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Família de Barbosa dizia que ele corria o risco de terminar como Teori

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Teoria da conspiração

A família de Joaquim Barbosa jogou pesado para convencê-lo a desistir da candidatura. Em mais de uma ocasião, seus parentes disseram que ele correria o risco de terminar como Teori Zavascki e Eduardo Campos. Com informações de Gabriel Mascarenhas

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POLÍTICA

Integrantes do governo comemoraram operação que fa…

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Integrantes do governo comemoraram operação que fa...

Laryssa Borges

O diagnóstico é o de que, em um primeiro momento, integrantes do governo Lula “esperavam mais”, mas o fato é que pelo menos dois ministros de Estado comemoraram a deflagração da Operação Overclean, cuja investigação começou a partir de fraudes em licitações de projetos de pavimentação de ruas sob responsabilidade do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) na Bahia e terminou por jogar luz no empresário Marcos Moura, tido como um operador financeiro de múltiplos partidos e com ligações políticas que fazem deputados e senadores tremerem nas bases.

Segundo relatos obtidos por VEJA, integrantes do governo comemoraram, ainda no final do ano passado, que a Overclean havia chegado ao ex-prefeito de Salvador Antonio Carlos Magalhães Neto, adversário político do ministro da Casa Civil Rui Costa. ACM Neto não é investigado, mas é amigo de Marcos Moura, que tem a irmã do político, Renata Magalhães, como sócia em um jatinho.

O problema, relatam interlocutores a par da investigação, é que Moura também tem relações com o PT e com políticos do Centrão, fazendo com que a celebração pela suposta armadilha seja, no mínimo, equivocada. “Marcos Moura atuava de forma multipartidária. Quando os ministros comemoravam ter chegado a ACM Neto, mostraram que estavam vendo raso demais. São vários partidos que podem acabar na Operação Overclean”, disse em deles, que ouviu dos ministros de Lula os primeiros relatos de que o ex-prefeito de Salvador teria sido pego.

Sob a relatoria do ministro do STF Kassio Nunes Marques, a Operação Overclean concluiu que Moura, apelidado de Rei do Lixo, tinha papel crucial no êxito da quadrilha que direcionava emendas parlamentares para obras viciadas e fraudava licitações. “Moura é uma figura-chave que conecta os líderes da organização com figuras políticas de relevância, garantindo que os esquemas de fraude continuem operando sem interrupções”, relatou a Polícia Federal no inquérito sobre o caso.

Responsável por uma investigação que, pelo que se sabe até agora, tem potencial para colocar a classe política novamente de joelhos, a corporação já havia apreendido 1,5 milhão de reais em uma mala em um jatinho que desembarcou em Brasília, encontrado dinheiro escondido ao cumprir mandados de busca e presenciado um dos investigados atirar mais de 200.000 reais pela janela para se livrar do flagrante.

No final de janeiro, de forma considerada pelo próprio Supremo como inusual, a PF tentou, sem sucesso, que o ministro Flávio Dino, ex-superior hierárquico dos policiais, ficasse responsável pelo processo. Por haver menção ao nome do deputado Elmar Nascimento (União-BA), a investigação tramita no STF de forma sigilosa.



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POLÍTICA

A ‘prateleira’ de reações do Congresso contra as i…

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A ‘prateleira’ de reações do Congresso contra as i...

Marcela Mattos

Com mais de 70 deputados e senadores na mira de inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal, caciques do Centrão e da oposição estão convictos de que há uma emboscada tramada pelo Judiciário e pelo governo Lula para direcionar as operações policiais, controlar a verba que destinam a seus redutos e manter o grupo nas cordas. Em meio à percepção de que a classe política está sob ataque, o incômodo já chegou à cúpula do Congresso – que, em recados velados, avisa que está sendo pressionada a reagir.

Como mostra reportagem de VEJA desta edição, foi apresentado aos presidentes da Câmara e do Senado um pacote de ações a ser gradualmente colocado em prática – o que foi traduzido como uma “prateleira” de reações contra a investida de investigadores e juízes.

A primeira estratégia que vem sendo trabalhada visa dar fim ao secretismo das investigações contra parlamentares. São mais de 80 inquéritos sob sigilo no Supremo envolvendo supostos desvios em emendas, dinheiro público que deputados e senadores encaminham para seus municípios com o objetivo de construir obras, pontes e atender a necessidades locais.

