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Finados: Cemitérios em SP celebram data com pétalas rosas – 02/11/2024 – Cotidiano

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Roberto de Oliveira

Mesmo com a garoa persistente, o céu acinzentado da zona norte paulistana ganhou, por alguns instantes, uma coloração avermelhada na tarde deste sábado (2), Dia de Finados. De longe, para usar uma referência do universo das artes plásticas, pareciam pingos espirrados pelo norte-americano Jackson Pollock (1912-1956), famoso por desenvolver uma técnica conhecida como gotejamento. Sem o teor raivoso do pintor, o que se viu ali, na verdade, foi uma chuva de pétalas de rosas.

Primeiro, por volta das 15h, elas caíram sobre uma área de 225 mil metros quadrados do cemitério Dom Bosco, em Perus, onde existem 27 mil jazigos. Pontualmente às 16h, o banho de pétalas vindo do céu cobriu parte dos 29 mil túmulos do cemitério Vila Nova Cachoeirinha, que ocupa 232 mil metros quadrados. Cada um dos cemitérios recebeu 100 kg de corolas.

Enquanto as pétalas eram lançadas do alto por dois helicópteros, os visitantes foram acompanhados por violinistas e saxofonistas, que tocaram músicas clássicas de compositores como os alemães Johann Sebastian Bach (1685-1750) e Ludwig van Beethoven (1770-1827), além de sucessos de MPB.

“Não sabia que ia ter chuva de rosas”, disse Karina Harumy da Silva Yoshimura, 41, comerciária, moradora da Barra Funda, zona oeste.

Umbandista, ela estava vestida toda de branco. No Cachoeirinha, levou flores e acendeu velas em homenagem aos avós e tios paternos.

“A irmã do meu pai tinha o costume, antes de partir dois anos atrás, de trazer toda a família ao cemitério nesta data tão importante. Agora, estou cumprindo essa missão”, afirmou, emocionada.

As pétalas de rosas vermelhas que caíram do céu vieram de Holambra, no interior paulista, tradicionalmente conhecida pelo cultivo de flores e plantas ornamentais.

De acordo com Rodrigo Macedo, 48, diretor de operações da concessionária Cortel São Paulo, elas chegaram à cidade na última quinta (31). Ficaram armazenadas em salas refrigeradas antes de embarcar em dois helicópteros que partiram neste sábado do aeroporto Campo de Marte, também na zona norte paulistana.

Pelo asfalto, a distância do primeiro lançamento seria de 27 km, enquanto a do segundo cairia para 10 km, aproximadamente.

É o segundo ano consecutivo que a Cortel São Paulo organiza a chuva de pétalas de rosas. A concessionária administra cinco cemitérios na capital paulista: além de Dom Bosco e Vila Nova Cachoeirinha, Araçá, São Paulo e Santo Amaro. Somente nos dois primeiros houve o lançamento de corolas. Todos eles, porém, contaram com a participação de duplas formadas por violinistas e saxofonistas, tocando das 8h às 16h, com uma programação que incluiu missas e distribuição de água, pipoca e doces.

O cemitério Vila Nova Cachoeirinha foi o único deles que recebeu duas duplas de músicos, os violinistas Wallace Franklin e Gustavo Martz, e os saxofonistas Gabriel Toledo e Marcos Sousa, por causa do grande fluxo de visitantes. No ano passado, por exemplo, 50 mil pessoas passaram por lá, número maior do que o somado aos outros quatro sepulcrários, de acordo com a concessionária —ela não divulgou, todavia, quanto foi gasto nas ações.

Devido à chuva forte na capital na parte da tarde, o fluxo de visitantes aparentemente foi menor, mas ainda não há uma previsão de quantas pessoas foram ao local.

Além desse caráter, digamos, lúdico, em homenagem aos familiares dos mortos, a iniciativa também teve o propósito de promover o recadastramento dos proprietários de jazigos. Dos 5 cemitérios sob a concessão da Cortel São Paulo, já é possível fazer isso via online (cortelsp.com.br/recadastramento) em 2 deles: Santo Amaro e Araçá. Nos outros três, os responsáveis pelos túmulos devem procurar a administração do cemitério para regularizar a situação.

Conforme determina o processo de permissão cedida pela Prefeitura de São Paulo à iniciativa privada, o recadastramento precisa ser feito nos primeiros quatro anos de concessão —ou seja, deve ir até o início de 2028. “Mas ele precisa ocorrer logo após a convocação”, explica Macedo. “Caso contrário, os jazigos podem ser considerados abandonados e passam para as mãos das concessionárias.”

Ainda no cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, grupos de bolivianos comemoraram o Dia dos Mortos. Pela tradição de povos originários andinos da Bolívia, comida e bebida são oferecidas para os visitantes que venham rezar pelos entes falecidos.

Há 22 anos no Brasil, o modelista Roly Atto, 37, fez uma celebração em homenagem à irmã e ao tio de seu cunhado, ambos enterrados no país de origem.

