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EUA acusam Putin de ‘escalar a cada passo’ depois que o líder russo culpa a ‘agressão da OTAN’ pelo ataque com mísseis – atualizações ao vivo | Rússia

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EUA acusam Putin de 'escalar a cada passo' depois que o líder russo culpa a 'agressão da OTAN' pelo ataque com mísseis – atualizações ao vivo | Rússia

Léonie Chao-Fong

Rússia está aumentando “a todo momento” na Ucrânia, diz Casa Branca

Joana Walters

A Casa Branca disse há momentos que a Rússia é a culpada por “escalar a cada passo” na sua guerra em Ucrâniapouco mais de 1.000 dias desde que invadiu seu vizinho menor.

Essa escalada incluiu a adição de tropas, aliada da Rússia, a Coreia do Norte, para se juntar ao esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin.

A escalada vem da Rússia a cada passo”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca. Karine Jean-Pierre disse aos repórteres reunidos na sala de reuniões diárias na ala oeste da Casa Branca, em Washington, DC.

Jean-Pierre acrescentou que os EUA já alertaram Moscovo para não envolver

Outro país em outra parte do mundo.”

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na coletiva de imprensa na ala oeste, momentos atrás.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na coletiva de imprensa na ala oeste, momentos atrás. Fotografia: Ben Curtis/AP

Principais eventos

Maria Zakharova, A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia foi interrompida durante uma reunião informativa na quinta-feira por um telefonema que a instruía a não comentar relatos de um ataque russo com mísseis balísticos em Ucrânia.

Zakharova, no meio de uma conferência de imprensa regular, recebeu uma chamada de um homem que usou o informal “Mash” em vez de Maria, segundo o vídeo que captou a conversa telefónica.

Na breve conversa telefónica, a pessoa que ligou parece revelar que o ataque teve como alvo as instalações militares de Yuzhmash, no Dnipro. O homem é ouvido dizendo:

Sobre o ataque com mísseis balísticos a Yuzhmash (empresa de foguetes Pivdenmash), de que fala a mídia ocidental, não comentamos nada.

Conferência de imprensa russa interrompida por chamada ordenando silêncio sobre mísseis balísticos – vídeo

Rússia notificou os EUA pouco antes do ataque, diz autoridade dos EUA

O NÓS foi notificado por Rússia pouco antes de seu ataque com um míssil balístico experimental de alcance intermediário no ucraniano cidade de Dnipro, de acordo com uma autoridade dos EUA.

O funcionário dos EUA foi citado pela Reuters dizendo:

Os EUA foram pré-notificados brevemente antes do lançamento através de canais de redução do risco nuclear.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou informou a Washington que iria lançar o míssil 30 minutos antes de dispará-lo contra Ucrâniainformou a agência de notícias estatal russa Tass.

“O lado russo alertou os americanos sobre o lançamento do ‘Oreshnik’”, disse Peskov à Tass.

Joana Walters

Joana Walters

Os Estados Unidos não vêem “nenhuma razão” para modificar a sua postura ou doutrina nuclear em reacção às mudanças anunciadas pelo Rússiadisse ainda a Casa Branca em minutos recentes, durante a coletiva de imprensa em andamento hoje em Washington, DC.

A Casa Branca condenou o que chamou de “irresponsável” retórica de Moscou.

Não vimos qualquer razão para ajustar a nossa própria postura ou doutrina nuclear em resposta às declarações da Rússia”, disse o secretário de imprensa. Karine Jean-Pierre disse.

Ela acrescentou alguns minutos depois:

Não vimos qualquer indicação de que a Rússia se prepare para utilizar armas nucleares na Ucrânia. Portanto, isso é mais uma conversa irresponsável da Rússia que temos visto nos últimos dois anos. Esta é uma guerra que eles podem acabar, podem acabar hoje.”