Entre os alvos, é recorrente a reclamação de que nem eles têm acesso às apurações ou conhecem em detalhes os motivos de serem alvos de operações – o que os mantêm em constante suspeição. A ideia seria fazer um questionamento oficial ao STF questionando o nome de todos os parlamentares investigados.

Ministro Flávio Dino entra na mira

Uma das mais recentes investigações sobre as emendas parlamentares foi aberta em dezembro por ordem do ministro Flávio Dino, que criticou a falta de transparência no repasse de 4 bilhões de reais e mandou a Polícia Federal apurar possíveis casos de corrupção.

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Outras ações, mais antigas, foram comandadas enquanto Dino era ministro da Justiça, quando, até o ano passado, tinha o controle da PF em suas mãos. Por essa dupla atuação, deputados e senadores colocam a isenção do ministro em xeque e cobram uma reação oficial do Congresso para afastá-lo da relatoria das investigações.

O caminho para isso, conforme o que vem sendo estudado, seria uma ação da advocacia da Câmara ou do Senado apontando a necessidade de impedimento do juiz. Não é, porém, uma tarefa simples. A decisão de tirar Dino do caso teria de partir da Presidência do Supremo e é considerada remotíssima por integrantes do tribunal.

Ação e reação

Há, ainda, medidas mais drásticas. Congressistas ameaçam dobrar a aposta caso a sangria não seja controlada e instaurar procedimentos internos para apurar eventuais abusos e desvios cometidos por parte de quem os investiga.

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Um dos caminhos seria abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para depurar se há o uso da máquina estatal contra adversários políticos. O colegiado poderia vasculhar os bastidores das operações e se debruçar, por exemplo, se há preferência em ações que envolvam oposicionistas em detrimento de apurações contra governistas e ainda sobre os métodos praticados pelos agentes para a obtenção de provas.

A CPI também miraria a atuação do STF, a quem cabe determinar as operações e conduzir os inquéritos sigilosos. Mesmo que nenhuma investigação concreta seja levada adiante, se criado, um colegiado como esse tem potencial de tumultuar os trabalhos do Congresso num momento em que o governo Lula enfrenta os seus piores índices de popularidade e depende dos parlamentares para aprovar medidas que agradam o eleitorado, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.

Outra possibilidade na mesa seria usar a Polícia Legislativa, órgão que também tem competência investigativa, para instaurar um inquérito para apurar a legalidade das ações da PF – o mesmo objeto de uma das CPIs em estudo, mas com a diferença de que ações como quebras de sigilo e diligências se dariam longe dos holofotes e sob o conhecimento apenas da cúpula do Congresso.



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A previsão sombria de Bolsonaro sobre sua prisão

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A previsão sombria de Bolsonaro sobre sua prisão

Da Redação

Perto de ser julgado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que teme ser envenenado caso seja preso. O STF decidirá nos próximos dias se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e mais sete acusados de envolvimento na trama golpista após as eleições de 2022.

Ao podcast Flow, Bolsonaro falou na última sexta-feira, 14, sobre sua trajetória política até o Palácio do Planalto e se comparou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Minha vida é feita de coisas. Até a facada foi um milagre. Médicos dizem que, de cada cem, só um sobrevive. É igual ao Trump com o tiro na orelha. Temos muita coisa em comum, exceto a fortuna”, afirmou ele.

“Precisam me eliminar”

O ex-presidente prosseguiu dizendo que não vai morrer na prisão. “Deus não me colocou aqui para morrer atrás das grades. Se me prenderem, vão me matar. Não tenho a menor dúvida de que serei envenenado. Não é de interesse que me vejam preso, porque vou dar dor de cabeça. Precisam me eliminar”.

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O presidente da 1ª Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, marcou para o dia 25 de março o julgamento, após a denúncia ser liberada na quinta-feira para análise pelo ministro Alexandre de Moraes. Caso seja aceita pela Corte, Bolsonaro e os outros sete acusados se tornarão réus por tentativa de golpe de estado.

Na entrevista de ontem, Bolsonaro também falou sobre o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. Na sua delação, o militar declarou que o ex-presidente redigiu um decreto para instaurar uma “estado de defesa” com o objetivo de impedir a posse de Lula. “Ele fala muita coisa. Algumas coisas são verdade, mas outras eu fico pensando: ‘Como o cara teve conhecimento disso, se nem eu estava sabendo?’”, questionou Bolsonaro.



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