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Financiamento de litígio: entenda esse investimento – 13/10/2024 – Mercado

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Stéfanie Rigamonti

Um investimento de alto risco, que já tem mercado maduro em alguns países europeus, nos Estados Unidos e na Austrália, está crescendo no Brasil: o financiamento de litígio. A modalidade começou a ser operada por algumas gestoras há dez anos e vive um momento de expansão.

O financiamento de litígio integra uma categoria de investimento chamada de “special situations”, que reúne ativos alternativos, envolvendo aspectos jurídicos complexos, com risco elevado, e, por isso, rentabilidade também alta.

Nessa aba entram, além do litígio, financiamento de empresas em recuperação judicial, antecipação de recebível de precatório e crédito estruturado, entre outros.

Ainda carente de dados gerais, o financiamento de litígios está cada vez mais na mira dos investidores institucionais, segundo gestoras especializadas em administrar os chamados fundos distressed (estressados) —que reúnem ativos ligados a situações problemáticas de empresas.

Basicamente, com o financiamento de litígios, as empresas e até mesmo pessoas físicas que entram numa ação judicial condenatória em situação de desvantagem buscam o apoio, não somente financeiro mas também jurídico, de advogados especializados naquele tipo de causa, para brigar de igual para igual na Justiça. São processos em que uma parte precisa pagar um valor para a outra.

“Litígio é uma guerra financeira. E, quando você tem uma luta de Davi contra Golias, o que o Golias vai tentar fazer é estrangular financeiramente o Davi. Essa é a melhor forma de você ganhar um litígio. Porque litígio é muito caro”, diz Pedro Mota, sócio da JiveMauá, gestora de investimentos alternativos com R$ 19 bilhões sob gestão.

Um exemplo relevante são ações movidas pelas vítimas do desastre de Mariana, provocado pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco, cujas acionistas são a Vale e a BHP. O gigante britânico de advocacia Pogust Goodhead é responsável por ações no Brasil, no Reino Unido e na Holanda em nome das vítimas da tragédia.

No ano passado, a firma recebeu empréstimo de cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) do Gramercy, fundo hedge com sede em Connecticut (EUA), com patrimônio de US$ 6 bilhões (R$ 33,9 bilhões). São recursos que vêm de fundos de pensão, fortunas individuais e fundos soberanos.

Empresas também buscam esse tipo de recurso. Mota conta que muitas companhias de médio porte que já estão em uma situação de aperto financeiro optam por buscar o financiamento de litígio em ações contra grandes empresas para poupar o dinheiro que será usado para pagar credores, por exemplo, em um caso de reestruturação de dívidas.

Além do aumento do investimento em fundos que oferecem esse financiamento, especialistas relatam também um boom no número de empresas e pessoas físicas que buscam dinheiro para enfrentar a Justiça. Cristian Lara, diretor de tecnologia da informação da Strategi Capital, que possui R$ 150 milhões sob gestão, relata um crescimento mensal na demanda.

A vantagem para quem busca esse tipo de financiamento é não ter de arcar com os gastos milionários do processo e ainda não sofrer o prejuízo de pagar custas em caso de perda no processo, já que quem paga nesse caso são os investidores. Por outro lado, quando há vitória na ação, o beneficiário cede uma porcentagem do ganho na causa para a gestora. Lara explica que, além da ajuda financeira, como os investidores têm interesse na vitória da ação, as gestoras empenham também capital humano durante o processo.

“Quando a gente vira ‘sócio’ dessa ação judicial, além de ter risco financeiro no negócio, a gente quer que dê resultado. E obviamente a gente coloca capital humano para fazer dar certo, como desenhar as melhores estratégias de recuperação do tanto que se sofreu em um determinado litígio, contratações de laudos, de pareceres. E às vezes a gente está discutindo um tema técnico, então tem que ter peritos”, diz Lara.

