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Exercício reverte fatores de envelhecimento em obesos – 20/10/2024 – Equilíbrio

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Exercício reverte fatores de envelhecimento em obesos - 20/10/2024 - Equilíbrio

Maria Fernanda Ziegler

Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fapesp, mostraram que um protocolo de treinamento físico de 16 semanas –combinando musculação e exercício aeróbico– foi capaz de reverter os dois problemas associados à obesidade.

A obesidade promove uma inflamação crônica e de baixo grau que deixa o sistema imune em constante alerta, gerando uma sucessão de falsos alarmes para o sistema de defesa do organismo e, por consequência, o envelhecimento prematuro das células imunes. Esse fenômeno, denominado por cientistas como imunossenescência precoce, contribui para uma maior incidência de doenças infecciosas ou mesmo crônico-degenerativas, como diabetes, aterosclerose e outras condições cardiovasculares.

Além dos níveis constantes de inflamação, a obesidade também pode desencadear alterações metabólicas, sobretudo associadas a moléculas de gordura (lipídios), outro mecanismo comprovadamente envolvido no desenvolvimento do diabetes tipo 2 e de outras doenças crônicas não transmissíveis.

“Além de reduzir a circunferência abdominal, aumentar a força e a massa magra, o protocolo de treinamento sozinho, ou seja, sem o controle da alimentação ou de dietas, atuou na reversão do processo de envelhecimento precoce das células imunes e das alterações no metabolismo lipídico, servindo, portanto, como um tratamento não farmacológico para dois fatores extremamente associados ao desenvolvimento de doenças crônicas. São resultados importantes e que mostram, mais uma vez, o papel-chave do músculo como órgão endócrino”, afirma Claudia Cavaglieri, coordenadora do Laboratório de Fisiologia do Exercício (Fisex) da Faculdade de Educação Física da Unicamp.

Como explica a pesquisadora, a reversão só é possível porque o tecido muscular em atividade libera substâncias, conhecidas como miocinas ou exerquinas, que atuam em diferentes mecanismos por todo o organismo.

“O músculo tem um papel endócrino importante. O treinamento combinado muda a composição corporal, gera perda de gordura visceral e ganho de massa magra, melhorando o metabolismo lipídico e a função mitocondrial [das organelas que produzem energia para as células], bem como reduzindo a inflamação e, consequentemente, promovendo melhora nos marcadores de saúde”, comenta.

Nos casos de obesidade, a mitocôndria não consegue transformar gordura em moléculas de energia (reação química conhecida como fosforilar). “Com o treinamento, a mitocôndria passa a fosforilar gordura. Então, o indivíduo acaba gastando gordura para gerar energia e isso melhora a condição metabólica lipídica do organismo como um todo e contribui para a perda de peso”, explica.

Nos estudos do grupo, os pesquisadores avaliaram também marcadores associados à imunossenescência e ao metabolismo lipídico em uma mesma coorte, formada por 167 indivíduos divididos em três grupos: obesos, obesos com diabetes tipo 2 e indivíduos saudáveis, sem comorbidades. Os participantes dos estudos tinham entre 40 e 60 anos.

Em um trabalho conduzido durante o pós-doutorado de Diego Trevisan Brunelli, os pesquisadores verificaram, nas células do sistema imunológico (linfócitos T), a expressão de marcadores de expressão gênica de inflamação que estão envolvidos no processo de envelhecimento precoce, bem como marcadores de envelhecimento celular.

Em outro estudo fruto do projeto de doutorado de Renata Garbellini Duft, sob supervisão de Julian Griffin, do Imperial College of London, no Reino Unido, foram utilizadas técnicas de lipidômica, que identificam e quantificam o conjunto de lipídios (moléculas de gordura) no sangue e em amostras do tecido adiposo dos voluntários (lipidoma).

Vale destacar que os lipídios desempenham papéis vitais nas membranas celulares, atuando como reservas de energia, fornecendo suporte estrutural, como precursores de hormônios, transportando vitaminas e permitindo a sinalização celular. No entanto, na obesidade ocorre a desregulação do metabolismo lipídico, levando ao acúmulo de gordura corporal e à deposição anormal de lipídios no fígado.

“Ao medirmos os marcadores de expressão gênica relacionados à imunossenescência, verificamos que, embora houvesse muita semelhança entre os índices apresentados pelos participantes obesos e obesos com diabetes, o resultado era completamente diferente dos indivíduos magros e sem comorbidades. Essa semelhança entre obesos e obesos diabéticos se deu, provavelmente, pelo fato de todos os participantes diabéticos estarem sob tratamento medicamentoso“, explica Cavaglieri.

Os marcadores de imunossenescência, no entanto, voltaram parcialmente aos níveis ideais após as 16 semanas de treinamento. No período, os participantes realizaram três sessões semanais de uma hora de treinamento, que envolvia meia hora de musculação e meia hora de corrida, caminhada ou pedalada em bicicleta ergométrica.

A pesquisadora ressalta que a relação entre a obesidade e os dois fatores estudados forma um círculo vicioso. “Quanto mais obesidade, maior liberação de gorduras no sangue, maior a inflamação e, consequentemente, maior é o risco do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis”, afirma a pesquisadora à Agência Fapesp.

“Mas o exercício físico consegue reverter essa situação. Trata-se de um protocolo simples, que tem sido testado em diferentes populações e é recomendado pelas principais sociedades médicas. Mostramos, no entanto, que, além de ganhos estéticos, o treinamento reverte dois processos de grande relevância para a saúde e que estão relacionados com a obesidade”, sublinha.





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Quando os treinadores assumem o controle da telinha

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Quando os treinadores assumem o controle da telinha

Lucie Mariotti, durante sessão de coaching do casal formado por Vivian e Beverly, na 4ª temporada de “The Villa of Broken Hearts”.

“Você acha que o comportamento que você tem com Louana desde o início do seu relacionamento merece uma pulseira vermelha ou não? Foi respeitoso com você, com seu desejo de mudar? » Lúcia Mariotti, ” treinador do amor » de “A Vila dos Corações Partidos”, faz a pergunta em tom professoral. “Eu me sinto emocionado, porque você se decepcionou especialmente », observa ela, grandes brincos dourados e olhar compassivo, diante de uma assembleia de candidatas atentas. Todos aplaudem quando Patrick se levanta para colocar sua pulseira vermelha com um olhar atordoado. Os doze participantes do reality show transmitido pela TFX vieram com problemas de relacionamento para resolver. As “cerimônias de pulseira” existem para fazer um balanço do seu progresso. Ao final desta nona temporada, apenas os melhores alunos sairão com pulseira de ouro, quando estiverem “ fui até o final do coaching », nas palavras de Lucie Mariotti.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes “A Vila dos Corações Partidos” ou a fábrica do casal “gol”

Assistindo a esse programa, o tempo da primeira temporada de “Loft Story”, transmitido em 2001 pela TF1, parece muito distante. Na altura, o único objectivo dos candidatos era conquistar o favor do público para ganhar um jackpot de 3 milhões de francos. Nos atuais reality shows a figura do treinador passou a ser central, os jurados dos « The Voice” aos líderes da brigada do “Top Chef”, incluindo os psicólogos e sexólogos que deveriam formar casais duradouros em “Married at First Sight”. Frédéric Antoine, professor emérito da Universidade Católica de Louvain e especialista em reality shows, vê nestes programas de coaching “ um subgênero de reality shows de TV, que surgiu para renovar um conceito que estava perdendo força. É uma nova forma de contar histórias, onde o princípio já não é colocar os candidatos em competição uns contra os outros, mas sim empurrá-los para que evoluam em relação a si próprios. »

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UTIs no Brasil: milhões ainda vivem longe de leitos – 14/12/2024 – Equilíbrio e Saúde

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UTIs no Brasil: milhões ainda vivem longe de leitos - 14/12/2024 - Equilíbrio e Saúde

Marcos Candido

O Brasil registrou um aumento de 52% em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em uma década, mas a distribuição das unidades e especialistas continua desigual entre as regiões e usuários da rede pública e da particular.

É o que mostra o relatório da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) divulgado neste mês. Segundo a entidade, o Brasil tem 73 mil leitos de UTI. No SUS, são 37.820. Na rede privada, 35.340.

Apesar da proximidade numérica, proporcionalmente há 24,87 leitos a cada 100 mil habitantes no SUS (Sistema Único de Saúde). No particular, são 68,28 leitos a cada 100 mil.

Hoje, cerca de 180 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS para atendimento de saúde. Considerando o total de 73 mil leitos de UTI, os brasileiros têm 36 para cada 100 mil habitantes.

A população brasileira foi estimada em 212,6 milhões de habitantes em 1º de julho de 2024, de acordo com projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Um dos principais motivos para o aumento de leitos foi a necessidade gerada pela pandemia da Covid. Em 2019, havia 55 mil leitos no Brasil. Antes de chegar aos atuais 73 mil, em 2022, este número já ultrapassava os 70 mil entre públicos e privados.

Mas não foi só o coronavírus que estimulou o crescimento de UTIs. O relatório também aponta os surtos de dengue —que atingiu seu recorde histórico de casos em 2024—, a incidência de acidentes automobilísticos, bem como uma resposta ao envelhecimento da população.

Segundo Patrícia Mello, presidente da Amib, o número total de leitos de UTIs é estaticamente adequado para atender a população brasileira. Para ela, o problema é a distribuição geográfica das unidades e de equipes especializadas. Em especial, de médicos intensivistas.

Em estados como o Amapá, existem apenas cinco médicos intensivistas, em uma proporção de 0,68 especialistas para cada 100 mil pessoas. Todos eles estão na capital Macapá, onde há 213 leitos de UTI públicos e privados —incluindo para atendimento de adultos, neonatal e para vítimas de queimaduras.

Isso significa que mais de 290 mil amapaenses estão distantes de intensivistas e de um leito de UTI em um estado cerca de três vezes maior do que o Espírito Santo. A Secretaria da Saúde do Amapá não respondeu a reportagem sobre investimentos na área.

O cenário do estado no Norte, porém, é comum em todo o país. Segundo a Amib, a proporção de leitos em todas as capitais brasileiras é de 70,39 para cada 100 mil habitantes. Fora delas, o número cai para 25,58 leitos a cada 100 mil, uma taxa quase três vezes menor.

Isso significa deslocamento até leitos distantes, o que é crucial para garantir a vida de pacientes graves, segundo Mello.

“O paciente da UTI precisa receber atendimento de complexidade, em geral, nas seis primeiras horas. Quando esse atendimento é retardado, você até pode resgatar um ou outro, mas a maioria você perde uma vida devido às situações de gravidade”, explica a especialista.

Na avaliação da presidente da Amib, o investimento em UTI inclui capacitação de alta complexidade de médicos e enfermeiros, mas que os gestores devem estudar um número maior de locais estratégicos para instalá-las e investir em mais contratações. Em especial, para atuar em casos extremos.

“A gente precisa resolver essa discrepância agora. Quando falamos da proporção atual, é em uma situação de normalidade. Em uma situação de uma pandemia ou catástrofe, isso transborda e temos um cenário de caos”, acrescenta.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que desde o início do governo Lula foram repassados cerca de R$ 875 milhões anuais ao estados e municípios para custear as UTIs já existentes e R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos para implantar 10 mil leitos adultos, pediátricos, neonatal e coronarianos.

“Para a implementação e habilitação de um leito no SUS, o gestor estadual ou municipal deve encaminhar o requerimento ao Ministério da Saúde. Após análise e aprovação, os recursos são disponibilizados para a ampliação do serviço”, acrescenta a pasta.

O projeto Saúde Pública tem apoio da Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde.





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Música e dança marcam início do Festival Psica 2024 em Belém

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Música e dança marcam início do Festival Psica 2024 em Belém

Bruno de Freitas Moura* – Enviado Especial

Na cidade em que a chuva dá as caras praticamente todos os dias às 16h, os integrantes do Cortejo Encantado marcaram para as 17h dessa sexta-feira (13) a apresentação de música e dança que marca o início do Festival Psica, em Belém, capital paraense. O evento é considerado um dos maiores festivais de música da região Norte.

Representantes de manifestações culturais como o Boi Caprichoso, do tradicional boi-bumbá de Parintins, interior do Amazonas, e do Arraial do Pavulagem, grupo cultural belenense, além de moradores da cidade e turistas se divertiram pelas ruas do bairro Cidade Velha – centro histórico da capital paraense – até o Píer das 11 Janelas, banhado pela Baía do Guajará. No trajeto, passaram por locais como a Catedral da Sé, cenário de parte da procissão do Círio de Nazaré, que acontece sempre em outubro.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Festival Psica 2024 conta com mais de 50 apresentações. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

O fim do cortejo é a senha para o início de shows em cinco palcos espalhados pela Cidade Velha, cada um com um ritmo musical. Com curtas caminhadas, o público pode se alternar entre as atrações, todas de graça.

Com mais de 50 apresentações, que ocuparão também o Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Proença, ou simplesmente o Mangueirão, o Festival Psica de 2024 tem como objetivo a busca e exaltação da cultura pan-amazônica, entendida como a união de todos os países e estados que têm o bioma amazônico no território.

O conceito Pan-Amazônia envolve os países que têm a floresta amazônica em seu território. Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname, além do Brasil. O movimento social se apropriou desse conceito como sendo a luta desses povos.

Dourada

O diretor do festival, Jeft Dias, explica que para dar simbolismo ao pan-amazônico, o evento neste ano tem como tema Psica Dourada, em referência à espécie de peixe que nasce nos Andes, percorre rios, incluindo o Amazonas, até chegar à Baía do Marajó, no Pará, onde se reproduz, e volta para a cordilheira dos Andes, em uma jornada de 11 mil quilômetros.

“Esse ciclo é muito representativo, acaba conectando vários países da Amazônia”, ressalta. O diretor faz uma analogia entre o ciclo de vida da dourada e a cultura pan-amazônica.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora peruana Rossy War no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora peruana Rossy War no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Show da cantora peruana Rossy War, na Cidade Velha. Foto – Fernando Frazão/Agência Brasil

“A gente pode falar de como a cultura vai se influenciando e se retroalimentando, como a gente recebe, aqui no Pará, a influência da Colômbia, do Peru, da Guiana Francesa, com diversos ritmos musicais, cúmbia, zouk, salsa, merengue”, exemplifica.

“A gente cria as nossas coisas, a gente cria lambada, guitarrada, tecnobrega, calipso, todos esses ritmos que envolvem a nossa cultura aqui e, em algum momento, isso sai daqui também, volta para Iquitos, no Peru, vai para a Colômbia, Guiana, Suriname, é a volta da dourada”, completa.

O belenense Marcello Victor Coelho acompanhou o cortejo e considera que a atração pelas ruas da Cidade Velha representa a junção da cultura latina e “ascensão da cultura nortista como um todo”.

“Eu acredito que o tema desse ano – a dourada – o peixe que conecta todos esses países latinos, tende a criar uma conexão maior com as pessoas, um clima de turismo pré-COP30 em Belém”, disse Coelho à Agência Brasil, se referindo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025 na capital paraense.

Resistência indígena

Enquanto o vento agitava as águas da Baía do Guajará, no palco do Píer das 11 Janelas (recebe esse nome por ficar perto do prédio histórico chamado Casa das 11 Janelas), a cantora indígena Djuena Tikuna se apresentava acompanhada pelo grupo de percussão Trio Minari. A música cantada na língua mãe, o tikuna, recebia a contribuição de instrumentos sonoros indígenas e reprodução do som de pássaros e da natureza.

Para Djuena Tikuna, que é do Amazonas, poder cantar na língua materna no festival é uma forma de resistência.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Dijuena Tikuna, cantora de música indígena, no palco da Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“É isso que eu tenho feito através da minha língua materna, a língua que eu canto, a língua que eu valorizo, a língua que eu falo”, disse a cantora originária, que pediu a união dos povos.

“A gente precisa se unir para poder mostrar a nossa realidade para o mundo, principalmente aqui onde vai acontecer a COP30. As pessoas precisam conhecer a realidade que os povos que vivem aqui sofrem”, afirmou.

Atração internacional

O Festival Psica está na 13ª edição. O evento, que recebe apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras e do Nubank, tem atrações internacionais pela primeira vez. Uma delas é a cantor peruana Rossy War ((TEMOS FOTO)), que agitou a Praça Felipe Patroni.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Festival Psica 2024, por Fernando Frazão/Agência Brasil

As canções da artista conhecida como “rainha da cúmbia”, estilo parecido com a lambada brasileira, era acompanhada em coro por milhares de pessoas, que se dividiam entre dançar e filmar a apresentação com os telefones celulares. Rossy War foi uma das inspirações no início de carreira da cantora Joelma.

Os palcos da sexta-feira levaram aos belenenses e turistas outras atrações como tecnobrega – estilo nascido no Pará que une o brega à música eletrônica, funk, carimbó, aparelhagem (performance que junta dançarinos, música eletrônica e pirotecnia) e as estrelas de Parintins: os bois Caprichoso e Garantido.

Mangueirão

O Psica 2024 se estende pelo sábado (14) e domingo (15), com shows no Estádio do Mangueirão. Diferentemente da Cidade Velha, há a cobrança de ingressos. Entre as atrações estão nomes consagrados, como Pablo Vittar, Liniker, BaianaSystem, Banda Black Rio & Tony Tornado, e uma das mais famosas paraenses, Fafá de Belém, entre outros.

“Nossa proposta, desde o início, sempre foi essa, envolver os ritmos locais, mas também ter os grandes artistas nacionais”, define o diretor do festival Jeft Dias, fazendo questão de lembra que o evento surgiu de comunidades periféricas da Amazônia, inclusive com a presença da cultura negra.

*Equipe da Agência Brasil viajou a convite da Petrobras

 

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