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Fintech tenta fraudar BNDES com empréstimo de R$ 300 mi – 30/10/2024 – Mercado

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Fintech tenta fraudar BNDES com empréstimo de R$ 300 mi - 30/10/2024 - Mercado

Stéfanie Rigamonti

Em operação deflagrada em Campinas e Hortolândia, cidades do interior de São Paulo, nesta quarta-feira (30), a Polícia Federal investigou uma tentativa de fraude de uma fintech ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para obtenção de um empréstimo no valor de R$ 300 milhões.

Batizada de Wolfie, a operação é um desdobramento de uma outra, a Concierge, deflagrada no dia 28 de agosto, para desarticular uma organização criminosa suspeita de crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro.
A organização criminosa é composta por dois bancos digitais não autorizados pelo Banco Central, que se mantinham hospedados em instituições financeiras de grande porte.

Segundo a PF, essas fintechs ofereciam abertamente na internet contas clandestinas, que permitiam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas e tributárias, além de outros fins ilícitos. As contas desses dois bancos digitais movimentaram R$ 7,5 bilhões.

Dados levantados pela Polícia Federal permitiram constatar que uma dessas fintechs protocolou um pedido de financiamento junto ao BNDES dias antes da deflagração da operação Concierge para a aquisição de um banco autorizado pelo Banco Central.

Para realizar o pedido de financiamento, ainda segundo a PF, a empresa utilizou documentos falsificados pelo próprio dono do banco digital em conjunto com seu contador e um lobista, suspeito de negociar junto ao BNDES para conseguir a aprovação do empréstimo. O pedido foi negado dias depois da deflagração da operação.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva na manhã desta quarta em Campinas, e dois mandados de busca e apreensão, um em Campinas e outro em Hortolândia, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.


Os investigados responderão por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, obtenção de financiamento mediante fraude e advocacia administrativa, com penas máximas somadas que ultrapassam 25 anos de prisão.

Em nota, o BNDES disse que os mecanismos de controle e de governança do banco de desenvolvimento identificaram a tentativa de fraude, o que impediu o acesso da fintech ao recurso.

“O BNDES possui rigorosos e consolidados mecanismos de controle e compliance, que fazem com que a instituição tenha um índice de inadimplência muito menor do que todo o sistema financeiro”, disse a instituição, que parabenizou a ação da PF.

“O BNDES permanece à disposição da Polícia Federal, com quem tem uma parceria estratégica, para colaborar com todas as informações que tiver disponíveis”.

Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Federal não respondeu ao pedido da reportagem por mais informações sobre as referidas fintechs. Segundo nota oficial, a PF diz que, durante as investigações, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) chegou a denunciar os bancos digitais ao MPF (Ministério Público Federal).

As contas anunciadas pelas fintechs eram divulgadas como garantidas porque eram “invisíveis” ao sistema financeiro, segundo a PF, e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento, funcionando por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem ligação entre correntistas e bancos de hospedagem.

Na época da deflagração da operação Concierge, o empresário Patrick Burnett, CEO do Inove Global Group, foi um dos presos. A assessoria da fintech negou as acusações na época. José Rodrigues, fundador do T10 Bank, também foi preso na operação. A empresa repudiou as acusações naquela ocasião em publicação no Instagram.

“Nós, do T10, repudiamos publicamente as alegações recentes que associam nossa empresa a práticas irregulares. Permanecemos à disposição das autoridades para esclarecer qualquer dúvida e reafirmar nosso compromisso com a integridade”, diz trecho do post.

Durante a operação Concierge foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

A 9ª Vara Federal de Campinas também determinou a suspensão das atividades de 194 empresas usadas pela organização criminosa para dissimular as transações, suspensão da inscrição de dois advogados junto à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a suspensão do registro de contabilidade de 4 contadores e o bloqueio de R$ 850 milhões.



Leia Mais: Folha



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STF tem quatro votos para garantir policiamento das guardas municipais

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STF tem quatro votos para garantir policiamento das guardas municipais

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (12), em Brasília, o julgamento que trata da competência das guardas municipais para realizar policiamento ostensivo em vias públicas. 

Até o momento, a Corte tem o placar de quatro votos a um para garantir que as guardas municipais podem realizar policiamento preventivo e comunitário. 

Diante do adiantado da hora, a sessão foi suspensa hoje e será retomada em uma data que ainda será marcada. Faltam os votos de seis dos onze ministros. 