Pedro Cavalcanti Rocha, diretor de Special Situation do Grupo Leste, diz que, como a natureza desse ativo é de alto risco, já que envolve decisões de juízes que podem ser imprevisíveis, e quem toma o risco é a gestora, as taxas requeridas como contrapartida em caso de vitória também são altas, não menos de 35%.

Além disso, os gestores desse ativo, que envolvem advogados, engenheiros e economistas, precisam ser altamente seletivos na escolha de quais processos farão parte da carteira dos fundos. “A cada cem ações que aparecem para nós, investimos em uma ou 0,5. O filtro é alto, só pegamos ações que têm chance de 70% a 100% de vitória”, diz Rocha.

Ele conta que, diferentemente de outros tipos de fundos, como os de ações ou de renda fixa, que são altamente afetados pela situação macroeconômica, a rentabilidade do financiamento de litígios não depende de questões como juros, dólar ou risco-país.

Por outro lado, têm relação direta com segurança jurídica, morosidade da Justiça, quais são os advogados envolvidos nas causas e a influência de políticos e empresas sobre os tribunais do país. Todas essas variáveis são levadas em conta na filtragem dos litígios nos quais investir.

O Grupo Leste possui R$ 500 milhões, dos mais de R$ 12 bilhões sob gestão, focados na estratégia de litígio. A gestora só tem na carteira causas de ao menos R$ 25 milhões, que envolvam grandes empresas e que possuam nota de classificação de risco máxima, AAA (ou seja, com capacidade de cumprir com o pagamento).

Os fundos que reúnem investimentos em financiamento de litígio são de longo prazo, em média de seis anos, dada a natureza do ativo que está atrelado ao tempo da Justiça brasileira. Em média, eles entregam um rentabilidade próxima a 22% ao ano.



Leia Mais: Folha

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Casa da catadora Aurinha pega fogo no lixão. Ela perdeu tudo e precisa de ajuda urgente!

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O festival Restaurant Week Brasília, edição de aniversário da capital, já começou. Tem pratos com nomes icônicos da cidade. - Foto: Divulgação

Se já não bastasse a fome e o problema de saúde, agora a casa da catadora de recicláveis Aurinha pegou fogo. O incêndio destruiu tudo, só ficaram cinzas. E la precisa de ajuda urgente!

Na última terça-feira, dia 15, Aurinha levou um susto ao chegar em casa no lixão de São João do Amanari, em Maracanaú (CE). Um curto circuito provocou o fogo que destruiu completamente a moradia. Não sobrou nada, nem as roupas. Agora, além de doente, ela está sem um lugar para dormir e sem saber como recomeçar.

“Fiquei sem nada, tudo queimou, as poucas coisas que eu tinha. Foi um curto-circuito na energia. Eu tô sem chão. Além da minha doença agora acontece isso”, contou Aurinha em entrevista ao Só Notícia Boa. Vamos ajudar na vaquinha!

Doente e sem moradia

Aurinha vive há 20 anos no lixão e foi diagnosticada há pouco mais de um ano com H-pylori grau 3, uma bactéria grave no estômago, adquirida após anos se alimentando de restos do lixo. O caso é severo e pode evoluir para um câncer se não tratado com urgência.

Por recomendação médica, ela precisou parar de trabalhar, perdeu a única fonte de renda que tinha e começou a viver de favor com outra família do lixão.

Agora, nem isso tem mais. O incêndio levou o pouco que restava.

Veja outras histórias do SVB:

Ela precisa de nós

O remédio que Aurinha precisa custa R$ 300 por caixa e não está disponível no SUS. Além disso, ela precisa de ajuda para realizar exames, se alimentar, e agora, reconstruir a casa.

Toda doação ajuda é bem vinda para a catadoroa recuperar a saúde e recomeçar a vida.

Doe agora mesmo!

Chave Pix:

ajuda-aurinha@sovaquinhaboa.com.br

Ou doe por cartão de crédito diretamente no site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

Todas as doações são seguras e a história é verificada.

