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“Forte probabilidade” de fome iminente no norte de Gaza: especialistas em segurança alimentar | Notícias do conflito Israel-Palestina

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“Forte probabilidade” de fome iminente no norte de Gaza: especialistas em segurança alimentar | Notícias do conflito Israel-Palestina

Há uma “forte probabilidade de que a fome seja iminente em áreas” do norte de Gaza, de acordo com um comité de especialistas em segurança alimentar global, à medida que as forças israelitas avançam com uma grande ofensiva na área.

“É necessária uma acção imediata, dentro de dias e não de semanas, por parte de todos os actores que participam directamente no conflito, ou que têm influência na sua conduta, para evitar e aliviar esta situação catastrófica”, disse o Comité de Revisão da Fome (FRC) independente num comunicado. alerta raro na sexta-feira.

O alerta chega poucos dias antes do prazo final dos Estados Unidos para Israel, que iniciou a sua ofensiva no norte do enclave no mês passadopara melhorar a situação humanitária em Gaza ou enfrentar potenciais restrições à ajuda militar dos EUA.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) estima que ainda existam entre 75.000 e 95.000 pessoas no norte de Gaza.

A FRC disse que se poderia “presumir que a fome, a subnutrição e o excesso de mortalidade devido à subnutrição e às doenças estão a aumentar rapidamente” no norte de Gaza.

“Os limites da fome podem já ter sido ultrapassados ​​ou o serão num futuro próximo”, afirmou.

‘O inaceitável está confirmado’

O comité analisa as conclusões do monitor global da fome – um padrão reconhecido internacionalmente conhecido como Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC).

O IPC define fome como quando pelo menos 20 por cento das pessoas numa área sofrem escassez extrema de alimentos, com pelo menos 30 por cento das crianças gravemente desnutridas e duas pessoas em 10.000 morrem diariamente de fome ou desnutrição e doenças.

O IPC é uma iniciativa que envolve agências da ONU, governos nacionais e grupos de ajuda que estabelece o padrão global na medição de crises alimentares.

Cindy McCain, diretora executiva do Programa Alimentar Mundial da ONU (PMA), disse após o alerta ser emitido: “O inaceitável está confirmado: a fome está provavelmente acontecendo ou é iminente no norte de Gaza”.

Ela postou na plataforma de mídia social X: “Devem ser tomadas medidas imediatas para permitir um fluxo seguro, rápido e desimpedido de suprimentos humanitários e comerciais para evitar uma catástrofe total. AGORA”, disse ela.

Reportando de Deir el-Balah, no centro de Gaza, Hind Khoudary da Al Jazeera disse que o norte de Gaza tem sido sob um cerco estrito por mais de 30 dias, sem permissão de entrada de alimentos, remédios ou água.

“Não houve acesso de nenhuma organização internacional para entregar alimentos naquela área. Beit Lahiya, Beit Hanoon e Jabalia ainda estão sob ataques intermináveis”, disse ela.

O IPC alertou no mês passado que toda a Faixa de Gaza corria o risco de fomeenquanto altos funcionários da ONU descreveram na semana passada o norte de Gaza como “apocalíptico” e disseram que todos ali estavam “em risco iminente de morrer de doenças, fome e violência”.

Palestinos deslocados fazem fila para receber alimentos distribuídos por uma organização de caridade em Jabalia, norte de Gaza (Arquivo: Mahmoud İssa/Agência Anadolu)

EUA pedem aumento em caminhões de ajuda

A quantidade de ajuda que entra em Gaza caiu para o nível mais baixo num ano, de acordo com dados da ONU, que acusou repetidamente Israel de dificultar e bloquear tentativas de entrega de suprimentos humanitários, especialmente ao norte do enclave.

O Embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse no mês passado ao Conselho de Segurança da ONU que o Hamas estava a sequestrar a assistência – uma afirmação que o grupo negou.

Os EUA dizem que Israel deve permitir um mínimo de 350 caminhões por dia transportando alimentos e outros suprimentos.

