NOSSAS REDES

MUNDO

Fernando Alonso: um gênio da F1 muitas vezes no lugar errado e na hora errada | Fórmula Um

PUBLICADO

em

Giles Richards

FErnando Alonso pode não estar na luta pelo título, na verdade, é quase certo que nem estará na disputa por uma vitória no Grande Prêmio do México deste fim de semana, mas mesmo assim o espanhol fará história na Fórmula 1. O encontro será o seu 400º, nenhum piloto tem mais, e por trás deles está a história de uma carreira envolvente. De talento e sucesso excepcionais e de promessa perdida para um piloto que sempre foi atraente.

O espanhol tem agora 43 anos e esta temporada em Aston Martin será seu 21º na F1 desde que estreou pela Minardi em 2001. Ele conquistou 32 vitórias e dois campeonatos mundiais em 2005 e 2006 e, embora tenha chegado perto, nunca garantiu outro. Quando questionado sobre como chegar à 400ª corrida, a resposta de Alonso disse tudo sobre o que realmente importava.

“Eu adoraria correr metade dos 400 metros e ganhar mais um campeonato, ou vencer mais corridas”, disse ele. “Essas são as estatísticas importantes que você deseja alcançar.”

Ele sabe que deveria ter bebido mais. Afinal, ele é definido por uma competitividade temível. No entanto, isso por si só acabou por se revelar tanto positivo como negativo. Se a sua tomada de decisão no cockpit pode ser incomparável, fora dele o espanhol foi considerado deficiente.

Talento e determinação foram essenciais para garantir os dois primeiros campeonatos para a Renault e com algum estilo, já que ele teve que vencer Michael Schumacher para isso. Na altura, mais títulos pareciam inevitáveis, mas não era para ser e nesse ínterim Sebastian Vettel conquistou quatro, Lewis Hamilton venceu sete e Max Verstappen tem três.

No seu melhor, Alonso é hipnotizante, uma força da natureza com um ritmo tremendo e uma habilidade de corrida intuitiva. Ao longo das 400 corridas, apesar de ter sido uma montanha-russa, alguns destaques permanecem inesquecíveis: segurar Schumacher em Ímola em 2005, o alemão subindo em cima dele, mas sem conseguir passar; a sua vitória desde o 11º lugar em Valência em 2012, um caso grandioso e fanfarrão; ou mesmo sua demonstração de consciência de corrida e capacidade de explorá-la em Fuji em 2008. Mais recentemente, sua passagem noturna nas 24 Horas de Le Mans de 2018 foi uma experiência de direção vencedora e um lembrete de por que ele ainda é considerado um dos maior de sua geração.

Fernando Alonso retratado como o Sagrado Coração de Jesus durante um evento promocional na Cidade do México. Fotografia: Moisés Castillo/AP

Quando ingressou na Ferrari em 2010, foi quase por pura vontade que Alonso arrastou a Scuderia para a luta pelo título, um campeonato em que estava a 47 pontos da liderança no GP da Inglaterra, mas chegou ao final da temporada com uma pontuação de oito pontos. liderar. Um terceiro título foi perdido apenas por um erro cataclísmico de estratégia da Ferrari. Ele repetiu outra investida de bravura em 2012 em um carro possivelmente pior, mas novamente foi derrotado na final por Vettel.

No entanto, a sua última vitória foi em 2013 e já na sua primeira passagem pela McLaren em 2007 havia indícios de que com o génio vinha alguma bagagem. Ele alienou alguns membros da equipe no que rapidamente se tornou um relacionamento turbulento quando Hamilton fez sua estreia na F1 e provou ser mais do que páreo para o então campeão mundial. Um membro da McLaren na época foi citado como tendo dito que era “a figura mais perturbadora e divisiva com quem já tive o desprazer de trabalhar”.

pular a promoção do boletim informativo

Ele voltou para uma Renault relativamente pouco competitiva, depois para a Ferrari, no momento em que a Red Bull se tornou dominante e onde, mais uma vez, o relacionamento se desfez e ele voltou para a McLaren. Desta vez, esperava-se que a promessa de um novo motor de fábrica com a Honda alimentasse o retorno, mas isso também fracassou. A insatisfação pública de Alonso com o motor de baixo desempenho levou a um colapso total nas relações. Ele tinha – mais uma vez – estado no lugar errado na hora errada e mais pontes foram queimadas.

Seguiu-se uma pausa para perseguir Le Mans e a Indy 500 antes de retornar em 2021 com a Alpine e depois se mudar para a Aston Martin em 2023. Estava claro que ele ainda tinha seu toque, sua defesa contra um Hamilton atacante na Hungria em 2021 foi uma masterclass e o suficiente para garantir que seu companheiro de equipe Esteban Ocon vencesse. Então, quando a Aston abriu 2023 com um carro rápido, Alonso entrou em ação num piscar de olhos, com seu toque e ritmo quando finalmente em máquinas competitivas, assim como estavam em seu apogeu. Seguiram-se uma série de pódios e, embora a Aston não tenha conseguido acompanhar o desenvolvimento, o espanhol amarrou o seu destino à equipa britânica, com contrato até ao final de 2026.

Se ele perceber isso e parecer tão motivado como sempre, terá mais de 45 anos, o piloto de F1 mais velho desde que Graham Hill encerrou sua carreira em 1975. Nesse ponto, a contagem estará próxima de 450 corridas, embora não seja um número que importa para Alonso, nem um que ele sequer imaginou quando tudo começou. “Aquele cara em 2001, eu não estava pensando muito no futuro, o sonho estava ganhando vida, pilotando F1”, disse ele. “Eu não tinha um roteiro claro para minha carreira. Não sabia exatamente qual seria a próxima corrida, qual seria a minha próxima equipe. Eu estava improvisando, todo fim de semana era uma nova aventura.”



Leia Mais: The Guardian

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Método inspirador de professora incentiva alunos com deficiência a lerem com prazer; vídeo

PUBLICADO

em

No estudo, publicado na revista científica Icarus, o cientista brasileiro Rafael Ribeiro de Sousa, em colaboração com cientistas dos EUA e França, aponta influência do eventual Planeta-9 na formação de cometas. - Foto: Unesp

Com o quadro repleto de palavras e doces ao lado delas, essa professora de Goiás criou um método de leitura inspirador para incentivar alunos com deficiência: quem lê corretamente a palavra indicada ganha o doce correspondente. Eles aprendem e se divertem ao mesmo tempo.

A cena, compartilhada pela psicopedagoga Gisele, de Goiás, já foi vista por mais de 200 mil pessoas, desde que foi postada, em fevereiro. O método criativo e com muito afeto é simples e deu super certo.

“Escolhe uma palavra pra você ler”, pede ela a um dos alunos da turma. “C-O-P-O”, responde o garoto. Com a resposta certa, ele pega o doce colado ao lado da palavra, no quadro, e sai feliz da vida. Esse é o poder do conhecimento, né?

Incentivar a leitura

Segundo a professora e psicopedagoga, o método não é sobre doces, é algo maior.

“A proposta dessa atividade é incentivar o gosto pela leitura. Os alunos leem e ganham um brinde. Eles amam essas atividades”, disse.

E o resultado é incrível. Todos que foram ao quadro conseguiram acertar as respectivas palavras. Um dos mais animados era Lucas, que queria acertar tudo! Depois de acertar uma delas, o jovem chegou até a fazer uma dancinha. O conhecimento abre portas!

Leia mais notícia boa

Atividade para Páscoa

Para esta Páscoa, Gisele preparou uma aula especial para os estudantes.

No quadro ela projetou várias imagens tradicionais da data como a uva, o pão, o sino e a cruz.

Os jovens tinham que pegar, em uma mesa em frente ao quadro, as palavras escritas em um papel e colá-las no quadro.

“André, procure onde está a palavra pão e cola lá no quadro”, pede a professora.

Quando André acerta, ela comemora. “Isso, parabéns Dedé!”.

Inclusão de verdade

Para os seguidores da professora, isso é inclusão de verdade.

“Se todas as escolas fizessem a inclusão de verdade as crianças com necessidade especiais teriam oportunidade na vida”, disse uma seguidora da professora.

Outro destacou o significado do trabalho de Gisele:

“Trabalhar com essas pessoas tem que ter muito amor e carinho, eles são pessoas maravilhosas.”

Veja a professora e seu método de leitura para alunos com deficiência:



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Cientista brasileiro pode ter descoberto nono planeta do sistema solar

PUBLICADO

em

A professora Gisele, de Goiás, criou um método incrível para incentivar a leitura de alunos com deficiência. Quem acerta ganha um doce. - Foto: @cantinhodainclusao/Instagram

Uma pesquisa conduzida por um cientista brasileiro reacendeu a esperança de confirmar a existência do misterioso nono planeta. Rafael Ribeiro de Sousa, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Guaratinguetá, utilizou simulações que reproduziram a história do Sistema Solar ao longo de 4,5 bilhões de anos para a descoberta.

Com isso, a equipe chegou ao resultado de que a presença do Planeta 9 faz sentido e ajuda a explicar a forma e o comportamento das regiões onde nascem os cometas. “Descobrimos que houve um match, uma coincidência. Nossas simulações foram consistentes com as observações das órbitas dos cometas”, disse ele em entrevista à Universidade.