Assista ao vídeo do fogo na casa da catadora Aurinha, que vive no lixão:



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Anônima generosa paga tratamento caro e salva bebê desenganada; altruísmo

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A vovó Josina, de Goiás, chorou de alegria com a surpresa dos 21 netos que chegaram na casa dela com flores e mimos para um café da tarde. - @flaviana_terra/Instagram

O tratamento desta bebê, da Flórida, desenganada pelos médicos, foi pago por uma pessoas anônima, que soube do caso dela. – Foto: Nadine B. Photography

Imagina o alívio desses pais. Uma pessoa anônima generosa pagou o tratamento da bebê deles, que havia sido desenganada, e hoje a criança sorri, engatinha e está aprendendo a falar. Sim, tem gente boa nesse mundo!

A pequena Millie nasceu em agosto de 2023. Logo após o nascimento, os pais, da Flórida, Estados Unidos, ouviram a pior notícia possível: a vida da filha corria graves riscos por causa de uma rara e grave malformação cerebral.

Enviada para casa para cuidados paliativos, o jogo virou quando uma pessoa desconhecida telefonou, em meio a uma oração da equipe médica, e cobriu os altos custos do tratamento neurológico especializado. “É simplesmente impossível entender esse nível de generosidade de um estranho”, agradeceu Bill Longhenry, pai da garotinha.

Tratamento desafiador

Apesar do diagnóstico, os pais da menina não desistiram. O casal procurou pelo médico Brandon Crawford, um neurologista do Texas.

O profissional acreditou no potencial da menina e iniciou um plano inovador.

Combinando laserterapia, ondas acústicas e exercícios de integração cerebral, o neurocirurgião conseguiu fazer com que o cérebro de Millie se adaptasse e se reorganizasse. O problema disso tudo? O preço!

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A doação anônima

A família quase precisou interromper o tratamento por falta de dinheiro, já que o seguro não cobria as sessões.

No dia 27 de março algo inesperado aconteceu. Durante uma oração da equipe médica, pedindo ajuda divina, o telefone tocou.

Do outro lado da linha, uma ex-paciente da equipe, que acompanhava a história da pequena, se ofereceu para cobrir toda a dívida pendente: mais de US$ 47 mil (aproximadamente R$ 277 mil reais). Olha o altruísmo!

“Não há preço que eu possa colocar na vida dela”, disse Meg Longhery, mãe da criança, em entrevista à Fox News.

Luta continua

A luta da família continua. Millie ainda vai precisar de sessões regulares, equipamentos especiais e muita dedicação.

Mesmo assim, os pais seguem unidos e com fé no futuro

“Servimos a um Deus tão grande que ele é maior do que nossos maiores medos – ele é o maior médico e nos alinha com onde precisamos estar e com quem precisamos estar”, disse a mãe.

Quando olha para o passado e lembra que a filha foi desacreditada, ela percebe que valeu a pena lutar por tudo.

“É muito encorajador ver o crescimento que nos disseram repetidamente que não veríamos”, finalizou.

Diagnosticada com malformação, ela tinha 95% de chance de falecer nos primeiros meses. Ela venceu! - Foto: Nadine B. Photography

Diagnosticada com malformação, ela tinha 95% de chance de falecer nos primeiros meses. Mas ela venceu! – Foto: Nadine B. Photography



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Restaurant Week Brasília começou; pratos chiques por R$ 65 na edição de aniversário da capital

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A calopsita Theo, de São Paulo, aprendeu a imitar o alarme do despertador de celular do tutor e não deixar ninguém dormir, inclusive ele. - Foto: @ariel_calopsit/Instagram

Brasília completa 65 anos com um presente de dar água na boca: uma edição especial de aniversário do festival gastronômico Restaurant Week. A festa já começou com pratos chiques de almoço a R$ 65, número simbólico em referência à idade da Capital Federal.

Já o jantar sai por R$ 89. Ambas opções incluem três etapas: entrada, prato principal e sobremesa. O evento reúne 74 restaurantes espalhados por várias regiões do Distrito Federal.

Entre os restaurantes estão o Coco Bambu, Confraria do Camarão, Outback Steakhouse, a Villa Carioca, Restaurante do Farol, e o Casa Brisa, entre outros.