Rússia está aumentando “a todo momento” na Ucrânia, diz Casa Branca

Joana Walters

Joana Walters

A Casa Branca disse há momentos que a Rússia é a culpada por “escalar a cada passo” na sua guerra em Ucrâniapouco mais de 1.000 dias desde que invadiu seu vizinho menor.

Essa escalada incluiu a adição de tropas, aliada da Rússia, a Coreia do Norte, para se juntar ao esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin.

A escalada vem da Rússia a cada passo”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca. Karine Jean-Pierre disse aos repórteres reunidos na sala de reuniões diárias na ala oeste da Casa Branca, em Washington, DC.

Jean-Pierre acrescentou que os EUA já alertaram Moscovo para não envolver

Outro país em outra parte do mundo.”

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, na coletiva de imprensa na ala oeste, momentos atrás. Fotografia: Ben Curtis/AP

‘Vladimir Putin’O discurso televisionado à nação veio depois Ucrânia reivindicou na quinta-feira, a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) na cidade central de Dnipro.

Nove projéteis foram lançados contra empresas e infraestruturas críticas no Dnipro entre 5h e 7h, horário local, da região de Astrakhan, na Rússia, disseram as forças aéreas da Ucrânia.

O míssil teria atingido “sem consequências”, disse a Força Aérea, embora tenha acrescentado que as informações sobre as vítimas ainda não foram recebidas.

Seis dos nove projéteis foram destruídos pelas defesas aéreas, informou a Força Aérea em uma atualização matinal.

Uma cooperativa de garagem é danificada pelo ataque com mísseis russos, Dnipro, centro-leste da Ucrânia. Fotografia: Ukrinform/REX/Shutterstock

Relatórios iniciais não confirmados da Ucrânia sugeriam Rússia havia usado ICBM, uma arma projetada para ataques nucleares de longa distância e nunca antes usada em guerra. Não houve sugestão de que a arma tivesse armas nucleares.

Três autoridades dos EUA disseram que se tratava de um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM) com alcance menor. Os mísseis balísticos de alcance intermediário têm um alcance de 3.000 a 5.500 km (1.860 a 3.415 milhas).

Ataque com mísseis é ‘resposta às ações agressivas da Otan contra a Rússia’, diz Putin

Vladímir Putin disse que a implantação pela Rússia de um míssil balístico experimental de médio alcance contra um alvo militar ucraniano foi “uma resposta” às “ações agressivas dos países da OTAN contra a Rússia”.

O líder russo disse que o ataque da manhã de quinta-feira ocorreu em resposta aos ataques ucranianos em território russo com NÓS e Mísseis britânicos no início desta semana.

Em comentários publicados pelo Moscow Times, Putin disse:

Consideramo-nos justificados em utilizar as nossas armas contra alvos militares nos países que permitem que as suas armas sejam utilizadas contra as nossas instalações. No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma decisiva e adequada.

O presidente russo, Vladimir Putin, discursa ao pessoal e aos cidadãos das forças armadas russas, no Kremlin, em Moscou, Rússia, em 21 de novembro de 2024. Fotografia: Vyacheslav Prokofyev/SPUTNIK/KREMLIN POOL/EPA

O presidente da Rússia, Vladímir Putin, disse num discurso na televisão que as suas forças testaram o novo míssil balístico hipersónico “Oreshnik”, que significa “avelã” em russo.

Entre as operações realizadas estava o teste de um dos mais recentes sistemas de mísseis de médio alcance da Rússia. Neste caso, foi utilizado um míssil balístico equipado com uma ogiva hipersônica não nuclear.

Os testes foram considerados bem-sucedidos, disse ele, acrescentando que o alvo foi atingido “conforme pretendido”.

Putin diz que a Rússia disparou míssil balístico experimental contra a Ucrânia em alerta ao Ocidente

Vladímir Putin confirmou que a Rússia disparou um míssil balístico hipersônico de médio alcance contra uma instalação militar ucraniana, ao mesmo tempo em que alertou o Ocidente de que Moscou “tinha o direito” de atacar os países ocidentais que fornecem armas de longo alcance a Kiev.