Em Outubro, entraram em Gaza, em média, 57 camiões por dia, segundo dados do COGAT – o órgão militar israelita responsável pelos assuntos civis palestinianos, e 81 por dia na primeira semana de Novembro.

A ONU estima esse número em 37 caminhões diariamente desde o início de outubro.

Antes da guerra, eram em média 500 camiões por dia, disse Jean-Martin Bauer, director de segurança alimentar e análise nutricional do PMA.



Leia Mais: Aljazeera

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Jordânia diz que 18 mil sírios voltaram para casa desde a queda do regime de Al-Assad

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Jordânia diz que 18 mil sírios voltaram para casa desde a queda do regime de Al-Assad

O retorno discreto mas esperançoso de uma usina de dessalinização de água do mar na Faixa de Gaza

A retoma das actividades, em meados de Novembro, de uma central de dessalinização de água do mar na Faixa de Gaza permite um regresso discreto, mas esperançoso, de um serviço público no território palestiniano, confrontado com uma escassez crítica de água após mais de um ano de guerra. Desde a sua ligação à electricidade, a central produziu, segundo a Unicef, cerca de 16.000 m3 de água por dia e serve mais de 600.000 pessoas, através de camiões-cisterna ou através da rede das províncias de Deir al-Balah e Khan Younes, no centro e sul de Gaza.

Em um relatório publicado em 19 de dezembro, a organização internacional Human Rights Watch (HRW) acredita que Israel está cometendo “atos de genocídio” ao restringir o“acesso à água” para os habitantes de Gaza desde o início da guerra, o que as autoridades israelitas rejeitam.

Localizada perto de Deir al-Balah, a central recentemente operacional é uma das três estações de dessalinização de água do mar no território, que atendia cerca de 15% das necessidades de água da população antes da guerra. Após a eclosão da guerra, a estação manteve as suas operações ao mínimo, graças aos painéis solares anexos e aos geradores que funcionam com combustível, que só entra na Faixa de Gaza com moderação.

Só poderia retomar as operações em plena capacidade se fosse reconectado a uma das linhas de energia fornecidas por Israel, que fornece este serviço, mediante pagamento, à Autoridade Palestiniana. A Unicef, que presta apoio técnico a esta infra-estrutura, informou à Agence France-Presse (AFP) no final de Junho que tinha celebrado um acordo com Israel para o reabastecer de electricidade. No processo, o Cogat, órgão do Ministério da Defesa israelita que supervisiona as actividades civis nos territórios palestinianos, anunciou que tinha ligado esta central de dessalinização à sua rede eléctrica. Mas a linha que deveria abastecer as instalações estava muito danificada. “A obra durou cinco meses para reparar a linha que vem de Kissufim em (Israel) »disse à AFP Mohammed Thabet, porta-voz da companhia eléctrica de Gaza, que lembra que se trata de “soluções emergenciais e temporárias. »



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PR: Socorristas e paciente morrem em acidente ambulância – 26/12/2024 – Cotidiano

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PR: Socorristas e paciente morrem em acidente ambulância - 26/12/2024 - Cotidiano

Catarina Scortecci

Quatro pessoas morreram na noite desta quarta-feira (25) após uma batida entre um caminhão e uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na BR-476, em Paulo Frontin, no sul do Paraná.

Todas as quatro pessoas estavam na ambulância: um médico, uma enfermeira e o paciente, além do motorista do veículo. As duas pessoas que estavam no caminhão tiveram ferimentos leves.

De acordo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o motorista da ambulância chegou a ser resgatado com vida, em estado gravíssimo. Ele foi levado para o Hospital Regional São Camilo, em União da Vitória, mas acabou morrendo.

A ambulância fazia o trajeto entre as cidades de São Mateus do Sul e União da Vitória. De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a ambulância bateu na lateral do caminhão, que trafegava no sentido oposto. O acidente ocorreu no quilômetro 313 por volta das 20h30.