Todos os gostos

Com opções espalhadas por regiões como Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, entre outros, o Restaurant Week promete agradar todos os paladares.

No Caminito Parrilla, restaurante especializado em culinária latino-americana da Asa Norte, as opções variam de salada de pastrami, clássico ossobuco ou baby beef ao molho de gorgonzola.

Já no Outback do Park Shopping, os clientes escolhem entre a salada da casa ou sopa de cebola como entrada. O prato principal pode ser a clássica costela ou filé mignon com fettuccine.

Para finalizar, uma sobremesa com base crocante, doce de leite e caramelo, ou sorvete de baunilha com calda de chocolate e morango.

Clique aqui para ver a lista completa dos restaurantes participantes!

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Pratos para homenagear Brasília

Diversos restaurantes resolveram homenagear a cidade, colocando no pratos nomes de pessoas que fizeram história na capital, pontos marcantes de Brasília e até mesmo monumentos.

O Barbacoa, do Park Shopping, adaptou todo o menu. A entrada, um fresco buffet de saladas, virou “Catedral Metropolitana”.

Os pratos principais são “Eixo Monumental” ou “Ponte Juscelino Kubitschek”.

Outras atrações

Além do festival Restaurant Week, a Capital Federal também preparou vários shows gratuitos com famosos no principal cartão-postal da cidade: a Esplanada dos Ministérios.

Entre os grandes nomes estão Léo Santana, Elba Ramalho, Fagner, Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Wesley Safadão.

Veja a programação completa!

Sábado, 19 de abril

  • 14h – Abertura oficial: Solenidade institucional com celebração gospel
  • 15h – Inauguração da exposição fotográfica Brasília Ontem e Hoje
  • 15h30 – Show: Eli Soares (gospel, artista nacional)
  • 16h40 – DJ Léo S.A (artista local)
  • 17h – Dih Ribeiro (artista local)
  • 18h – Eduardo & Mônica (artista local)
  • 19h – TJ Fernandes (Teatro Nacional)
  • 19h – Willian & Marlon (artista local)
  • 21h – Os Melhores do Mundo (Teatro Nacional)
  • 21h – Show nacional: Wesley Safadão
  • 23h – Show nacional: Léo Santana
  • 2h – Encerramento do dia

Domingo, 20 de abril

  • 14h – Abertura
  • 14h – Teatro infantil e atividades recreativas
  • 15h – Heverton & Heverson (artista local)
  • 16h40 – Enzo & Rafael (artista local)
  • 18h30 – Rock Beats (artista local)
  • 19h50 – Miguel Santos (artista local)
  • 20h20 – Show nacional: Fagner
  • 22h – Show nacional: O Grande Encontro (Alceu Valença,
  • Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
  • 23h50 – Show de luzes com drones
  • 0h – Show nacional: Mari Fernandez (Contrato do Ministério do Turismo)
  • 2h – Encerramento do dia

Segunda, 21 de abril

  • 14h – Abertura
  • 14h – Teatro infantil e atividades recreativas
  • 14h30 – Exibição de vídeos: A História de Brasília
  • 15h – Doze Por Oito (artista local)
  • 16h50 – Doze Por Oito (segunda apresentação)
  • 18h – Adriana Samartini (artista local)
  • 19h – Show nacional: Menos é Mais
  • 21h – Show nacional: Grupo BenzaDeus
  • 22h – Show de abertura: Bruno César & Rodrigo (Contrato do
  • Ministério do Turismo)
  • 23h30 – Show nacional: Zé Neto & Cristiano (Contrato do Ministério do Turismo)
  • 0h – Espetáculo pirotécnico e encerramento oficial das celebrações
  • 1h30 – Encerramento do show e do evento.

O Brownie do Restaurante Mercado Del Puerto é uma das delícias na lista! - Foto: Reprodução O Brownie do Restaurante Mercado Del Puerto é uma das delícias na lista! – Foto: Reprodução



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