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Falzoni pede CPI das Mortes de Trânsito na Câmara de SP – 23/02/2025 – Ciclocosmo
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Caio Guatelli
Desde que começou o ano legislativo, a rotina da Câmara Municipal de São Paulo tem sido transformada por uma senhora diferentona, conhecida pelo seu cabelo vermelho arrepiado, pelo andar apressado e, principalmente, por não gostar de carro.
A jornalista e cicloativista Renata Falzoni, eleita vereadora pelo PSB em 2024, chegou causando logo no primeiro dia de trabalho. “Cadê o bicicletário?”, disse indignada após descobrir que o prédio só tinha vaga para veículos motorizados.
Pouco depois, ao receber a chave de seu gabinete, foi informada dos benefícios que receberia como parlamentar. Entre eles, uma vultosa verba para gasolina e um carro oficial, com motorista. Disse não, na lata. Prefere se locomover de ônibus ou bicicleta.
A atitude deixou outros vereadores com os cabelos mais arrepiados que os dela —pois abre precedentes e coloca a mordomia em xeque.
Com 71 anos de idade e fôlego de menina, Falzoni usa a bicicleta mesmo se recuperando de uma cirurgia na coluna —teve que remover uma hérnia de disco no fim do ano passado. “Uber já encheu o saco!”, diz, contrariando a orientação médica.
Em um mês de trabalho já emitiu 145 ofícios a diversos órgãos públicos, a maioria pedindo mais segurança para ciclistas e pedestres, e deu início ao projeto Auditoria Cidadã das Ciclovias, que pretende avaliar toda a malha cicloviária da cidade.
Mas sua tacada mais forte aconteceu na segunda-feira (17), quando conseguiu protocolar seu primeiro pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que tem como objetivo investigar a escalada na mortalidade do trânsito da cidade.
A iniciativa, chamada de CPI das Mortes de Trânsito, é inédita no país e depende da avaliação do presidente da Casa, o vereador Ricardo Teixeira (União), para ser instaurada —o regulamento interno permite no máximo cinco CPIs simultâneas.
Em seu pedido, a vereadora argumenta que a Prefeitura de São Paulo descumpre as legislações municipal, nacional e internacional ao não aplicar medidas eficazes para reduzir as mortes de trânsito, além de ter reduzido o efetivo e os mecanismos de fiscalização.
O documento traz dados oficiais que indicam um salto de 45% no número de mortes entre o primeiro e o último ano do primeiro mandato do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “De 711 [mortes] no ano de 2020 para 1.031 no ano de 2024”.
A vereadora enfatiza também que “no ano de 2024, o número de mortes de motociclistas, ciclistas e pedestres representou 87% dos óbitos no trânsito da cidade de São Paulo”.
Em 30 de janeiro, Falzoni já havia pressionado pessoalmente Nunes por mais medidas de segurança no trânsito. O encontro foi na cerimônia de inauguração da ciclopassarela Erika Sallum, na zona oeste.
No dia seguinte, o Ministério Público intimou a prefeitura a explicar como pretende reduzir as mortes causadas pelo trânsito de São Paulo. A ação atende a um processo instaurado pela 1ª Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, criado a partir de manifestação feita ano passado pela deputada federal Tabata Amaral (PSB) e por Falzoni, antes de ser eleita vereadora.
Em comunicado enviado à Folha naquele dia, a prefeitura disse que responderá formalmente com as informações solicitadas dentro do prazo.
O comunicado também destacou iniciativas da gestão Ricardo Nunes para conter a mortalidade, como a Faixa Azul para motocicletas, expansão das Áreas Calmas, onde o trânsito é limitado a 30 km/h, implantação de 12 mil faixas de travessia para pedestres, ampliação do tempo de travessia em cerca de 500 cruzamentos, redução da velocidade máxima permitida de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias e modernização de semáforos.
Para a tarde desta segunda (24), a vereadora pessebista marcou um encontro aberto com a população na Câmara Municipal. A ideia é debater a segurança dos ciclistas. No convite, Falzoni indica a localização do bicicletário —uma novidade na Câmara.
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Papa Francisco: Turistas e religiosos sentem ausência – 23/02/2025 – Mundo
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23 de fevereiro de 2025
Michele Oliveira
Em um domingo de sol na praça São Pedro, a movimentação, além dos turistas habituais, é marcada pelo vaivém dos peregrinos que visitam a capital italiana para participar do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada 25 anos. Neste fim de semana, mais de 3.000 pessoas participaram do Jubileu dos Diáconos.
Durante a missa matinal deste domingo (23) na Basílica São Pedro, que deveria ter sido celebrada pelo papa Francisco, o arcebispo Rino Fisichella pediu orações pelo pontífice argentino. “Na celebração eucarística, onde a comunhão assume a sua dimensão mais plena e significativa, sentimos o papa Francisco, mesmo num leito de hospital, próximo a nós e presente entre nós”, disse o italiano.