O banquete foi oferecido a 60 pessoas. “Toda a comida não pode ser levada para casa, ela precisa ser doada, por isso, muitas famílias veem ao cemitério para rezar pela alma dos homenageados”, explica Atto.

A oferenda principal são pães moldados como corpos, inclusive com as carinhas de homens e mulheres. Bebida alcoólica, como cerveja, é permitida, porque é um dia de muita alegria, explicou o modelista.

O Dia de Finados também contou com uma programação especial nos cemitérios administrados pela Consolare: Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa 1 e 2, e Vila Mariana. Tendas foram erguidas para acolher missas para familiares e amigos que foram homenagear seus entes queridos.

Além disso, os espaços contaram com apresentações musicais, com violino instrumental, é, é claro, teve chamado para o recadastramento.



Leia Mais: Folha

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Live, Síria: As autoridades anunciam o fim da operação militar contra os fiéis do regime de Al-Assad

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Live, Síria: As autoridades anunciam o fim da operação militar contra os fiéis do regime de Al-Assad

Quase 1.500 pessoas foram mortas, incluindo mil civis, em execuções em massa desde quinta -feira no oeste do país, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.



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Os planos de chip TSMC em nós combustam os medos de segurança da China em Taiwan – DW – 03/10/2025

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Os planos de chip TSMC em nós combustam os medos de segurança da China em Taiwan - DW - 03/10/2025

Após a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), o maior fabricante de chips do mundo, anunciou um US $ 100 bilhões (92 bilhões de euros) Plano de expansão para construir fábricas Nos Estados Unidos, estão aumentando as preocupações de que a produção de offshoring possa enfraquecer a alavancagem da ilha auto-regada em garantir proteção contra a China.

O TSMC é o principal produtor de muitos avançados semicondutores usados ​​em tudo De smartphones a caças de caça. No entanto, como a China prometeu “reunir” Taiwan com o continente, Usando a força, se necessárioa vulnerabilidade do suprimento global de semicondutores é um fator estratégico essencial.

Com isso em mente, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o ex -presidente Joe Biden, pediram a produção avançada de chips para os EUA.

Durante a campanha por seu segundo mandato, Trump, sem fornecer evidências, acusou o TSMC de “roubar” a indústria de chips dos EUA.

Em 2020, a TSMC anunciou bilhões de dólares em investimentos para construir fundições de chip no estado do sudoeste dos EUA no Arizona. Após atrasos e mais infusões de caixa, a primeira planta começou a produção em 2024. Um segundo deve começar a produção em 2028.

Conflito China-Taiwan: como poderia arruinar a economia global

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Incluindo o anúncio da semana passada, o investimento total da TSMC nos EUA agora equivale a US $ 165 bilhões.

Em uma entrevista coletiva na semana passada, o presidente da TSMC, CC Wei e o presidente de Taiwan, Lai Ching-Te, ambos insistiram que a expansão de investimentos de US $ 100 bilhões nos EUA não se devia à pressão de Trump.

“Sempre que o TSMC constrói uma linha de produção nos arredores de Taiwan, é sempre impulsionada pela demanda de clientes”, disse Wei, garantindo que a tecnologia mais avançada da empresa permanecesse na ilha.

No entanto, no comunicado à imprensa anunciando o investimento, Wei disse que a “visão e apoio” do presidente Trump em 2020 estava por trás do TSMC “embarcar no estabelecimento de fabricação avançada de chips nos Estados Unidos”.

A empresa disse que sua expansão equivale ao “maior investimento direto estrangeiro da história dos EUA” e incluiria três novas plantas de fabricação, duas instalações de embalagens avançadas e um centro de P&D.

“Acho que o TSMC não teria aumentado o investimento sem a pressão de Trump”, disse a Antonia Hmaidi, analista de tecnologia geopolítica do Mercator Institute for China Studies (Merics).

Chiang Min-Yen, pesquisador de segurança econômica do Centro de Pesquisa da Sociedade e Tecnologia (DSET), um think tank de Taiwan, disse à DW que, embora a mudança do TSMC “não fosse inteiramente a escolha economicamente mais racional”, foi um “ajuste necessário em resposta à geopolítica global da tecnologia”.

O TSMC de Taiwan começa a construir uma nova fábrica de chip de computador alemã

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Mantendo o ‘Escudo de Silício’ de Taiwan

Para muitos Taiwan, não está claro como a produção de chips nos EUA a um custo mais alto produzirá um retorno do investimento.

Além disso, enquanto o governo de Taiwan elogiou o último acordo como um “momento histórico” para laços bilaterais com os EUA, ele não abordou preocupações com as ameaças tarifárias de Trump ou a segurança a longo prazo fornecida pelo “Silicon Shield”.

O termo refere -se ao papel indispensável de Taiwan na cadeia de suprimentos globais de semicondutores que poderia ajudar a impedir uma invasão potencial pela China.

