O ministro da Casa Civil, Rui Costa, concedeu uma entrevista coletiva ao fim das sete de horas da reunião ministerial comandada pelo presidente Lula nesta segunda-feira e foi questionado sobre a perspectiva de reforma no primeiro escalão do governo — que ele mesmo havia sinalizado recentemente que poderia ocorrer antes do encontro.

“O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso, esse assunto não foi pauta, evidente, da reunião e o presidente continua refletindo. Ele pode trocar ministro ou ministra, como qualquer outra função, a qualquer momento”, declarou Costa.

“Então, portanto, não tem um prazo nem para iniciar nem para terminar. Ele está refletindo e, portanto, não há previsão nem data de início nem data de fim de uma reforma ministerial”, complementou.

Segundo o chefe da Casa Civil, Lula não deu nenhum recado durante a reunião sobre possíveis trocas nos ministérios.

“O recado é só positivo, de se sentir orgulhoso com a dedicação, o trabalho do conjunto dos ministros e que os ministros vão funcionar como uma orquestra agora, com o maestro afinando a orquestra para que a gente esteja numa nota só, afinando a comunicação e tendo mais presença. A ideia é que os ministros e que o próprio presidente tenham mais contato, falem mais com a imprensa e que nós tenhamos também mais presença nos diversos estados brasileiros”, relatou.

A barafunda do Pix foi um dos maiores desastres para o governo até agora.

O governo botou a culpa nas fake-news. Não colou, até porque dizer que a intenção de taxar o Pix é fake-news é, de certa forma, fake-news — afinal, o governo quer(ia) fiscalizar o Pix para quê? Não era para depois taxar no imposto de renda?

O governo também botou a culpa no Zuckerberg e no algoritmo. Não colou: a mudança anunciada pelo controlador da Meta não altera o algoritmo e, pelo menos por enquanto, só vale nos EUA.

Aí o governo teve a ideia malsã — e muita uma gente boa embarcou nessa canoa furada — de dizer que que “desacreditar medida governamental é crime” e cogitar entrar na Justiça contra os deputados Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer e o senador Flávio Bolsonaro. Fica a dúvida sobre qual é o artigo do Código Penal em que o governo pretende enquadrar o exercício do direito constitucional de duvidar das intenções do governo. Não tem perigo de colar.

No ano passado, junto com o tal pacote de corte de gastos, Lula anunciou um pacote de corte de receitas. A bolsa desabou, o dólar disparou. Lula botou a culpa nos vampiros da Faria Lima e do mercado financeiro. Não colou.

Até recentemente, Lula botava a culpa de tudo no Roberto Campos Neto. Nunca colou.

“A culpa é minha e eu boto em quem eu quiser”, aprendeu Lula com Homer Simpson.

OK.

Mas, com rombo no fiscal e dólar e juro nas alturas, ou Lula corta gastos de verdade ou vai encarar uma bruta recessão.

E aí, quando 2026 chegar , vai ser difícil botar a culpa em alguém.

^{(Por Ricardo Rangel em 20/01/2025)}

Um vereador de Magé, cidade da Baixada Fluminense do Rio, foi assassinado na manhã desta segunda-feira. Silmar Braga (PP) foi baleado na porta de casa, no bairro Nova Marília. Ele, que tinha 51 anos e estava ao lado de uma das filhas ao ser atingido, chegou a ser levado com vida para o Hospital Municipal de Magé, mas não resistiu aos ferimentos. Braga estava no seu quarto mandado consecutivo na Câmara Municipal de Magé.

A prefeitura do município, comandada por Renato Cozzolino, do mesmo partido do vereador, decretou luto oficial de três dias. Em nota, o governo diz que Braga deu entrada na unidade de saúde às 9h45, vítima de perfuração por arma de fogo e em estado gravíssimo. “A equipe tentou a reanimação, sem sucesso. O óbito foi regsitrado às 10h25, e o corpo será encaminhado ao IML”, afirmou a prefeitura em comunicado.

A Câmara Municipal também decretou luto oficial em Magé, uma das cidades do Rio de Janeiro mais marcadas pelo histórico de violência política. “O vereador Silmar Braga estava em seu quarto mandato, exercendo com dedicação e compromisso o papel de representante do povo mageense. Filiado ao PP, ele deixa um legado de trabalho e luta pelas causas que acreditava, sempre buscando o bem-estar da população de nossa cidade”, diz a Casa, em nota.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.