Secretário estadual de Saúde, Beto Preto publicou uma nota de pesar em suas redes sociais nesta quinta-feira (26). “Deixo aqui minhas orações e solidariedade às famílias, amigos e colegas das vítimas, bem como à comunidade da saúde que perde profissionais dedicados e essenciais. Que Deus possa acolher a todos neste momento de dor”, escreveu ele.

O Cisvali (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu) também se manifestou. “Infelizmente, perdemos não apenas a vida do paciente, mas também de valiosos profissionais que, com dedicação e coragem, estavam a serviço do atendimento à população”, lamentou em seu perfil em uma rede social.

“O Cisvali expressa seu mais sincero pesar às famílias das vítimas e a todos os profissionais do Samu, que, como irmãos de jornada, sofrem essa perda irreparável. Estamos solidários neste momento de profunda dor e nossa equipe se unirá para oferecer todo o apoio necessário às famílias e aos colegas”, escreveu.





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1° indígena Kaxixó a se formar em medicina pela UFMG comemora; “que eu não seja o único”

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No ranking das melhores cidades do mundo para se comer, São Paulo é a única do Brasil. Como referências pão de queijo e coxinha. - Foto: Pixabay

Aos 30 anos, Otávio Kaxixó conseguiu um marco histórico: tornou-se o primeiro indígena Kaxixó a se formar em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG.

O desejo dele é um só: tornar-se referência e abrir as portas para outros. O novo médico é da aldeia Capão do Zezinho, população com aproximadamente 89 indígenas aldeados, à margem esquerda do Rio Pará, Martinho Campos.

Desde jovem ele sonhava em cursar Medicina, mas por conta dos desafios, pensou em desistir várias vezes. Em 2019 a aldeia toda vibrou com sua aprovação. Agora, eles vibram ao ver Otávio subir no palco e pegar o diploma com o maracá e um cocar na cabeça. Histórico! “Nunca mais uma medicina sem nós”, disse ele em uma publicação no Instagram.

Pensou em desistir

Quando estudava para o vestibular, foram várias reprovações. E não foi só uma vez que ele pensou em desistir.

Além de enfrentar os desafios diários que um indígena enfrenta no país, parecia que ele nunca conseguiria cursar a tão sonhada Medicina.

Mas tudo mudou em 2019. Depois de muita dedicação e superação, a aprovação veio. Vitória coletiva da aldeia!

“Em meu último ano da faculdade de Medicina estar aqui não é somente por ocupar uma cadeira no mais alto curso de “elite”. Estar aqui é sinônimo de resistência e ao mesmo tempo estampar e provar pro mundo que não importa de onde viemos, somos capazes de conquistar o que também é direito nosso – acesso a universidade”, compartilhou o agora médico.

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Estágio em Saúde Indígena

Durante os 6 anos de curso, Otávio sempre fez valer sua vivência, de onde veio.

Quando entrou no curso, ele sabia que gostaria de passar por um internato em território indígena, e conseguiu.

O jovem teve a oportunidade de atender indígenas no Parque Indígena do Xingu e, para ele, a experiência foi intensa.

“Foi muito interessante ser indígena e estar dentro de uma equipe não indígena atendendo indígenas. Acredito que tenha afinado ainda mais o meu cuidado para lidar com a saúde dos povos tradicionais”, destacou.

Cocar e Maracá

E quando foi chamado para receber o diploma no palco, Otávio comemorou muito. A plateia que estava no local, também aplaudiu de pé o jovem médico.

Com um Maracá na mão esquerda e um cocar na cabeça, ergueu o instrumento e gritou em voz alta: “É nosso!”.

Agora, além de se tornar médico, ele também quer ser referência.

“Enfim, 1° Kaxixó Médico pela UFMG. Que eu não seja o único e sim, a referência de continuidade”, finalizou.

Durante a faculdade, ele estagiou no Xingu:

Quando foi pegar o diploma, Otávio homenageou seu povo:

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