No estudo, publicado na revista científica Icarus, Rafael, em colaboração com cientistas dos Estados Unidos e França, aponta influência do eventual Planeta-9 na formação de cometas.

Enigma do 9

A ideia de um nono planeta surgiu ainda no século 19. Na época, astrônomos queriam entender perturbações nas órbitas de Urano e Netuno.

Com a descoberta de Plutão em 1930, cientistas acharam que o mistério havia sido resolvido. Mas, logo ficou claro que o planeta era pequeno demais para causar grande influência gravitacional.

Desde então, os cientistas voltaram a pensar na existência de um planeta muito maior, localizado em uma órbita de 600 vezes mais distante do que a Terra em relação ao Sol.

Leia mais notícia boa

A novidade

A pesquisa da Unesp focou no comportamento dos cometas que saem da região do Cinturão de Kuiper e da Nuvem de Oort.

Ao simular o Sistema Solar com a presença do Planeta 9, Rafael observou como o astro afetaria as órbitas dos cometas.

O modelo bateu com a realidade: as simulações produziram com precisão a órbita de quatro cometas reais, todas com mais de 10 km de diâmetro e trajetória definidas.

Quase lá

O Planeta 9, segundo estudos, seria escuro, gelado e bem distante. O fato dele refletir pouca luz acaba o tornando invisível aos telescópios atuais.

A notícia boa é que a simulação indicou características mais específicas, como a massa (7,5 vezes a da Terra) e a região exata onde ele pode estar.

O próximo passo é estudar os cometas de longo período, que levam milhares de anos para completar uma volta ao Sol.

Um grande aliado na busca vai ser o novo Observatório Vera Rubin, no Chile.

O mistério do Planeta-9, com a publicação da pesquisa da Unesp, ganha novos contornos. - Foto: Unesp O mistério do Planeta-9, com a publicação da pesquisa da Unesp, ganha novos contornos. – Foto: Unesp



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Paul Watson: Interpol suspende Alerta Vermelho contra ativista de baleias após pressão

PUBLICADO

em

O empresário Tonny Robbins, dos EUA, lançou um desafio mundial para doar 100 bilhões de refeições para quem sente fome. Já conseguiu 30 bilhões. Veja como. - Foto:100billionmeals.org

Após intensa luta, o ativista Paul Watson teve o Alerta Vermelho, emitido pelo Japão, suspenso da lista da Interpol. Sim, ele está livre! Essa é uma vitória do meio-ambiente e em defesa das baleias, que ele tenta proteger há anos.

Paul é fundador da organização Sea Shepherd, reconhecida mundialmente por lutar pela preservação dos oceanos e da vida marinha. A decisão da Interpol foi publicada no dia 8 de abril e representa uma reviravolta. Até pouco tempo, Paul estava preso na Groenlândia e ameaçava ser extraditado.

Com a suspensão do alerta, o ativista volta a ter liberdade de circulação e já tem palestra confirmada na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre os Oceanos, em junho, na França. “A suspensão é uma mensagem clara: a justiça internacional não deve ser usada como ferramenta política contra defensores do meio ambiente”, disse Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil.

Liberdade chegou

Após a emissão do mandado japonês, Watson foi preso em julho do ano passado. Aqui no Brasil, artistas fizeram campanha pela libertação de Watson, como mostrou o Só Notícia Boa.

Em dezembro, depois de cinco meses preso, foi libertado quando a Dinamarca recusou a extradição ao apontar falhas no pedido dos asiáticos. A suspensão do Alerta não foi à toa.

A Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol apontou várias Inconsciências, entre elas a desproporcionalidade das acusações e o risco à integridade física de Paul. A decisão também reconheceu que o caso tem contornos políticos, o que contraria as regras da Instituição internacional.

Leia mais notícia boa

Mobilização internacional

A campanha pela libertação de Paul Watson contou com grande participação da Sea Shepherd Brasil e ganhou força nas redes sociais e imprensa.

Na época, o Palácio do Planalto se envolveu e o presidente Lula (PT) enviou uma carta oficial à primeira-ministra da Dinamarca pedindo que a extradição fosse negada.

A resposta do governo dinamarquês veio. Paul foi libertado pouco antes da audiência final que decidiria o destino dele.

Símbolo da luta

Paul não é apenas um ativista. O homem já se tornou um símbolo quando se trata da defesa do meio-ambiente.

Fundador da Sea, o canadense se tornou referência na luta contra a caça ilegal de baleias e outras práticas que ameaçam os ecossistemas marinhos.

Justiça feita!

Paul foi preso em 21 de julho de 2024 na Groelândia. - Foto: Sea Shepherd Paul foi preso em 21 de julho de 2024 na Groelândia e libertado em dezembro do ano passado, mas estava na lista da Interpol. – Foto: Sea Shepherd



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS