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Fim da escala 6×1 mobiliza debate nas redes; defensores criticam omissões na esquerda
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Tem gerado amplo debate nas redes sociais uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda não protocolada na Câmara dos Deputados que prevê uma revisão na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para abolir a escala de trabalho 6×1 ─ aquela em que o trabalhador tem direito a uma folga a cada seis dias trabalhados.
Neste sábado (9), até as 12h30 (horário de Brasília), a rede social X (antigo Twitter) indicava o tema como assunto de destaque no momento, com 84,9 mil posts. O Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), defensor da pauta, convocou um “panfletaço” no centro de São Paulo (SP) em defesa da discussão e orientou os apoiadores a comparecerem vestindo roupas pretas.
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No Congresso Nacional, o texto conta com o patrocínio da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). A parlamentar trabalha para conseguir o número de assinaturas necessárias dos pares para começar a tramitar.
Pela regra, uma PEC só pode entrar em discussão na casa legislativa com o aval de 1/3 dos parlamentares ─ ou seja, 171 dos 513 no caso da Câmara dos Deputados e 27 dos 81 no caso do Senado Federal.
Atualmente, a escala 6×1 permite que as empresas que oferecem serviços todos os dias da semana organizem a escala de trabalho de seus funcionários em uma regra de 6 dias trabalhados para cada 1 de descanso. O modelo é adotado com frequência no comércio, em restaurantes, supermercados, farmácias e serviços de atendimento.
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Críticos apontam que tal jornada de trabalho seria excessiva e seria um dos fatores a contribuir com registros crescentes de casos de burnout (termo que se refere a distúrbios com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico normalmente resultantes de situações de trabalho desgastante).
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Omissões na esquerda
Até sexta-feira (8), havia 71 assinaturas favoráveis para a tramitação da PEC, conforme noticiou o site Congresso em Foco. Neste grupo estão os 13 integrantes da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados e 37 dos 68 deputados do PT, sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas também havia nomes de legendas como PSD, PDT, União Brasil, Republicanos, Avante, PC do B, PSDB e até do PL, de Jair Bolsonaro.
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Apesar do apoio de alguns parlamentares, defensores da pauta criticam a falta de adesão da esquerda. Criador do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), o vereador eleito no Rio de Janeiro (RJ) Rick Azevedo (PSOL) cobrou, durante entrevista ao site UOL, um posicionamento do Partido dos Trabalhadores.
“Ninguém pode viver tendo só apenas um dia de folga. A escala 6 por 1 é um modelo ainda de escravidão que continuou. Por isso que falo isso e reafirmo sem medo algum: não tem como a gente falar de vida além do trabalho só tendo apenas um dia de folga”, afirmou o parlamentar eleito.
“A gente precisa que o Partido dos Trabalhadores, que está na cadeira da Presidência, é o governo do Partido dos Trabalhadores, se pronuncie, porque é uma demanda da classe trabalhadora. Então, às vezes, é difícil”, prosseguiu.
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Nos últimos dias, o movimento conseguiu a assinatura do deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e da deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Agora eles tentam fazer pressão sobre a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), candidata derrotada à prefeitura de São Paulo (SP).
Veja a lista de parlamentares que assinaram pela tramitação da PEC:
- André Janones (Avante-MG)
- Daiana Santos (PCdoB-RS)
- Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
- Márcio Jerry (PCdoB-MA)
- Orlando Silva (PCdoB-SP)
- Dorinaldo Malafaia (PDT-AP)
- Duda Salabert (PDT-MG)
- Marcos Tavares (PDT-RJ)
- Fernando Rodolfo (PL-PE)
- Socorro Neri (PP-AC)
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Célio Studart (PSD-CE)
- Stefano Aguiar (PSD-MG)
- Dagoberto Nogueira (PSDB-MS)
- Célia Xakriabá (PSOL-MG)
- Chico Alencar (PSOL-RJ)
- Erika Hilton (PSOL-SP)
- Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
- Glauber Braga (PSOL-RJ)
- Guilherme Boulos (PSOL-SP)
- Ivan Valente (PSOL-SP)
- Luiza Erundina (PSOL-SP)
- Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)
- Prof. Luciene Cavalcante (PSOL-SP)
- Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
- Taliria Petrone (PSOL-RJ)
- Tarcísio Motta (PSOL-RJ)
- Alfredinho (PT-SP)
- Ana Pimentel (PT-MG)
- Camila Jara (PT-MS)
- Carol Dartora (PT-PR)
- Dandara (PT-MG)
- Delegada Adriana Accorsi (PT-GO)
- Denise Pessôa (PT-RS)
- Dimas Gadelha (PT-RJ)
- Erika Kokay (PT-DF)
- Fernando Mineiro (PT-RN)
- Gleisi Hoffmann (PT-PR)
- João Daniel (PT-SE)
- Jorge Solla (PT-BA)
- Juliana Cardoso (PT-SP)
- Kiko Celeguim (PT-SP)
- Leonardo Monteiro (PT-MG)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Luiz Couto (PT-PB)
- Luizianne Lins (PT-CE)
- Marcon (PT-RS)
- Maria do Rosário (PT-RS)
- Miguel Ângelo (PT-MG)
- Natália Bonavides (PT-RN)
- Nilto Tatto (PT-SP)
- Odair Cunha (PT-MG)
- Padre João (PT-MG)
- Patrus Ananias (PT-MG)
- Paulão (PT-AL)
- Reginete Bispo (PT-RS)
- Reimont (PT-RJ)
- Rogério Correia (PT-MG)
- Rubens Otoni (PT-GO)
- Tadeu Veneri (PT-PR)
- Vicentinho (PT-SP)
- Waldenor Pereira (PT-BA)
- Washington Quaquá (PT-RJ)
- Túlio Gadelha (Rede-PE)
- Antônia Lúcia (Republicanos-AC)
- Maria Arraes (Solidariedade-PE)
- Douglas Viegas (União Brasil-SP)
- Meire Serafim (União Brasil-AC)
- Saullo Vianna (União Brasil-AM)
- Yandra Moura (União Brasil-SE)
- Benedita da Silva (PT-RJ)
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Trump para nos retirar do Conselho de Direitos da ONU, estender a proibição de fundos da UNRWA: Relatório | Donald Trump News
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20 segundos atrásem
4 de fevereiro de 2025Espera -se que o presidente dos EUA assine as ordens cortando laços e fundos para as agências da ONU, enquanto Netanyahu visita a Casa Branca.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está planejando cortar o envolvimento dos EUA com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e estender uma proibição de financiamento à agência da ONU de refugiados palestinos, UNRWA, disse um funcionário da Casa Branca sem nome.
A mídia dos EUA, incluindo Politico e NPR, informou na segunda -feira que Trump deveria assinar uma ordem executiva se retirando dos dois órgãos da ONU na terça -feira, no mesmo dia em que a Casa Branca está espera -se hospedar O primeiro -ministro israelense Benjamin Netanyahu, um crítico de longa data da ONU, e UNRWA em particular.
Desde que assumiu o cargo para um segundo mandato em 20 de janeiro, Trump já retirou os EUA a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Acordo climático de Parisda qual ele também se retirou durante seu primeiro mandato – uma medida que mais tarde foi revertida pelo governo Biden.
A retirada de Trump dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU também não seria a primeira vez para Trump, que retirou do conselho em seu primeiro mandato.
Quando o governo Trump deixou o Conselho de Direitos Humanos em 2018, o então enviado de Trump, Nikki Haley, alegou que a medida era devida a “viés crônico” contra Israel do corpo, composto por 47 estados membros da ONU que são eleitos para quatro- mandatos de ano.
O Conselho realiza revisões periódicas dos registros de direitos humanos dos Estados membros da ONU, incluindo os EUA, que devem passar por sua próxima revisão em agosto.
Durante a última revisão do conselho dos EUA em 2020, os países ofereceram recomendações sobre como Washington poderia melhorar seu registro de direitos humanos, inclusive combatendo o racismo e o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo. O Conselho também é responsável por nomear especialistas em direitos humanos para servir como relators especiais independentes da ONU.
Vários relatores especiais da ONU acusaram Israel de cometer genocídio em Gaza, incluindo, principalmente, o relator especial no território palestino ocupado, Francesca Albanese.
Como membro eleito do Conselho, mais recentemente de 2022-2024, os EUA também aproveitaram sua posição para criticar o registro de direitos humanos de outros países.
O pedido da UNRWA ocorre quando Netanyahu visita a Casa Branca
O plano de Trump de assinar outra ordem executiva visando especificamente o UNRWA em apuros coincide com a visita de Netanyahu à Casa Branca.
De acordo com um UNRWA Relatório da situaçãoAs forças israelenses mataram 272 funcionários da UNRWA durante o ataque de 15 meses de Israel na faixa de Gaza e atacaram repetidamente edifícios da UNRWA, incluindo escolas onde milhares de palestinos estavam buscando abrigo.
Em outubro, o parlamento de Israel, o Knesset, aprovou duas contas proibindo operações da UNRWA Dentro das fronteiras de Israel, incluindo Jerusalém Ocidental, que entrou em vigor na semana passada. Fundada pela Assembléia Geral da ONU em 1949, a UNRWA fornece serviços de ajuda, saúde e educação a milhões de palestinos em Gaza, a Cisjordânia ocupada, ocupada por Jerusalém Oriental, Síria, Líbano e Jordânia.
Os EUA foram o maior doador da UNWA, fornecendo US $ 300 milhões a US $ 400mA, mas Biden fez um financiamento em janeiro de 2024, depois que Israel fez acusações infundadas sobre uma dúzia de funcionários da UNRWA participando do mortal de 7 de outubro de 2023, ataque a Israel pelo Hamas.
Embora um relatório independente tenha constatado que as autoridades israelenses não forneceu evidências Por suas reivindicações à ONU, o Congresso dos EUA decidiu suspender formalmente contribuições para a UNRWA até pelo menos março de 2025. ONU mais tarde encontrado Que nove funcionários podem estar envolvidos no ataque e foram demitidos.
