NOSSAS REDES

MUNDO

Furacão Helene: crise climática intensificou chuva e vento – 09/10/2024 – Ambiente

PUBLICADO

em

Furacão Helene: crise climática intensificou chuva e vento - 09/10/2024 - Ambiente

Lucie Aubourg

As chuvas e ventos do furacão Helene, que devastou o sudeste dos Estados Unidos em setembro e causou mais de 230 mortes, foram 10% mais intensos devido à mudança climática, segundo um estudo do grupo de pesquisa WWA (World Weather Attribution) publicado nesta quarta-feira (9).

A climatologista Friederike Otto, diretora do WWA, destaca que, embora a porcentagem de 10% possa parecer relativamente baixa, uma pequena mudança em termos de perigo “pode significar uma grande mudança em termos de impacto e danos”.

O estudo ressalta que a queima de combustíveis fósseis, principal causa do aquecimento global, tornaram a formação de furacões como o Helene 2,5 vezes mais provável nesta região. Com isso, em vez de acontecerem a cada 130 anos, podem ocorrer a cada 53 anos, em média.

Para estudar o Helene, os cientistas se concentraram nas chuvas, nos ventos e nas temperaturas da água no Golfo do México, um fator fundamental em sua formação.

“Todos os aspectos deste fenômeno foram intensificados pela mudança climática em vários graus”, disse Ben Clarke, coautor do estudo e pesquisador do Imperial College London, em uma coletiva de imprensa. “Veremos mais do mesmo se o planeta continuar aquecendo”.

O estudo foi divulgado enquanto a Flórida se prepara, pouco mais de uma semana após ser atingido pelo Helene, para a chegada de outro grande furacão, o Milton.

Helene tocou o solo em 26 de setembro no noroeste do estado, com ventos de 225 km/h.

O furacão seguiu então para o norte, causando chuvas torrenciais no interior de vários estados, especialmente na Carolina do Norte, que não costuma sofrer com esse tipo de fenômeno e onde houve o maior número de vítimas.

Os autores do estudo destacaram que o risco aumentou para além das zonas costeiras. Bernadette Woods Placky, meteorologista da ONG Climate Central, explicou que o Helene era tão forte que dissipar essa energia levou tempo. “Por isso o furacão foi capaz de se mover rapidamente para o interior”, afirmou.

Por meio de um método de atribuição rápida, o WWA avalia a relação entre eventos extremos em todo o mundo e a mudança climática. O estudo foi realizado por cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia e Holanda, que utilizaram três métodos.

Para as tempestades, optaram por uma abordagem baseada tanto em observações como em modelos climáticos, diferenciando duas regiões: os Montes Apalaches, no interior, e as zonas costeiras, especialmente na Flórida.

Em ambos os casos, segundo o estudo, as chuvas aumentaram 10% como consequência do aquecimento global, que já elevou as temperaturas mundiais em cerca de 1,3°C em relação ao período pré-industrial (1850-1900).

Para os ventos, difíceis de estudar em fenômenos tão breves, o método escolhido utiliza dados de furacões desde 1900. Os pesquisadores concluíram que os ventos do Helene foram 11% mais fortes e 21 km/h mais rápidos em decorrência da mudança climática.

Por último, foi analisada a temperatura da água no Golfo do México, onde o Helene se formou, que estava cerca de 2°C mais quente do que o normal. Segundo os pesquisadores, esse recorde de temperatura foi 200 a 500 vezes mais provável devido à mudança climática.

Os oceanos mais quentes liberam mais vapor d’água, o que fornece energia adicional para tempestades.

“Se as pessoas continuarem queimando combustíveis fósseis, os Estados Unidos enfrentarão furacões ainda mais destrutivos”, alerta Ben Clarke.



Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Os conservadores emergem como maior partido – DW – 23/02/2025

PUBLICADO

em

Os conservadores emergem como maior partido - DW - 23/02/2025

Os democratas cristãos conservadores (CDU/CSU) ganharam a maior porcentagem de assentos no Eleição alemã Com 29%, mostram pesquisas de saída.