Taiwan domina a fabricação global de semicondutores, produzindo cerca de 60% dos chips do mundo, com o TSMC sendo o maior contribuinte para manter essa vantagem tecnológica.

Quando o último acordo foi anunciado juntamente com a vitoriosa declaração de Trump de que “os mais poderosos chips de IA do mundo serão feitos aqui na América”, disseram os alarmes em Taiwan.

O Partido da Oposição Kuomintang (KMT) criticou o presidente Lai por permitir que um governo estrangeiro enfraquecesse o escudo de silício, alertando que a mudança de produção avançada de chips para os EUA poderia levar a uma escavação da indústria de alta tecnologia de Taiwan e apoiar a segurança nacional.

“Acho que, fundamentalmente, esse movimento é realmente projetado para garantir que as empresas americanas tenham chips de ponta disponível se houver um bloqueio em torno de Taiwan”, disse Hmaidi da Merics à DW.

O pesquisador Chiang disse que, mesmo com expansão no exterior, a produção de semicondutores de Taiwan permanecerá dominante no futuro próximo.

“Com base no atual processo de construção nos EUA, mesmo que a tecnologia avancem para chips de 2 nanômetros, a conclusão é esperada entre 2027 e 2028. Enquanto isso, Taiwan acumulou décadas de experiência … com avanços tecnológicos contínuos”, disse ele.

“A idéia da transferência da tecnologia mais avançada não é viável”, acrescentou.

O TSMC também investiu em Fábricas na Alemanha e Japão.

Ameaças tarifárias iminentes de Trump

Antes do anúncio de investimento da TSMC, Trump indicou planos de elevar tarifas em chips fabricados em Taiwan a até 100%, alegando que a tática serviria de incentivo para as empresas levarem a produção de chips para os EUA.

Mesmo após a expansão do investimento da TSMC, Taiwanês Empresas de semicondutores Ainda poderia enfrentar novas rodadas de tarifas, que Trump deve anunciar em 2 de abril, disseram analistas.

No entanto, o impacto direto no TSMC pode ser limitado.

“Os EUA não importam diretamente muitos chips de Taiwan – principalmente importa produtos eletrônicos acabados, como carros e eletrônicos de consumo”, explicou Chiang.

Como Taiwan está enfrentando a ameaça das tarifas de Donald Trump

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Chiang alertou que Taiwan deve permanecer “crítico” dos próximos movimentos de Trump e se envolver ativamente em negociações com base em segurança e interesses mútuos.

“Seja Biden Lei de Cascas e Ciências Ou as políticas de Trump, ambas pretendem expandir a manufatura doméstica dos EUA “, disse ele, referindo -se a uma lei assinada pelo ex -presidente que fornece subsídios do governo para a criação de chips em solo americano.

Trump criticou a política de Biden como “doando” dinheiro, insistindo que os fabricantes de chips precisam de “incentivos”, como tarifas para construir em solo americano.

“Taiwan deve se perguntar: que tipo de estratégia da cadeia de suprimentos de chips serve melhor seu próprio interesse?” Chiang adicionou.

Até agora, Trump não indicou abertamente uma postura oficial sobre o suporte de segurança dos EUA para Taiwan, além de Repetir Taiwan deve pagar mais para os EUA por fornecer defesa contra a China.

Por que a China e os EUA estão tão fixos em Taiwan?

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O repórter do DW Yu-Chun Chou contribuiu para este relatório

Editado por: Wesley Rahn



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Polícia faz operação contra receptação de celulares – 10/03/2025 – Cotidiano

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Polícia faz operação contra receptação de celulares - 10/03/2025 - Cotidiano

Diego Alejandro, Francisco Lima Neto

A Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (10) mais uma fase da Operação Big Mobile. A ação tem como objetivo desarticular grupos criminosos envolvidos na receptação de celulares roubados ou furtados, informa a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). Um helicóptero está sendo usado no apoio.

Quase 2.000 policiais participam da operação, que ocorre em todo o estado. Na capital, 476 agentes do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) se reuniram na Praça da República, no centro, antes de iniciar os trabalhos. Outros 381 atuam na região metropolitana. O restante foi distribuído entre os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior.

Os policiais fiscalizam lojas e imóveis identificados como pontos de receptação. Os endereços foram mapeados a partir de boletins de ocorrência registrados pelas vítimas. Um helicóptero da corporação apoia as buscas.

O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que os registros das vítimas são fundamentais para as investigações. “São informações essenciais para que a gente possa entrar nesses lugares e fazer a fiscalização”, disse.

Os celulares apreendidos serão identificados pelo número de Imei (do inglês International Mobile Equipment Identity, ou Identificação Internacional de Equipamento Móvel), e os donos contatados para recuperar os aparelhos.

As fases anteriores da operação, em janeiro, resultaram na recuperação de mais de 16 mil celulares na capital e na Baixada Santista.

No total, em 2024, a Polícia Civil recuperou 39 mil aparelhos, dos quais quase 36 mil foram devolvidos aos donos.



Leia Mais: Folha

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