O STF julga recurso protocolado pela Câmara Municipal de São Paulo para derrubar decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que julgou inconstitucional trecho da Lei Municipal 13.866/2004, que fixou a competência da Guarda Civil Metropolitana para realizar o trabalho de policiamento. 

A controvérsia sobre a questão está em torno da interpretação do Artigo 144 da Constituição. O dispositivo definiu que os municípios podem criar guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

No entendimento da Justiça paulista, as guardas não podem realizar patrulhamento preventivo, tarefa que deve ser da Polícia Militar.

Competência constitucional

Prevalece no julgamento o voto do relator do caso, ministro Luiz Fux. No voto proferido no mês passado, o relator entendeu que a competência constitucional para legislar sobre segurança pública é concorrente e pode ser exercida pelos municípios, estados e a União. Dessa forma, os guardas também podem fazer o policiamento das vias dos municípios que possuem a guarda. 

Na sessão de hoje, o voto foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Flávio Dino e André Mendonça.

Para Flávio Dino, as guardas podem realizar prisões em flagrante nas ruas e não somente proteger escolas públicas e postos de saúde, por exemplo.

“Quando nós falamos de bens, de serviços e instalações não há amparo constitucional ou infraconstitucional para nós dizermos, por exemplo, que estão excluídos os pontos de ônibus, as praças, os mercados, as feiras, os postos de saúde. Então, é claro que uma guarda municipal que está protegendo uma escola ou posto de saúde se vê diante de flagrantes”, afirmou Flávio Dino.

O único voto contrário foi proferido pelo ministro Cristiano Zanin. Para ele, as guardas podem agir em casos de flagrante, mas não possuem atribuição de fazer uma busca pessoal para checar uma denúncia anônima de tráfico de drogas, por exemplo.

“Pela Constituição, há claramente uma delimitação naquilo que as guardas municipais podem fazer, podem atuar”, finalizou.  



Leia Mais: Agência Brasil



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Tropa de macacos japoneses no parque da Tasmânia será esterilizada e morrerá em meio a temores de endogamia | Tasmânia

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Tropa de macacos japoneses no parque da Tasmânia será esterilizada e morrerá em meio a temores de endogamia | Tasmânia

Australian Associated Press

Uma tropa de macacos que vive num parque da cidade há quatro décadas será impedida de se reproduzir devido a preocupações com a consanguinidade em curso.

Os macacos, 10 dos quais foram presenteados a Launceston em Tasmânia pela cidade irmã japonesa Ikeda em 1981, desaparecerá em cerca de 25 anos como resultado de uma decisão do conselho.

Uma atração única para a cidade do norte, o recinto dos macacos em um parque central foi aberto ao público para visualização.

Em 2000, foi revelado que o vírus do herpes B havia se espalhado pelos macacos, mas as discussões sobre a eutanásia da tropa não foram bem recebidas.

As preocupações com a falta de diversidade genética aumentaram nos últimos anos.

As leis nacionais de biossegurança impedem a importação das espécies, com conselhos ao conselho recomendando que a sua gestão receba atenção urgente.

O conselho veterinário disse que o melhor caminho a seguir seria o controle reprodutivo cirúrgico dos machos, em vez de abater ou castrar alguns animais reprodutivos.

O conselho também estava preocupado com a continuação da reprodução que deixaria o recinto superlotado e afetaria negativamente a saúde e o bem-estar.

Uma reunião do conselho na tarde de quinta-feira, que votou 10-1 a favor da esterilização, foi informada de que havia sinais de abortos espontâneos e natimortos na tropa.

“Sabemos que a comunidade de Launceston se preocupa muito com o bem-estar dos macacos do Parque Municipal”, disse o prefeito de Launceston, Matthew Garwood. “Esse é um sentimento muito compartilhado tanto pelos vereadores quanto pelos funcionários.

“A incapacidade de introduzir novo stock genético e os graves impactos na sua saúde e bem-estar significam que precisamos de começar a considerar o futuro da tropa.

“(A) decisão foi difícil, mas prioriza o bem-estar da tropa de macacos para que possamos mantê-los tão saudáveis ​​e felizes quanto possível pelo maior tempo possível.

“(Os) macacos ainda estarão conosco nas próximas décadas e continuaremos a cuidar deles com os mais altos padrões possíveis.”

Garwood disse que escreveria ao prefeito de Ikeda para explicar a decisão.

