DEI), um alvo favorito do direito Trumpiano. Musk anunciou que as palavras “cis” e “cisgender” eram considerados insultos em X, e ele saiu contra pronomes, twittando que eles “sugam”.

No final de 2022, outro tweet ligou a hostilidade de Musk em relação à maneira como as pessoas optam por se identificar – uma posição estranha para um homem que afirma ser um campeão da liberdade de expressão – para sua raiva nas restrições Covid do governo Biden.

Donald Trump e Elon Musk em novembro de 2024. Fotografia: Carlos Barría/Reuters

Musk zombou de Anthony Fauci, o principal consultor médico de Biden que foi fundamental no bloqueio e em outras medidas para conter a crise.

“Meus pronomes são processos/fauci,” ele escreveu.

Alguns viram o tweet como evidência de que Musk estava agora identificar abertamente com a extrema direitaque desafiaram os regulamentos da máscara e as ordens de permanência em casa, e pediam que a Fauci fosse trancada por se intrometer em suas liberdades.

Mas enquanto a hostilidade de Musk aos pronomes era pessoal, os regulamentos da Covid abordaram seus negócios e o patrimônio líquido.

Almíscar recusou -se a fechar Sua fábrica de Tesla no auge da pandemia, alegando sem evidências de que o “pânico” sobre o vírus causaria mais danos do que a própria doença. Ele depreciou o distanciamento social, previu que o vírus reivindicaria poucas vidas nos EUA (finalmente reivindicou mais de 1,2 milhão) e descreveu o bloqueio como “fascista” e “apagando as liberdades das pessoas”. Musk twittou um meme comparando o primeiro -ministro do Canadá, Justin Trudeau, com Hitler sobre as restrições covid do governo.

Musk pode ter vestido sua posição como uma preocupação com o bem -estar das pessoas, mas seu efeito imediato era manter suas fábricas rolando, mesmo que as pessoas que trabalhavam nelas estavam em maior risco de infecção e morte. E enquanto Musk reivindicou uma posição de princípio a favor da liberdade individual, ele tem um histórico de suprimir os direitos de seus próprios trabalhadores.

Em 2023, ele disse que discordou do conceito de sindicatos.

“Eu simplesmente não gosto de nada que cria um senhores e camponeses Mais uma coisa ”, disse ele ao New York Times Dealbook Summit. “Os sindicatos naturalmente tentam criar negatividade em uma empresa.”

Uma das razões pelas quais Musk pode não gostar dos sindicatos é que eles tendem a defender seus membros. Ele enfrentou acusações de ex -funcionários de usar agressivamente um processo secreto de resolução de disputas para defender repetidas reivindicações de assédio sexual e racial Dentro de suas empresas, incluindo acusações de mulheres que suportam uma atmosfera de “Frat House” de tatear e outros abusos ignorados e até perpetrados por gerentes de alto nível.

Tesla tem pago milhões de dólares para trabalhadores negros submetidos a assédio racial.

No entanto, enquanto Musk restringe os direitos desses funcionários de buscar reparação dos tribunais, ele e suas empresas entraram com pelo menos 23 ações judiciais nos tribunais federais no ano até agosto de 2024, De acordo com a revista Fortune.

Eles incluem uma ação legal de X contra o Centro para combater o ódio digital sobre um relatório Acusando a rede social de ganhar milhões de dólares fora de contas, vomitando ódio de “neonazistas, supremacistas brancos, misóginos e espalhadores de teorias perigosas da conspiração”. Um juiz da Califórnia jogou fora o processo no ano passado, ditado Ficou claro que “o caso é punir os réus por seu discurso”.

Musk provavelmente gastará muito mais tempo ficando frustrado com os tribunais. Os juízes já suspenderam seu esforço para demissões em massa do Serviço Civil e colocaram algumas restrições à coleção de dados em massa de Doge. Trabalhadores federais, sindicatos e organizações de direitos civis estão alinhando uma enxurrada de ações judiciais para desafiar as ações de Musk.

Mas os próprios tribunais podem se tornar um alvo para Musk enquanto ele trabalha para derrubar a velha ordem.

Isaacson em sua biografia escreveu que Musk uma vez descreveu estar em “um estado de guerra o tempo todo” como um de seus cenários padrão.

Ninguém pensa que, desde que Trump continue a considerar o bilionário como mais um ativo do que um passivo, a sede de poder de Musk vai parar em estripar as agências federais. A questão é onde ele lançará sua próxima ofensiva.



Leia Mais: The Guardian

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