O líder russo, num discurso não anunciado transmitido pela televisão à nação na noite de quinta-feira, disse Rússia testou o novo míssil balístico hipersônico Oreshnik para atingir uma instalação militar na cidade ucraniana de Dnipro.

O líder russo disse que o ataque Ucrânia na manhã de quinta-feira veio em resposta aos ataques ucranianos em território russo com mísseis norte-americanos e britânicos no início desta semana.



Leia Mais: The Guardian



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Petrobras vai pagar R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários

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Petrobras vai pagar R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários. A distribuição desses recursos foi motivo de uma crise entre o antigo presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.

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Dos R$ 20 bilhões que serão pagos, o governo federal vai abocanhar 28,67% desse total, somando R$ 5,734 bilhões, ajudando nas contas públicas. Se somar o que a estatal já pagou em dividendos ordinários nos nove primeiros meses deste ano, o total arrecadado pela União chega a R$ 18,38 bilhões.

O pagamento aos acionistas desses R$ 20 bilhões será feito em parcela única no dia 23 de dezembro de 2024. Já os detentores de ADRs (títulos negociados no exterior) receberão o pagamento a partir de 03 de janeiro de 2025.

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Segundo a estatal, o pagamento será contemplado na proposta de remuneração aos acionistas do exercício de 2024 a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária do próximo ano. O valor divulgado pela estatal equivale a R$ 1,55174293 por ação ordinária e preferencial em circulação.

Segundo a estatal, a distribuição proposta está alinhada à política de remuneração aos acionistas, que prevê que o pagamento de remuneração extraordinária aos acionistas, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada.

Estatal já pagou R$ 44 bi em dividendos neste ano

No último dia 11 de novembro, a Petrobras havia anunciado pagamento a seus acionistas de R$ 17,12 bilhões em dividendos ordinários referente ao terceiro trimestre. No segundo trimestre deste ano, a estatal pagou em dividendos ordinários um total de R$ 13,57 bilhões. A estatal já havia distribuído outros R$ 13,45 bilhões referentes ao primeiro trimestre. Ou seja, o total soma R$ 44, 14 bilhões.

A Petrobras anuncia ainda hoje seu novo plano de negócios para os anos de 2025 a 2029. A estatal vai investir US$ 111 bilhões, uma alta de 8,8% em relação ao plano atual, de US$ 102 bilhões, para os anos de 2024 a 2028.

  • Entenda: França e Alemanha acirram rivalidade nas negociações sobre acordo UE-Mercosul

No primeiro plano sob a gestão de Magda Chambriard, o foco da empresa é ampliar a produção de petróleo e gás. A área vai receber recursos de US$ 77 bilhões. Em seguida, aparece o segmento de refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes (RTC), com US$ 20 bilhões.

A produção da estatal para o período é estimada em 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed). A empresa projeta ainda a distribuição de dividendos ordinários com faixa que começa em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos de dividendos extraordinários de até US$ 10 bilhões entre 2024 e 2029. No ano passado, a companhia distribuiu dividendos totais de R$ 72,4 bilhões.

Veja os principais destaques:

A Margem Equatorial — Foto: Reprodução / Google maps

Para explorar novas bacias, a estatal vai destinar US$ 7,9 bilhões. A estatal tem planos de continuar estudando a Margem Equatorial, que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. A companhia aguarda o aval do Ibama para iniciar a primeira perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá.

A estatal vai iniciar os estudos símios na bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul. A estatal tem 29 blocos na bacia em parceria com outras empresas.

  • Entenda: Coliseu será novamente palco de luta de gladiadores
Plataforma P-51, que opera em Marlim Sul, na Bacia de Campos, terá sua vida útil estendida — Foto: Elcio Braga/Agência O Globo
Plataforma P-51, que opera em Marlim Sul, na Bacia de Campos, terá sua vida útil estendida — Foto: Elcio Braga/Agência O Globo

A Petrobras vai ampliar os investimentos na recuperação dos campos antigos da Bacia de Campos, em áreas como as de Marlim Leste/Sul, Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada. Além disso, vai ampliar a perfuração de poços para elevar a produção de gás.

A Bacia de Santos também vai receber mais investimentos para evitar a perda de produtividade dos principais campos produtores.

Unidade de fertilizantes da Petrobras: Araucária Nitrogenados, no Paraná — Foto: Agência Petrobras
Unidade de fertilizantes da Petrobras: Araucária Nitrogenados, no Paraná — Foto: Agência Petrobras

A área deve receber aportes superiores a R$ 6 bilhões. A estatal vai retomar a produção de fertilizantes, que estava suspensa. Para isso, vai investir na retomada da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, que já está em curso e tem investimentos previstos de R$ 870 milhões. A estimativa é que a fábrica volte a operar em maio de 2025.

A unidade Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, cujas obras estavam paradas desde 2015, vai ser concluída. A previsão é de R$ 3,5 bilhões em investimentos e a operação iniciada em 2028.

  • Energia: Governo espera bandeira verde nas contas de luz em dezembro

Ainda há uma previsão em estudo pela estatal de retomar as operações das duas Fafens, que estão arrendadas para a Unigel, segundo fontes do setor.

Petrobras vai gerar 30 mil empregos na ampliação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco — Foto: Divulgação
Petrobras vai gerar 30 mil empregos na ampliação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco — Foto: Divulgação

O segmento de refino vai receber sozinho recursos acima de R$60 bilhões. No setor, estão previstas ampliações das unidades. A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, aumentará sua capacidade de produção de 80 mil barris por dia para 130 mil barris diários em fevereiro do próximo ano, com a conclusão das obras de ampliação da primeira unidade da refinaria.

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Em 2026, a capacidade da Rnest será ampliada para 180 mil barris por dia. Além disso, no primeiro semestre de 2025, será concluída a expansão da Replan, em Paulínia. A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) também vai receber investimentos orçados em R$ 3,2 bilhões

A estatal aposta na ampliação da produção de biorrefino, com o diesel coprocessado (com 5% de conteúdo renovável). Um dos principais projetos é a construção de uma nova unidade no antigo Comperj, no Rio.

Na área internacional, a companhia investirá nas recentes descobertas de gás na Colômbia e em um bloco em águas profundas na África do Sul.

Petrobras desiste de vender a PBio, subsidiária de biocombustíveis — Foto: Reprodução de internet
Petrobras desiste de vender a PBio, subsidiária de biocombustíveis — Foto: Reprodução de internet

A estatal vai ampliar a produção de diesel verde, além de iniciar a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e acelerar o Bunker 24, com óleos vegetais. A estatal retirou de sua carteira de desinvestimentos a PBio, subsidiária que atua no segmento.

A estatal vai seguir estudando oportunidades em eólica offshore, hidrogênio e usinas térmicas, além de iniciativas de captura e armazenamento de carbono. A companhia avalia ainda comprar ativos e entrar em parcerias com outras companhias.

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Oportunidades nas relações com a China e o mundo – 21/11/2024 – Opinião

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Oportunidades nas relações com a China e o mundo - 21/11/2024 - Opinião

O encontro desta semana entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder da China, Xi Jinping, joga alguma luz adicional sobre as oportunidades nas relações econômicas entre o Brasil e a ditadura comunista que responde pelo segundo maior PIB do planeta.

Os chineses ainda detêm uma participação relativamente pequena, mas em crescimento rápido do investimento estrangeiro existente aqui —de 1% do total no começo da década passada, foi a 5% em 2022, dado mais recente, atrás de Estados Unidos (29%), Espanha, Reino Unido e França (todos com 6%).

