POLÍTICA
Ex presidente Lula recebe cartas na prisão

PUBLICADO
7 anos atrásem

Mensagens de solidariedade e resistência também chegam de diversas partes do globo; endereço para envio será centralizado no Instituto Lula
Elas chegam de toda parte. Acumulam palavras de solidariedade, resistência e gratidão. Trazem orações, rezas, memórias e desejos para o futuro. Já são mais de dez mil cartas endereçadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
São tantas que a Superintendência da Policia Federal em Curitiba já não dá conta de receber. A partir de agora, o envio deve ser centralizado na sede do Instituto Lula, em São Paulo, onde o ex-presidente confia de que serão recebidas.
Os remetentes variam da Bahia a Noruega. Da simplicidade de Aninha, de 8 anos, que descreve em letras de forma coloridas a tristeza de ver Lula preso, à mensagem do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, impedido de visitar Lula no cárcere.
Do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis vem uma das cartas que melhor retrata o porque as caixas de correio da PF terminaram abarrotadas. Um vínculo que manteve após chegar ao Poder e tornar-se o primeiro chefe de Estado a receber os catadores no Palácio do Planalto. “Presidente, todos os dias estaremos presos aqui, a poucos metros do senhor, dando bom dia e boa noite, junto com os outros lutadores sociais que por aqui permanecem. Jamais abandonaremos quem nunca nos abandonou”, escrevem os catadores.
De Leonardo Boff, expoente da Teologia da Libertação, amigo de longa data e de muitas lutas, o recado veio carregado de fé. “Querido amigo irmão Lula, esse é o salmo da consolação. O senhor é meu pastor e nada me faltará. O povo e Deus irão libertá-lo”. Boff também teve seu acesso a Lula negado. O isolamento e a restrição às visitas faz com que as cartas se tornem o único meio de comunicação e solidariedade o ex-presidente. Privado de responder pessoalmente as carinhosas mensagens que se acumulavam, em seu sexto dia de confinamento Lula enviou por meio de seus familiares o aviso de que lia o material e com ele se emocionava.
No recado de Esquivel, que lidera campanha internacional para tornar Lula Nobel da Paz, o argentino escolheu ilustrar o presidente rompendo as correntes que o aprisionam em Curitiba. Da Noruega também chegam votos de que o ex-presidente seja libertado e possa receber, em Oslo, o prêmio por sua contribuição histórica ao combate à miséria. “Fé em Deus que o senhor sairá dessa prisão e ainda vai receber o prêmio Nobel da Paz em Oslo, no qual estarei presente”, escreve Carlinda, brasileira que vive ali há mais de dez anos e veio do país nórdico apenas para prestar solidariedade ao acampamento Lula Livre e fazer sua mensagem chegar a Lula.
Da cidade de São Bernardo, onde Luiz Inácio se tornou Lula, chegam emocionantes relatos dos que acompanharam os dias que precederam a prisão de Lula e que por ele estão dispostos a manter a resistência. “Toda aquela gente sitiando o entorno do sindicato com disposição para mover céus e terras pela sua liberdade… Apesar de tê-lo em confinamento forçado, as pessoas tem saído de trás das armaduras da inércia para compreender que a ação desleal e golpista afetará toda a classe trabalhadora”, escreve a jovem Iara Bento, em um relato de esperança ao ex-presidente.
Do Recife a São Paulo, centrais de cartas também se espalharam pelo país. Um dos incumbidos da missão de reunir as mensagens de carinho que chegam de toda parte, o ex-prefeito de Osasco e membro da Executiva Nacional do PT, Emídio de Souza, resumiu a sensação ao se deparar com as mais de dez mil correspondências. “Me ver naquele mar de cartas foi como sentir um pouco do imenso carinho do povo brasileiro por Lula e da sua solidariedade diante de uma condenação injusta e sem provas”, descreveu.
A partir de agora, o envio deve ser centralizado no endereço da Sede do Instituto Lula, na Capital Paulista. Para escrever ao ex-presidente Lula: Rua. Pouso Alegre, 21 – Ipiranga, São Paulo. Por Assessoria.
Relacionado
POLÍTICA
PGR se manifesta contra pedido de Bolsonaro para t…

PUBLICADO
1 hora atrásem
14 de março de 2025
Da Redação
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta sexta-feira, 14, ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que pedia para derrubar a decisão que negou o afastamento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia sobre a trama golpista.
O julgamento de Bolsonaro e mais sete investigados pela trama golpista será no dia 25 de março. Nesse dia, a Primeira Turma da Corte decidirá se aceitará a denúncia da PGR. Em caso afirmativo, os acusados se tornarão réus.
Na última segunda-feira, 10, os advogados recorreram da decisão do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que negou o impedimento dos dois ministros.
No recurso, os advogados de Bolsonaro pedem que o caso seja julgado pelo plenário da Corte, colegiado formados pelos 11 ministros, entre os quais, André Mendonça e Nunes Marques, nomeados para a Corte durante o governo Bolsonaro.
No mês passado, Barroso entendeu que as situações citadas pela defesa de Bolsonaro não são impedimentos legais contra a atuação dos ministros.
No parecer, o procurador-Geral da República, Paulo Gonet, disse que os impedimentos de Dino e Zanin não se encaixam na legislação.
“Os acontecimentos apontados pelo agravante como comprometedores da imparcialidade são incompatíveis com as hipóteses previstas no artigo 144 do CPC [Código de Processo Civil] e no artigo 252 do CPP [Código de Processo Penal]. Além disso, conforme sintetizado na decisão agravada, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite interpretação extensiva ou ampliativa do rol taxativo de impedimento previsto na legislação processual penal”, afirmou Gonet.
Primeira Turma
As ações de impedimento foram direcionadas aos ministros porque eles fazem parte da Primeira Turma do Supremo, colegiado que vai julgar a denúncia contra Bolsonaro.
Para pedir o afastamento, a defesa do ex-presidente alegou que Flávio Dino entrou com uma queixa-crime contra Bolsonaro quando ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública nos primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No caso de Zanin, a defesa de Bolsonaro diz que, antes de chegar à Corte, o ministro foi advogado da campanha de Lula e entrou com ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
(Agência Brasil)
Relacionado
POLÍTICA
Por unanimidade, STF mantém suspensão da rede soci…

PUBLICADO
2 horas atrásem
14 de março de 2025
Da Redação
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira, 14, manter a suspensão da rede social Rumble no Brasil.
O colegiado decidiu referendar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que, no dia 21 de fevereiro, suspendeu as atividades da empresa após a constatação de que estava sem representante no país, condição obrigatória pela legislação. Conforme documentos que constam nos autos, os advogados da empresa renunciaram ao mandato e novos representantes não foram indicados.
A votação virtual começou no dia 7 de março e foi encerrada nesta sexta-feira. Além do relator, Alexandre de Moraes, votaram para manter a suspensão os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
A suspensão se deu no mesmo processo no qual foi determinada a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar ataques aos ministros da Corte. Atualmente, ele mora nos Estados Unidos.
Segundo Moraes, apesar da determinação da suspensão dos perfis nas redes sociais, Allan continua criando novas páginas para continuar o “cometimento de crimes”.
O ministro também disse que o Rumble tem sido utilizado para “divulgação de diversos discursos de ódio, atentados à democracia e incitação ao desrespeito ao Poder Judiciário nacional”.
O CEO do Rumble, Chris Pavlovski, já declarou na rede social X que não vai cumprir as determinações legais do STF.
(Agência Brasil)
Relacionado

Matheus Leitão
O Supremo Tribunal Federal deu, nesta sexta-feira, 14, a pior sinalização possível para Jair Bolsonaro. Rejeitou, por unanimidade, o pedido de liberdade de Walter Braga Netto, general candidato a vice ao lado do ex-presidente na chapa de 2022.
A Primeira Turma da Corte – mesma que vai analisar denúncia contra o ex-presidente a partir do dia 25 de março – decidiu manter preso o militar de alta patente, que está nessa condição desde 14 de dezembro por interferir nas investigações da Polícia Federal sobre a trama golpista.
Mas o que isso tem a ver com o líder da extrema-direita brasileira?
Para investigadores do caso, Walter Braga Netto é o segundo envolvido na conspiração que eles mais conseguiram descobrir provas de participação na tentativa de abolir o estado democrático de direito.
O primeiro é justamente Jair Bolsonaro.
A análise da Primeira Turma será sobre o envolvimento do ex-presidente, do próprio Braga Netto, além de Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Almir Garnier e Alexandre Ramagem.
Responsável pelas ações penais, o colegiado é formado por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- MUNDO2 dias ago
FMU pede recuperação judicial em São Paulo – 13/03/2025 – Painel S.A.
- POLÍTICA3 dias ago
Agente Jair: Bolsonaro diz ser informante dos EUA…
- MUNDO3 dias ago
“Wanderstop” ou terapia de chá
- MUNDO3 dias ago
A Ucrânia aceita a proposta de cessar -fogo, concorda em iniciar conversas com a Rússia | Guerra da Rússia-Ucrânia