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Ex-ministro da Defesa do Brasil é preso em tentativa de investigação de golpe | Notícias de política

Ex-ministro da Defesa do Brasil é preso em tentativa de investigação de golpe | Notícias de política

A polícia brasileira acusa Walter Braga Netto de interferir na investigação de um suposto complô para derrubar as eleições presidenciais de 2022.

A polícia brasileira prendeu um ex-ministro da Defesa e principal aliado de ex-President Jair Bolsonaro como parte de uma investigação sobre uma tentativa de golpe para anular os resultados das eleições de 2022 no país sul-americano.

General Walter Braga net o que acusado formalmente no mês passadoao lado de Bolsonaro e outros 35, de planejar um golpe para manter o ex-presidente de extrema direita no cargo após sua tentativa fracassada de reeleição.

Os promotores ainda não apresentaram acusações formais contra Braga Netto, que atuou como chefe de gabinete de Bolsonaro de 2020 a 2021 e como ministro da Defesa de 2021 a 2022.

A prisão no sábado decorreu de denúncias de obstrução à coleta de provas, informou a Polícia Federal em nota.

Isso ocorreu depois que os investigadores descobriram evidências de um papel maior de Braga Netto na suposta conspiração golpista do que se pensava anteriormente, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal. Alexandre de Moraesque ordenou a prisão.

Braga Netto negou qualquer participação na suposta conspiração.

Seus advogados não responderam imediatamente aos pedidos de comentários das agências de notícias Reuters e The Associated Press.

Em novembro, a Polícia Federal do Brasil divulgou o relatório final de sua investigação no plano para manter Bolsonaro no cargo anulando a vitória eleitoral de 2022 de seu rival de esquerda, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal retrata Braga Netto como um dos líderes da conspiração e afirma que ele também esteve envolvido na pressão de líderes militares para que aderissem ao golpe.

O documento de 884 páginas descreveu um esquema de múltiplas etapas que incluía sistematicamente semeando desconfiança no sistema eleitoral entre os brasileiros, redigindo um decreto para dar ao complô uma aparência de base legal, pressionando os altos escalões militares a concordarem com o plano e incitando um motim na capital.

Segundo a investigação, o plano incluía um complô para assassinar Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Os investigadores acusaram Braga Netto de dar luz verde ao plano de assassinato em uma reunião com os conspiradores dentro de sua casa.

A Polícia Federal disse ainda que Braga Netto forneceu recursos aos envolvidos na trama.

No sábado, a polícia disse que o general reformado tentou se intrometer na investigação ao tentar obter detalhes dos depoimentos de Mauro Cid, assessor de Bolsonaro que está cooperando com a polícia.

Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu dois mandados de busca relacionados à prisão.

As buscas aconteceram na residência de Braga Netto, no Rio de Janeiro, e na casa do coronel reformado Flavio Botelho Peregrino, em Brasília, informou o Exército em nota.

Peregrino não foi encontrado imediatamente para comentar o assunto, disse a Reuters.



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