Parar ou parar? Será que a política do lado da oferta implementada em França durante uma dúzia de anos será abandonada ou continuada por François Bayrou? Esta é uma das questões decisivas que começou a surgir na escolha do primeiro-ministro e continua por detrás das negociações sobre a composição do governo. Com, nesta fase, uma resposta incerta. No papel, o novo inquilino de Matignon deseja certamente continuar a favorecer os negócios e a produção. Mas deseja ardentemente endireitar as contas públicas e alcançar a justiça fiscal, o que poderá levá-lo a aumentar os impostos, inclusive sobre as empresas. Um dilema que seu antecessor já havia enfrentado.
A chamada política de abastecimento constitui um elemento-chave das arbitragens atuais. “Essa linha a favor das empresas surgiu em 2012, com o relatório apresentado ao governo Ayrault por Louis Gallois (então comissário geral para investimentos)que fez da competitividade o alfa e o ómega da política económica”, lembra Anne-Laure Delatte, pesquisadora de economia do CNRS. François Hollande, então Presidente da República, repetiu-o no seu discurso de 14 de janeiro de 2014: “Chegou a hora de resolver o principal problema da França: a sua produção. (…) É, portanto, sobre a oferta que devemos agir. Em oferta! »
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