“Foi um clima de oração e de fazer Igreja. Não foi um problema a ausência do papa, já tinha visto ele. Estamos aqui para a comunhão entre os diáconos. Claro que é melhor quando ele está”, disse Michel Heurtault, diácono francês, à Folha. “Estamos preocupados, mas é um idoso. Rezamos por ele.”
Já para a brasileira Giulia Rolim, 23, foi uma surpresa visitar o Vaticano sem o papa. De férias pela Itália, ela tinha reservado o domingo para conhecer a basílica e tentar participar de uma missa com Francisco.
“Viemos também para tentar entender a dimensão do que é uma missa com ele. Mas tudo bem, só desejamos que ele melhore. Não vê-lo na missa é o menos importante agora”, afirmou ela, que se disse católica praticante em São Paulo. “O papa Francisco vai além da igreja. É uma entidade que extrapola todas as áreas e religiões. É uma aura positiva, uma pessoa extremamente boa e que se envolve em causas não só religiosas, mas também políticas.”
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De ajudante de carpinteiro a modelo internacional, é a nova cara de Laboutin; vídeo
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23 de fevereiro de 2025
Aos 19 anos, Gabriel Neres, que veio do interior do Paraná, ganha o mundo. De ajudante de carpinteiro, ele se transformou em um requisitado modelo internacional e agora é cara registrada dos sapatos Christian Louboutin.
O brasileiro foi o escolhido para estampar a campanha mundial do designer de sapatos Christian Louboutin. Lançada na última semana, campanha chamou a atenção do mundo para Gabriel.
O modelo já desfilou para outras grifes renomadas como Louis Vuitton, Giambattista Valli e Philipp Plein.
Mil e uma habilidades
Ajudante de carpinteiro, estudante, jogador amador de basquete, Gabriel não foge do trabalho.
“Carreguei muita madeira e ajudei meu pai a fazer bancos e mesas como carpinteiro, trabalho que ele executa até hoje”, afirmou ele ao Presente.
Desde 2021, Gabriel desfila profissionalmente, acumulando passagens no São Paulo Fashion Week, turnês na Europa e ensaios para revistas como Vogue.
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Aposta alta
Gabriel é uma das apostas da WAY Model, de Anderson Baumgartner, mesma agência de supermodelos como Carol Trentini, Alessandra Ambrósio e Marlon Teixeira.
Nascido em Medianeira, no Paraná, o jovem mantém o estilo discreto e reservado de quem aprecia observar, antes de avançar.
Nas suas redes sociais, muitos elogios e a torcida grande de fãs e admiradoras. Mas é a namorada Aimee Maronesi, que mais vibra. “Meu lindo, te amo”, diz ela. E o jovem retribui: “Te amo”.
Ajudante de carpinteiro, estudante, jogador amador de basquete, Gabriel não foge do trabalho, agora é modelo e o principal da campanha Laboutin. Foto: @gabrielneresb
De ajudante de carpinteiro a modelo internacional, aos 19 anos, Gabriel Neres ganha o mundo e conquista os olhos e o coração de Christian Laboutin. Foto: @gabrielneresb
Veja só o Gabriel Neres, o novo Laboutin:
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Em Rocinha, a favela mais densamente povoada do Brasil
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23 de fevereiro de 2025
Quinze metros quadrados. Esta é a superfície que Joao Pedro Lima, um pai solteiro de 21 anos com armas musculares e tatuadas, compartilha com seu bebê de 1 ano, Sophia. Esse kitnet (“Studio”) montado no porão de um edifício de tijolos de três andares, no final de um beco estreito e escuro, é a única acomodação que ele foi capaz de alugar em Rocinha, uma enorme favela aninhada em uma colina no sul do Rio de Janeiro. Na ausência de espaço, pai e filha compartilham uma cama de um lugar e meio, enquanto o WC é instalado no chuveiro, separado do restante do estúdio por uma simples porta deslizante. Não tendo espaço para uma mesa, Sophia pega suas refeições, prato de joelhos, em um sofá estreito coberto com um tecido florido, colado na cama. João come de pé.
O jovem, que trabalha em uma agência de viagens, não se queixa sobre essa falta de conforto. Ele até se considera um “Privilegiado »: “Aqui, esta acomodação é um luxo”ele garante. Como o resto das favelas do país, Rocinha é realmente confrontado com forte expansão demográfica. “É cada vez mais difícil encontrar moradia de qualidadeDeplores Joao. Onde eu morava antes, não havia ventilação, e minha filha fez ataques de asma. »»
De acordo com o último censo demográfico do Brasil, realizado em 2022, cujos resultados foram publicados em 11 de novembro de 2024, a população que vive em favelas no país, chamada “favelas”, aumentou de 11 para 16 milhões de pessoas em dez anos, ou de 6 % a 8,1 % da população nacional (203 milhões de pessoas em 2022).
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