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Fundhacre se aproxima de 100 transplantes de fígado e governo destaca excelência no atendimento

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Luanna Lins

A emoção tomou conta do ambulatório do Serviço de Transplantes da Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre) na última sexta-feira, 4, quando Antônio Sena voltou à instituição para seu acompanhamento pós-operatório, após ter recebido um novo fígado. Antônio é o 97º paciente a ser transplantado com sucesso no estado do Acre — um marco que evidencia a excelência do serviço prestado na Fundhacre, referência neste tipo de procedimento de alta complexidade.

Antônio fazia tratamento de câncer hepático quando recebeu uma nova chance. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

Antônio, de 45 anos, é de Boca do Acre, interior do Amazonas, e estava em tratamento de cirrose e câncer hepático. “Eu estava há apenas dois meses na fila de transplante. Vim para uma consulta e, de repente, veio a notícia: tinha um fígado disponível. E o meu, pelo estado que ele estava, eu achava que não ia durar muito, até aparecer essa doação”, relatou, emocionado.

“Durante todos esses anos que eu venho fazendo tratamento aqui, todas as pessoas me trataram muito bem, com amor e carinho. Agradeço muito a Deus, ao doador e a todos os profissionais da Fundação”, completou o paciente transplantado, que agora tem um novo olhar sobre a vida. A história de Antônio Sena é uma entre tantas que demonstram a importância de um serviço público de saúde comprometido com o bem-estar da população.

Ambulatório de transplantes e o cuidado no pós-operatório

Além das cirurgias, a Fundhacre oferece um serviço de acompanhamento contínuo por meio do ambulatório de transplantes, que garante aos pacientes o suporte necessário para uma recuperação sem complicações.

Serviço de Transplantes conta com ambulatório especializado. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Segundo Tércio Genzini, responsável técnico pelos transplantes hepáticos, o ambulatório é uma peça-chave para o sucesso do programa. “Com grande alegria atendemos o nosso 97º paciente transplantado. Ele está no 15º dia pós-transplante e evolui muito bem. A recepção do ambulatório está cheia — a maioria já transplantada aqui mesmo. Isso mostra a importância da equipe multidisciplinar dedicada a esses pacientes, porque o transplante de fígado é um procedimento que merece muita atenção”, destacou.

Fundhacre é referência em cirurgias de alta complexidade. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

As indicações para transplante se dão por motivos diversos, mas se destacam, por exemplo, casos de hepatite B e D (Delta). Genzini faz um alerta sobre a prevenção das hepatites virais, reforçando que o melhor caminho ainda é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. “Muitos pacientes chegam à necessidade de transplante por complicações da hepatite B, que é uma infecção silenciosa que pode evoluir para quadros graves quando não diagnosticada e tratada a tempo. Precisamos trabalhar para que mais pessoas não cheguem a esse estágio”, explicou o médico.

O médico Tércio Genzini celebra avanços nos transplantes realizados no Acre. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

A melhor forma de prevenção contra a hepatite é a vacinação, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É necessário também evitar o compartilhamento de objetos cortantes, usar preservativo nas relações sexuais e realizar exames periódicos. No caso da hepatite D (Delta), que só afeta quem já tem o vírus da hepatite B, a imunização contra o tipo B também protege contra essa forma mais agressiva da doença.

Uma conquista de muitas mãos

Para o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, cada transplante representa um gesto de humanidade. “O transplante de fígado é um dos procedimentos mais complexos da medicina, e ver que a Fundhacre está próxima de atingir a marca de 100 transplantes é motivo de muito orgulho. Isso mostra o compromisso do governo do Acre com a saúde pública, com a vida das pessoas e com o fortalecimento do SUS no nosso estado”.

A presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, também destacou o papel da Fundação como instrumento de transformação na vida dos acreanos. “A Fundhacre é símbolo de esperança e competência. Cada paciente transplantado é um capítulo de superação que reforça nossa missão de salvar vidas. Essa marca dos 97 transplantes nos impulsiona a continuar investindo em tecnologia, capacitação e humanização no atendimento”.

Presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, reforça missão de salvar vidas. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

A coordenadora do Serviço de Transplantes da Fundhacre, Valéria Monteiro, comemorou o avanço do programa e a dedicação da equipe envolvida. “Estamos iniciando mais um ambulatório, e é uma grande felicidade ver nosso paciente com boa evolução. O transplante é o resultado de um trabalho feito por muitas mãos — desde os profissionais da linha de frente até a gestão que acredita e investe nesse serviço”, ressaltou.

A enfermeira Valéria Monteiro acompanha os transplantes de perto. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

O programa de transplantes da Fundhacre é considerado um dos mais consolidados da Região Norte, sendo referência em qualidade e resolutividade. Atualmente, na unidade, são realizados transplantes de fígado, rim e córnea, além de estar habilitada para realizar transplante ósseo. Só em 2025, já foram efetuados dois transplantes de fígado, dois de rim e dois de córnea. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, tem mantido investimentos constantes para a continuidade e ampliação dos serviços de alta complexidade na rede estadual.

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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