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Ex-ministro da Defesa detido por interferência em investigação golpista – DW – 14/12/2024

Ex-ministro da Defesa detido por interferência em investigação golpista – DW – 14/12/2024

do Brasil O ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto foi preso no sábado, como parte das investigações em andamento sobre uma suposta conspiração golpista em torno das eleições presidenciais de outubro de 2022.

Braga Netto serviu no governo do ex-presidente Jair Bolsonaroum populista de direita que enfrentou uma disputa acirrada contra Luiz Inacio Lula da Silvae, por fim, não conseguiu vencer um segundo mandato.

Depois que Bolsonaro se recusou a reconhecer a vitória eleitoral de Lula, seus apoiadores bloquearam estradas e invadiram Congresso, o palácio presidencial e o Supremo Tribunal Federal em Brasília em 8 de janeiro de 2023, causando danos consideráveis.

Braga Netto, general da reserva, foi acusado pela Polícia Federal em novembro de tramar o golpe de Estado para derrubar o resultado eleitoral e impedir a posse de Lula.

Ele é acusado de obstruir os esforços dos investigadores para coletar provas do caso, informou a agência de notícias Agência Brasil, citando a Polícia Federal.

O ex-ministro da Defesa está sob custódia militar no Rio de Janeiro, conforme exigido pela lei brasileira devido à sua formação militar.

An advisor to Braga Netto, Colonel Flavio Botelho Peregrino, was also detained Saturday.

Braga Netto, que foi chefe de gabinete de Bolsonaro e companheiro de chapa em sua tentativa fracassada de reeleição, negou qualquer papel na suposta conspiração. Seus advogados ainda não comentaram sua prisão.

A polícia divulgou um relatório de 884 páginas no final do mês passado recomendando A acusação de Bolsonaro e 36 aliados – incluindo o chefe do gabinete de segurança de Bolsonaro e o ex-chefe da agência de espionagem brasileira – por tentarem “derrubar violentamente o Estado democrático”.

Apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal e o palácio presidencial após sua derrota eleitoralImagem: Ueslei Marcelino/REUTERS

Plano de golpe incluía plano para assassinar Lula

O relatório seguiu-se a uma investigação policial de quase dois anos e incluiu uma suposta conspiração para matar Lulaseu vice-presidente e juiz do Supremo Tribunal, após a eleição.

Bolsonaro também estaria “totalmente ciente” de um suposto plano de soldados de elite para assassinar o trio, segundo o relatório.

O procurador-geral Paulo Gonet tem examinado as alegações para ver se as evidências apoiam as acusações contra Bolsonaro e outros supostos co-conspiradores. Ele ainda não decidiu se prosseguirá com os processos.

As prisões de sábado ocorreram depois que novas evidências revelaram um papel maior para Braga Netto do que se pensava anteriormente, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que ordenou a prisão.

Além de organizar uma reunião sobre o chamado complô da Adaga Verde e Amarela em sua casa, a Polícia Federal disse que Braga Netto forneceu recursos aos envolvidos no complô.

Os investigadores acreditam que ele também tentou se intrometer na investigação policial ao tentar obter detalhes dos depoimentos de um assessor de Bolsonaro que está cooperando com a polícia.

Detalhes da trama foram impressos no palácio do presidente, segundo os investigadores. Um rascunho do documento foi encontrado na sede do Partido Liberal de Bolsonaro.

mm/jcg (AFP, dpa, Reuters)



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