A UNRWA está desempenhando um papel vital na recuperação de Gaza, pois um cessar -fogo frágil continua a manter entre Israel e Hamas.
Espera -se que Trump e Netanyahu discutam a próxima fase do acordo de cessar -fogo quando se encontrarem.
Falando depois que Netanyahu chegou aos EUA na segunda -feira, Trump disse que “não havia garantias” de que o acordo de cessar -fogo manteria.
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Tarcísio faz ofensiva na Alesp e negocia até com PT – 03/02/2025 – Poder
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4 de fevereiro de 2025 Bruno Ribeiro
A Assembleia Legislativa de São Paulo iniciou os trabalhos de 2025 nesta segunda-feira (3) com uma ofensiva do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para facilitar a tramitação de um projeto que altera a lei orgânica da Polícia Civil.
A proposta enfrenta resistências de sindicatos e até de aliados do governador e deve ser uma das principais discussões do Legislativo neste primeiro semestre.
Dois secretários estiveram na Alesp para articular o projeto: Guilherme Derrite (Segurança Pública) e Arthur Lima (Casa Civil).
Derrite conversou com o presidente da Casa, André do Prado (PL), que comanda a pauta de votações, enquanto Arthur Lima buscou apoio entre deputados da base e da oposição. O secretário-executivo de Arthur, Fraide Sales, acompanhou as discussões.
Sales é coronel reformado do Exército e foi indicado para coordenar a reestruturação da Polícia Civil. Sua presença, no entanto, é vista por sindicatos de escrivães, investigadores e delegados como uma intervenção militar na corporação civil. Eles discutem marcar uma manifestação pública contra o governo —algo que o Palácio dos Bandeirantes tenta evitar.
A resistência não se limita a sindicalistas. A bancada da bala da Alesp, composta por deputados bolsonaristas que têm a base eleitoral composta por profissionais da segurança pública, não aceitou de imediato a indicação de Sales, considerado distante do ambiente das duas corporações paulistas.
Aliados do governador na Alesp afirmam que Arthur Lima precisou explicar aos parlamentares que a participação de Sales no projeto não estava ligada ao seu passado militar, mas ao cargo atual de secretário-executivo e que, além disso, ele é uma pessoa de confiança direta de Tarcísio (foram colegas de Instituto Militar de Engenharia).
Para reduzir as críticas, o governo aposta no apoio de dois deputados da base, Delegado Olim (PP) e Delegada Graciela (PL). Arthur Lima e Sales também buscaram diálogo com o deputado Paulo Reis (PT), integrante da Comissão de Segurança Pública da Alesp e com interlocução entre sindicalistas da Polícia Civil.
Segundo Reis, a equipe de Tarcísio o procurou para dizer que o texto será debatido com as entidades e deputados antes da apresentação da versão final, prevista para maio. No entanto, ele ressalta que ainda não há uma minuta ou premissas claras do projeto.
Entre assessores de Tarcísio, a pauta da segurança pública é tida como prioritária para pavimentar qualquer projeto político do governador, seja tentar a reeleição ou disputar a Presidência.
No caso da reestruturação da Polícia Civil, a ideia central a ser comunicada à sociedade é que o governo modernizou a instituição e a tornou mais eficiente.
O momento é oportuno para a discussão, na visão dos aliados, por dois motivos principais. Primeiro, ela representaria uma resposta pública aos recentes casos de corrupção na corporação, como a prisão de delegados ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que causou desconforto por ter sido feita pela Polícia Federal.
Em segundo lugar, ela seria colocada como um contraponto ao recente pacote de políticas para o setor apresentadas, na esfera federal, pelo ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), que foi criticado por bolsonaristas.
À Folha Arthur não quis dar nenhum detalhe sobre como será o projeto. “Está em estudo, ainda. Mas temos 14 cargos na Polícia Civil. Não faz sentido ter tantos cargos. A ideia é refletir bastante sobre isso”, afirmou. “A ideia é ouvir bastante, para fazer a melhor lei orgânica para os policiais.”
A estratégia do governo para a reforma foi ajustada ao longo do caminho. Inicialmente, um coronel da Polícia Militar, Paulo Mauricio Maculevicius Ferreira, foi indicado para coordenar os estudos. Ele é chefe de gabinete da pasta de Derrite —que também é ex-PM.
Ferreira foi substituído por Sales quando ficou claro para o governo que a indicação de um PM aumentaria as resistências da Polícia Civil, dada a histórica rivalidade entre as duas corporações.
Feita a troca, o governo também deve procurar diretamente as entidades que já se manifestaram contra a discussão de mudanças.
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Live, cessar -fogo em Gaza: Donald Trump, que deve conhecer Benyamin Netanyahu, diz que “não tem garantia” de que a paz manterá
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4 de fevereiro de 2025“Ele se mantém até agora e certamente temos a esperança (…) para trazer os reféns e salvar vidas e chegar a uma resolução pacífica de tudo isso”, disse o presidente americano.
Leia Mais: Le Monde
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