Em particular desde o acirramento do conflito econômico com os EUA, em 2018, o capital do gigante asiático procura cada vez mais países emergentes.

Com a volta de Donald Trump à Casa Branca, tal tendência pode se acentuar. Embora a operação seja diplomaticamente complicada, o Brasil terá a chance de se esgueirar entre os tiros trocados pelas duas potências.

O fluxo total de investimento direto estrangeiro aqui equivaleu a 3,2% do PIB nos últimos 12 meses. Trata-se de nível não exuberante, mas suficiente para cobrir o déficit nas transações de bens e serviços com o exterior, que chegou a 2,1% do PIB.

Esse déficit está em alta, em parte por causa do aquecimento da demanda interna e das remessas maiores de lucros e juros, além da novidade dos gastos com “streaming”, aplicativos e até apostas online.

O preço das exportações —das commodities— cai. O país importa mais insumos industriais e produtos manufaturados, como veículos (aliás, na maioria chineses, neste ano). Um eventual superaquecimento da economia elevaria o déficit externo e demandaria mais cobertura por meio de investimentos diretos.

Peso ainda mais relevante tem o comércio externo. A soma de importações e exportações brasileiras, que equivalia a algo em torno de 15% do PIB no início do século, chegou perto de 20% na década passada e a até 30% no ano excepcional de 2023, estando ora em 27%. Boa parte dessa mudança benfazeja se deveu ao aumento do consumo chinês.

Será muito difícil mudar tão cedo o padrão de comércio com a China —a troca de commodities por bens industrializados. O risco, de fato, é que sobrevenha inundação ainda maior de produtos do país asiático, barateados devido a excedentes grandes.

Já o perfil do investimento no Brasil é passível de mudança. Concentrado até aqui em eletricidade e petróleo, pode se dirigir mais a infraestrutura e a manufaturas, como a de veículos.

Para que receba mais aportes, de quaisquer outros países, o Brasil precisa de mais que habilidade na política externa. O essencial é estabilidade econômica com crescimento regular, menos custos para produzir e incentivo adequado à transformação tecnológica. Crescer com auxílio do capital externo depende de ordem e inovação domésticas.

editoriais@grupofolha.com.br



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Polícia investiga fraudes de R$ 40 milhões contra o Banco do Brasil

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Polícia investiga fraudes de R$ 40 milhões contra o Banco do Brasil

Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, realizaram nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, uma operação contra uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias. O grupo teria causado prejuízo de mais de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil (BB). Esta é a quarta fase da operação e o golpe foi detectado e comunicado à polícia.

Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados nas zonas Norte e Oeste do Rio, além de Niterói e São Gonçalo, e apreenderam seis aparelhos de telefone celular; dois notebooks; 3 CPUs; seis cartões de memória; cinco pen drives; três HDs externos e 32 cartões magnéticos.

A investigação revelou que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes, manipulando essas informações para cometer fraudes financeiras.

Os ataques foram identificados desde dezembro de 2023 em agências localizadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro do Rio, além de unidades nos municípios de Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.

Em nota, o Banco do Brasil informou que esse é um desdobramento de uma operação iniciada em julho último e está em sua quarta fase. As investigações começaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades que foram comunicadas à polícia.

O texto diz ainda que “o BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações”.

Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), os alvos da operação Chave Mestra são investigados em inquérito que apura os crimes de organização criminosa e invasão de dispositivo de informática. As investigações começaram a partir de informações apuradas pela Unidade de Segurança Institucional do Banco do Brasil. Os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados.

Mandados são expedidos

A pedido do MPRJ, o Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital expediu mandados de busca e apreensão.

Ainda de acordo com as investigações, em apenas oito meses os investigados invadiram o sistema de segurança de agências do Banco do Brasil situadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro do Rio, além de unidades localizadas em Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.

A investigação também apontou que o grupo atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas entre aliciadores, aliciados, instaladores, operadores financeiros e líderes.



Leia Mais: Agência Brasil



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