A vereadora Andrea Dawkins, que apoiou a moção, disse que as expectativas da comunidade mudaram.

“Talvez se nos oferecessem esta oportunidade (de ter macacos) agora, não diríamos sim”, disse ela. “Animais em cativeiro apenas para o prazer das pessoas é algo pelo qual passamos.”

Espera-se que a dessexação de macacos machos ocorra dentro de dois anos.



Leia Mais: The Guardian



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Venezuela liberta mais de 100 pessoas presas após eleições contestadas | Notícias de Nicolás Maduro

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Venezuela liberta mais de 100 pessoas presas após eleições contestadas | Notícias de Nicolás Maduro

O governo da Venezuela tomou medidas para libertar alguns detidos na repressão pós-eleitoral, mas continua a pressionar a oposição.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, libertou 103 pessoas presas após as contestadas eleições de julho no país, que a oposição acusou Maduro de roubar.

O serviço de segurança cidadã, chefiado pelo ministro Diosdado Cabello, anunciou a libertação dos prisioneiros em comunicado escrito na quinta-feira.

Explicou que Maduro instruiu o governo a rever “todos os casos relativos a atos de violência e crimes cometidos no âmbito das eleições”.

Os 103 presos foram libertados durante um período de 72 horas, de terça a quinta-feira. O serviço explicou que a sua libertação se somou às “medidas cautelares” concedidas a outros detidos no dia 26 de novembro.

Essas “medidas de precaução” também permitiram a libertação de 225 prisioneiros, mas exigiram que comparecessem perante um tribunal uma vez a cada 30 dias, de acordo com o gabinete do procurador-geral.

Apesar de tais gestos, o governo recusou os apelos da oposição e dos líderes regionais para divulgar dados que pudessem validar a vitória de Maduro.

Nas horas que se seguiram às eleições de 28 de julho, a autoridade eleitoral venezuelana declarou Maduro o vencedor de um terceiro mandato, apesar das sondagens pré-eleitorais que o mostravam atrás do líder da oposição. Edmundo González por uma margem aparentemente intransponível.

Mas os críticos aproveitaram imediatamente o facto de responsáveis ​​de diversas áreas-chave se terem recusado a divulgar os registos de votação em papel, uma parte padrão do processo eleitoral na Venezuela.

Milhares de manifestantes inundaram as ruas de cidades como a capital, Caracas, e a oposição divulgou dados que disse mostrarem que Gonzalez venceu com folga.

No entanto, tanto a autoridade eleitoral venezuelana como o Supremo Tribunal do país – que os críticos dizem estar repleto de legalistas – confirmaram a vitória de Maduro. E o governo respondeu com uma dura repressão tanto sobre os manifestantes como sobre os membros da oposição.

Pelo menos 28 pessoas morreram e quase 200 ficaram feridas quando as forças de segurança entraram em confronto com manifestantes em todo o país. Os números do governo indicam que cerca de 2.000 pessoas foram presas.

A oposição, que enfrentou prisões e uma série de desqualificações de candidatos mesmo antes da votação ter ocorrido, continuou a enfrentar pressão desde então. No início desta semana, um partido da oposição chamado Vente Venezuela disse que três dos seus líderes regionais tinham sido detidos.

O próprio Gonzalez fugiu para Espanha em Setembro, onde lhe foi concedido asilo. “Minha saída de Caracas foi cercada de atos de pressão, coerção e ameaças”, disse na época.

Figuras da oposição também procuraram abrigo na embaixada da Argentina em Caracas, após a emissão de mandados de prisão após as eleições.

Esta semana, o governo de Argentina acusou mais uma vez o governo Maduro de assediar o grupo de oposição sequestrado dentro da embaixada, que inclui quatro homens e duas mulheres.

As embaixadas e consulados são considerados espaços “invioláveis” ao abrigo do direito internacional, e as autoridades locais são geralmente proibidas de entrar sem autorização prévia.

“O governo venezuelano não só negou a passagem segura que permitiria a sua partida segura, mas também adotou ações de assédio totalmente inaceitáveis”, disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werhein, em comentários à Organização dos Estados Americanos (OEA) esta semana.

“Os requerentes de asilo estão sujeitos a cortes de água, interrupções de energia elétrica, restrições à entrada de alimentos e à presença constante de forças de segurança nas proximidades da sede diplomática.”



Leia Mais: Aljazeera

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