A alternativa de extrema direita para a Alemanha (AFD) foi o vice-campeão, com 19,5% e, em terceiro, foram os social-democratas centrais à esquerda, com 16%.

No entanto, a eleição do novo chanceler da Alemanha do Bundestag não ocorrer até que uma coalizão governante seja formada. Isso pode levar meses.

Se essas projeções iniciais se mantiverem, o candidato da CDU/CSU Friedrich Merz agora poderia ser o pioneiro para suceder o chanceler Olaf Scholz.

Para as últimas notícias sobre as eleições alemãs, acesse nossas atualizações ao vivo.

Quanto tempo leva para formar uma coalizão?

O processo pode levar semanas ou até meses. Em 2017, as negociações da coalizão demoraram o tempo mais longo da história alemã, deixando o país sem um governo por quase seis meses. No entanto, se as prioridades políticas dos parceiros estiverem mais alinhadas, e apenas dois partidos estão envolvidos em vez de três, as coisas podem ir muito mais rapidamente.

Como o chanceler alemão é escolhido?

As partes selecionam seu candidato principal antes da eleição. Após a votação, os partidos procuram formar uma coalizão governante. Quando uma coalizão em potencial foi reunida, o presidente alemão (chefe de estado da Alemanha) apresenta um candidato a ser eleito chanceler (chefe de governo) por membros do Bundestag.

O indivíduo selecionado pelo presidente é tipicamente o principal candidato do parceiro de coalizão sênior de um governo recém-formado. Um candidato deve garantir uma maioria absoluta para ganhar a votação secreta. Depois que um vencedor é determinado, ele ou ela pode começar a nomear indicados ao gabinete.

Como funciona o sistema eleitoral da Alemanha?

O sistema eleitoral alemão foi projetado para produzir governos da coalizão. Ele procura unir os princípios da regra da maioria e a representação proporcional. Nas eleições alemãs, cada eleitor lança duas cédulas-os chamados “Erststimme” e “Zweitstimme” (primeira votação, segunda votação).

A primeira votação é lançada para um candidato “direto” do distrito eleitoral de um eleitor, o segundo é escalado para um partido político.

Os nomes dos candidatos de cada partido para o Bundestag aparecem em Listas nacionaisou listas de estado, que devem ser arquivadas nas autoridades eleitorais antes da eleição. Os candidatos em listas estaduais entram no Parlamento de acordo com seu lugar na lista, e o número de assentos seu partido vence em um estado respectivo – quanto mais assentos eles conquistam em um estado, mais candidatos de suas listas estaduais são nomeados para preenchê -los.

Esses votos são fundamentais – quanto mais segundas cédulas um partido receber, mais assentos é atribuído ao Parlamento. Assim, a segunda votação determina a força relativa das partes representadas no Bundestag.

Primeira e segunda cédulas não precisam ser lançadas para candidatos do mesmo partido. Os eleitores são livres para votar para alguém de uma festa com sua primeira votação e para uma festa completamente diferente com o segundo.

Qualquer parte que ganha mais de 5% do voto total é garantido um lugar no Bundestag.

Editado por: Michaela Cavanagh



Leia Mais: Dw

Continue lendo

MUNDO

Trap do trepa trepa: Filha de Heloisa Perissé viraliza – 23/02/2025 – Celebridades

PUBLICADO

em

Trap do trepa trepa: Filha de Heloisa Perissé viraliza - 23/02/2025 - Celebridades

Maria Paula Giacomelli

São Paulo

“É o trap to trepa trepa / é o trap do trepa trepa” é o trecho da música de Luisa, filha de Heloisa Perissé, que vem viralizando nas redes sociais.

Nos últimos dias, publicações foram tomadas por trechos em que a jovem de 25 anos entoa os versos, ao lado da atriz. Ela divulgou a música quando as duas estavam no podcast de Flávia Alessandra e de Giulia Costa, também mãe e filha.

“Luisa é palhaça e agora quer se lançar, está fazendo música que você não tem ideia. Quer se lançar como MC Perisseta, já disse que se ela se lançar assim, eu deserdo ela”, falou Heloisa, aos risos. Flávia perguntou para a atriz o que a filha faz que a deixa desconcertada. “Luisa, canta. Como é?.”

O trecho repercutiu nas redes sociais e virou meme e até fantasia de Carnaval. O trap já foi chamado até de hit da folia.

“Os artistas investindo milhões para lançar o hit do carnaval e a gente se apega ao mais aleatório de todos: trap do trepa trepa”, escreveu @cristiamods.

Com a repercussão, Luisa apresentou a música em uma festa ao lado de Denis DJ, e Anitta compartilhou um vídeo se divertindo ao som do hit.

Nas redes sociais, ela vem compartilhando vídeos de foliões fantasiados de top rosa e com microfone na mão entoando os versos.

Luisa é fruto do relacionamento de Heloísa com Lug de Paula, morto em 2001, filho de Chico Anysio e Nancy Wanderley. Ele é conhecido por ser o personagem Seu Boneco em Escolinha do Professor Raimundo.

Mãe e filha também apresentam o programa Desencontro de Gerações no canal GNT.



Leia Mais: Folha

Continue lendo

MUNDO

Médicos curam cegueira de 4 crianças com doença rara em Londres

PUBLICADO

em

O mudo reza unido, deixando as diferenças de lado, pela recuperação do Papa Francisco, internado por causa de uma pneumonia dupla. Foto: Vatican News

Médicos de Londres fizeram história ao curar quatro crianças que nasceram com cegueira devido a uma doença genética rara. A terapia usada é revolucionária e agora, os pequenos conseguem ver formas, encontrar brinquedos e reconhecer os rostos dos pais.

O tratamento envolve injetar cópias saudáveis do gene afetado diretamente nos olhos das crianças. A cirurgia é rápida, dura 60 minutos e trouxe resultados impressionantes. Algumas das crianças, inclusive, já conseguem ler e escrever!

“Temos, pela primeira vez, um tratamento eficaz para a forma mais grave de cegueira infantil e uma potencial mudança de paradigma para o tratamento nos estágios iniciais da doença”, disse Michel Michaelides, especialista em retina do Moorfields Eye Hospital e professor de oftalmologia do Instituto de Oftalmologia da UCL.

A doença e o desafio

As quatro crianças foram diagnosticadas com amaurose congénita de Leber (LCA).

A condição genética afeta a retina e impede o desenvolvimento da visão.

Sem tratamento, os pacientes vão perdendo a sensibilidade à luz com o passar dos anos.

Leia mais notícia boa

Tratamento revolucionário

A equipe responsável descobriu que o gene AIPL 1 era o grande causador do problema.

Como ele é essencial para o funcionamento dos fotorreceptores dos olhos, a solução foi criar uma versão saudável do gene e colocá-lo diretamente na retina.

O procedimento foi realizado em 2020, no hospital Great Ormond Street, com crianças vindas dos Estados Unidos, Turquia e Tunísia.

Ao longo dos cinco anos seguintes, os médicos acompanharam o desenvolvimento dos pequenos e os resultados foram incríveis.

Nova vida

Jace, um dos pacientes, tinha apenas dois anos quando passou pela terapia.

Antes da cirurgia, ele não conseguia enxergar objetos próximos, mesmo que tivessem brilho ou cor forte.

Agora, aos seis anos, ele consegue pegar brinquedos do chão e até mesmo “roubar” celulares do bolso dos pais.

“E eu me lembro de ter chorado e ficado realmente emocionado porque essa foi a primeira vez que Jace teve alguma reação a qualquer tipo de estímulo de luz ou algo do tipo. Daí em diante, tem sido bem incrível”, disse Brendan, pai do menino.

Esperança para medicina

O sucesso da terapia, segundo os médicos, pode abrir portas para um futuro muito promissor na luta contra a cegueira infantil.

Desde que os primeiros pacientes foram tratados, mais crianças passaram pelo procedimento em hospitais do Reino Unido.

Agora, o grupo aguarda os resultados dos exames, com esperança que, em um futuro próximo, a cegueira deixe de ser uma condição permanente e mais crianças sejam beneficiadas.

Jace, de seis anos, foi escolhido para passar pelo tratamento. Ele voltou a enxergar! – Foto: Guardian News/YouTube



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS