Autoridades dizem que pelo menos 14 pessoas morreram nas Filipinas quando a tempestade tropical Trami inundou aldeias, inundou rios e forçou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas ao se aproximar da costa leste.
Equipes de resgate filipinas atravessaram enchentes na altura do peito na quarta-feira para alcançar os residentes presos pela tempestade tropical.
As chuvas torrenciais transformaram ruas em rios, submergiram aldeias inteiras e enterraram alguns veículos em sedimentos vulcânicos soltos pela chuva.
Pelo menos 12 pessoas morreram na cidade de Naga, disse o chefe da polícia Erwin Rebellon por telefone, acrescentando que os detalhes das circunstâncias ainda estavam a ser recolhidos.
O escritório regional de defesa civil relatou mais duas mortes em outras partes da região de Bicol. Um jovem de 22 anos morreu em Palanas, na província de Masbate, após ser atingido por um galho de árvore, e um homem de 71 anos foi morto em Bagamonoc, na província de Catanduanes, após cair do telhado de sua casa. Cinco pescadores foram dados como desaparecidos.
Pelo menos 32 mil pessoas fugiram de suas casas no norte das Filipinas, disse a polícia, à medida que a tempestade se aproxima da principal ilha do país do Sudeste Asiático, Luzon.
Na região de Bicol, cerca de 400 km (249 milhas) a sudeste da capital, Manila, inundações “inesperadamente altas” estavam a complicar os esforços de resgate, disse a polícia.
“Enviamos equipes de resgate da polícia, mas eles tiveram dificuldade para entrar em algumas áreas porque as inundações eram altas e a corrente era muito forte”, disse a porta-voz da polícia regional, Luisa Calubaquib, à agência de notícias AFP.
Numa reunião de emergência de órgãos governamentais na manhã de quarta-feira, o presidente Ferdinand Marcos disse que “o pior ainda está por vir”.
“Estou me sentindo um pouco desamparado aqui porque… tudo o que podemos fazer é sentar, esperar, torcer e rezar para que não haja muitos danos, para que não haja vítimas.”
Famílias expulsas das suas casas em Bicol estavam a ser abrigadas em aproximadamente 2.500 centros de evacuação espalhados pela região.
Em 2013, o tufão Haiyan, um dos ciclones tropicais mais fortes registados no mundo, deixou mais de 7.300 pessoas mortas ou desaparecidas, arrasou aldeias inteiras, varreu navios para o interior e deslocou mais de 5 milhões de pessoas no centro das Filipinas.